Fanfic: Adultério - Finalizada. | Tema: Vondy e Savirroni

Depois que sai do cemitério, fui até a casa deles, e estacionei o carro. Era um condomínio fechado também. Sai do carro e toquei a campanhia, uma empregada veio me receber.

Ela me levou até a sala, e foi chama-lo, já que a esposa não estava na casa. Logo Vitor apareceu com os braços abertos.

- Minha filha...- me abraçou.

- Oi Vitor - murmurei.

- Meu Deus Dulce, o que anda acontecendo com vocês, heim? Meu filho está louco - me fez sentar no sofá - E você? Como está com tudo isso minha querida?

- Mal...muito mal - neguei com cabeça engolindo o choro.

- Eu sinto muito - ele suspirou - Ale está na loja e Sofia na faculdade querida.

- Eu sei. Eu vim falar com você.

- O que foi minha filha? Sabe que vocês dois precisam conversar e se acertar, não é? E aquele menino...o meu neto - ele fez careta - É...

- Vitor eu não vim falar sobre isso. 

- Ok. Fale querida. - ficou sério.

Tirei um papel do bolso da jaqueta.

- Eu...vou viajar Domingo e volto apenas mês que vêm para assinar o divórcio - ou talvez não, eu não sei - Quero que dê essa carta á ele, tá?

Vitor olhou para carta nas mãos.

- Vai para onde?

- Um país muito longe de EUA. - garanti.

Eu escrevi aquela carta, como se eu fosse a única errada da história. Foi no desespero de que ele pudesse mudar de ideia no fim, que ele se arrependesse do que fez comigo e pedisse para ficar comigo de novo. Escrevi pensando naquele Christopher que eu conheci e me apaixonei loucamente. Era aquele homem que eu amava demais. Ainda não tinha o perdoado por aquela humilhação e nem por Belinda, eu falei pra ele que queria me divorciar e eu queria, mas depois que eu segurei a intimação, de repente, por um mísero segundo, eu não queria mais, eu queria ele de novo.

Não sei se ele vai ao menos ler a carta, mas se ele ler, eu queria que ele soubesse que eu, estou falando de mim. EU me arrependia de tudo o que fiz. E fora, que me vinguei dele por ter colocado Belinda em casa, dormindo com a irmã dele. Tem vingança maior? Você pegar a própria irmã? Não, não tem!

Ele podia me odiar pra sempre por causa disso, eu podia odia-lo pra sempre também. Mas eu escrevi aquela carta, como um pedido de desculpas, como quem queria se redimir e recomeçar do zero. Era isso que eu queria.

Besta? Talvez. Mas eu o amava e tentaria ao menos amolecer aquele coração gelado. Mês que vêm, quando eu voltasse, eu podia enfim, saber se queria me divorciar mesmo, ou lutar por aquilo que eu sentia.

Só o tempo podia dizer....

Me lembrei de Fernando e sorri.

- Vou entregar filha. Mas vai para onde?

- Não posso dizer - eu não queria que ninguém soubesse do meu "pai". - É de trabalho.

- Claro filha. - me abraçou - Senti sua falta.

- Eu também senti a sua...- murmurei.

- Ale quer te matar...- avisou.

Eu sorri.

- Eu amo ela, tá? A mãe que eu sempre quis ter, uma grande amiga. Nunca vou esquece-la.

- Ela também te ama muito. Assim como eu também filha - sorriu. - Me promete uma coisa?

- O quê?

- Que dependendo do que vai acontecer com vocês dois daqui pra frente, você não vai mudar esse seu jeito? Que vai ser sempre essa mulher guerreira e sincera? 

- Eu prometo Vitor...- o abracei apertado.

- Te amo filha...

- Te amo...pai...- sorri.

Eu amava o Vitor, ele era o meu pai. Não de sangue, mas de coração.