Fanfic: Querido vampiro - Vondy - adaptada - TERMINADA

Pouco depois, enquanto comiam as enchiladas preparadas por Petrita, Dulce anunciou:
— Decidi que vocês três devem pedir desculpas ao sr. Uckermann. Teremos de ir até lá e pagar pela janela quebrada.
— Não! — Mark disparou com firmeza. — Agora que sei o que ele é, não voltarei lá para ser transformado num morto-vivo.
— Nem eu — Andy concordou com o irmão.
— Meninas também podem virar mortas-vivas? — Katie choramingou.
— Não — Mark riu. - Os vampiros comem coisas minúsculas como você.
— Mark Saviñon, agora chega! O fato dele nunca sair à luz do dia não o torna um vampiro. Talvez seja doente. Algumas pessoas têm alergia à luz do sol, sabe?
Pete benzeu-se.
— Talvez ele transforme-se num morcego e coma insetos.
— Talvez o nome dele seja Conde Gargoyle e não Christopher Uckermann — Mark opinou.
— Aposto que há uma camada de terra da Transilvânia dentro daquele caixão — Andy declarou.
Dulce levantou-se como se estivesse preste a cometer homicídio.
— Basta! Se se negam a pedir desculpas e pagar pela janela quebrada, eu irei no lugar de vocês.
— Não, Sra. Dulce! Não deve ir àquele lugar!
— Não vá, mamãe — Andy suplicou. — Prometemos nunca mais olhar naquela direção. Arrumaremos nossas camas todos os dias e lavaremos a louça. Não é, Mark?

— Fale por você. — Virando-se para a mãe, o mais velho argumentou: — Não faça isso. Já é difícil ser novo na cidade sem ser filho de uma criatura da noite.
— Não o deixe sugar seu sangue, mamãe — Katie soluçou.
Mas Dulce sabia que não devia confiar nas promessas dos pequenos. Agora que a fantasia os fascinara, sua casa viveria em constante alvoroço. Nunca mais conseguiria trabalhar em paz se não acabasse com a história do vampiro de uma vez por todas. Já estava atrasada com a reforma. O trabalho do encanador e do eletricista haviam sido mais caros do que esperava e agora teria de cuidar da pintura e do acabamento da casa sozinha. Nesse ritmo, não terminaria a tempo de receber os primeiros hóspedes no outono.
Notando a preocupação dos filhos, Dulce abandonou o assunto. Iria desculpar-se com Uckermann depois que eles dormissem. Talvez ele concordasse em recebê-los em algum momento do dia para destruir a teoria do vampiro e restaurar a paz. As crianças partiriam para um acampamento da igreja em duas semanas e Pete passaria vários dias no México, onde um membro da família se casaria. Então poderia ter um pouco de tranqüilidade para trabalhar.

Ao parar diante da casa de Uckermann, Dulce arrependeu-se de ter ido até lá. O lugar era realmente assustador! Ainda não acreditava que o sujeito fosse um vampiro, mas podia tratar-se de um pervertido. Parada na varanda, estava tentando decidir o que fazer quando ouviu os latidos de um cão no interior da casa escura. Assustada, censurando-se por ter se comportado como a heroína de uma novela gótica, virou-se para partir.
Nesse momento a porta rangeu nas dobradiças e uma voz brotou das sombras.
— O que você quer?
Estava tão apavorada com o som macabro e a voz profunda, que disse a primeira coisa que surgiu em sua mente.
— Ouvi dizer que tem um caixão em sua sala de estar. Christopher Uckermann estava surpreso com a visita inesperada. Klute o avisara sobre a presença estranha na varanda, mas não esperava que o intruso fosse uma mulher jovem e atraente. Os cabelos castanhos na altura dos ombros emolduravam um rosto delicado e preocupado.
_ Eu fiz uma pergunta. - Ele repetiu.
— Bastante rude, aliás. Você é Christopher Uckermann, não? — — Exatamente. E você?
— Sou Dulce Saviñon, sua vizinha. Mudei-me com minha família há cerca de um mês. Soube que meus filhos estiveram espionando por aqui hoje de manhã e gostaria de pagar pela janela que eles quebraram.
— Não se preocupe. Não foram seus filhos que quebraram a janela. Foi o meu cachorro. Boa noite, sra. Saviñon.
— Vá em frente, bata a porta no meu nariz. - Ela o desafiou.