Fanfic: Adultério - Finalizada. | Tema: Vondy e Savirroni

E mais uma vez, eu gritava quando mais um orgamo me atingiu. Meu corpo ardia e não era por causa do sexto?..orgamo. Eu ainda não acreditava que estava transando com ele e nem que ele estava no meu apartamento.

Quando abri a porta foi uma surpresa, nunca eu ia imaginar ele aqui. Nunca. Estava bonito como nunca e não queria me dizer o porque de está aqui, já que o comportamento anterior dele demonstrava que não gostava nada em mim.

Me irritou sempre quando respondia as minhas perguntas com outras perguntas, mas quando me beijou, eu esqueci de tudo. Meu coração acelerava só com um beijo dele, sentia aquele frio na barriga como se fosse a primeira vez que o beijava. Quando vi que as coisas estavam passando dos limites, eu tentei, eu juro que tentei parar, mas não consegui.

Era saudade que eu sentia dele, que o meu corpo sentia dele. Sabia que era errado me entregar como se nada tivesse acontecido, como se ele não tivesse feito tudo aquilo e que eu estava comprometida. Mas eu não consegui resistir....e como podia? 

Suspirei. 

- Já... agora pode ir - pedi olhando o teto branco do quarto. Estávamos na minha cama.

Christopher me olhou.

- Está me expulsando?

- Não, mas eu quero poupar que você comece falando que sou uma vagabunda. - dei de ombros. Christopher suspirou.

- Eu nunca deveria ter dito aquilo - ele negou com a cabeça - E você nunca vai esquecer, não é? - me encarou e eu á ele.

- E como quer que eu esqueça? Eu errei, errei muito Christopher. Mas você nem ao menos quis me ouvir de verdade. Você me humilhou na frente de todo mundo, ficou passeando por aí com a sua nova família e agora está aqui depois de assinarmos o divórcio. O que você quer? - sentei na cama puxando o lençol comigo - Por que está aqui? 

Ele olhava para o teto.

- Demorou muito, mas eu entendi. - disse baixo.

- Entendeu o quê? 

- Que eu sou o mais culpado que você nessa história toda. - sentou na cama também.

- O que quer de mim Christopher? Eu estou aqui com minha família, recomeçando bem longe de você e com outra pessoa. 

- Família? - levantou uma sobrancelha.

- A pessoa que falou onde eu morava não te contou a história toda?

- Não. Eu só queria saber onde você morava, apenas isso, eu queria que você mesma me contasse todo o resto e mais ninguém.

- É uma longa história. - dei de ombros - Mas eu tenho um pai, uma madrasta e quatro irmãos.

- Você encontrou o seu pai? Nossa...

- Mas eu não quero falar disso. - neguei com a cabeça - O que acontec...

- Foi maravilhoso, como sempre.

- Christopher você não espera que a gente transe e tudo volte ao normal, não é? 

Ele ficou calado.

- Christopher! - bufei.

- Eu sei. Eu sei disso Dulce. - olhou pra baixo.

De repente me lembrei de tudo o que passamos juntos, das juras de amor, do nosso filho, e o de agora, toquei na barriga sem ele ver.

- Você me ama? Digo, depois de tudo, você ainda me ama? - o encarei.

- O que você acha? Eu não te demonstrei á algumas horas atrás? Na sala e aqui? Eu nunca deixei de te amar Dulce. - ele negou com a cabeça - Apesar de tudo.

- Eu transei com sua irmã - falei na cara dele.

- Eu sei disso Dulce. - torceu a boca.

- O quê? - arregalei os olhos - Sofia te contou?

- Não. Eu ouvi uma conversa de vocês duas que acabavam o caso de vocês. - riu - Fiquei muito surpreso por Sofia ser...lésbica. E de vocês duas terem se envolvido. No começo fiquei com raiva, mas depois passou. - deu de ombros.

- Você está bem Christopher? - perguntei preocupada - Era para você dar um de estérico e...- ele me enterrompeu.

- Foi bom a nossa separação, ao menos, pra mim, eu não enchergava coisas que estavam na minha cara, não queria a opinião de ninguém, mas depois, que eu lia a sua carta eu..

- Quando leu ela?

- Depois que você saiu da audiência. - sorriu meio sem jeito - Aquelas três semanas que passou, não tive coragem de ler, mas quando você saiu da sala irritada, eu li a carta e não gostei de nada que estava escrito nela.

- Como assim?

- Você não é a única culpada, eu sou o mais errado que você. Eu sinto muito pelo o que fiz, só estava com raiva, ou melhor com ódio.

- É..apesar de tudo dar até para entender.

- Aquela manhã que recebi o imail, e vi aquele vídeo, nem em mil anos imaginaria que você se interessava por mulheres. Claro, que sabia que você já me traia, mas eu nem ligava mas pra isso, você estava comigo, me amava. Aquele vídeo mexeu com o meu psicológico, fiquei desde de manhã até a hora que você chegou sentando olhando o vídeo. E o título era de deboche, ela dizia que você gostava dela, que ainda continuava comigo por dinheiro. E depois que você contou dos seus casos, surtei e descontei tudo em você...- me olhou mexido - Eu juro que nunca foi minha intensão te bater, e não sabe como isso me torturou. - seus olhos estavam com lágrimas.

- Você vai chorar? - sussurrei com o meu coração acelerado.

- Talvez...- murmurou - Eu me arrependo de ter encostado em você. De dizer que era sua culpa, mas era minha. Só minha. Por favor me perdoa Dulce....por favor...- abraçou minha cintura - Eu nunca quis te bater por favor....

Fiquei surpresa. Christopher chorava em meu colo implorando para que eu o perdoasse, eu como estava grávida, começava a chorar também. Depois de um tempo, paramos.

- Eu já te perdoei pelo tapa...- fui sincera - Eu entendo que foi no momento de raiva, que se você estivesse em razão jamais faria isso.

- E nem vou mas fazer. - me olhou.

- Eu sei...- murmurei tocando no cabelo dele.

- Você foi embora e meu pai entregou aquela carta, guardei ela em um armário, eu não queria ler, não podia ler. Semanas se passou e você apareceu em uma revista, você e um cara jutinhos, me senti mal...muito mal - fechou os olhos - Mas eu sabia que merecia aquilo, acho que nunca vou me perdoar por ter encostado em você, por ter te humilhado daquela forma.

Fiquei calada.

- Fiquei enrolando para não ler a carta, e chegou o dia da audiência, eu tinha levado ela comigo e como disse, quando você saiu eu li a carta. Foi ai que cai na real, e procurei o meu pai, ele no primeiro momento quis me bater por não ter percebido tarde, mas ficou feliz depois. Essa semana, resolvi umas coisa e agora aqui estou eu. - me olhou.

- Então você se arrepende de tudo?

- Sim! Mas eu queria perguntar agora, você ainda me ama? - perguntou.

É claro que eu o amava, mas não podia dizer isso e correr para os braços dele, esquecendo rápido de tudo e de Aron.

- Christopher...- respirei fundo - Eu estou Grávida - soltei a bomba.

Ele ficou paralisado.

- O quê? - murmurou.

- Estou grávida. - repeti.

Ele piscou rápido.

- É..é...é...é - estava sem ação - De qual daqueles dois é o pai?

Levei minha mão na cara e respirei fundo.

Eu queria dar na cara do idiota!

- Christopher o bebê é...

Um barulho de celular soou. Christopher ainda meio sem ação, esticou os braços e pegou a calça dele que estava no chão, tirou o celular e eu vi o nome "Belinda" na tela.

Respirei fundo de novo.

Ele desviou a chamada.

E me encarou.

- Dulce eu...

O celular voltou a tocar, ele olhou para o celular nas mãos e me encarou. Atendeu a chamada.

- O que houve? - perguntou.

Esperou sem tirar os olhos dos meus.

- Estou indo pra ir! - desligou.

O quê?

Belinda estava aqui? Com ele?

- Ela também veio? - neguei com a cabeça.

- Eu tenho que ir Dulce - levantou da cama e começou a se arrumar apressado.

- A gente está conversando Christopher! - falei meio obvio - E você vai me largar aqui para ir se encontrar com ela? E por que trouxe ela?

- Dulce por favor...- ele vestiu a camisa.

- Não, pode ir...- falei com voz embargada - Você fala que me ama e de novo vai pra ela...- neguei com a cabeça - Não te entendo.

Christopher depois de arrumando sentou na minha frente na cama e secou uma lágrima que caia pelo meu rosto.

- Sabe quando eu disse que a gente saberia quando era a hora de conversar? - fez um carinho na minha bochecha - Chegou a hora! Na verdade, passou da hora Dulce.

- Então não vai. Fica aqui e vamos conversar.

- Eu não posso - ele negou - Preciso ir. 

- Se você sair, eu juro...que nunca mais falo com você, eu juro - falei séria. 

- Dulce por favor...

- Estou falando sério...- o encarava.

- Eu sinto muito! - levantou da cama e me deu um beijo na testa, e saiu praticamente correndo do quarto.

Idiota!!!!!!!

Comecei a chorar.

Belinda...Belinda....Belinda sempre Belinda.

Olhei para o espaço da cama ao meu lado.

Ele só quis sexo!

Que Burra!!!!!!

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