Fanfic: Querido vampiro - Vondy - adaptada - TERMINADA

Eu disse que queria terminar a web ateh hoje mas não deu gente, foi mal... eh que eu passei super mal no fim de semana....

À medida que a hora do almoço se aproximava, Dulce tentava convencer os três filhos a comportarem-se, mas era inútil. Katie negava-se a tirar o colar de alhos e Mark e Andy estavam agitados demais para seguir regras.
Para completar, as nuvens que haviam coberto o céu do Texas durante toda a manhã despencaram numa chuva violenta. Talvez fosse esse o motivo do atraso do convidado.
Também podiam ter desistido de comparecer. O fato de não ter telefonado reforçava a fama de grosseiro e pouco civilizado.
Katie entrou na cozinha no momento em que Dulce terminava de preparar os sanduíches.
— Olá, querida. Vamos comer em alguns minutos. Vá lavar as mãos, e diga aos seus irmãos para prepararem-se, também.
— Já nos lavamos. Posso comer um sanduíche em meu quarto?
— Não. Vamos almoçar na sala de jantar com nosso convidado. E é melhor que mostrem boas maneiras. - Dulce avisou, despejando a sopa fumegante numa tigela de porcelana.
A mesa estava arrumada, a comida pronta e as crianças não conseguiam mais esconder a ansiedade. Onde estaria Christopher Uckermann, afinal?

— Devo estar maluco. — Christopher resmungou, enfrentando a chuva a caminho da casa dos Saviñon. Tinha coisas mais importantes para fazer numa tarde chuvosa de segunda-feira. Almoçar, especialmente com uma vizinha curiosa, não era seu estilo.
Klute e ele haviam saído a tempo, mas a tempestade os surpreendera na metade do caminho e tivera de voltar para deixar a cadela em casa. Não podia invadir a sala de uma mulher que mal conhecia com um animal pingando! Sabia que estava atrasado, mas não se importava com isso. Relógios e compromissos eram coisas que havia esquecido desde sua chegada em Jacinta.
Nos últimos cinco anos, trabalhava quanto tinha vontade, comia quando sentia fome e dormia quando estava cansado demais para fazer qualquer outra coisa. Não respondia a nada que não fosse a própria necessidade, e essa era uma maneira excelente de se viver.
Então, por que hoje havia interrompido esse estilo de vida? Por que enfrentava a chuva e a lama para comer um almoço que nem queria? Não era nenhum samaritano. Por que havia admitido ajudar a vizinha a livrar seus três filhos daquelas idéias absurdas?

Odiava admitir, mas a verdade era que se sentia atraído pela jovem viúva. Na noite anterior, quando fitara os olhos castanhos de Dulce, experimentara um forte desejo. E durante a conversa havia tido vontade de tocá-la, beijá-la e acariciá-la. E então, seguindo esse estranho sentimento, surgira à necessidade de protegê-la. De si mesmo. Cinco anos de celibato faziam coisas estranhas a um homem.
Isso tudo devia ser resultado da sobrecarga de testosterona, admitiu. Arriscara-se a ser atingido por um relâmpago só para almoçar com uma mulher atraente! Os homens eram criaturas ridículas.
Christopher parou na varanda para sacudir as roupas ensopadas antes de bater na porta dos fundos. Através da janela, viu Dulce abrir a porta do forno e verificar seu interior, o rosto corado ainda mais lindo do que se lembrava. Ensopado ou não, estava feliz por ter vindo e mais ainda por Dulce Saviñon ser viúva.
Quando bateu na porta, as três crianças correram até a cozinha e ficaram esperando ansiosas, como se esperassem ver o próprio diabo invadindo sua casa. Que tipo de mãe permitia que os filhos lessem os livros de Jonathan Dark? Não era uma literatura aconselhável para mentes jovens e impressionáveis. Por mais atraente que fosse a viúva, aquelas crianças o fizeram lembrar que não estava interessado em se envolver com a família de quem quer que fosse. Comeria o alho, beijaria o crucifixo e iria embora.