Fanfic: Adultério - Finalizada. | Tema: Vondy e Savirroni

Em vinte minutos eu estava descendo as escadas, já devidamente vestida. Os três estavam na sala conversando. Sofia me olhou e levantou as mãos ao céu.

- Graças a Deus - ela bufou - Estou com fome. - revirou os olhos.

- Desculpe a demora...- pedi sem jeito.

- Que isso querida...- Vitor tocou nas minhas mãos - Não ligue para Sofia, ela não tomou os remédios hoje - olhou feio para filha que abaixou a cabeça.

- Por que não almoçaram logo sem mim? 

Vitor que ainda segurava minhas mãos, me abraçou de lado carinhosamente.

- Almoçar sem a família completa, não é almoço em família. E que graça teria em almoçar nessa casa, sem a dona da casa minha querida? - piscou um olho pra mim.

- Concordo...- disse Alexandra levantando do sofá junto com os filhos. Sorri de lado enquanto caminhavamos até a sala de jantar, Vitor no caminho falou só pra mim.

- Desculpe pela brincadeira lá em cima, e por ter entrando no quarto sem avisar. - me olhou preocupado.

- Ah...não tem o que desculpar.

- Tem sim. Christopher estava certo. Prometo que não vou mais fazer isso, tá minha filha? - ele beijou minha testa e eu sorri. Ele era como um pai pra mim.

Um que eu sempre quis ter.

Nos acomodamos na mesa e começamos a nós servir. Christopher sentou na ponta, eu ao seu lado esquerdo e Sofia ao seu lado direito. Vitor ao lado de Sofia e Ale ao meu lado. Almoçamos com conversas bem animadas. Eles era muito animados.

Na hora da sobremesa, eu estava saboreando o perfeito doce de maracujá quando senti um pé na minha canela.

Fechei os olhos e respirei fundo. Voltei abri-los e Sofia me encarava maliciosa enquanto comia o doce normalmente.

Olhei feio pra ela que sorriu ainda mais.

Seu pé passava pela minhas pernas e como eu estava de saia, ela colocou o pé bem na entrada da minha vagina. 

Arregalei os olhos.

- PARA! - gritei sem notar que ainda estava na mesa com Christopher e seus pais.

Alexandra que falava me olhou com uma sobrancelha levantada. Vitor me olhou como se eu fosse um ET, Christopher me encarou sem entender e Sofia me olhava com um certo medo e tirou o pé de mim.

- Para porque eu estou falando da minha loja querida?...- Ale perguntou também sem entender nada.

- Você está bem Dulce? - Christopher tocou no meu ombro - Está branca...

- Para...porque, porque esse doce está muito bom Ale você precisa experimentar - disse servindo um copo cheio de doce pra ela, que só estava no vinho desde que almoçamos.

Christopher me olhou bem fixamente por instantes. Mas logo olhou pra mãe.

- Obrigada minha querida - Ale agradeceu.

Eles voltaram para conversa, enquanto eu lançava alguns olhares para Sofia.

Após meia hora, voltamos para sala de estar e nos despedimos de Ale e Vitor e da ameba da Sofia. Abraçei cada um deles e quando fui abraçar Sofia, me inclinei um pouco e sussurrei em seu ouvido.

- Nunca mais me toque daquele jeito - fitei os outros três que conversavam intertidos.

- Desculpe...- devolveu o abraço, parando em volta da minha cintura e apertando disfaçadamente forte - É que você está com uma blusa bem decotada, e os seus seios estão praticamentes esmagados pelo sutiã e a blusa. Eu não aguentei....- murmurou de volta no meu ouvido. 

Mas afastei dela o mais rápido possível.

- Poxa...- murmurou - Estava tão bom senti-los em meu peito. Até fiquei molhada....- fez bico.

Revirei os olhos.

- Finalmente...- Christopher murmurou após seus pais e sua irmã saírem.

Olhei bem para cara dele.

- Da próxima vez, me avise quando seus pais vierem pra cá - dei as costas e subi as escadas. Peguei minha bolsa e troquei de sapatos, mandei uma mensagem para Maite, mandando ela se arrumar que iriamos sair, desci as escadas de novo, e fui em direção a porta.

- Nem no final de semana você para em casa? - olhei Christopher que tinha acabo de desligar o celular e me olhava.

Ele estava em pé falando ao celular próximo a área de lazer.

- No meio da semana eu tenho um negócio para administrar, uma empresa de enorme porte. E nós finais de semana, eu tenho esse tempo livre.- expliquei.

- Que deveria ficar em casa. - Christopher cruzou os braços. Como usava apenas uma camiseta, vi seus biceps mexerem após ele mexer os braços.

Desviei o olhar.

- Não fico em casa final de semana. 

- Isso eu sei...- ele riu irônica.

Respira Dulce, respira e não pira.

- Licença...- pedi abrindo a porta.

- Não vai falar onde vai? - sua voz firme as vezes me dava medo. Ele falou de um jeito que, sei lá, me arrepiou.

- Vou ao shopping. - respondi baixo e suspirei - Mais alguma pergunta?

- Vai sozinha? - se aproximou de mim.

- Não.

Ficamos frente a frente. Ele era alto. Que na frente dele, eu parecia uma criança.

- Vai com quem? - me encarou sério.

- Com uma amiga.

- Leve um dos seguranças. - mandou.

Cruzei os braços. Alto lá, quem ele era para dizer o que devo ou não fazer?

- Por que? - o encarei do mesmo modo.

- Para sua segurança, e quem é essa amiga Dulce? Não é a Renata ou é? - falou começando a ficar bravo.

De novo Renata?

Aí que ódio deles!!!!

- Renata não é minha amiga. - pude perceber ele respirar de alívio - E se fosse qual é o problema? - o provoquei.

- O problema Dulce é que eu não quero mais você juntas de novo, me entendeu? Eu não quero...- falou de modo agressivo.

- E por que? Heim? - quase gritei. 

- Aquele almoço foi o primeiro e único que você falou com ela, estamos entendidos? - levantou uma sobrancelha.

Bufei.

- Eu falo com quem eu quiser. Ninguém, nem muito menos você, manda em mim. - abri a porta e sai de casa o mais rápido possível, entrei no meu carro e dei a partida na maior velocidade possível. 

QUE ÓDIO!!!!!!!

Passei por vários carros igual um louca, e ouvia as buzinas. Nem ligava. Se ele não quer que eu fique perto da amante dele, é ao contrário que eu vou fazer.

Ele não me conhece. 

Vinte minutos depois, parei em frente ao apartamento da Maite que já me esperava na recepção. Quando me viu, entrou no carro e colocou o cinto.

Se inclinou para beijar meus lábios.

- Boa tarde amor. Onde vamos?

Suspirei agora mais calma. Só ve-lá que me traz uma paz. Maite era um anjo na minha vida, que eu tive a sorte de conhecer

Um anjo.

- Ei Dul...- tocou no meu braço - O que foi amor? - me encarou preocupada.

- Nada. - balancei a cabeça - Vamos ao shopping comprar o seu colar de brilhante

Ela abriu um enorme sorriso.

- Te amo - me beijou.