Fanfic: Querido vampiro - Vondy - adaptada - TERMINADA

— E como se não bastasse, Petrita, minha empregada, esconde crucifixos pela casa e benze-se cada vez que seu nome é mencionado. Minha filha usa um colar de alho até para dormir e ultimamente tenho sentido uma certa dificuldade em me aproximar dela, se é que entende…
Desta vez Christopher riu e o alívio foi surpreendente. Há quanto tempo não ria?
Animada, Dulce voltou à carga.
— Se não pode ir almoçar, pelo menos faça uma visita rápida, só para mostrar a Pete e às crianças que seu rosto é refletido por um espelho. Coma um dente de alho, beije um crucifixo e o assunto estará definitivamente encerrado. O que me diz?
— Você sabe muito sobre vampiros.
— Mark é o especialista. Jonathan Dark ensinou a ele tudo que sabe. E então?
Cinco anos. Durante cinco anos, não deixara ninguém envolvê-lo, especialmente com artifícios como charme. E em cinco minutos descobria-se totalmente fascinado pela viúva Saviñon!
— Petrita é uma boa cozinheira?
— Ela faz chili rellenos de enlouquecer!
Sabia que devia recusar. Cinco anos de retraimento social tornavam difícil dizer sim. E o poder de atração da personalidade envolvente de Dulce Saviñon tornava ainda mais difícil dizer não.
— Pode contar comigo.

O almoço para o vampiro, como as crianças diziam, prometia ser uma ocasião sombria e tumultuada. Quando Dulce deu a notícia à família, durante o café da manhã, os três opuseram-se violentamente ao encontro com o morto-vivo.
Katie parecia ter acabado de descobrir que Papai Noel não passava de uma lenda. Seus olhos brilhavam e duas lágrimas caíram em sua tigela de cereal.
— Você não gosta mais de nós, mamãe? — Perguntou, incrédula.
— E claro que amo vocês, querida. Muito. Por isso quero que aprendam de uma vez por todas que vampiros não existem. Quando conhecerem o sr. Uckermann, verão que ele é apenas um homem normal. É para o bem de vocês.
Mark virou-se para o irmão, aborrecido.
— Já notou que os adultos sempre dizem isso antes de fazerem algo realmente terrível?
Andy afirmou com a cabeça e ajeitou os óculos.
— Foi o que ela disse antes de nos mudarmos para cá.
— Estão esquecendo que votaram a favor da mudança — Dulce lembrou.
— Mas não sabíamos de quem seríamos vizinhos. - Katie choramingou.
— Tem razão. - Andy concordou. — Não sabíamos que havia um vampiro morando na mesma rua.
— Ele não é um vampiro- Dulce insistiu. — É apenas um homem chamado Christopher Uckermann.
— Voto pelo cancelamento do almoço. - Mark sugeriu.
— Eu também. - A caçula apressou-se em opinar, seguida por Andy.

— Tarde demais- A mãe negou com a cabeça. — Ele virá e o assunto está encerrado.
— E se eu não estiver com fome na hora do almoço? — Katie quis saber.
— Então virá sentar-se à mesa e ficará em silêncio enquanto nós comemos.
Katie abaixou a cabeça, derrotada. Andy ficou quieto, sinal de que voltaria ao assunto mais tarde e Mark comeu mais um pouco do cereal. Nenhum tema o aborrecia a ponto de prejudicar seu apetite.
— O que teremos para o almoço? — perguntou. — Asa de morcego e olho de cobra?
— Sopa e sanduíches de atum. — Dulce esperava não desapontar o convidado, mas Pete negara-se a preparar seu chili rellenos. Na verdade, avisara que não sairia de seu quarto.
Mark riu e cutucou o irmão com o cotovelo.
— Não importa qual será o cardápio. Ele não vai comer.
— É verdade! Vampiros não comem! Apenas sugam sangue.
— Ótimo. - Dulce intercedeu. — Essa será a prova de que estão enganados. Quando o sr. Uckermann comer o primeiro sanduíche, saberão que ele não é um vampiro.

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