Fanfic: Adultério - Finalizada. | Tema: Vondy e Savirroni

A boate estava muito cheia, e não era daquelas normais, era boate de strippe, mulheres nuas e homens colocavam dinheiro em algumas que tinha resto de roupa ainda. Christopher entrou na baote e sentou em uma mesa de frente para o palco que teria um espetáculo. Pediu uma bebida muito forte e ficou olhando para as mulheres nuas dançando.

A bebida dele chegou, no momento que o celular dele tocou, era Belinda. Ele desviou a chamada e pegou o copo de Whisky e levou à boca bebendo tudo em um gole so.

- Então é aqui que você vêm? - a voz grossa e forte soou atrás dele que virou na hora.

- Pai? - Christopher se assustou.

O que seu pai fazia ali? 

Vítor sentou na mesa, em frente ao filho e negou com a cabeça. Aquilo era um ambiente de perdição total. Uma vergonha.

- Como me achou? - a voz de Christopher estava bem irritada.

- Te segui. Eu estava indo até sua casa e vi você saindo, decidi te seguir e aqui estou. Não foi para frequentar esse tipo de lugar que eu criei um filho, que eu eduquei você Christopher.

A música estava alta, mas ele ouvia bem.

- E...? - pediu mais bebida ao garçom com as mãos - Quer? - Vitor assentiu e então ele fez o sinal de dois, indicando duas bebidas.

Vitor ficou calado fitando o filho. Que olhava as mulheres ali. De repente a luz ficou vermelha e a música parou, uma outra música sensual tocou e uma mulher nua apareceu no palco.

Todos tinham os olhos nela. Ela dançava e rebolava bem sensualmente. Alguns homens gritavam enquanto ela fazia o seu show. A bebida chegou e pai e filho beberam asisstidno o espetáculo em sua frente.

Quando acabou a mulher saiu por onde entrou e as outras mulheres voltaram a dançar e rebolar como antes dela entrar.

Vitor encarou Christopher.

- Quero dar uma volta...- avisou.

- Vai...- ele deu de ombros.

- Christopher Uckermann eu quero dar uma volta...- disse sério o fazendo suspirar.

Christopher pagou as bebidas e em seguida eles saíram da boate. Christopher ia para o carro, mas Vitor começou a caminhar na direção oposta e ele percebeu que o pai queria caminhar a pé. Foi atrás dele e logo já andava um ao lado do outro. O vento frio daquela noite atingiram ambos, mas eles nem se importaram.

Continuaram andando.

- Seu filho? - Vitor perguntou.

- Dormindo...- respondeu baixo.

- Ainda não acredito que eu tenho um neto.

Christopher ficou calado.

- Belinda? - voltou a perguntar.

- Dormindo também.

- Christopher está na hora da gente ter um papo de homem pra homem - disse sério.

- Ahh não, nem vem...

- Cala a boca e escuta garoto - Vitor falou bem sério e ele ficou calado - Por que está condenando tanto a Dulce, sendo que você fez pior? Trouxe sua amante e seu filho para morar na casa que era de vocês dois.

- Ela me traiu - Christopher disse baixo.

- Sim. Ela te traiu e você? Também não é? Fez um filho, não é?

- Você não sabe de nada pai. Deixa o meu filho em paz. - Christopher pediu.

- Só queria entender por quê você pegou uma raiva pela Dulce...- ele negou com a cabeça.

- Ela me traiu...- ele murmurou.

Vitor suspirou.

Será que seu filho não via que estava errado?

- Você sabe quem é o cara com quem ela te traiu? Você o conhece?

Christopher quis rir. Quem dera se fosse só um cara, mais é vários e várias.

- O amante dela enviou pra mim, o vídeo deles dois na cama...- Christopher confessou uma meia verdade. Vitor ficou surpreso.

- Nossa...- ele murmurou - Foi dor de cotovelo?

- Foi para rir nas minhas costas. Os dois!

- Não é verdade Christopher - Vitor bufou - Dul nunca faria isso com você. Se ela te traiu, foi porque o casamento de vocês não estava nada bem, e você já tinha essa Belinda e então nem adianta se fazer vítima. Porque você é tudo, menos a vítima da história.

Christopher ficou calado.

- Sente a falta dela? - Christopher ficou calado olhando ao redor.

- Eu me odeio porque fiz uma coisa horrível.

- O quê? 

- Nem adinata falar. Você vai querer me matar.

- Christopher fala, sou seu amigo, não é?

- Eu não fui homem pai...- negou com a cabaça - Eu bati nela...

Vitor arregalou os olhos.

- Como?

- Eu pedi o controle, tá? - ele bufou.

- Aí Christopher...sinceramente meu filho, você só faz merda por cima de merda. - ele estava muito irritado com Christopher.

Desde quando seu filho batia em mulher?

- Desculpe.

- Não é a mim que você deve pedir.

Christopher ficou em silêncio.

- Vou te contar uma coisa que você nunca soube e só vou contar, porque sua mãe me autorizou, mas não é para contar a Sofia, tá bom? - Vitor disse sério e Christopher assentiu - Também não quero você olhe diferente para sua mãe, ou a julgue ou a derrespeite, porque se eu saber que você fez uma dessa três coisas, eu juro por Deus que eu te dou uma surra menino, mais uma surra que você nunca levou na vida e vai parar no hospital.

- Nossa Pai..- Christopher murmurou.

- Estou falando sério garoto.

- Eu não vou fazer nenhum dos três, agora fala, eu fiquei curioso - fitou o pai.

- Quando você tinha cinco anos, eu fui escalado na época para uma empresa em uma outra cidade, tive que ir. Precisavamos desse dinheiro, e eu fui, mas era melhor eu não ter ido.

- Por que?

- Era para sua mãe ir no mês seguinte, mas tudo deu errado e ela acabou ficando por aqui, achamos até melhor assim. Estávamos no início do nosso casamento, e como eu morava em outra cidade e o trabalho me consumia cem por cento, nosso casamento esfriou um pouco, e ela se envolveu com outro homem.

- A mamãe te traiu? - Christopher estava em choque. Sua mãe traiu o seu pai?

- Sim Christopher. E ele era o meu amigo. Na verdade o meu melhor amigo. - Vitor olhava para frente enquanto falava - Ela não me contou, e nem ele. Eu descobri, porque no dia que eles fizeram isso, eu tinha conseguido sair da cidade que estava e peguei os dois na cama.

Christopher arregalou os olhos.

- Foi um horrível. Eu ficava parado olhando eles se vestirem e tentarem explicar o que tinham feito, eu não queria ouvir nada, apenas dei um soco na cara dele e sai o mais rápido possível dali. Parei no primeiro bar e enchi a cara, mais enchi a cara mesmo. No dia seguinte eu acordei e ainda estava no bar. Fui para a casa de um primo, e sua mãe estava lá morta de preocupada e arrependida. Eu fiz um escândalo, estava meio bêbado e com dor de chifre muito grande. Os vizinhos pararam todos para vê o que estava acontecendo e foi ali que eu humilhei sua mãe na frente de todos.

- Humilhou? - Christopher disse baixinho.

- A chamei de tudo o que já inventaram nessa vida e o que iam inventar. Ela saiu de lá tão ferida que na hora eu gostei, gostei muito porque ela tinha me traido e ela merecia isso, merecia o que estava sentindo. Naquele mesmo dia, sua mãe foi atropelada e ficou na UTI entre a vida e morte. A pancada foi tão forte, que quebrou todas as costelas dela e o cérebro ficou tão enchado, que já não...- ele não continuou - Quando eu soube disso..só faltei morrer junto com ela. Dias se passaram e ela só piorava, foi ali que entrei no quarto, segurei em suas mãos e implorei que ela reagisse, eu fui sincero quando disse que a tinha perdoado, que eu a amava demais. Que não sabia viver sem ela, que eu a entendia, foi aí que sua mão apertou a minha e me deu uma esperança, foi ali também que eu entendi uma coisa, o perdão pode salvar vidas, pode mudar uma pessoa, pode fazer coisas maravilhas - encarou o filho - Na hora que eu a perdoei, ela voltou pra mim, ela reagiu, ela sobreviveu. Foi ai que eu aprendi que o perdão não era fácil, mas dado de verdade, ele muda tudo. Não importando mais o que a pessoa fez...- Vitor sussurrou.

Christopher ficou calado.

- Perdoe Dulce meu filho, assim como você deve perdoa-la, ela também tem que perdoa-lo, ambos precisam do perdão. Sua mãe e eu depois daquilo, ficamos ainda mais próximos e muito mais experientes. Fizemos uma linda família, com esse perdão e eu nunca fui tão feliz com ela depois daquilo.

- Por que eu não me lembro?

- Você era um bebê Christopher - Vitor pegou uma carta do bolsa da jaqueta - Toma!

- O que é isso? - pegou a carta.

- Dulce foi em casa. Mandou te dar essa carta, disse que ia viajar hoje por um tempo.

- Viajar pra onde? - ele olhava a carta nas mãos.

- Eu tentei descobrir, mas ela não me disse. Só disse que era um país longe de EUA, mas voltava para assinar o divórcio.

- Ela foi sozinha? - Christopher encarou o pai.

- Eu não sei Christopher. - Vítor falou vendo o filho guardar a carta no bolso - Vamos Voltar?

Christopher olhou para trás.

- Vamos! 

Caminharam de volta de onde saíram.

COMENTEM!!!!!!!!!!!!!!