Fanfic: Adultério - Finalizada. | Tema: Vondy e Savirroni

Caleb estava preso, mas não estava em uma penitenciária ainda, ele estava na delegacia perto do meu hotel. Acordei cerdo, e depois de colocar o café pra fora, fui até lá. Rafael tinha ido novamente em uma feira.

Cheguei na delegacia e pedi para ve-lô. Um guarda me levou até uma sala de visitas, sentei na cadeira encostando minha mão na mesa e o mesmo ficou na porta. Quase chorei quando vi Caleb entrar na sala algemado, barba grande, e com aparência de quem está sofrendo a meses naquele lugar horrendo.

- Caleb...- murmurei.

- Essa lugar não é pra você. - foi a primeira coisa que ele disse. Usava um macacão laranja e as mãos estavam algemadas para frente.

Ele sentou á minha frente.

- Você não vai ficar aqui por muito tempo, eu vou dar um jeito...você não pode pagar por um crime que nunca cometeu.

- E como? Pablo foi bem inteligente nas suas armações, meus advogados estão fazendo de tudo para me tirar daqui, mas parece que não adianta...- ele suspirou - Vou semana que vêm ser transferido para uma penitenciária.

- E o julgamento?

- Vou aguardar lá. Segundo as autoridades, eu posso tentar fugir - bufou.- E eu sinto muito pelo o roubo e suas ações.

- É...ele conseguiu acabar com dois coelhos com uma cajadada, foi toda a minha renda, o meu investimento, o que tenho por fora, não paga todo aqueles milhões...- murmurei - A policia precisa encontrar aqueles dois e...eu tenho que ao menos recuperar uma parte desse dinheiro, os investidores já estão querendo as suas partes e..o que sobrou é muito pouco.

Caleb olhou para a policial e se inclinou na minha direção.

- Quando eu sair daqui, uma hora ou outra eu vou sair, eu vou ser preso de novo, porque eu vou matar o Pablo. Esse lugar é horrível e imagina a penitenciária? 

- E pra piorar sua mulher te deixou. 

- Foi até melhor assim. - disse tranquilo - Ela não acreditou em mim, e nem a família dela. E outra, eu não a amava, nunca a amei, só me casei por causa dos nossos pais. E ela também não me amava, era tão errada quanto eu.

- Do quê está falando?

- Faz dois anos que ela está tendo um caso com o jardineiro da casa. Um dia antes de ser preso, eu voltei de uma viagem rápida á Los Angeles e encontrei os dois na cama. 

- Quem diria que Spencer faria algo desse tipo? Ela me parecia tão certinha. - murmurei.

Ele deu de ombros.

- Nos surpreendemos com as pessoas.

- Verdade. Então, você vai ficar preso até o julgamento? - ele assentiu.

- Caso meus advogados consigam um habeas corpus, vou aguardar solto, caso não...tenho que no julgamento me livrar dessas acusações, não sei como, mas vou. - suspirou - Mas vai demorar muito, talvez um ano...

- Um ano? Meu Deus...

- É...Pablo deve está satisfeito.

- Denunciei ele para policia ontem, do quase estupro, de uma ameaça que me fez. E vou me mudar para o Brasil, vou morar com os meus irmãos e meu pai. - avisei.

- Imagino que não queira mesmo olhar na cara daquele psicopata. - bufou.

- Também, mas eu já tinha me decidido antes de saber tudo isso. Agora não é apenas eu que tenho que me proteger do Pablo.

- Do que está falando?

Levei minhas mãos até a barriga.

- Estou grávida...- disse baixinho.

- Parabéns Dulce. - sorriu - Vai ser mamãe que lindo Dul, agora mesmo que você tem que está mais longe ainda do Pablo. Christopher sabe?

- Não, ainda vou contar.

- Parabéns...- sorriu e suspirou - Quando enfim eu for julgado, você vai está com o bebê em seus braços. Fico feliz por você.

- Obrigada, mas pensa positivo, tá? - pedi.

- Eu vou tentar.

- Eu vou está voltando para o Brasil Domingo.

- E acusação que você fez do Pablo?

- Posso esperar por lá. Adam vai continuar na frente da minha empresa, vou ficar de olho na mulher dele, caso Pablo tente algo, afinal, ele acertou nos dois, falta Adam. 

- Caroline está longe, mas é melhor sempre está de olho mesmo. Pablo é psicopata. E ela também está grávida. 

Olhei a hora no meu relógio no pulso.

- Tenho uma consulta médica. Mas eu vou ficar sempre me mantendo informada de você, e você qualquer coisa que precise, não esconda nada de mim, e..toma cuidado, sim? Para onde você vai é...bem pior que aqui.

- Eu vou tomar sim. Cuida bem desse bebê que está vindo, e...mande notícias por favor, e não se preocupe com o meu julgamento.

- Vou sentir sua falta...- murmurei.

- Eu mais baixinha, agora vai, esse lugar não é para você...- voltou a dizer.

- Tchau Caleb...- levantei e sai da sala.

Meu coração doía em deixar o meu amigo nesse lugar, só de saber que tudo isso era culpa do Pablo, eu queria matar aquela desgraça. Eu voltei para recepção para sair da delegacia, mas umas pessoas sentadas em uma cadeira de espera chamou minha atenção.

Me aproximei delas.

- Alexandra? Vitor? - chamei os dois.

- Dulce...- Alexandra pulou em cima de mim.

- Oi Ale...que saudade - a abracei apertado.

- Não parece, você sumiu querida - se soltou de mim e me encarou - Gostei do cabelo, ficou mais jovem e...elegante.

- Obrigada...- falei abraçando Vitor.

- Por quê não ligou? - Vitor perguntou logo - E está muito linda filha.

- Ai...minha vida estava uma bagunça, e ainda está na verdade...- murmurei - Mas eu não esqueci de vocês, tá? Mas o que fazem aqui?

- Sofia foi presa. - Vitor revirou os olhos - Ela agrediu uma mulher aí... mas já vai sair, é só pagar uma fiança e está liberada.

A agressão da Maitê.

- E você? - Ale me abraçou de lado.

- Vim visitar um amigo. - respondi.

- Eu vi na revista você e um cara - Ale murmurou meia pra baixo - Já está se envolvendo com alguém querida? É sério? Saiu na capa da "Dio" você e um tal empresário chamado Aron em uma orquestra no Brasil.

- Não estou me relacionando com ninguém.

- Mesmo? - Vitor insistiu.

- Mas se eu me envolver, é problema meu, não é? Afinal, vou assinar o papel do divórcio amanhã...- avisei.

- Nem me lembre Dulce. Não assine querida, por favor...- Ale pediu me abraçando apertado.

- Ale...

- Senti muito sua falta filha. - murmurou.

- Ale eu também senti a sua, e mesmo eu me divorciando, eu sempre vou te amar...- falei já emocionada. Gravidez é muito choro.

- Vocês dois...- Vitor murmurou olhando para o chão e me olhou em seguida - Então é isso? Amanhã você deixa oficialmente de ser uma Uckermann? 

- Sim...- murmurei. Ou não, mas era muito mais provável que sim. - Olha, agora eu tenho que ir, mas depois nos conversamos, sim?

- Vai se encontrar com alguém? - Ale perguntou meia para baixo de novo.

- Não, é assunto de trabalho - menti.

- Eu vou rezar trezentas aves maria pra você não assinar o divórcio amanhã - ela avisou.

Ri.

- Tchau Ale. Tchau Vitor - disse e dei as costas saindo em seguida da delegacia.

Desculpe a demora....

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