Fanfic: Adultério - Finalizada. | Tema: Vondy e Savirroni

Três dias depois...

Enzo Gabriel era um bebê muito incrível, acordava apenas uma única vez na madrugada, e depois apenas seis horas da manhã, chorava como todo recém nascido, no banho, com fome, quando estava sujo, quando estava enjoado.

Durante esses três dias, Christopher não me deixou levantar mesmo. Apenas ao banheiro e só, recebi muitas visitas durante esses dias. E muitos presentes também, pra mim e para Enzo.

Anahi e Natália me ligaram e eu mandei fotos dele pra elas.

Elas babaram.

Minha família vinham todas as noites, vê o mais novo membro da família. E todas as vezes traziam presentes.

Deixei Enzo no berço dele, ainda no meu quarto, com um mês ele iria para o quarto dele. Tinha acabado de trocar a fralda dele e feito ele dormir.

Ale fazia o almoço, e Vitor tinha ido buscar Amélia que tinha chegado de EUA agora a tarde. E Christopher tinha saído não sei pra onde desde de manhã bem cedo.

Sorri para o meu bebê.

Caminhei até o banheiro, e tirei minha roupa me analisando de cima em baixo pelo enorme espelho.

Mordi os lábios.

Meus seios estavam bem grandes e sensíveis, e tinha muito leite.

Adorei essa parte da gravidez também.

Minha barriga tinha desenchado muito durante esses três dias, mas claro, ia demorar um pouco para o meu corpo voltar ao normal e eu perder esses treze kilos que ganhei.

Minhas bochechas estavam redondas e grandes. Não muito, mas era perceptivo.

Coxas, ok.

Pernas, ok.

Bunda, ok.

Dulce: Em dois meses. - murmurei.

Tomei uma ducha, lavei os cabelos e relaxei, logo sai e fui passar os meus cremes antes tudo: rugas, celulite, estrias, envelhecimento.

Passei loção também.

Voltei para o quarto e verifiquei Enzo, antes de ir para o meu closet. Escolhi uma roupa bem confortável mas bem bonita, um vestido florido azul.

Sequei o cabelo com a toalha e voltei para o quarto. Vi Enzo de novo, e liguei a babá eletrônica, peguei meu celular, sai do quarto e desci as escadas.

Liguei de novo para Christopher e caixa postal. Onde ele se meteu?

Dulce: Hum...- entrei na cozinha sentindo um maravilhoso cheiro - O que está cozinhando? - sentei na cadeira da bancada, e encarei Ale.

Ale: Seu prato preferido. Lasanha. - fechou a geladeira - É bom vê-la sair daquele quarto, Christopher as vezes passa dos limites - bufou.

Dulce: Falando nele, sabe pra onde ele foi? Acordei e ele já não estava mais na cama, saiu muito cedo. - deixei o celular na bancada e cruzei os braços.

Ale: Talvez tenha ido para a empresa. 

Dulce: No sábado?

Ale: Ele não estava tendo problemas com umas empresas? Principalmente com o governo. Acho que foi resolver algo assim, não sei - bocejou.

Dulce: Hum..- murmurei - O celular está na caixa postal. - olhei ao redor - Essa cozinha é maravilhosa, né?

Ale: Você tem um gosto impressionante.

Sorri.

Dulce: Sei disso. - Me gabei.

Ale negou rindo.

Vinte minutos depois, almoçavamos na cozinha mesmo, quando por enfim, o Christopher aparece. Ele usava uma roupa normal e não terno e tinha um grande envelope nas mãos.

Dulce: Onde estava? - limpei a boca com o guardanapo - Por que seu celular estava desligado? E por que essa demora? E o que é isso?

Christopher: Calma. - riu - Enzo?

Dulce: Dormindo.

Christopher: Meu celular acabou a bateria - tirou do bolso da calça e deixou na mesa - E eu não te acordei porque era muito cedo. - me deu um selinho - Oi mãe - sorriu pra ela.

Ale: Lave as mãos e almoce. - mandou.

Christopher: Vou já fazer isso.

Dulce: Onde estava?

Christopher: Resolvendo isso. - me deu o envelope - Abra. - pediu.

 Abri o envelope e retirei um papel.

Uma certidão de nascimento. 

Enzo Gabriel Saviñón Von Uckermann

Nacionalidade: Brasileiro.

Dulce: Colocou Von? - sorri.

Christopher: Achei mais bonito. Isso demorou muito. As coisas por aqui demoram demais. - se aproximou da pia para lavar as mãos.

Ale: Ele é brasileiro. O único da família brasileiro. - suspirou - Meu netinho é perfeito até nisso. - disse babona olhando para a certidão.

Meu celular apitou e um choro soou.

Já ia levantar quando Ale me impediu.

Ale: Deixa comigo querida. Termine o seu almoço -  levantou e bateu na cabeça de Chris - Não acabe com a comida garoto - mandou e saiu da cozinha.

Parei a babá eletrônica.

Christopher se serviu e sentou onde a mãe estava segundo antes.  Com  muito cuidado, guardei de volta a certidão de Enzo e deixei bem longe das coisas em cima do balcão.

Dulce: Você nem me deu um beijo...- fiz manha. Estava um tanto sensível hoje.

Christopher: Dei sim. 

Dulce: Deu não. - afastei meu prato.

Christopher: Dei manhosa - largou os talheres e segurou meu rosto me dando outro selinho rápido - Pronto. 

Levantei uma sobrancelha.

Dulce: Isso não é beijo. - o encarei 

Christopher voltou as pegar os talheres.

Christopher: Eu sei. É que eu estou com fome - antes de levar o garfo a boca, o segurei pela gola de sua camisa e o puxei grudando nossos lábios.

O beijei de verdade.

Incrível que uma única manhã longe dele, parece que ficamos separados um ano, sentia falta de tudo nele, seu cheiro, seu beijo, seu gosto, seu corpo. 

Quando o ar faltou parei o beijo com vários selinhos.

Ele riu.

Cretino!

Dulce: O quê? Não gostou? - cruzei os braços séria.

Christopher: Não eu..

Dulce: Não? - levantei irritada. - Idiota! -  o empurrei pelos ombros - Você é um idiota - disse entre os dentes.

Christopher: Ei. - ficou sério.

Dulce: Cala a boca. Idiota! Não quero ouvir a sua voz. - tampei os ouvidos com minhas mãos e sai da cozinha.

Idiota.

Idiota.

Idiota.

Idiota.

Idiota.

Idiota.

Idiota.

Idiota.

Bufei.

Respirei fundo quando entrei na sala.

Idiota. Idiota.

Idiota.

Aaaaaaaaaaa 

Vitor: Aconteceu alguma coisa? - entrou na sala puxando uma mala. Atrás dele estava minha governanta.

Dulce: O idiota do seu filho. - quase rosnei. - Aiiiiiiii que raiva. - dei as costas pra eles e comecei a subir as escadas.

Não vou falar com ele.

Nunca mais!

Funguei.