Fanfic: Adultério - Finalizada. | Tema: Vondy e Savirroni

Christopher Uckermann

Abri os olhos lentamente meio zonzo, esfreguei os olhos e olhei ao redor, estava no quarto dos meus pais, a enorme cortina impedia o sol me cegar e o quarto estava frio.

De repente me lembrei de Dulce naquele hospital, de sua situação e de que eu deveria está lá agora e não aqui dormindo. E como dormi afinal?

Sentei na cama ao mesmo tempo que a porta do quarto foi aberta e minha  mãe entrava com meu filho no colo e meu pai trazia um carrinho com comida.

Ale: Acordou...- murmurou - Trouxemos o seu café filho e o seu filho também.

Enzo chupava os dedos.

Levantei e tirei ele da minha mãe, o abracei tão apertado que o mesmo reclamou, senti seu cheirinho enquanto era melado pela baba dele.

Chris: Como dormi? - olhei para meus pais - Que horas são? - voltei a sentar na cama com Enzo no colo.

Vitor: Christopher, filho você ficou dois dias naquele chão. Estava em choque e não conseguia reagir, fizemos de tudo mas precisamos apelar para Lorenzo te tirar de lá e funcionou. 

Chris: Quatro dias..? - murmurei.

Minha mãe sentou ao meu lado.

Ale: Sim querido. Aí você veio pra cá, lembra? - assenti - E bebeu o suco que estava com sonífero que eu mesma coloquei, você precisava dormir.

Neguei com a cabeça.

Vitor: Não fique com raiva. Só estamos todos nós, seus amigos, seus sogros, seus cunhados preocupados com você.

Chris: Não estou com raiva - abracei mais Enzo - Eu nem consigo sentir isso...- baixei os olhos com um nó na garganta.

Ale: Dul vai melhorar filho - tocou no meu ombro - A nossa Dul é valente, ela sabe que tem todos nós esperando por ela, que precisamos dela, principalmente Enzo e você querido. - garantiu.

Chris: Não vou conseguir ter esperança se ela continuar por um fio...- murmurei.

Vitor: Eu sei. Mas você precisa tentar ter, por você e pelo seu filho. Enzo precisa do pai também. - lembrou.

Beijei meu filho.

Chris: Eu preciso voltar. E...

Vitor: Christopher - falou sério - Você não pode ficar dias plantado naquele chão, você precisa reagir. Todos nós estamos nos divindo e ficando na sala de espera mesmo para não deixa-la sozinha e é isso que você vai fazer a partir de agora, estamos entendido?

Ale: Além do mais Chris...- começou hesitante - Você precisa ir na delegacia prestar depoimento daquela noite. O delegado passou no hospital e viu você daquele jeito e pediu que assim que você reagisse era pra ir até ele.

Olhei para a janela com ódio.

Chris: Eu o matei - rosnei.

Vitor: Suspeitavamos. Adam apareceu assim que ele foi morto. Você estava fora de si e..enfim. - deu de ombros - Foi legítima defesa, como os outros três caras que você matou. O policial que estava com você conseguiu se salvar e foi testemunha de tudo.

Ale: Junto com Adam - completou. - Agora tome banho, der comida para o Enzo e tome seu café, aí vai para o hospital e depois delegacia.

Chris: Estou sem fome...

Ale: Mas vai comer Christopher! - me olhou séria e brava - Já basta nossa filha Dul, não quero você também.

Vitor: Sofia vai com você hoje. Ela largou trabalho pra ficar aqui também.

Apenas assenti abraçando mais Enzo.

[...]

Quando desci para o Hall do hotel, Sofia já me esperava, assim que me viu veio me abraçar, retribui o abraço. Um motorista já nos esperava, então logo estávamos no caminho do hospital.

Assim que entrei na sala de espera, Fernando, Daniel, Lucas, Rafael, Eddy, Poncho e Eric levantaram na mesma hora que me viram. 

Chris: Alguma notícia? - perguntei.

Daniel: Não! - respondeu.

Lucas: Ainda não - concertou o irmão.

Eric: As meninas junto com Bruce e Adam acabaram de sair. Estamos nos dividindo - falou sério.

Chris: Meu pai me contou. - olhei ao redor, eu queria muito ir para a outra sala que tinha a porta dupla mas eu fui proibido de ficar ali.

Sofia: Senta Christopher...- pediu enquanto me puxava pelo braço até uma das poltronas de couro da sala.

Todos nós nos sentamos.

Sofia sentou ao meu lado.

Rafael: Comeu alguma coisa Christopher? - falou preocupado.

Chris: Fui obrigado a comer. - respondi meio agoniado por querer ficar olhando para aquela porta dupla.

Eddy: Você está passando mal? Além de está meio pálido...- me analisou.

Chris: Não. - levantei - Vou para outra sala - avisei.

Sofia me impediu segurando meu braço.

Todos: Não! - ao mesmo tempo.

Chris: Eu preciso...- fui empurrado para poltrona de novo pela minha irmã.

Sofia: Fique sentado ai - mandou.

Fernando: Ninguém quer te ver de novo daquele jeito...- negou com a cabeça.

Poncho: Você não vai mas para aquela sala Christopher - falou sério.

Suspirei.

Daniel: Vai na delegacia?

Chris: Vou sim. Mais tarde, mas volto pra cá, não vou sair daqui - avisei.

Eric: Eu, Poncho e Eddy vamos com você cara, os outros não vão porque é muita gente, além disso, fizemos pedra, papel e tesoura e eles perderam. 

Lucas: Começou..- revirou os olhos.

Rafael: Vocês roubaram!

Poncho: Roubamos não!

Fernando: Roubaram sim!

Eddy: Não roubamos!

Daniel: Cara assumem que vocês três roubaram logo - bufou.

Eric: Não roubamos!

Poncho: Impossível roubar em pedra papel e tesoura - explicou.

Lucas: Vocês são malandros - rebateu.

Eddy: Olha que..

O médico apareceu na sala.

Todos nós levantamos.

Ele estava sério e usava o jaleco branco tradicional e não tinha nada em mãos.

Chris: Minha mulher?

Fernando: Minha filha? - falamos ao mesmo tempo.

Médico: Na madrugada de hoje Dulce sofreu um ataque cardíaco, o coração dela parou por dez segundos e..

Parei de respirar.

Médico: Com a reanimação intensa, conseguimos ela de volta. - completou.

"Conseguimos ela de volta".

Voltei a respirar.

Médico: Essa é mais uma prova que ela está lutando. E que ela não vai desistir até voltar completamente. - me olhou atento - Que bom que reagiu, se passasse mais tempo daquele jeito, iria ser obrigado seda-lo. 

Cai de volta na poltrona.

Dez segundos...

Ela foi embora por dez segundos...

Eu a perdi por dez segundos...

Sofia: Ela está aqui Christopher - sussurrou no meu ouvido - Ela está aqui e irá continuar aqui por você - garantiu.