Fanfic: Adultério - Finalizada. | Tema: Vondy e Savirroni

PV Autora

Na UTI do hospital Dulce Maria estava em coma induzido no nível máximo de grave, por isso, todos os enfermeiros estavam dando muito mais atenção ao quadro clínico dela do que os outros pacientes com situação parecida.

Em cima de uma cama, Dulce parecia dormir tranquila. Mas todo o seu corpo estava enfaixado, sua perna que tinha uma fratura estava levantada e seu braço que também estava com fratura estava do mesmo jeito levantado.

Seus pulsos estavam engessado, seu pé também, todo o seu corpo tinha cortes, e hematomas, seu rosto estava bastante ferido, machucado. Sua cabeça estava com uma faixa enrolada, por conta da cirurgia que tinha feito á alguns dias.

Seu olho estava roxo, sua boca cortada e usava o aparelho para ajudar em sua respiração. Também tinha as pequenas faixas de monitoramento de batimentos cardíacos, a sala que estava era fria.

E só quem podia entrar ali dentro era médicos e enfermeiros. 

Do outro lado do quarto, pelo vidro olhava pra ela uma jovem enfermeira que anotava algo na prancheta em suas mãos e o médico que a atendeu olhava para sua paciente.

Médico: A outra mulher que foi empurrada do barranco morreu - falou para mulher - Qualquer um que cai daquela altura é fatal, a mulher que morreu é a prova disso, mas está não, é um milagre que ainda esteja viva, apesar da condição que se encontra.

Enfermeira: Ela está lutando para sobreviver. - falou comovida. - A sala de espera está cheia e toda hora aparece alguém, ela é muito querida por todos e é muito, mais muito amada pelo marido.

O médico suspirou.

Médico: Ele ficou dois dias na mesma posição. Sem comer, sem fazer nada, apenas parado olhando a porta. Se passasse de cinco dias, eu teria que seda-lo para sua própria saúde.

Enfermeira: E dos outros. O médico plantonista reclamou do soco que levou, os seguranças também. - deu um pequeno sorriso. 

O médico negou com a cabeça.

Médico: O amor faz isso..- sugeriu olhando significativo para a enfermeira.

A enfermeira ficou sem jeito.

Enfermeiro: Quando vai parar de dar os sedativos? - mudou de assunto.

Médico: Pela situação do cérebro dela, não vai ser tão cedo. Está muito enchado, quando começar a diminuir o enchaço, eu diminuo as dose, mas não vou parar de dar até o cérebro voltar ao normal, isso se voltar ao normal - falou angustiado - A situação dela é de alto risco, ela pode não aguentar e...

Enfermeira: Vou rezar por ela. - impediu que o médico concluísse - E sei que ela está lutando, ela tem uma família esperando por ela, um marido e um filho bebê ainda. Eles precisam dela.

O Médico nada disse.

Apenas deu um meio sorriso.

[...]

Na sala de espera, estava Alma, Juliana, Zoraida, Bruce, Bárbara, Bruna, Any, Nat, Adam, Caroline e David. Belinda teve que sair para ficar com Lorenzo.

Mas todos eles iam dormir ali.

Toda a família e amigos estavam se dividindo entre o hospital e o filhos pequenos no hotel. De manhã ficava os homens até a tarde, e quase de noite ficava as mulheres, Bruce e Adam, as vezes David e Alexandra.

Alexandra precisava cuidar de Enzo.

E David de Lorenzo.

Alma rezava em um canto mais afastado da sala, deixando os mais novos sozinhos conversando baixinho.

Juliana: Pelo menos o plano deu certo. - estavam falando sobre Christopher.

David: Eu dei a ideia do Lorenzo vir, só têm três pessoas que Christopher escuta, a Dul, o Enzo que é um bebê ainda e Lorenzo. Se Lorenzo fingisse que ficaria ali junto com ele, Christopher ia fazer o que Lorenzo estava pedindo.

Zoraida: Estava muito preocupada. Christopher não reagia, estava em choque - falou a parte profissional.

Bruna: Alexandra foi bem inteligente colocando sonífero na bebida dele. Só espero que ele não fique bravo.

Any: Também espero que não. É só para o bem dele. Dul não vai gostar de saber que ele ficou desse jeito quando ela acordar - falou confiante.

Nat: Não vai mesmo não. E eu espero que ele volte pra cá mais calmo também.

Bruce: É difícil ter calma, quando o quadro não é nada animador. Mas temos que ver que é da Dul que estamos falando, a garota mais corajosa e guerreira que todos nós já conhecemos. - falou enquanto acariava o cabelo de 9Bárbara que agora dormia com a cabeça no colo dele depois de tanto chorar.

Caroline: Isso é verdade. Logo ela vai está dando mais um irmão para Lorenzo e Enzo - falou otimista.

Adam e Caroline deixaram Megan com Amélia e Antônio no hotel.

Adam deu um meio sorriso concordando com a esposa. Olhou no relógio e levantou chamando atenção de todos ali na roda que conversavam.

Adam: Vou dormir com Caleb hoje. Hanna irá dormir em uma cama confortável hoje. Ordens dele próprio.

Zoraida: Ele está bem mesmo?

Adam: Você sabe, o tiro atingiu o fígado dele, mas graças a Deus não fez estrago, retiraram a bala na cirurgia e agora ele está se recuperando. Sente muita dor ainda, mas está controlando com remédios. - informou.

Nat: E como ele está em relação a Dul? Amanhã vou fazer uma visita há ele.

Todos falaram ao mesmo tempo "Nós vamos!" e deram meio sorriso.

Adam: Triste, muito triste. Mas otimista também. Quando melhorar mesmo vai se ajuntar com a gente.- beijou rapidamente Caroline - Preciso ir, qualquer coisa me avisem - pediu.

Caroline: Pode deixar!

Quando Adam saiu, todos ficaram calados e Alma parou de rezar e se ajuntou ao grupo novamente.

[...]

Na área da UTI estava uma movimentação grande. Enfermeiros e o médico entraram no quarto de Dulce assim que um aparelho informou o ataque cardíaco da paciente.

Rapidamente os enfermeiros rasgaram as faixas de seu peito e começaram a fazer uma massagem cardíaca, enquanto o médico preparava o desfibrilador, quando pronto, encostou no peito de Dulce distruindo a carga.

O aparelho ao lado que antes fazia um barulho enorme parou. As linhas que antes estavam em movimento parou e um som de linhas soou.

Seu coração parou.

Médico: Vamos Dulce...- voltou a encostar a carga em seu peito, fazendo seu corpo levantar.

1 segundo...

Nada....

2 segundos...

Nada...

Médico: Vamos Dulce...- encostou novamente a carga em seu peito.

3 segundos...

Nada...

4 segundos...

Nada...

5 segundos...

6 segundos...

7 segundos...

8 segundos...

9 segundos...

Nada...

Um enfermeiro aumentou a carga.

Médico: VAMOS VAMOS DULCE, EU NÃO VOU DEIXAR VOCÊ MORRER GAROTA - então com certa força encostou mais uma vez a carga em seu peito, fazendo o corpo de Dulce levantar e bater na cama.

Então o aparelho ao lado voltou a fazer o barulho dos batimentos do coração de Dulce. Ela tinha voltado.

O médico suspirou.

Enfermeiro: Por dez segundos a perdemos - avisou ao médico.

Médico: Mas ela voltou. Essa mulher é guerreira - afirmou enquanto ajudava os enfermeiros a enfaixa-la novamente.