Fanfic: Querido vampiro - Vondy - adaptada - TERMINADA

Assim que ficaram sozinhos, Dulce desculpou-se.
— Foi um almoço muito simples, mas Pete é uma pessoa supersticiosa e negou-se a sair do quarto enquanto você estivesse aqui. Lamento não ter podido servir o prato que mencionei ontem.
— Não faz mal. - Ele encolheu os ombros.
— Venha, vou levá-lo para conhecer a pousada. - Ela convidou enquanto levantava-se.
— Acha que há necessidade de uma hospedaria por aqui?
— O local é perfeito. Não estamos muito longe de San Antônio e suas atrações e muitas pessoas preferem pequenas pousadas aos grandes hotéis.
— Não tem medo de hospedar estranhos em sua casa?
— Sou viúva de um policial e sei como me defender. Além do mais, pretendo dar preferência à famílias e grupos mais numerosos.
Nesse momento um estrondo sacudiu a casa e as crianças desceram a escada correndo.
— Senhora! — Pete exclamou apavorada, aproximando-se com a pequena Katie nos braços. As duas estavam molhadas e cobertas de pedaços de gesso. — O teto caiu sobre nós!
— Oh, não! Estão feridas? Katie machucou-se?
— Estamos apenas molhadas. O quarto também ficou ensopado. - A empregada avisou.

Christopher notou o olhar apavorado de Dulce e entrou em ação.
— Garotos, corram até a cozinha e tragam a maior panela que encontrarem. Pete, vá enxugar Katie e vista roupas secas. Dulce, pode me mostrar o local do acidente?
Ela conduziu-o ao quarto de Pete.
O buraco no teto era do tamanho de uma melancia, e a cama de Pedrita estava ensopada.
— Vou precisar de um plástico resistente, martelo e pregos. — Christopher avisou.
Sempre fora auto-suficiente, mas era bom poder contar com a ajuda de alguém num momento de crise. Entretanto, não podia permitir que ele saísse na chuva para resolver um problema seu.
— Não posso pedir…
— Você não pediu nada. — Christopher a interrompeu. — Eu ofereci.
Mark apareceu no quarto com uma enorme bacia e Christopher empurrou a cama para posicioná-la sob o buraco. Pete e as duas crianças surgiram com vassouras e panos, e Uckermann empurrou Dulce na direção da porta.
— Pode me mostrar onde guarda as ferramentas?
— No celeiro. — Ela respondeu, deixando-se conduzir até a cozinha. — Tenho certeza de que encontrará tudo que for necessário.

Christopher tirou os óculos e depositou-os nas mãos dela antes de abrir a porta.
Sem saber o que dizer, Dulce o viu sair correndo no meio da tempestade. Afinal, quem era esse estranho e por que exercia um efeito tão poderoso sobre ela?
Christopher alcançou o celeiro e sacudiu a cabeça para retirar o excesso de água dos cabelos. Quando se virou para fechar a porta, Dulce estava lá, ofegante. A camisa branca ensopada deixava entrever o sutiã delicado e o formato arredondado dos seios fartos e de repente ele surpreendeu-se imaginando como seria tocá-los e provar seu sabor.
Os olhos encontraram-se. Dulce sabia em que ele estava pensando, e não desaprovava suas idéias. Caso contrário, não estaria ali. Sem pensar, Christopher aproximou-se um passo.
Não… Dulce não toleraria ser jogada sobre uma pilha de feno em seu próprio celeiro.
Mesmo assim, não conseguia afastar-se dela, nem tirar as estranhas e perigosas idéias da cabeça. E havia algo na maneira como ela o encarava, como se também estivesse disposta a considerar tais idéias…

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