Fanfic: Adultério - Finalizada. | Tema: Vondy e Savirroni

Terça-Feira amanheceu e eu não queria sair da cama, mas era preciso. Me arrumei e sai junto com Sofia que ia para casa. Me afundei no trabalho, eu estava com humor péssimo, e qualquer coisa me tirava do sério.

No meio do almoço, Fernando mandou uma mensagem dizendo qual era o hotel dele e mandou a hora que fosse pra lá. Eu nem respondi e deixei meu celular desligado.

Voltei ao trabalho, fiquei até umas 16:33 lendo relatórios, até Adam pedir licença e entrar na minha sala, conversamos sobre os designs e em seguida ele foi embora. Não disse nada, não comentou nada. Ele percebeu, na verdade ele sabia que eu não estava bem e se ele falasse algo, eu iria gritar com ele.

Adam me conhecia, igual o Caleb que vivíamos trocando mensagens no celular. Ele estava muito ocupado ultimamente na empresa dele que só aparecia problema e mais problema.

Anahi e eu conversavamos na hora do almoço por celular, ela me chamava para almoçar em restaurante mas eu sempre negava. Enfim, as 18:12 entrei no meu carro e fui para o hotel.

Sofia não iria para lá hoje. Tomei uma ducha demorada, fiz um rabo de cavalo, coloquei uma calça e um blusa vermelha, uma sapatilha, só passei batom e peguei minha bolsa saindo do quarto e logo do Hotel. Conhecia bem onde Fernando estava hospedado.

Era um hotel luxuoso. O mais caro da cidade.

Dirigi até lá sem muita vontade. O motorista levou o meu carro, assim que desci do mesmo e me dirigi até a recepção vazia.

- Boa Noite. Tenho que falar com Fernando Savino.

- Senhorita Savino seja bem-vinda. Seu pai já se encontra no restaurante do hotel. - a mulher sorria abertamente - Por favor esse senhor irá acompanha-la até lá - apontou atrás de mim.

Me virei vendo um senhor uniformizado.

Segui o senhor até o restaurante e de longe vi Fernando sentando falando ao celular. Assim que me viu, falou alguma coisa e desligou o mesmo e ficou em pé. Agradesci o senhor e caminhei até Fernando observando restaurante mais ou menos cheio. Fernando estava com terno e gravata e supus que tinha passado a tarde em uma reunião chata.

- Oi Dulce - ele sorriu.

- Boa Noite - falei séria.

- Senta - pediu e assim eu fiz e ele também, estávamos em frente um para o outro. - Já quer pedir? - perguntou pegando o cardápio.

- Quero de entrada camarão - avisei e ele sorriu.

Fernando o chamou o garçom e pediu as entradas, o prato principal e as sobremas, e um champanhe, depois que o garçom saiu ele ficou me encarando e eu à ele.

Era estranho.

- Fico feliz que tenha aceitado.

- Tá...- murmurei.

- É a verdade. Fico muito feliz. 

- Que bom - suspirei.

- Quer saber dos seus irmãos? - ele perguntou.

- Fala! - pedi.

- Você é a mais velha, depois é o Daniel, ele tem vinte e seis, quase vinte e sete. Ele está seguindo os meus passos, e vai ficar com os negócios da família quando eu partir dessa para melhor - sorriu de lado - Namora sério com uma menina incrível a Bruna, ela é médica nutricionista. Estão juntos a três anos.

- Legal...- murmurei.

- O terceiro filho é o Lucas, ele tem vinte e cinco anos e é administrador financeiro dos meus negócios. Ele ama matemática mais que tudo, e é gay, namora um rapaz faz mais ou menos um ano, um ano que estão juntos. É o Rafael, ele é professor de educação física.

- Gay? - murmurei.

- Sim. Foi um choque pra mim e para a mãe dele no começo, mas não discriminados o nossos filho, aceitamos com o tempo. E hoje ele é uma bênção em nossa vida. Você vai gostar de conhece-lo. Todo mundo gosta. - riu.

- Hum...- murmurei.

O garçom trouxe o champanhe e nos serviu, levei a bebida na boca e bebi um gole. Fechei os olhos, aquele champanhe é uma delícia.

- A quarta filha é a Barbara. Ela tem vinte e três anos e é decoradora, promotora de eventos, tem seu próprio negócio de festa. Tem um filho, meu primeiro neto. Se chama Enrique - ele abriu um enorme sorriso - Ele tem três anos, é um bebê ainda. Barbara ficou grávida com vinte, e o namorado não quis casar, mas assumiu o filho e hoje eles não estão mais juntos. Ela é a única que é a minha cara. Loira natural, olhos verdes e com um gênio forte.

Fernando tinha cabelos grisalhos mas dava para perceber que quando mais novo, seus cabelos era loiros e seus olhos um verde claro muito bonito. Ele era alto também. Deveria ser um maior gato quando novo.

- A quinta filha...mas não menos importante, é a caçula da casa. Juliana, tem vinte anos e está fazendo faculdade de moda, quase terminando já, no momento não namora ninguém. Está bem focada em seu projeto de Violência doméstica e estupros de mulheres. Ela fez esse projeto na faculdade e foi tão sucesso, que ela abriu uma ONG para ajudar essas pessoas. 

- Nossa...- comentei baixo.

- É...- ele sorria - Estão loucos para conhecer você. Querem vê a primogênita da família.

Fiquei calada.

- Temos um cachorro também. O Bobby, ele é pastor alemão e adora o Lucas. Até acho que ele é gay também...- eu ri - É sério, ele fica toda hora se esfregando no Lucas.

- E sua esposa? - perguntei curiosa.

- Alma é um amor de pessoa. Uma mulher em todas os sentidos. Uma perfeita mãe, dona de casa, esposa e amiga. Ela é professora de Artes e música, dar aulas em uma escola do ensino médio lá no Brasil. Ela ama aquela profissão e seus alunos.

- Alma? Diferente o nome e bonito.

- Comum no México e no Brasil. - ele sorriu - Ela também quer muito te conhecer. Ela não tem raiva de você, ou da sua mãe ou de mim. Ela é um doce de mulher. Me perdôo tanto a traição, tanto por você e tanto por eu ter te deixado de lado, ela ficou uma fera Dulce - ele sorriu de lado - Mas ela me perdôo por tudo.

Não disse nada.

Parecia que eu tinha uma família grande.

Tomei todo o champanhe da taça.

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