Fanfics Brasil - 💖Capitulo 20 💖 Tentadora Paixão

Fanfic: Tentadora Paixão | Tema: Adaptada Vondy


Capítulo: 💖Capitulo 20 💖

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No jardim, Christopher lutava para voltar para o quarto, a água ainda escorrendo da cadeira, o assento completamente en­charcado. Felizmente estava prestes a se livrar daquilo.
Cair na piscina tinha lhe provocado raiva e ressentimento. Detestava se sentir tão indefeso, como se sentira ao ser lan­çado na água, sem ver, sem saber o que acontecia. Detestara o choque e a surpresa enquanto lutava para voltar à superfí­cie vestido. Mas sua queda inesperada tivera resultados in­teressantes.
Um dos melhores fora perceber que Dulce deixara cair a guarda e demonstrara ser muito menos indiferente do que ele supunha. Era muito gentil, e seu medo de águas profundas en­contrara eco em sua experiência pessoal. Quando menino, fora atirado de um cavalo e não cavalgara de novo durante anos.
Voltar para a cadeira de rodas molhada tinha sido outra lição. Enquanto a ocupava novamente, compreendeu que a cadeira já servira a seus objetivos. Não a queria mais, não queria continuar confinado e contido. Ansiava pela liberda­de, e sabia que, pela primeira vez desde o acidente, estava realmente pronto para qualquer terapia necessária para voltar a andar e correr.
Quando chegou perto do quarto, não conseguiu encontrar a porta, e tentou outra direção. Pano, que o seguira, não con­seguiu mais ficar em silêncio.
— Ucker, seu quarto é aqui. — E, sem esperar que Christopher o encontrasse sozinho, empurrou a cadeira até a porta.
Christopher se aborreceu com a intervenção. Queria encon­trar o quarto sozinho, mas Pano, um empregado de 15 anos, não agüentava ver a angústia do patrão.
— Como acabou dentro da piscina? — perguntou Pano, fechando a porta.
— A Srta. Saviñón estava me empurrando para a sombra e calculou mal a distância.
— Empurrou o senhor na piscina? — perguntou Pano horrorizado.
— Foi um acidente.
— Como ela pôde empurrar o senhor na piscina?
— Era uma volta apertada.
— Não podia acontecer, não é adequado — resmungou o mordomo, enquanto abria e fechava gavetas, escolhendo roupas secas para o patrão. — Sabia que não era uma en­fermeira adequada, sabia que não podia fazer o trabalho. Eu sabia. 
Christopher tentou não sorrir. Pano era um grego tradicional.
— E como ela não é uma enfermeira adequada?
— Se pudesse ver...
— Mas não posso. Por isso tem de me contar.
— Primeiro, ela não age como enfermeira, depois ela não parece enfermeira.
— Por que não? É velha, gorda, o quê?
— Ohi — Pano resmungou. — Não. Ela não é velha, gor­da ou algo desse tipo, ao contrário. É muito pequena e delica­da, como um pequeno pássaro numa gaiola minúscula. E se o senhor quer um pequeno pássaro ruivo como enfermeira, tudo bem. Mas se precisa de uma mulher grande e forte, para levantá-lo e carregá-lo... — Pano suspirou. — Então Dulce não é para o senhor.
Então era ruiva, pensou Christopher depois que Pano o dei­xou sozinho. E Dulce Saviñón não era velha nem feia. Pelo contrário, tinha ossos delicados, era esguia, uma dama.
Christopher tentou imaginá-la, essa enfermeira que parecia uma dama, que não trabalhara na profissão por anos, que considerava Cosima uma boa pessoa e que, quando crian­ça, se hospedara em hotéis com uma babá para tomar conta dela.
Não conseguiu visualizá-la. Pensara que era morena.
Mas ela era assim mesmo, cheia de surpresas. Por exem­plo, sua voz, melódica, como um violino, e sua fragrância, nada de floral, de exótico, mas fresca, limpa, como grama molhada ao sol da manhã. E, então, na noite anterior, quando se debruçara sobre a cama dele para ajeitar seus travessei­ros, ficara surpreso ao descobrir que usava os cabelos soltos. Qualquer coisa em sua maneira enérgica o levara a presumir que era a clássica executiva, fria e controlada.
Parecia que estava errado.
Parecia que sua Dul era ruiva, esguia, delicada, bo­nita. Muito longe de um machado de guerra.
Não ficara intrigado apenas sobre sua idade e sua apa­rência, mas também pela história de uma menina de 6 anos que fora uma nadadora ousada e agora tinha medo de sair do lado raso da piscina, uma menina que ficara presa no fundo de uma piscina.
Em seu quarto, depois de horas de descanso, Dulce es­tava se vestindo para o jantar e tendo uma crise de consciên­cia. Não sabia o que estava fazendo ali. Christopher não precisa­va de uma enfermeira, do tipo de supervisão que sua agência e sua equipe lhe proporcionaram. Como poderia continuar ali? Como poderia receber o dinheiro de Cosima?
Além disso, Christopher não a deixaria fazer nada. Ele queria ficar no controle, e ela concordava, se ele pudesse realmen­te se motivar. Na verdade, ficaria melhor com um personal training e um terapeuta ocupacional, para ajudá-lo a se adap­tar à perda da visão.
E, para aumentar sua preocupação, não sabia como se ves­tir para o jantar. Ela, que crescera em hotéis cinco estrelas de todo o mundo, não conseguia decidir o que usar para jantar num antigo monastério no meio de Taygetos.
Avaliou seu guarda-roupa e finalmente se decidiu por uma saia cinza quadriculada e uma blusa azul-acinzentada. Olhou-se no espelho e considerou que não estava muito bom, mas disse a si mesma com severidade que não estava se ves­tindo para um encontro, mas para jantar com um paciente.
Lembrou-se então do sorriso de Christopher à beira da pisci­na, de sua força e beleza, e sentiu borboletas voando em seu estômago.
Estava nervosa e excitada, e as duas emoções não eram bem-vindas. Christopher era seu paciente, estava sob seus cui­dados.
Além disso, não queria sentir nada por um grego. Fora casada com um e tinha sido um desastre do começo ao fim.
A lembrança levou-a de volta dez anos, quando, como uma socialite de 21 anos, em Nova York, fora saudada como uma das grandes belezas americanas.
Era jovem e inexperiente, apenas uma debutante come­çando a vida social. Acreditara em tudo o que as pessoas lhe diziam e apenas anos depois descobrira que era adorada por seu nome e por sua fortuna, não por si mesma.
Nada mais de magnatas gregos, pensou. Nada mais com homens que a querem por todos os motivos errados. Além disso, o casamento com um grego ensinara que eles prefe­riam mulheres belas, com curvas generosas, atributos que ela, esguia, pequena, nunca teria.
Com os cabelos soltos, foi para a biblioteca, pois não sa­bia onde jantariam. A sala de jantar fora transformada numa sala de ginástica.
Christopher chegou à biblioteca logo depois, e ela percebeu que não estava feliz.
— Há alguma coisa errada? — perguntou.
— Agora que quero andar, não suporto mais a cadeira de rodas.
— Mas não pode ficar sem ela ainda. Mas aposto que ten­tou.
— Pensei que conseguiria andar, já que fiquei em pé.
— Você vai andar. Levará algum tempo, mas, consideran­do sua determinação, não demora muito.
Pano chegou à porta para avisar que o jantar estava pron­to. Dirigiram-se a uma sala espaçosa e alta, o teto pintado com cenas bíblicas um pouco desbotadas. Na mesa posta, havia dois lugares.
— Que sala maravilhosa! — disse ela. — O teto é origi­nal, não é?
— É, sim, mandei preservá-lo.
— O edifício é muito antigo?
— As torres são do século XVIII e a parte principal foi inaugurada em 1802... — Christopher respirou, segurou a res­piração e ficou quieto, ouvindo. Depois de um momento, acrescentou: — Embora não possa ver o que há à minha vol­ta, posso sentir as paredes de pedra e o teto com arcos.
— Isso é bom — respondeu, sentindo um aperto no co­ração.
Compreendia por que ele amava o monastério reformado, tinha atmosfera. Mas era tão remoto que se preocupava por Christopher não ter mais contato com o mundo. Precisava de estímulo, interação e uma vida!
Mas ainda estava em processo de cura, lembrou a si mes­ma, quando se sentou à mesa, em frente a Christopher. Pouco mais de um ano atrás perdera o irmão, um primo e diver­sos amigos numa avalancha. Quase morrera num terrível acidente de helicóptero quando tentava salvar os sobrevi­ventes.
A governanta serviu a refeição e Pano ficou em pé ao lado de Christopher, pronto para ajudá-lo. Christopher dispensou-o.
— Podemos nos servir — disse, levando a mão ao vinho. 
Segurou a garrafa na direção de Dulce, virando-a para que ela pudesse ler o rótulo.
Um copo de vinho fará mal, enfermeira Saviñón? Seu tom era brincalhão, mas foi sua expressão que lhe acelerou o pulso. Parecia um menino, e isso a desarmou.
— Um copo — concordou, cautelosa.
Ele riu e cuidadosamente estendeu a mão, encontrou o copo e serviu, prestando atenção ao som.
— Como ficou? Demais? Muito pouco?
— No ponto certo.
Ele se serviu e pousou a garrafa sobre a mesa. Conversaram durante o jantar, ele lhe fez perguntas sobre seu trabalho, suas viagens, seu conhecimento do grego.
— Uma ocasião passei muito tempo na Grécia — respon­deu, evitando mencionar seu casamento.
— A estudante universitária em férias?
— Todos amam a Grécia.
— Do que gosta mais aqui? 
Pensou em meia dúzia de coisas: a água, o povo, o cli­ma, o alimento, as praias, o calor. Mas a Grécia também lhe causava dor. Tantas pessoas lhe viraram as costas durante o divórcio! Amigos íntimos se afastaram! Um nó se formou em sua garganta e lágrimas lhe encheram os olhos. Foi há muito tempo, disse a si mesma. Sete anos!
— Não tem resposta?
— E que gosto de tudo — respondeu, sorrindo para afas­tar a tristeza. — E você?
— O povo e seu amor à vida.
Ela bateu o copo de leve no dele, tomou um pouco do vinho e deixou que descansasse por alguns momentos na boca, antes de engoli-lo. Era um vinho tinto muito bom. Viu pelo rótulo que era grego, mas não conhecia os tintos gregos como conhecia os brancos. Nico preferia o branco.
— Sabe alguma coisa sobre este vinho?
— Sei. É de um vinhedo local, um dos meus favoritos, e a uva é ayroyitiko, original do Peloponeso.
— Não sabia que havia videiras aqui.
— Há videiras por toda a Grécia, embora o vinho grego mais famoso seja fabricado em Samos e Creta.
— É lá que são produzidos os brancos, não é?
— Sim, em Samos, e a uva mais popular é a moshato. Muitos esnobes que se consideram enólogos adoram o vinho de Samos, e só bebem o branco.
Ela teve que se esforçar para não rir. Nico, seu ex-mari­do, era o maior dos esnobes no que se referia aos brancos. Costumava ir a um restaurante, ordenar uma garrafa muito cara e, se achava que não estava bom, devolvia-o agressiva­mente. Em algumas ocasiões, Dulce suspeitara que não havia nada de errado com o vinho, era apenas Nico querendo parecer poderoso.
— Você prefere o branco? — perguntou Christopher.
— Não, na verdade não. Tive... amigos... que preferiam o grego branco ao tinto, assim sou muito ignorante sobre as diferentes variedades de uva dos tintos.
— Um amigo? — Sua expressão se alterou, ficou perceptiva. — Um amigo homem?
— Era um homem — concordou, com cuidado.
— E grego?
— E grego.
Ele riu de leve, mas havia tensão na risada.
— Homens gregos são sexuais e possessivos. Imagino que seu amigo grego queria mais de você do que amizade.
Dulce enrubesceu.
— Foi há muito tempo.
— E terminou mal?
Ela baixou a cabeça, o rosto queimando.
— Não sei — engoliu, perguntou-se por que estava prote­gendo Nico. — Sim — corrigiu-se. — Terminou muito mal.
— Isso lhe causou aversão a homens gregos?
— Não. — Mas parecia insegura. 
— A mim?
Ela enrubesceu de novo, depois riu.
— Talvez.
— Então foi por isso que me mandou a frota de machados de guerra.
Ela riu de novo, ele a divertia e intrigava. E, se não fosse seu paciente, até admitiria que era muito, muito atraente.
— Está me dizendo que não merecia as enfermeiras ma­chados de guerra?
— Estou lhe dizendo que não sou igual aos outros homens gregos.
Sua respiração, de repente, ficou presa na garganta, e seus olhos se abriram. De alguma forma, com aquelas palavras, ele mudara tudo: a atmosfera, a noite, a própria refeição. En­chera a sala com uma eletricidade quase insuportável, uma tensão quente que a tornava muito consciente dele e de si mesma. E do fato de que estavam sozinhos.
— Você não pode julgar todos os vinhos com base numa só garrafa. E não pode julgar os homens gregos com base numa lembrança infeliz.
Ela mal conseguia respirar e tentou encontrar tópicos mais seguros, que lhe permitissem manter distância.
— Que tipo de vinho você gosta?
—Tudo depende de preferência pessoal — fez uma pausa. — Gosto de muitos vinhos. Tenho garrafas na minha adega que custaram menos de 10 euros e que acho muito melhores do que outras que custaram mais de 80 euros.
— Então não é uma questão de dinheiro?
— Muita gente depende apenas de rótulos e preços com a esperança de impressionar os outros com sua capacidade de gastar ou seu conhecimento.
— Estamos falando de vinhos? — murmurou ela.
— Você duvida? — perguntou, sua cabeça se erguendo como se pudesse vê-la, estudá-la, bebê-la.
Ela mordeu o lábio inferior, sua face tão quente que sen­tiu uma vontade louca de tomar uma bebida gelada, alguma coisa que a refrescasse, que afastasse sua mente da incrível atração física que sentia por Christopher.
Compreendeu como alguém como Calista, jovem e im­pressionável, se sentira atraída por Christopher. Mas ameaçá-lo. Tentar chantageá-lo? Impossível. Mesmo cego, com ossos quebrados e feições deformadas por cicatrizes, ele era forte demais, dominador demais. Calista era uma tola.
Pensando na tolice da moça, Dulce deu uma pequena risada, que aumentou e se transformou numa grande garga­lhada.
— O que Calista estava pensando? — disse, levando a mão à boca para tentar controlar o riso. — Como poderia alguém como Calista pensar que conseguiria chantagear você!
Christopher ouviu a risada de Dulce e pensou que havia muito tempo que não ouvia alguém rir assim, tão abertamen­te, alguém calorosa e real. Em um dia, Dulce o fizera compreender quanto estava perdendo da vida. Não tinha idéia de que se transformara num homem tão rancoroso e fechado até ela chegar e começar a insistir em mudanças imediatas.
A princípio, tinha se ressentido de seu modo autoritário, mas havia funcionado. Entendera que não queria que lhe dessem ordens ou decidissem sua vida. Não havia razão para não motivar a si mesmo.
Embora continuasse a não confiar em Cosima e em seus motivos para querer que ele andasse e voltasse a Atenas, es­tava grato a ela pela interferência. Cosima lhe mandara Dulce, a pessoa certa, na hora certa. Precisava de alguém como ela. Talvez até mesmo precisasse dela.
Sentado diante de Dulce, imaginou-a à mesa junto dele. Esperava que ela soubesse que, mesmo sem poder ver, ele estava ouvindo, prestando atenção.
— Agora você ficou calado — disseDulce, enquanto a empregada tirava a mesa.
— Estou apenas relaxado — disse ele.
E estava. Havia muito tempo que não se sentia assim, em Paz e calmo. Esquecera como era partilhar uma refeição com alguém, esquecera como o alimento tinha um sabor melhor quando acompanhado de boa conversa, bom vinho e risadas.
— Estou contente.
A calorosa sinceridade na voz dela lhe causou profunda impressão. Gostara de sua voz mesmo no princípio, quando insistira em chamá-lo de Sr.Uckermann cada vez que abria a boca.
E gostava do perfume que usava. Ainda não sabia o que era, apenas que não tinha nenhuma semelhança com o cheiro das outras enfermeiras. Também andava de modo diferen­te, com um passo firme, confiante. Podia até imaginá-la em Londres, fazendo compras, trabalhando, andando pelas ruas, decidida e determinada.
Sorriu levemente, divertido com a idéia que fizera dela em Londres, onde morava. Seu sorriso desapareceu enquanto o silêncio se prolongava. Gostaria de poder vê-la. De repen­te, imaginou se não estaria entediada. Talvez quisesse voltar para o quarto.
Ela lhe passou o café.
Enquanto o silêncio continuava, a tensão de Christopher au­mentava. Ouviu a cadeira de Dulce se afastar da mesa, ouviu-a pôr o guardanapo sobre a mesa. Estava saindo.
Cerrando os dentes, Christopher tentou ficar em pé. Era a segunda vez no mesmo dia, e exigia um grande esforço, mas Dulce ia se retirar e ele queria dizer alguma coisa, pedir-lhe que fosse com ele para a biblioteca. Talvez ela estivesse! cansada, mas as noites eram muito longas para ele. Não havia mais diferença entre o dia e a noite.
Ele estava em pé, firmando-se na mesa com os dedos.
— Está cansada? — perguntou, a voz alta e rude demais. Não tivera a intenção de parecer tão brusco.
— Um pouco — confessou. Ele inclinou a cabeça.
— Boa noite, então. Ela hesitou e ele se perguntou o que estaria pensando, desejou poder ver seu rosto para saber se havia piedade, ressentimento ou outra coisa qualquer em seus olhos. Era o que mais o incomodava na cegueira. Não poder analisar as pessoas, como fazia antes com tanto talento.
— Boa noite — disse ela, com suavidade.
Ele acenou e rezou para que ela não percebesse seu desa­pontamento.
Depois de outro momento de hesitação, ele ouviu seus passos quando ela saía. Lentamente, sentou-se na cadeira de rodas e alguma coisa estalou dentro dele. Um segundo de­pois, sentiu uma dor lancinante.
Como se tornara tão solitário?
Cerrando os dentes, tentou afastar o sentimento de perda e solidão, mas não conseguiu. Sentia falta de Andreas, o últi­mo de sua família. Não tinha mais ninguém.
Devia ter resgatado Andreas primeiro, devia ter socorrido imediatamente seu irmão. Se pudesse voltar atrás, se pudesse mudar aquela única decisão...
Afastou-se da mesa vagarosamente, e ainda mais devagar foi para a biblioteca, onde passava todos os dias e todas as noites. Talvez Pano encontrasse um programa de rádio, ou o áudio de um livro para distraí-lo. Precisava de alguma coisa para ocupar sua mente.
Mas, quando chegou à biblioteca, apenas parou perto da mesa. Não queria nada, apenas voltar a ser ele mesmo, como antes. Odiava o que era agora.
— Christopher? — disse Dulce com timidez. Ele se endireitou na cadeira.
— Sim?
— Está aqui, então?
— Sim, estou bem aqui.
— Oh! Está escuro. Você se incomoda se eu acender as luzes?
— Não. Por favor. Desculpe, eu não sei...
— E claro que não sabe.
Ele ouviu seus passos dirigindo-se até a parede, ouvia-a acender as luzes e, então, se aproximar.
— Não estou com sono e pensei se gostaria que eu lesse alguma coisa para você. Deve haver jornais ou correspon­dência. Talvez você tenha um livro favorito.
Christopher sentiu a tensão e a escuridão diminuírem. 
— Sim — disse com gratidão. — Estou certo de que há alguma coisa.




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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 26



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  • julia_souza_ Postado em 21/07/2018 - 13:21:27

    Tem mais de um ano que você não posta, não abandona a fanfic não!!! Continua por favor.

  • Lilly Perronita Postado em 10/04/2017 - 23:29:29

    ooooown, agora siiim

  • Lilly Perronita Postado em 05/04/2017 - 23:36:11

    Dulce vai arregar agora? Que isso!! Hauahaua e adorei ela jogando essas verdades na cara do Ucker

  • Lilly Perronita Postado em 04/04/2017 - 16:41:21

    huuuum que chique!!!!

  • Lilly Perronita Postado em 30/03/2017 - 13:37:22

    O que gosto da fic é que conta bastante detalhes e vc posta bastante hahaha eles já estão super envolvidos hahahaa

    • Juliana_ Postado em 03/04/2017 - 12:32:04

      Postadoooooo

  • Lilly Perronita Postado em 28/03/2017 - 17:48:47

    eu tenho uma fic vondy tbm, se puder dar uma passadinha lá depois!! beijooos https://fanfics.com.br/fanfic/56211/meu-programa-de-tv-favorito-vondy

    • Juliana_ Postado em 29/03/2017 - 22:31:49

      OIEEEEEE MUITO OBRIGADO POR COMENTAR. Eu li sua fanfic e gostei posta missssss lá em. POSTADOOOOOOOO

  • Lilly Perronita Postado em 28/03/2017 - 17:48:16

    Muito boa a sua fic!! Ucker era bem rígido e dificl de dobrar hein? Dulce teve bastante paciência. Mas esse jeitinho dela acabou virando contra o feiticeiro e ela se envolveu mais do que devia (ou que queria hhahahaha) continua que quero saber o desenrolar dela!!!!! hahah

  • Lilly Perronita Postado em 28/03/2017 - 17:35:11

    oieeee favoritei e estou lendo!! Amei que vc escreve bastante!!! vou terminar de ler e já comento

  • Anja Candy Postado em 16/09/2016 - 06:28:03

    Juli ce vai mesmo abandonar a Fic??

  • Anja Candy Postado em 12/09/2016 - 06:38:06

    Julita sua gostosa, cadê os capítulos?? Já faz 5 dias, 5 DIAS, sem capítulo!!! HELLOW, volta aqui logo que eu quero saber das coisas vondy!! N vejo a hora de rolar o beijo vondy!! Arrase logo com os demais capítulos!! Beijos^-^


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