Fanfic: Adultério - Finalizada. | Tema: Vondy e Savirroni

O club que se parecia muito com um parque era enorme, com lanchonetes, praças, academia e a tão famosa escalada que ficava dentro de um salão enorme. Tomamos café em umas das lanchonentes e logo formos para o salão.

Estava cheio de gente, mas conseguimos fazer nossas fichas e entrar para escalar, enquanto Christopher falava com um instrutor, eu me sentei em um banco que estava vazio e olhei para a enorme rocha artificial.

Quase coloquei meu café para fora.

Era muito alto.

Só Christopher que podia gostar disso.

Desde que sofri aquele acidente, nunca mais tentei escalar novamente. Fiquei com medo de cair e acontecer tudo de novo. Foi horrível!

Passei semanas no hospital sentido dores e me drogavam com vários tipos de remédio para a dor que não adiantava de nada. Quando a dor parava, era quando eu dormia, foi ai que me entupiram mais de remédios para dormir.

Any e Natália sentaram ao meu lado.

Alfonso e Eric se aproximaram de Christopher e do instrutor. Adam se afastou um pouco da gente para falar ao celular. Pelo sorriso que estava em seu rosto, só podia ser a esposa.

Natália tirava fotos dela, any, e minha. 

Revirei os olhos.

- Sua chata! - ela bufou guardando o celular.

- Chata é você - dei língua.

- Crianças...- Anahi negou com a cabeça.

Após alguns minutos Adam se aproximava da gente junto com os outros. 

- Está tudo OK. Ele vai trazer o equipamento de segurança e já podemos escalar. Cada pessoa vai ter seu próprio instrutor - Christopher avisou

Mordi os lábios.

Eu não estava muito animada pra escala.

- Eu vou ao banheiro - Natália levantou - Vamos meninas? - eu fiz careta e ela bufou - Então vamos any? Dul tem preguiça até de andar.

- Claro. Alfonso por favor não vai arrumar confusão - pediu antes de se afastar com Nat.

- Anahi é louca! - Poncho revirou os olhos sentando onde ela estava sentada.

- Louca mesmo. - Eric apoiou se encostando na parede, já que Christopher sentou ao meu lado.

- Cala boca Eric. Só eu posso chama-la desse jeito, tá? - Poncho bufou.

Adam que estava ao lado de Eric riu.

- Tem como as moças calarem a boca? E parar de tentar começar uma briga? - Christopher pediu pra eles mas com os olhos em mim.

Ele percebeu que eu não estava afim.

- Sim papai...- Eric debochou.

Christopher não respondeu, apenas ficou mais perto e segurou em uma das minhas mãos.

- Não precisa ficar assim. - pediu baixo.

- Assim como? - murmurei.

- Assustada. Já disse não vai acontecer nada.

Suspirei.

- Por que você gosta tanto disso? 

- Não sei ao certo. Mas desde de pequeno eu sempre adorei ficar no topo. Talvez seja isso... - ele deu de ombros - Para chegar ao topo da escalada você tem muitos desafios, você tem medo, insegurança e ainda tem que enfrenta a altura, mas quando chegamos lá em cima, percebemos que cada dificuldade valeu a pena, você conseguiu enfrentar tudo o que impedia de você conseguir. Assim também é a vida.

Sorri de lado.

******

- Preparada? - meu instrutor perguntou.

Eu encarei Christopher que riu.

Já tínhamos colocado todo o equipamento de segurança, e acorda já estava posicionada e pronta para subir. Christopher estava ao meu lado, íamos subir juntos. O resto do grupo foram para uma outra parte do salão, e cada um com seu instrutor, mas Christopher preferiu um só pra gente. De onde estávamos dava para vê onde os outros estavam. Alfonso começava a subir e Anahi ia atrás dele. A instrutora de Nat falava com ela e Eric ainda colocava o seu equipamento atento o que o instrutor dele falava e Adam começa a subir também.

- Ela está sim. - Christopher respondeu.

- Então, tá.... - o instrutor ficou atrás de mim e sem jeito segurou na minha cintura - É....... Linceça senhor Uckermann - pediu meio sem graça e Christopher negou com a cabeça.

- Não enrola. - mandou subindo no primeiro primeiro apoio na rocha.

- A senhora só tem que usar bastante a força das pernas, braços e principalmente do quadril. Vou inclina-lá - avisou antes de me suspender e me colocar no apoio da parde.

Coloquei os pés neles e me segurei nos outros apoios em cima. O instrutor se afastou de mim e eu verifiquei mas uma vez o equipamento, já fiz isso umas dez vezes, depois de ter a quase certeza que estava segura comecei a subir com as orientações do meu instrutor.

Christopher podia subir rapidamente aquela enorme rocha, afinal, ele tinha bastante prática, mas preferiu me acompanhar. O que era um erro, já que eu subia igual uma tarturuga e ainda estávamos muito baixo.

Eu ia fazendo cada vez mais esforço, usava bastante o braço e alguns apoios eram tão pequenos que eu pensava que ia cair. 

- Você está indo bem - Christopher falou me avaliando. Ele estava com uma aparência bem tranquila subindo, enquanto eu só faltava ter um enfarto. Respirei fundo.

- Por que não sobe logo? - perguntei quando já estávamos um pouco mais longe do chão.

- E perder a oportunidade de chegar com você?

- Ia para de perder tempo - avisei parando para respirar. Olhei para baixo e me instrutor não tirava os olhos da gente.

- Você sabe que não tem muita graça se chegar primeiro que todo mundo, não é? A diversão está na dificuldade querida - Christopher sorriu.

- Ah...tá - murmurei voltando a subir.

No meio do caminho eu olhava as outras pessoas que começavam a chegar no topo e a descer pela corda. Olhei para cima vendo que ainda tinha muita muita coisa para subir.

Já estávamos no alto e eu parei lembrando que foi mais ou menos nessa altura que eu me espartifei no chão. Fechei os olhos encostando minha cabeça na parede.

- Dulce? Está bem?

- Tô....- abri os olhos e verifiquei de novo o equipamento. Como sempre estava seguro, eu ia subir mais uma coisa me impediu.

- O que foi? - Christopher não entendeu.

O encarei.

- E se eu quiser descer agora? - mordi os lábios

- Você quer? 

- Se eu quisesse?

- Bom, seria uma pena, porque você já está na metade da rocha. Quer descer?

- Ficaria chateado?

- Não. Quer dizer, acho que não. - ele olhou pra cima e depois me encarou - Não posso proibir você de descer, mas seria muito bom se você continuasse, falta pouco.

Fiquei calada.

- Vamos Dul....- me incentivou.

- Christopher....

- Se você subir...vou dar uma coisa pra você.

- O que? - fiquei interessada.

- É segredo. 

- Tá....mas vai me dar hoje? - perguntei voltando a subir e ele me acompanhava.

- Quem sabe? - se fez de desitendido.

Subimos por mais alguns minutos, eu estava toda suada, cansada, quadril meio doloriodo junto com os braços. Mas enfim, quase uma hora depois, eu cheguei ao topo. 

Me segurei na barra que tinha e fitei o salão todo, onde estávamos era muito muito muito alto o que me fez engolir em seco e sorrir de lado em seguida. Eu tinha conseguido.

- E ai? - Christopher me encarou.

Sorri.

- Eu não acredito que...

- Conseguiu? É você conseguiu. Nada é tão impossível assim. Se você quer você consegue.

- Obrigada! - agradesci - Se não fosse você eu já teria desistido e nunca teria subido. Mas agora o que você vai me dar? - perguntei curiosa.

Ele riu.

- Interesseira...- olhou para baixo - Agora vamos descer? - mudou de assunto - A descida é a melhor...

- Para de mudar de assunto - pedi.

Ele se posicionou para descer e me encarou.

- Eu não estou mudando nada...- disse sorrindo e puxando a corda descendo em uma velocidade grande.

Suspirei antes de fazer a mesma coisa.