Fanfic: Adultério - Finalizada. | Tema: Vondy e Savirroni

Christopher Uckermann

Quase um mês se passou, e Dulce continuava em coma induzido. Porém, agora o médico dava menos sedativos do que antes, já que o cérebro dela desinchou consideravelmente.

Duas semanas depois que seu coração parou, por dez segundo, o médico liberou a minha entrada, dos meus pais e de Fernando e Alma na UTI. Não pudemos entrar no quarto e segurar sua mão, apenas ficamos olhando pela janela do quarto cada um sua vez.

Eu fui o primeiro a entrar.

E fiquei destruído vendo ela naquele estado, cheia de faixas pelo corpo, com a cabeça enfaixada e com seu rosto machucado e com aparelho e um tubo.

Seu coração batia de forma leve.

Levei minhas mão á janela tentando assim, ficar mais "próximo" dela. 

Meu amor....

Os dias foram passando e os machucados dela começaram se cicatrizar, os cortes, os hematomas, mas as pernas, braços, pulsos e costelas iam levar muito mais tempo pra isso.

Não fiquei mais dias direto no hospital, era obrigado a voltar para hotel, comer, tomar banho, ficar com Enzo e Lorenzo um pouco e logo voltava para a sala de espera. Eu não conseguia dormir se não tomar remédio para isso acontecer.

Os outros continuavam revezando todos os dias na sala de espera. Caleb recebeu alta, mas antes de ir ficou um bom tempo na sala de espera junto com todos nós, apesar de receber alta ele ainda precisava ficar de repouso por um bom tempo na cama.

E Hanna, sua namorada, iria cuidar para isso acontecer. E ele prometeu que assim que estivesse realmente bom, ele e Hanna se ajuntaria na revezão.

Eu estava na sala de espera como sempre com eles: Fernando, Daniel, Lucas, Rafael, Eddy, Eric e Poncho, tínhamos almoçado na lanchonete do hospital mesmo. Eu só empurrei o almoço, não tinha a menor fome.

Passava um filme chato na TV, na qual eu tentava prestar atenção. Os outros estavam jogando baralho para se distrairem naquela tarde.

Quer dizer, menos Fernando.

Assim como eu, ele estava um pouco distante lendo um livro. Parecia bem concentrado nas páginas. Olhei as horas no meu celular e suspirei.

16:13 da tarde.

Destravei meu celular e vi as últimas mensagens de Christian. Ele estava na Itália, mas ligava sempre para ter notícias, para me dar forças.

Fui para galeria e comecei a olhar, não pela primeira vez, nossas fotos. 

Dulce e eu em casa.

Dulce e eu no cinema.

Dulce eu na praia.

Dulce e eu na piscina.

Dulce e eu em festa.

Dulce, eu e Enzo.

Dulce, eu, Enzo e Lorenzo.

Dulce e eu aos beijos.

Dulce e eu e mais beijos.

Dulce e eu abraçados.

Dulce e eu na cama.

Sorri me lembrando naquele dia.

Ela cismou que queria tirar uma foto nossa assim que acordou porque se olhou no espelho e se achou bonita naquela amanhã. Qual a novidade?

Ela sempre acorda bonita. 

Ela era linda.

Sempre foi!

Fiquei um tempo olhando nossas fotos e quando acabou, deixei o celular no meu bolso da calça de novo. Os outros continuavam jogando baralho.

E Fernando lendo.

O filme na TV tinha acabado.

Mudei de canal.

Aquela sala tinha sido reservada apenas para nós, os outros pacientes ficavam em outras salas e nessa apenas minha grande família, incluindo os amigos nessa família também.

Deixei em um canal que passava esporte, quando o médico apareceu pela primeira vez naquele dia. Os outros pararam de jogar, Fernando de ler e eu deixei a TV e levantamos.

Médico: Desde que Dulce chegou aqui, posso afirmar, com a evolução do quadro clínico dela, ela está defitivamente fora de risco. - falou nos fitando.

O suspiro de alívio foi de geral, mas o meu e de Fernando chegou até o Canadá de tão aliviado. Dulce não iria mais me deixar, ela não ia mais embora.

Meu amor ia fica bem!

Ia ficar comigo!

Todos: Graças a Deus!!!

Médico: Tem mais. Desde de manhã não estamos mais a sedado-a. Parei com os sedativos hoje, o cérebro ainda está enchado mais não como antes, nem se compara ao seu estado de antes, e amanhã de manhã ela irá para o quarto.

Fernando: Nem acredito...- falou emocionado. 

Médico: Acredite! A partir de amanhã, só dependerá dela acordar - avisou.

Pela primeira vez desde que tudo aconteceu me permiti a sorrir.