Fanfic: Querido vampiro - Vondy - adaptada - TERMINADA

Dulce sentiu o desejo invadi-la. Já havia visto paixão nos olhos de um homem, mas pela primeira vez desde a morte do marido, experimentava-a dentro de si mesma.
Num minuto estavam encarando-se, tentando compreender a misteriosa necessidade que partilhavam e no outro se beijavam com desespero.
Um fogo intenso os envolveu e as mãos adquiriram vida própria. Ao tocar um de seus seios, Christopher a ouviu suspirar e a certeza de também ser desejado o fez sentir-se poderoso e vulnerável ao mesmo tempo. O corpo clamava pela satisfação que não obtivera nos últimos anos, e sabia que em pouco tempo estaria atingindo o ponto de onde nenhum homem conseguia retornar. Era hora de tomar uma decisão.
Não permanecera celibatário por cinco anos para desistir de tudo num momento de fraqueza, nem era o tipo de homem capaz de tirar vantagem das necessidades de uma mulher. Determinado, afastou-se de Dulce e evitou encará-la.
— Eu… sinto muito. Não devia ter feito isso.
Dulce estava assustada com a enormidade dos próprios sentimentos, mas algo em seu tom de voz a fez voltar à realidade.
— Existe outro alguém?
— Não. - Ele respondeu.
— Também não existe ninguém em minha vida desde a morte de Alfonso. Portanto, se está preocupado com… Bem, com o meu passado…

Christopher riu com amargura.
— Nem pensei nisso.
E em que havia pensado? Christopher Uckermann era cheio de segredos e não parecia disposto a dividi-los.
— Não se preocupe — Dulce suspirou resignada. — Foi só um beijo.
— Eu sei, mas… Bem, não quero as complicações de um relacionamento. Estava perfeitamente feliz com minha vida.
Estava? Provavelmente nem percebia que havia falado no passado, mas Dulce estava atenta. Uckermann enganava-se acreditando ser capaz de ignorar o calor que brotara entre eles.
— Entendo. - Ela disse. — Foi um lapso momentâneo que não voltará a acontecer, se não desejarmos.
— Ótimo. E bom saber que vê as coisas por esse ângulo. — Christopher suspirou aliviado. — Vamos esquecer que isso aconteceu.
Dulce afirmou com a cabeça, certa de que nenhum dos dois esqueceria.
— Devia ter ficado lá dentro. - Ele comentou.
— Achei que podia precisar de ajuda para encontrar as ferramentas.
— Não precisava ter saído na chuva. - Ele insistiu, aproximando-se das prateleiras. — Conheço um pouco sobre carpintaria e até consertei alguns telhados.
— Nesse caso, acho que vou voltar para casa e deixá-lo cuidar de tudo.