Fanfic: Injustamente AyA | Tema: AyA Rebelde

E começou a correr e bater o corpo contra a porta, gritou de dor na primeira tentativa, mas veio uma segunda e terceira até que a madeira foi ao chão. Esqueceu de toda dor quando viu que a quantidade de sangue aumentava. "Deus, permita que esteja tudo bem com meu bebê"- pediu em oração.

Já era noite e a unica iluminação era a da lua. Pegou a garrafa vazia e começou a andar o mais depressa que podia, depois de um tempo andando, avistou um lago. Agradeceu a Deus por ter encontrado água, encheu a garrafa e bebeu o máximo que pôde, retornando a encher para beber quando sentisse sede. Procurou por algo que pudesse matar sua fome, mas não encontrou nada. Não perdeu mais tempo, precisava se distanciar da fazenda, andou e andou até verificar que já estava muito longe, entretanto não tinha ideia de onde estava. Não aguentava mais andar, os pés estavam machucados, havia sido picada por dezenas de mosquitos, deitou debaixo de uma árvore e prometeu que só descansaria alguns minutos, mas adormeceu.

Anahí despertou com o sol batendo em seus olhos, assustou-se por ter dormido tanto. Levou a mão ao ventre, lembrando-se do sangramento, poe-se de pé, mas já não sangrava tanto. Bebeu um pouco de água e molhou o rosto, deixando o suficiente para beber depois. Seu estomago roncava e sentia-se fraquejar novamente, mas ignorando tudo, andou... andou cerca de uma hora até encontrar uma casinha escondida na mata. "Deus, por favor, que eu encontre alguém que possa me ajudar" - orou novamente caminhando até a casa. Bateu na porta algumas vezes até que a mesma foi aberta por uma senhora. Anahí poe-se a pedir ajuda de imediato, a senhora convidou-a para entrar, tranquilizando-a de que ali não corria mais perigo.

- O que aconteceu, minha jovem? 

- Estou grávida e preciso de ajuda para chegar até a cidade.

Depois de explicar toda situação, a senhora a serviu um prato de sopa e um pão. Ela comeu com gosto, agradecendo inumeras vezes pela refeição.

- Tome um banho, limpe-se e descanse um pouco.

- Não posso demorar muito, será que não teria alguém que eu pudesse pedir para que me levasse a cidade?

- Faça o que estou te dizendo, filha. Amanhã bem cedo meu filho virá me trazer umas compras, ele mora na cidade. Fico aqui porque amo a tranquilidade, todos os dias ele vem me visitar e amanhã pedi para que me trouxesse algumas compras.

Um pouco apreessiva, ela aceitou. Mas se Velasco fosse vê-la e não a encontrasse lá? 

Alfonso ainda não havia voltado para casa, estava na casa de Christopher, não conseguia sequer olhar para Diana. Não tinham noticias de Anahí. Havia notificado a policia, mas não deram importancia por se tratar de uma denuncia contra Velasco.

A noite a senhora serviu carne e arroz, a comida era simples, mas muito saborosa e Anahí comeu e repetiu, feliz por estar finalmente alimetando-se bem. O sangramento havia parado, mas ainda sentia-se muito fraca. Dormiu na cama da senhora, que foi dormir em uma caminha que servia para seu filho, quando ele dormia lá.

A noite foi tranquila, Velasco não havia visitado a fazenda. Ele só fez no dia seguinte, quando encontrou a porta quebrada, tratou de começar a vasculhar o local a procura dela.

- Vão, ela com certeza não está longe... quando a encontrarem, me avisem, irei faze-la pagar caro por isso.

Os seguranças foram a procura de Anahí. O filho da senhora, de nome Julio tinha chegado logo cedo, trazendo as compras da mãe. A senhora explicou sobre Anahí e ele ofereceu-se para leva-la para cidade. Almoçaram e depois do almoço Julio anunciou que iria voltar para cidade. Anahí animou-se, agradeceu a senhora, prometendo que voltaria para visita-la quando estivesse melhor, a senhora desejou boa sorte a Anahí e beijou-lhe as mãos.

Entraram no carro e pegaram estrada. Atrás deles vinha um carro, Julio perguntou se ela reconhecia e Anahí logo reconheceu ser um dos carros de Velasco, o carro acelerou pela estrada de barro e Julio para não levantar suspeita, deixou que passassem por eles, mas antes disso, Anahí se abaixou para que não fosse vista. Sentiu que seu coração ia parar quando viu que os seguranças pararam o carro e Julio fez o mesmo.