Fanfic: Adultério - Finalizada. | Tema: Vondy e Savirroni

Eu não sabia que horas eram, e nem por quanto tempo estou presa, algemada, morrendo de fome e sede, e claro, o meu cheiro não é dos melhores.

Eu só via a luz do sol aparecer e desaparecer por muito muito tempo. Podia chutar que estava aqui do mesmo jeito que me deixaram, por mais de dois dias, saindo apenas para o banheiro.

Meus braços agradesciam.

Comida, água nada.

Estava me sentindo fraca, e não sabia por quanto tempo mais aguentaria. Pablo vinha apenas me checar na porta, dava um sorriso grande e saia.

Maitê vinha apenas me levar ao banheiro, ainda algemada, e com uma arma na mão. O que impossibilitava qualquer tipo de fuga.

Era noite.

A janela estava escura.

E eu continuava algemada.

Meu filho...

Christopher...

Meu pai...

Meus irmãos...

Como Enzo estaria? E Christopher? Ele deve está pirando sem notícias minhas e o pior de tudo, é que eu também estou, eu não sabia de nada do que eles queriam fazer comigo.

Ou para onde querem me levar.

Ouvia apenas algumas vozes ao longe e já escutei um grito de raiva de Maitê.

Apenas isso.

A porta se abrindo devagar chamou minha atenção. Pablo e Maitê entravam me assustando, e agora alguém abria a porta bem devagar mesmo.

Prendi a respiração quando o homem entrou no quarto, com duas sacolas de plástico branco e fechou a mesma.

Bryan Lemos.

Bryan: Trouxe comida pra você.

Apenas o encarei.

Ele se aproximou de mim de modo hesitante e colocou as sacolas ao lado dos meus pés. Eu ainda não acredito que Bryan me sequestrou e tudo por causa de dinheiro. Claro, o dinheiro sempre é o motivo das pessoas fazerem coisas horríveis no mundo.

Bryan: Maitê teve que sair e mandou eu lhe dar banho. Pablo saiu junto com ela, mas não estamos sozinho. - deixou bem claro - O pessoal dele está em volta da casa, para caso tente alguma coisa.

Encarei as sacolas.

Bryan: Uma é comida e outra roupa. Sei que não come há dias. Então, se quiser começar comendo...- sugeriu.

O encarei.

Dulce: Dias?

Bryan: Está há três dias aqui. - abriu uma sacola e retirou uma garrafa de água, tirou do bolso uma chave e me libertou das malditas algemas.

Toquei em meus pulsos e acabei gemendo de dor, eles estavam mais do que avermelhados.

Estavam feridos.

Sentei na cama lentamente por está muito fraca, Bryan abriu a tampa da garrafa e me estendeu ela. Fiquei encarando a garrafa por alguns segundos antes de pega-lá e tomar toda a água em poucos segundos.

Bryan pegou de dentro da sacola, mais uma garrafa de água e me estendeu novamente. Bebi novamente toda a água em poucos segundos.

Dulce: Três dias..? - murmurei com o meu coração acelerado.

Bryan: Trouxe comida. - voltou a falar abrindo toda a sacola e retirando vários salgadinhos e sanduíches.

Automaticamente estendi o braço para pegar um sanduíche, quando Bryan me impediu pegando em meu pulso de forma rápida e o analisando.

Bryan: Sinto muito por isso...

Acabei rindo baixo ironicamente.

Dulce: Sente? Foi você que me sequestrou. Você que me fez ficar longe da minha família, longe do meu filho...- falei com voz embargada - E nas mãos desses doentes, desses maníacos.

Ele deixou meu pulso e olhou para baixo.

Bryan: É melhor comer logo.

Sentou do meu outro lado da cama.

Peguei o sanduíche e comecei a comer.

Fechei os olhos comendo.

Meu Deus, como é bom comer!!!

Comi dois sanduíches de forma rápida e muito faminta. Abri um pacote de salgadinho, quando Bryan começou a falar de repente e muito sério.

Bryan: Eu não sou igual à eles. Nunca fui e nunca vou ser. - me encarou.

Dulce: Você é pior do que eles. 

Bryan: Não sou uma pessoa má Dulce. 

Dulce: É sim.

Bryan: Não sou não. 

Dulce: E tudo por causa de dinheiro.

Bryan levantou irritado.

Bryan: Vocês ricos sempre acham que tudo no mundo é dinheiro. Mas fiquem sabendo que não é. - abriu a outra sacola branca - É melhor você tomar logo o seu banho e tentar dormir. Amanhã cedo você vai sair de Cancún com eles.

Parei de comer.

Dulce: O quê? 

Bryan: Você vai sair daqui, e do país, não sei pra onde, mas sei que é para um lugar muito longe daqui. - garantiu.