Fanfic: Harry Potter e os Pesadelos do Passado | Tema: Harry Potter
Harry Potter e os Pesadelos do Passado
Capítulo 02
Harry desaparatou ao lado de uma velha cabine telefônica, com os vidros quebrados e a ferrugem tomando conta do que um dia fora um vermelho muito forte. Sempre gostara de entrar no Ministério da Magia pela entrada de visitantes, não que ela lhe trouxesse boas lembranças, na primeira vez que a usara, fora para comparecer a uma audiência disciplinar, na segunda, perdera seu padrinho, Sirius Black. Até hoje, Harry não sabia explicar como ele, Rony, Hermione, Neville, Luna e Gina conseguiram se espremer no reduzido espaço da cabine para invadir o ministério.
Harry discou o número 62442 no telefone e a extremamente conhecida voz de mulher ecoou pela cabine.
“Bem-vindo ao Ministério da Magia. Por favor, informe seu nome e o objetivo da visita.”.
– Harry Potter – informou. – Auror.
No mesmo instante, a cabine estremeceu e começou a descer, e descer, até que Harry conseguiu ver a confusão que era o começo de mais um dia de trabalho no ministério da magia. Lembrava-se claramente da primeira vez que chegara ao ministério pela entrada de visitantes, com o Sr. Weasley, e ficara de queixo caído. Hoje, embora muita coisa tenha mudado desde aquele dia, a sensação de Harry ainda era a mesma.
Quando a cabine tocou o chão do átrio, Harry abriu as portas e acompanhou o fluxo de funcionários. Faziam dezenove anos que chegava todos os dias pela entrada de visitantes no ministério, mas as pessoas ainda apontavam, murmuravam e ficavam encarando-o como se fosse a primeira vez que o vissem.
– Ainda famoso! – Disse uma voz animada as suas costas. – Mione, ele está aqui! Escuta, quando você vai parar de chegar no trabalho pela entrada de visitantes? Você é o famoso Harry Potter, pode ter uma lareira para usar a passagem de Flu na sua sala, sabe...
Harry se virou sorrindo para Rony, mas antes que pudesse falar, outra voz conhecida os cumprimentou.
– Mas se ele fizesse isso, Rony – era Neville –, não receberia sorrisinhos e olhadelas, não é mesmo?
Neville apontou para várias bruxas bem mais jovens do que os três, apoiadas em uma coluna, encarando Harry como se ele fosse feito de ouro.
– Como vai, Neville? – Cumprimentou Harry, apertando a mão do amigo.
– Estou ótimo! É bom sair de Hogwarts um pouco para variar. Cá entre nós, ter que trabalhar ao lado do professor Binns todos os dias não é a melhor coisa do mundo.
Harry sorriu, lembrando-se das aulas extremamente monótonas do único professor fantasma de Hogwarts.
– E onde estão os pirralhos, Neville? – Perguntou Rony, olhando em volta.
– Rony! – Hermione finalmente chegara até os três. – Já lhe pedi para não falar assim deles! Ah, olá Neville, como está? – Perguntou, animada. E, não tão feliz, cumprimentou Harry.
Harry ficou confuso com a frieza da amiga e levantou as sobrancelhas para Rony, que deu de ombros e sussurrou em seu ouvido:
– Mione descobriu que você me deu um café da manhã de verdade – Confessou.
Harry coçou a cabeça, sem saber o que dizer a Mione. Como em muitas ocasiões, suas próximas palavras pioraram a situação.
– Prometo que está foi a última vez, Mione!
Ele esperava que a amiga suavizasse a expressão, mas o que aconteceu foi exatamente o contrário.
– Está vez? – Ela fitou Rony com frieza – Estou decepcionada.
Rony a fitou parecendo desconsolado por alguns momentos, mas quando ela virou as costas e foi para a sua sala, ele se virou suplicante para Harry.
– Você não vai parar de me mandar comida escondido, vai, Harry?
– De jeito nenhum! Quando meus tios me obrigaram a fazer aquela dieta horrorosa para ajudar o Duda, você e os outros me salvaram. Mas vamos ter que tomar cuidado de agora em diante, e não deixar a Gina ver. – Harry se virou para Neville. – E então Neville, onde estão os pirra... os alunos?
– Ah, Hagrid ficou encarregado de traze-los até aqui. O único problema é que ele deveria ter chegado a uns vinte minutos...
Rony revirou os olhos.
– Hagrid provavelmente tentou traze-los montados em explosivins ou coisa do tipo, vocês sabem como ele é.
No momento em que ele parou de falar a cabine telefônica voltou a descer. De dentro dela saíram quatro aluninhos do segundo ano e ninguém menos do que Minerva McGonagall, a antiga professora de transfiguração dos três, e grande amiga. Ela se dirigiu até onde os três se encontravam.
– Olá, Longbotton, tivemos alguns contratempos no metro, Hagrid tentou enfiar galeões nos coletores de bilhetes! Olá, Potter, Weasley, é muito bom ver vocês!
– Bom dia, professora! – Cumprimentaram os três.
No momento em que ouviram a professora McGonagall dizer o nome de Harry, os quatro alunos ficaram paralisados, com as bocas escancaradas, olhando mais fixamente para ele do que as garotas que Neville apontara mais cedo, o que confirmou as suspeitas de Harry, aquele seria um longo, longo dia.
Autor(a): Fábio
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