Fanfic: Injustamente AyA | Tema: AyA Rebelde

Anahí estava deitada a espera do médico. Velasco falava animado ao telefone sobre algumas fotos, desligou e virou-se para Anahí, ainda mexendo no celular.

- Você irá adorar essas fotos que tenho para te mostrar.

Entregou-lhe o celular, as fotos eram de Poncho caido ao chão com as mão amarradas e vários machucados por todo corpo, Anahí estremeceu. Olhou Velasco com toda a raiva que era possível sentir por alguém.

- Isso é para você nunca mais ousar em me desafiar, posso da próxima vez quebrar o pescoço ao invés das costelas.

- Eu odeio você! - Anahí gritou esquecendo das dores que sentia e avançou em cima de Velasco, dando-lhe socos e chutes. Ele apenas ria, como se estivesse achando tudo divertido. Até que perdeu a paciência e fechou as mãos em volta do pescoço dela.

- Já chega! - Jogou-a longe, fazendo-a cair no chão.

O médico chegou acompanhado de uma enfermeira. Examinou-a, Anahí relatou que sentia fortes dores no abdomen e muito enjoou.

- Creio que precisará passar por alguns exames de sangue e tudo mais, amanhã estarei em meu consultório e minha assistente marcará uma consulta para você, ok? Quanto ao seu nariz, você bateu o rosto em algum lugar?

Ela ia dizer que não, mas Velasco tratou de interferir e falar.

- Sim, estavamos andando pelo shopping e Anahí não viu uma grande porta de vidro na loja onde foi comprar vestidos e acabou batendo. Ela é muito distraída.

O médico pareceu acreditar, passou alguns analgesicos e se foi.

A noite foi um terror, não conseguia dormir por conta das dores e de Poncho.

Na manhã seguinte, foi ao médico, apenas com o segurança, pois Velasco tinha que resolver alguns assuntos. Após passar por vários exames, esperou para receber os resultados.

- Anahí - a assistente chamou-a, mandando-a entrar na sala do médico.

- Com licença. - pediu, sentando-se de frente para o médico.

Velasco havia advertido para que ela não abrisse a boca, pois caso algo desse errado para o lado dele, daria ordem para matar Poncho e a mataria logo em seguida.

- Estou com o resultado de seus exames... Você está com anemia, como eu já suspeitava pelo seu aspecto pálido. Precisará comer bem de hoje por diante, não só por conta da anemia, como também pelo bebê que você espera.

SUA CABEÇA COMEÇOU A DAR VOLTAS. Estava grávida de um bebê de Alfonso. Quis chorar de alegria, mas também de medo, levou a mão ao ventre e lágrimas começaram a rolar.

- Está feliz? Seu marido ficará contente, eu presumo.

- Por favor, não conte isso a ele... temo que ele não queria o bebê e possa me obrigar a tirar. 

O médico a analisou preocupado. 

- Certo, não contarei nada... Mas sua barriga crescerá, não poderá esconder a gravidez por muito tempo, senhora. Por acaso seu marido a agride? Senti que estava bastante amedrontada, pode confiar em mim, estou aqui para ajuda-la.

- Sim, ele me agride, não bati o rosto conforme ele relatou, ele me jogou contra uma estante. Por favor, ajude-me, tenho aqui esse número, precisa ligar e contar que estou correndo perigo... O bebê que espero não é do meu marido, na verdade, não temos relações de marido e mulher. Ele me mantem a um mês aqui no Brasil e sinto que o pior irá acontecer se eu não escapar.

O médico se chamava Pedro Damían, era um senhor simpático e Anahí sentiu por ele imensa gratidão. Sabia que podia confiar nele.

- Pedirei para que fique internada aqui, ficará até que sua ajuda chegue. Ligarei para esse número e avisarei que a senhora precisa de ajuda.  Com quem devo falar?

- Alfonso Herrera, ele é o pai do meu bebê. Conte sobre o bebê, fale que nós dois estamos em perigo e precisamos de ajuda logo... Estou sem dinheiro e sem passaporte, Velasco está com tudo o que é meu sob seu cominio, não tenho como sair do pais sozinha.