Fanfic: Adultério - Finalizada. | Tema: Vondy e Savirroni

Demorei muito para me acalmar, eu estava tão nervosa, destruída, tão decepcionada, que acabou comigo aquilo. Eu estava deitada na cama, enquanto ele estava ao meu lado, com uma mão segurando minha cintura e a outra fazia carinho no meu cabelo.

- Quer falar? - ele começou.

Fechei os olhos.

Meu coração deu outro salto.

- Não...- pedi quase sem voz.

- Só me diga o que aconteceu. Você estava bem quando sai da sala e quando voltei estava desse jeito. O que houve?

- Não quero falar disso...- doía até de lembrar, imagina falar. Eu só queria esquecer, mas seria impossível, não dava para esquecer.

- Tudo bem. Não vou insistir. Não agora, mas depois eu quero saber - avisou.

Não falei nada.

- Já são quase seis horas, está na hora de nos arrumarmos para a festa do Pablo.

Aí não...

- Eu não quero ir.

- Seria uma desfeita Dulce. Eu confirmei a nossa ida faz um tempo. Vai pegar mal se não formos, entende? - me olhou.

Entendia. Gente rica é tão fresca que se não for para um evento, pode arruinar sua fama. Mas eu queria vê se ele ainda ficaria com esse pensamento se eu falasse sobre Pablo.

Mas eu não estava afim de falar.

Não depois do que descobri.

Eu não tinha cabeça para nada!

- É um baile de máscara e eu não com..

- Não se preocupe com isso. Só coloque um vestido, de qualquer cor. A máscara é preta - ele falou e em seguida me deu beijo nos lábios.

Eu não correspondi.

- O que foi Dulce? - perguntou mais uma vez.

- Eu só não estou afim...- murmurei.

******

No carro eu ia distante dele, o que me lembrou da época que nem nos falávamos. Ele tentou falar comigo, mas eu sempre o cortava. Até que ele achou melhor calar a boca.

Eu não conseguia parar de pensar sobre o filho dele, na Belinda, nele próprio e em mim. Me arrumei no piloto automático, coloquei qualquer vestido de festa que tinha no meu closet e já estava pronta, maquiagem estava tão simples que nem parecia que estava maquiada.

Meus olhos estavam um pouco enchados, mas como o tema da festa era máscaras, então, as pessoas não iam perceber. Eu não ainda não acreditava que pudesser ser verdade. E quando ele ia me falar? Será que ele estava fazendo o que eu estava fazendo com ele? Me preparando primeiro para depois falar?

Se fosse isso...

Não ia adiantar!

Merda!

Era um filho!

No meu caso, até ia porque eu NÃO FIZ FILHO em ninguém, não engravidei ninguém, meu único erro foi ter me envolvido com mulher, com outras pessoas. Dava com o tempo apagar isso e recomeçar.

Mas um filho não.

Ele estaria sempre ele. A traição dele com Belinda ou com qualquer outras mulheres já estava perdoada por mim. Eu também trai, então, estava perdoada, eu não me importava mais com isso. Mas ele fez o favor de fazer um filho e já era demais pra mim.

Demais!

Eu não ia conseguir perdoar!

O que Maitê disse no shopping veio na minha mente, ela não podia fazer mais nada para me destruir, ela poderia se polpar disso. Ele já fez por ela isso. Quando fez um filho em outra.

Suspirei olhando a rua repleta de carros.

Ainda tinha Pablo.

Meu Deus, o que estava acontecendo na minha vida? Maitê, Pablo, o filho do Christopher, Belinda, Renata, o que ia vim mais?

O carro parou em frente a mansão.

O motorista saiu nos deixando sozinhos.

- Aqui...- Christopher começou - Aqui está a máscara - ele tirou uma caixa de trás de mim que eu não tinha visto.

Ele abriu a caixa revelando duas máscaras.

Uma era toda delicada, com pedrinhas de diamantes e cobria todo o rosto. A outra era mais simples, porém, tinha três cores: Preto, marrom e cinza. Bem lindo combinação.

A minha era toda preta!

- Espero que goste...- falou baixo.

- Gostei sim. - peguei a minha e coloquei no rosto. Vi pelo espelho do retrovisor que eu estava irreconhecível nela. Christopher colocou a dele e então saímos do carro.

Andamos até a entrada da casa.

- Boa Noite. Nome por favor - uma mulher pediu. Ela estava com roupa social e muito bem maquiada. Tinha dois seguranças atrás dela.

- Christopher e Dulce Uckermann - ele disse ao meu lado. Sua mão segurou minha cintura.

Ela olhou em uma lista e sorriu.

- Sejam Bem-Vindos Sr.eSra. Uckermann.

Entramos na casa que estava cheia, pessoas com máscaras uma mais cara que a outra e até exagerado de alguns. O som ao fundo era de um violino muito lindo, pessoas conversavam, riam, desfilavam e entre outas coisas.

- Não vamos demorar. Só vou marcar presença. E já vamos. - Christopher avisou.

Não falei nada.

Ele encontrou com um homem que eu não conhecia e pediu licença se afastando de mim indo até lá. Eu olhei em volta entediada querendo minha cama, e poder voltar a chorar.

Um garçom passou com uma bandeja cheia de bebidas diversas, peguei um copo de Whisky e virei tudo. Andei até a parte da piscina da casa que também estava cheia. Olhei em volta atrás de Pablo e não o encontrei. Consegui achar uma cadeira(sofazinho) vazio e sentei.

Outra garçom passou com mais bebida e eu peguei dessa vez três copos de Whisky. Virei os três de uma vez também.

- Vai com calma - um cara falou atrás de mim e logo ficou na minha frente. Suspirei.

O que ele queria?

- Me deixa - pedi.

- Me chamo Derrick James - disse o cara com máscara muito bonita e aparentemente cara.

Não respondi.

Depois do que aconteceu com Pablo na boate, me serviu de alerta para não dar mole para qualquer um não.

- E eu com isso? - fui grossa.

Ele riu.

- Tem personalidade gostei...- olhou em volta e sentou no chão ao meu lado por falta de sofás, tinha nas mãos um copo de drink. - É casada? - seus olhos estavam na minha aliança.

- Sou sim.

- Ele está aqui?

- Está sim. - suspirei olhando a piscina.

Outra música começou, agora mais agitada mas com o violino mesmo.

- Tem personalidade mas é casada, que pena - ele negou com a cabeça - As mulheres daqui só sabem falar de cabelo, última moda em Paris, coisas fúteis, e não tem personalidade própria.

- E o que eu tenho haver com isso?

- Viu só? - suspirou. - Qual é o seu nome?

- Maria - respondi.

- Você viu o Pablo por aí? - olhou em volta.

- É amigo dele?

- Na verdade não. Eu sou amigo da prima dele que está aqui pegando alguém, e me deixou sozinho por aqui - bufou.

Ri.

- Por que não pega alguém também?

- Tentei...Mas não dar. As mulheres daqui são tão sem noção cara. - bufou de novo - Não dar, eu não consigo ficar com alguém que não tem cérebro, mesmo que seja apenas uma ficada.

- Você é o primeiro cara que ouço falar isso.

- Eu sei...Sou estranho, né? - riu.

Não respondi.

Outra garçom passou e eu peguei mais quatro copos de Whisky, virei um de uma vez e o outro bebia calmamente. Derrick roubou um copo meu e bebeu também.

Ficamos ali bebendo e olhando a piscina.