PVO Christopher Uckermann

Quando cheguei na clínica, Belinda já estava conversando com Lorenzo no quarto preparatório, ela falava de forma calma e tranquila, mas sei que no fundo, ela não estava assim. 

Lorenzo já estava adapto para o tão sonhado transplante, mas em toda cirurgia, e ainda no caso dele, tudo, era muito delicado, qualquer coisa, qualquer erro, qualquer falha podia..podia..

Não conseguia terminar.

Quando entrei no quarto, ele pulou da cama para me dar um abraço, já usava uma bata azul no corpo. E toca na cabeça, o abracei bem apertado.

Lorenzo: Mamãe disse que vou ficar bom papai...- se afastou.

Christopher: E vai mesmo. - sorri - Seu cabelo vai crescer - passei a mão na cabeça dele que estava careca - Você vai ter mais força, mais fôlego, mais saúde e vamos passar horas e mais horas jogando vídeo game e tomando bastante mais bastante refrigerante.

Lorenzo sorriu muito alegre.

Era o sonho dele, uma coisa simples, mais tão simples, era o sonho dele, por que nunca, pôde ficar tanto tentando e muito menos comer ou beber coisas que não estivessem na dieta restrita e rigorosa dele.

Lorenzo: Nunca mais vão me furar? 

Belinda: Só as vezes filho..- Bel se aproximou de nos dois - Para ver se está bem, se está doente, mas não vai ser como antes, eu prometo - beijou sua testa e eu percebi que ela queria chorar e chorar muito - Não vai mais passar noites e mais noites vomitando, com dor, sendo furado, enjoado, fraco, depois dessa coisa que você irá passar, vai ser um novo menino - o abraçou.

Lorenzo: Te amo mamãe - disse a abraçando e me puxou pela minha gravata para abraça-los. - Amo vocês dois muiiiiiiiiiiiiiitão.

Christopher: Nós que te amamos muito filho, muito mesmo - falei de olhos fechados. Meu Deus, como eu amava esse menino, o meu filho.

Ouvimos alguém batendo na porta e Bel mandou entrar, David entrou no quarto meio incerto, Belinda ficou surpresa e Lorenzo correu para abraça-lo.

Eu apenas fiquei o encarando.

Lorenzo: Tiooo - segurou suas pernas - Você gosta de mim e por isso veio me ver antes de eu ir toma o remédio para ficar bom?  - falou sorridente.

David ficou todo sem jeito, mas abaixou para abraça-lo, Lorenzo o abraçou de volta e eu vi quando uma lágrima desceu pelo rosto de David.

David: Me desculpa...- implorou ao meu filho - Por favor, me desculpa. Eu eu..eu te amo Lorenzo, você me conquistou, e eu..eu..por favor, me desculpa - chorava.

Lorenzo: Por que tá pedindo desculpa?

David: Porque eu fiz uma coisa muito feia e eu me arrependo muito. - beijou Lorenzo por todo rosto - Me desculpa?

Lorenzo: Desculpo tio - o abraçou.

Olhei para Belinda que chorava em silêncio olhando os dois juntos. Abaixei os olhos para o chão. David tinha se arependindo? Amava mesmo Lorenzo?

David: Agora eu tenho que ir...- levantou e encarou Lorenzo - Vou me preparar para te dar o seu remédio - passou a mão da cabeça dele e o beijou na testa.

Lorenzo: Você vai me dar o remédio? - ele perguntou surpreso.

David: Sim, eu vou - sorriu.

David olhou pra mim, e em seguida para Belinda que continuava a chorar, apenas abaixou a cabeça e saiu do quarto.

Lorenzo voltou para cama e encarou a mãe muito surpreso.

Lorenzo: Por quê está chorando mamãe?

Christopher: De felicidade - falei meia verdade e me aproximei dela a puxando para um abraço - Ei...

Belinda: Aii Christopher...- encostou sua cabeça em meu peito aos prantos.

[...]

Seriam seis horas de cirurgia, fazia cerca de vinte minutos que Lorenzo tinha entrado na sala para o transplante junto com o David, Dulce tinha ido no banheiro e Belinda estava abraçada com Bruce, ambos conversavam baixo e mais afastado de todos.

Barbara estava ao meu lado olhando fixamente para Bruce. Ela tinha um olhar magoado, meio triste. 

Christopher: O que rolou entre você e o Bruce? - fui direto. 

Ela me encarou com os olhos verdes arregalados, assustados.

Barbara: Do quê está..

Christopher: Por favor, essa briguinha dos quatro entrega. Dulce e eu já disconfiamos disso à tempos.

Barbara: Não quero falar sobre isso. - comentou baixo voltando olhar para os dois que agora estavam quietos.

Christopher: Então, acertei, não?

Barbara: Você é chato - bufou - Não sei como Dulce te suporta - falou mau humorada mas acabou rindo.

Olhei para o lado rindo e a vi voltando enquanto mexia no celular. Sua barriga estava tão linda, tão grande, ela sorriu voltando a sentar ao meu lado.

Barbara: Vou deixar os pombinhos sozinhos, quer alguma coisa para comer Dul? - levantou e a encarou.

Dulce: Um suco de laranja - pediu.

Barbara: Ok...- me encarou.

Christopher: Não quero nada não. 

Barbara saiu nos deixando sozinho.

Christopher: Você não vai ficar por seis horas seguidas - falei sério.

Dulce: É claro que vou - disse séria.

Christopher: Não, não vai. Você vai para casa descansar, precisa dormir também e ficar aqui durante horas não vai fazer bem a você - a encarava.

Dulcr bufou.

Dulce: Estou grávida e não doente. Vou ficar aqui sim, por Lorenzo, e por você - ela disse decidida.

Christopher: Deixa de ser teimosa...

Dulce: Christopher ficar algumas horas sentada, não vai me matar, não precisa se preocupar tanto assim. - tocou no meu rosto - Agora para de me encher com isso, tá? - sorriu.

Revirei os olhos.

Dulce Teimosa Uckermann.

Christopher: E a casa? - mudei de assunto. Ela abriu um enorme sorriso.

Dulce: Grande, linda, do jeito que nós dois gostamos, mas quero mandar fazer algumas reformas. Tipo pintura, tirar uma ou outra parede, ampliar mais o meu closet, essas coisas bobas. 

Christopher: Quando vou vê-lá? 

Dulce: Quando eu for com o arquiteto lá para mostrar o que eu quero. O nosso quarto tem uma vista muito bonita. - ela não parava de sorrir.

Christopher: Amanhã eu transfiro o dinheiro pra você. - a puxei para o meu colo - E o meu filho? - toquei em sua barriga e senti ele chutar.

Dulce: Sério...eu me assusto quando ele faz isso...- fez careta - Você fala com ele e ele responde na hora - sorriu.

Christopher: O meu jogador é um menino muito inteligente e obediente, ele sabe como falar com o pai - sorri.

Ela revirou os olhos.

Dulce: Eu já comecei a procurar as decorações do quarto dele e da nossa renovação de votos - falou encostando sua cabeça em meu peito.

Christopher: Que bom. Onde quer que seja, Clube? Igreja?.. - falei atento a resposta dela.

Dulce: Praia...- respondeu - Quero que seja na praia, o que acha? - me encarou.

Christopher: Eu acho perfeito - sorri - Mas em qual praia? Copacabana? Ou Leblon? Ou..

Dulce: Cancun. Praia de Cancun. Foi lá onde ficamos, onde começamos a nos relacionar de novo. De todo jeito, aquela cidade, trás lembranças da gente, por isso, quero selar tudo lá.

Christopher: Sua escolha não podia ser melhor - a abracei pela cintura - E já viu a data? - ela assentiu.

Dulce: No dia que nos casamos. Sei que podemos mudar a data, mas eu não quero, quero a renovação nesse dia.

Christopher: Perfeito..- sorri - E o quarto do Enzo? Podiamo decorar com o Homem Aranha ou o Capitão América.

Dulce: Não. Não quero personagens ainda para ele. Quero algo mais neutro, mais leve, como aquele desenho, é...o procurando Nemo. - sorriu de lado.

Christopher: O quê? - a encarei - O quarto do Enzo vai ser de peixe? Não, isso não Dulce - falei firme.

Dulce: Por quê não? - fez bico.

Christopher: Por que peixe..peixe, peixe é..é..é - suspirei - Eu odeio esse desenho, e Enzo não vai gostar disso, eu tenho certeza - toquei em sua barriga e mais uma vez ele chutou - Viu?

Ela revirou os olhos.

Dulce: Então..vai ser de..?

Christopher: Nada de peixe...- garanti.

Dulce: E nada de super herói - também garantiu - Podemos escolher depois, mas também não quero nada de carro ou bichos ou...

E a discussão foi longa...

Hoje esse site estava tão ruim...

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