Fanfic: Querido vampiro - Vondy - adaptada - TERMINADA

Os meninos seguiam seus movimentos com atenção, tomando cuidado para não tocar em nada nem atrapalhá-lo. Falavam demais, mas Christopher não reclamava, pois a conversa era uma excelente maneira de obter mais informações a respeito de Dulce. Quando encerraram o trabalho e foram jantar, já havia descoberto que ela gostava de livros de mistério, que tinha uma fraqueza por bolo de chocolate com cobertura dupla e que não acreditava em bater nos filhos.
Ao terminar a deliciosa refeição, Christopher cumprimentou a cozinheira.
— Parabéns, Pete. Seu tempero é realmente maravilhoso.
Dulce viu o sorriso satisfeito no rosto da empregada e surpreendeu-se com a rapidez com que ele a conquistara. Apesar de ainda manter alguma reserva com os garotos, Andy e Mark já eram admiradores devotados. Esperava que os próprios sentimentos não fossem tão evidentes.
Apenas a pequena Katie fazia questão de manter distância do vizinho.
A semana foi tranqüila. Christopher logo se acostumou aos novos horários e descobriu que esperava com ansiedade por cada dia em companhia dos Saviñon. Ainda temia os momentos de solidão ao lado dela e tomava todo o cuidado para manter o relacionamento em bases estritamente profissionais.
Ela parecia aceitar seus termos e jamais ia ao celeiro sem levar pelo menos uma das crianças. Quando conversavam, era sobre a reforma ou outros assuntos de interesse geral.
No final da primeira semana, Christopher passara até a apreciar a companhia de Andy e Mark, mas ainda mudava de assunto sempre que eles tentavam falar sobre as coisas estranhas que pensavam ter visto em sua casa.

Katie não se aproximava, mas deixara de usar o colar de alhos. Um progresso e tanto.
Dulce também mantinha distância, um fato que devia agradá-lo… Mas não o agradava. Havia sido bobagem pensar que podia voltar ao estado de dormência emocional no qual passara os últimos cinco anos. Por mais dolorosa que houvesse sido a solidão, não era nada comparada à dor de não poder tocar Dulce Saviñon.
Apesar da exaustão que o dominava a cada noite, quando voltava para sua casa silenciosa e deserta, tinha dificuldades para dormir. Era impossível não pensar em Dulce e nas coisas que sentia por ela. Sentimentos que não queria ter… Preferia não admitir as mudanças ocorridas em sua vida desde que a conhecera.
Sabia que passara a gostar muito de Dulce ou teria aceitado o que ela lhe oferecera no celeiro, naquele primeiro dia. A preocupação com o bem estar da viúva era a única coisa que o impedia de persegui-la abertamente. Não queria sofrer novamente, mas acima de tudo, não queria magoar Dulce.
Várias vezes pensara em desistir e voltar ao tempo em que só pensava em si mesmo. Naqueles dias as coisas haviam sido muito mais simples e era feliz com sua vida. Feliz? Não. Menos ameaçado, talvez.

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