Fanfic: Adultério - Finalizada. | Tema: Vondy e Savirroni

Depois de uma banho, só foi um banho mesmo, deitamos na cama. Coquei um filme da Nerflix e ficamos assistindo ele, eu estava pegando no sono com a caricia de Christopher no meu cabelo, quando meu celular tocou.

Christopher que estava perto dele me entregou, mas antes verificou quem era. E logo me deu.

Era um número desconhecido por mim.

- Alô? - Atendi.

- Dulce Maria Uckermann?

- Sim. Quem fala?

- É um cara que sua mãe está devendo e meu deu esse número para cobrar de você. - falou de um jeito meio "grosseiro".

Sentei na cama fechando os olhos.

- O que foi? - Christopher perguntou.

- Quanto ela está devendo? - Fitei Christopher que entendeu na hora.

- Duzentos mil dólares. Mais cinquenta mil de cocaína e mais cem mil de prejuízo causado no meu estabelecimento. Total de trezentos e cinquenta mil dólares - bufou - Blanca é um prejuízo aquela vagabunda. 

- Trezentos e cinquenta mil dólares? - suspirei.

- Sim. E ai? Vai me pagar ou vou ter que matar a tua linda mamãe? E aquele macho dela?

- Macho? O que? - perguntei sem entender.

- Não sabia que tua mamãe tinha macho, não? - ele riu - Aquela vagabunda sustenta ele.

- Onde depósito o dinheiro? 

- Espera ai boneca. Não é bem assim não.

- Como não?

- Não confio em dar meus dados assim não. Tu vêm aqui na minha boate e me paga e ai sim eu deixo tua mamãe viva. Ta ligada?

- Dinheiro vivo?

- Sim. Esse negócio de cheque confio não.

- Onde é essa boate? - levantei da cama e Christopher me olhava atento.

Ele deu o endereço e eu desliguei em seguida.

- Você não vai. - Christopher me empurrou para a cama de novo assim que eu contei - Eu vou e você fica. Tua mãe é doida, e essa boate é muito barra pesada pra você.

Bufei.

- Christopher...

- E outra coisa. Eu vou dá um jeito na tua mãe ou ela se conserta, ou eu não deixou você tirar um tostão do seu bolso para pagar quem ela deve, é a última vez. - ele falou Sério.

- Mas Christopher...

- Você acostumou ela mal. Todas as borradas dela você encobria, pagava e ela se acostumou com isso, acha que pode fazer tudo que vai ter você para ela apoiar. Mas não agora, é a ultima vez que você vai pagar, ou melhor, eu vou pagar, e outra coisa, é melhor não ter nenhum tipo de contato com ela, pelos menos por enquanto.

Ele colocou a calça e uma blusa.

- Christopher ela é minha mãe...- murmurei.

- Eu sei querida. Mas eu sinto em dizer que ela é sua mãe, mas você não é filha dela. Ela só quer te explorar, sempre foi assim. Mas já está mais do que na hora disso parar - ele colocou os sapatos atento em mim. 

- Eu quero ir...- pedi.

- Não. Essa boate não é para você.

- Christopher....

- Dulce Maria não - ficou em pé - Esse cara é barra pesada e não é bom você ir.

- Por favor...- praticamente implorei.

- Não! - pegou a carteira e o celular - Vou pegar o que tem no cofre - avisou - Depois reponho de volta - se aproximou de mim beijando minha testa e saiu do quarto.

******

Já fazia quatro horas que Christopher saiu de casa e eu andava pela sala de um lado para outro, olhava direto no relógio da sala e bufava.

Já eram 23:37 da noite. 

Amélia já tinha se recolhido e não tinha mais ninguém na casa. As outras empregadas já tinham saído também. Só os armários que ficavam ao lado de fora.

Quando sentei no sofá, a porta da sala abriu e eu arregalei os olhos vendo um enorme olho roxo de Christopher. 

- Meu Deus! - me aproximei dele - O que aconteceu com você?

- Eu estou bem - ele bufou irritado. 

- Como isso aconteceu? - tentei tocar naquele olho, mas ele se afastou - Christopher! - o reprendi e ele se afastou de mim alterado.

- Eu acabei de novo com ele...- Christopher murmurou passando por mim e indo em direção ao escritório.

O segui.

- Christopher dar para falar o que aconteceu? - eu perguntei andando atrás dele.

- Aquele desgraçado nunca deveria ter saído daquele lugar - comentou ainda abaixo sem me dar atenção. Entrou no escritório e foi direto para a parte do bar, encheu um copo de gelo e colocou Whisky nele levando em seguida a boca. - Mas ele vai voltar. - disse antes de virar tudo na boca.

- Do que você está falando? Ele quem? Que lugar? E esse olho....- me aproximei dele.

Christopher suspirou me olhando.

- Dulce...- murmurou me abraçando - Eu sinto muito querida...- me abraçou apertado.

- Sente muito pelo o quê? 

- Eu não sei porque ele saiu - se afastou de mim o suficiente para vê meu rosto - Mas ele vai voltar pra lá. Eu prometo - me encarou.

- De quem está falando?

Ele me encarou por um tempo.

- Eu fui até o cara que ligou pra você...- ele começou a falar - Como eu imaginava, era um marginal perigoso, sua mãe estava lá e pude perceber a surpresa dela em me ver. Acho que ela pensava que você iria. - ele negou com a cabeça - Fiz o pagamento para o cara e ele meio que liberou a sua mãe...

- Liberou? Como assim? Ele estava...

- Sim Dulce. Ela só iria sair de lá quando a dívida dela fosse paga. Caso ao contrário, ela ia ser morta por ele. Fiz o pagamento e o cara a liberou, saímos juntos daquele lugar e eu a coloquei contra parede. Ela ficou com raiva, você a conhece...- ele revirou os olhos - Depois que ela viu que era a verdade o que eu estava falando, aceitou e disse que iria embora sozinha para a casa dela. Apesar dela ser do jeito que é, ofereci carona e ela recusou.

- Ela te odeia - murmurei.

- Eu sei. Mas não foi por isso que ela não aceitou, eu ofereci de novo e ela recusou, eu estranhei o nervosismo dela e sabia que tinha algo errado ai. Não ofereci de novo e entrei no carro saindo da vista dela. Então, sem ela perceber a segui até em casa. Ela pegou o primeiro ônibus que apareceu e eu segui, quando a ela desceu no ponto....- ele hesitou.

- Fala. - pedi.

- Quando ela desceu, tinha um homem esperando por ela, ele estava de boné, usava uma roupa escuro e estava na parte escuro do ponto de ônibus e de costa de onde eu estava...

- O cara que me ligou falou que ela tinha um...namorado. Que ela sustentava ele - falei não entendendo onde ele queria chegar.

- Ela tem sim. No começo não o reconheci...

- Você o conhece?

- Dulce...- ele respirou fundo - Ele é...é o Jhon.

Fiquei estática.

- O quê? - foi a única coisa que eu consegui falar. Christopher me abraçou forte.

Blanca estava de novo com ele? Com o cara que estuprou a filha dela? Na casa dela?

Me afastei de Christopher.

- Como....tem certeza que é ele?

Não podia ser

- O olho roxo já diz? - foi meio óbvio - Fiquei vendo os dois se beijarem, até ele começar a andar...- negou com a cabeça - Aquele andar torto, puxando a perna e com bengala que eu mesmo causei nele. Reconheci ele. Me subiu um ódio tão grande, não acreditei que ele estava solto...e pior, sua mãe estava com aquela merda de novo - ele suspirou - Sai do carro cego de raiva e supreendi eles, dei um soco nele e ele devolveu, voltei a bate-lo e então começamos a brigar. Precisou de um vizinho da Blanca separar a gente. Ela correu para socorre-lo e eu quis vomitar com aquela cena....ele sangrava no chão e ela desesperada como se ele...fosse alguém.

Minhas pernas fraquejaram e se não fosse o Christopher para me segurar eu cairia no chão, ele me levou até o sofá e me deitou em seu colo, lágrimas já caiam pelo meu rosto.

Uma dor no peito me atingiu.