Fanfic: Adultério - Finalizada. | Tema: Vondy e Savirroni

Dulce Maria

Eram por volta das 18:30 e eu terminava a minha maquiagem no closet, onde em uma parte, no canto dela, ficava meu pequena escrivaninha de make. Quando ouvi a porta do quarto ser aberta e o perfume inconfundível dele entrar em minhas narinas. Passos se aproximaram do closet e em seguida, a porta do banheiro foi aberta e logo depois o barulho do chuveiro adentrou no quarto inteiro. Incluindo o closet.

Voltei minha atenção para maquiagem e em plenos segundos depois, analisava meu penteado no espelho. Cabelo? Ok. Make? Ok. Roupa? Não. Levantei da minha poltrona e caminhei até meu closet, procurei, entre muitas roupas, um vestido da prada. Assim que encontrei, tirei meu roupão o jogando no chão e o vesti. Peguei um salto preto, e o calçei. Dois minutos depois, me encarava no espelho do meu closet. Eu estava linda. 

Usava um vestido vermelho escuro de gala longo, com um único decote nas costas e que decote. Ele ia dos meus ombros até quase minha bunda, deixando minhas costas nuas e bem expostas. O salto alto preto, me deixava mais alta e muito elegante. Peguei um colar de pérolas que ganhei de um dos...bom, meus ficantes e coloquei no pescoço. Passei mais uma camada de batom vermelho nos lábios e peguei minha bolsa Chanel preto, passei perfume e sai do closet.

Assim que pisei no quarto. Vi Christopher terminando de colocar o terno vendo um jornal na TV calmamente. Ele me olhou de relance, e depois me analisou dos pés a cabeça demoradamente.

- Está pronta? - sua voz era séria. 

- Sim. - o analisei. Ele usava um esmoking preto, e como sempre, com aparência de homem muito muito sério. Seus cabelos estavam mais curtos do que a última vez que o vi e sua barba estava com aqueles finos pequeninos por fazer. Odiava isso, odiava admitir que ele estava lindo.

Christopher desligou a TV e passou por mim sem me olhar. Descemos calados a escada e saímos da casa, onde a BMW dele nos esperava. O motorista abriu a porta pra mim, e pra ele. Em seguida deu a partida em direção á empresa de alguém.

No banco de trás íamos calados e cada um em seu canto, bem afastados um do outro e em suas janelas. O motorista nem ao menos olhava para atrás no retrovisor e isso me deixava mais tranquila. Não gosto que fique me olhando. Olhei de relance para Christopher, que olhava para qualquer lugar fora do carro, menos em minha direção. Não aguentei.

- Que jantar é esse? - perguntei indiferente

- Na empresa Miller - ele respondeu no mesmo tom que o meu.

Foi a única coisa que dizemos um para o outro no restante do caminho. Meia hora depois, a BMW estacionava em frente ao um salão de festa que estava repletos de carros de luxo na frente. Saímos do carro e o motorista deu a partida atrás de algum lugar para estacionar. Olhei em volta, e algumas pessoa estavam conversando em grupo, a maioria adolescentes. O som alto de violino se podia ouvir, de onde estávamos. Caminhamos até a entrada do salão onde um maestro e dois seguranças estavam presentes.

- Boa Noite. Nomes por favo? - o maestro pediu educado.

- Christopher e Dulce Uckermann - Meu marido respondeu me puxando para si e tocando em minha cintura. O maestro nos olhou e olhou para o tablet em irmãos e abriu um enorme sorriso.

- Sejam muito-bem vindos á festa da empresa Sr.e Sra.Uckermann. E tenham uma noite agradável - sorriu deixando o laço vermelho de lado para entramos.

Passamos por ele e entramos em um salão enorme cheio de pessoas vestidas de gala e elegante. Mulheres desfilavam exibindo suas jóias e homem conversam em grupos com outros homens, com copos de Whisky nas mãos. Ao centro do salão estavam um grupo de violinista e garçons passavam á todas horas. E fotógrafos rondavam o salão, é claro.

Um flash me trouxe de volta. Um fotógrafo tirava umas fotos minhas e de Christopher, ele me segurou com mais força e sorria para as fotos. Fiz a mesma coisa e em seguida andamos até a mesa dos Miller. A família Miller estava toda ali presente, conversando e rindo.

- Boa Noite. - Christopher saudou quando nos aproximamos. Natália e Eric sorriram aos nos ver. Nos cumprimentamos e Eric nos convidou para sentar com eles. Me sentei entre Natália e um cara que era primo do Eric, um tal de Felipe. Eric e meu marido sentaram um lado lado do outro, ao lado de Natália e conversavam. A mãe de Eric e o primo e os pais de Natália entraram em uma conversa de indústria e tal. Sendo assim, ficando apenas Natália e eu "sozinhas" para conversamos.

- Como vai Dulce? - ela perguntou alegre.

- Bem obrigada e você? - tomei o vinho que estava em minha tarça na mesa.

- Muito bem. - olhou em volta - Apesar de cansada, estou bem. O aniversário da empresa deu trabalho, mas tudo saiu como planejamos - sorriu para mim.

- Está tudo lindo - respondi sincera. 

Como não tínhamos muita intimidade, ela e eu ficamos caladas por um tempo. Era um saco isso. Não saber o que falar depois do " tudo bem?". Era um inferno.

- E o casamento? - ela me olhou meia maliciosa e brincalhona - Que Eric não me escute mas...- se inclinou em meu ouvido e sussurrou - Seu marido é gatinho - piscou um olho pra mim.

- Bem...- respondi dando um meio sorriso.

- Bem... - ela riu - Quando vão providenciar um herdeiro? Eric e eu estamos tentando e estamos muito - abanou o pescoço com as mãos me fazendo rir.

- Em um futuro...- Bem bem distante talvez quase comentei. O salão estava cheio e algumas pessoas, íam para fora. Para terem mais privacidade. O violinista da festa  mudou de música, tocando uma mais suave e graciosa.

- Boa sorte então. Sabe, eu não queria está aqui agora - Natália olhou em volta -Queria está no MC Donald comendo uma porção enorme de hambúrguer e batata frita - suspirou sonhadora. 

Ri.

- Você é das minhas. - ela me encarou e segundo depois caímos da risada.

Eric olhou a esposa rindo e parou de conversar com Christopher na hora.

- O que as damas tanto riem? - perguntou nos olhando. Natália e eu nos encaramos dando de ombros. Christopher me fitava calado e sério. Revirei os olhos.

- Coisas de mulheres meu amor...- Natália respondeu. Ele sorriu e a beijou levemente nos lábios. A mãe de Eric, entrou na conversa e ficamos por um tempo falando sobre a industrial da Espanha deles.

Christopher levantou dizendo que iria cumprimentar pessoas conhecidas. O acompanhei com olhar, e vi o mesmo parar em um grupo de homens e mulheres e uma delas o abraçou de lado. Ela era alta, magra, loira e sorriam um para outro.

Quis revirar os olhos.

- Vou ao toallet - avisei para Natália.

- Vou com você. - ela diz se levantando da cadeira - Vou ali e já voltou amor - disse para o marido e saiu junto comigo.

Passamos do centro do salão e entramos no banheiro vazio. Me aproximei do espelho e retoquei meu batom. Natália fez a mesma coisa que eu. Meu celular tocou, o peguei de dentro da bolsa e suspirei vendo que era Caleb. Olhei para Natália que estava prestando atenção em si mesma no espelho e atendi a chamada.

- Alô.

- Dulce...- ele pronunciou - Está tão linda querida, quase posso ter um orgasmo na frente de todos - ele sussurrou.

Ao fundo o som do violino indicava que ele estava na festa também. Caleb é um dos meus amantes e era bastante discreto enquanto a isso. Até porque ele também era casado e muito bem casado.

- Obrigada Pamela. Você é uma fofa -disfaçei olhando para o espelho.

Ele riu sabendo que tinha alguém ao meu lado. Ele sempre sabia.

- Vamos no encontrar amanhã? No mesmo lugar de sempre? - seu tom era de ancioso. Mordi os lábios.

- Mas é claro - suspirei.

- Até lá vou sonhar com você meu doce. Tenha uma noite agradável...- desligou.

Coloquei de volta na bolsa o celular e virei para Natália que olhava os dentes no espelho. Gargalhei nas caras e bocas que ela fazia. Era uma comédia.

- Vamos? - perguntei rindo.

- Cl..aro - respondeu ainda olhando atenta.