Fanfic: Injustamente AyA | Tema: AyA Rebelde

Alfonso controlava-se para não explodir.

-          Eu não esqueci, mas acho que você esqueceu-se quando me disse para não visita-lo, para me afastar... Lembra-se de quando eu fui te visitar? Disse-me para ficar fora disso tudo, depois me mandou aquela mensagem de texto, terminando tudo... Acho que eu tinha o direito de seguir minha vida. O que fez foi muito grave, não há como tapar os olhos e só depois pude perceber...

-          Eu estava atormentado, quase não conseguia raciocinar, não queria que você passasse anos de sua vida a me visitar em um presídio, ora... achei que fosse me esperar. Eu te prometi que sairia o mais rápido possível... E não me olhe como se eu fosse o diabo em pessoa, não sou um assassino.

-          Por favor, Poncho, é melhor ir...

-          Ela o chamou pelo apelido carinhoso, a voz tão carregada de emoções, quase suplicando que ele fosse como se temesse algo.

-          Tudo bem, eu irei, mas voltarei... Na verdade, voltaremos a nos encontrar, provarei pra você que estava enganada.

Alfonso saiu furioso, chamou um taxi e logo estava em casa. Os jornais ainda não estavam cientes de sua libertade, se não já estariam todos os reporteres possíveis em sua cola. Pediu para que Derrick não contasse a ninguém, pois caso soubessem, quem armou para ele certamente tentaria coloca-lo atras das grades novamente.

Anahí deitou na sua cama com o corpo tremendo, como se estivesse doente. Sentia-se como uma doente, a cabeça doia e sua pressão havia baixado.

A governanta deu duas batidinhas na porta, trazia consigo um comprimido para dor de cabeça e um pouco de chá de camomila.

-          Percebo que a senhora ficou bastante abalada com a visita daquele senhor.

A governanta e Anahí haviam se convertido em boas amigas, pois era a unica pessoa que estava sempre ali e cuidava dela como uma mãe.

-          Um pouco, mas por favor, não conte nada a Manuel, ele pode se preocupar e também são assuntos meus, não quero que ele se aborreça.

Anahí levou o comprimido a boca e tomou um pouco do chá, deitou-se novamente e assim que a governanta saiu, fechou os olhos... Não conseguia dormir, lembranças voltavam a atormenta-la mais uma vez, todos os dias pensava em Alfonso, mas dessa vez era diferente. Lembrou-se do dia em que encontrará Poncho na sala de sua casa com as mãos e as roupas cobertas de sangue, o olhar dele atormentado, havia dito que encontrará o pai no chão ao entrar, achará que havia desmaiado, mas ao se aproximar do corpo, viu que tinha várias facadas espalhadas pelo corpo, a faca estava ao lado do pai, no entanto Alfonso jurara que não tinha tocado na faca, apenas tentara socorrer o senhor Rodriguez, estancando os ferimentos, o que aconteceu tarde demais, pois o pai já estava morto. Nesse dia, todos os empregados haviam recebido folga, menos os seguranças, que no depoimento dado, diziam que apenas Alfonso havia entrado na mansão. As cameras de seguranças e tudo apontavam para que ele fosse mesmo o assassino, entretanto, de ínicio Anahí não quis acreditar, o visitou todos os dias por uma semana, no sétimo dia, Alfonso já não queria vê-la, pedia para que não fosse mais visita-lo, disse que entraria em contato com ela por sms, mandaria pelo celular de Derrick algumas mensagens e quando pudesse telefonaria. Trocaram algumas mensagens, Poncho sempre distante e frio, um mês após recebeu a mensagem:

“Any, acho melhor darmos um tempo, pelo menos até que tudo isso passe, creio que será logo, até lá, não quero que entre em contato comigo. Att. Alfonso”