Fanfic: Adultério - Finalizada. | Tema: Vondy e Savirroni

No caminho eu mal falei com ele, minha cabeça estava a mil. Como assim Christopher é amigo de Pablo Lyle? Não podia ser verdade. Ele não podia ser amigo dele, não podia.

Vinte minutos depois, nos dois entravamos dentro do prédio luxuoso, ou melhor, era o Christopher que me puxava para dentro.

- Por que está assim? - ele me olhou atento - Hesitante....- murmurou.

- Eu...eu...- e agora? - Eu preciso ir ao banheiro.

A recepcionista alta, morena, impecavelmente fardada e sorridente apareceu na nossa frente.

- Senhor Uckermann é um prazer te-lo aqui novamente - me olhou com atenção - Sua esposa? - perguntou.

- Sim. - ele respondeu.

Eu olhava ao redor procurando Pablo e só via pessoas sentadas em suas mesa conversando, bebendo, comendo. O balcão lá atrás tinha umas pessoas bebendo e conversando, atrás do balcão o barman preparava as bebidas.

- Onde é o toallet? - perguntei.

- Seguindo aquele corredor - apontou - Porta esquerda - informou a recepcionista.

Sai de perto deles e segui de acordo como a mulher falou, entrei no banheiro vazio e peguei o meu celular, procurei o primeiro nome que achei na minha lista de contato e liguei, mas deu caixa postal. Xinguei baixo, e procurei por um outro nome e liguei.

Em três toques atendeu.

- Oi...- murmurou.

- Pablo está aqui...- murmurei me olhando no grande espelho do banheiro.

- Pablo? Que Pablo? - Adam perguntou.

- Pablo Lyle...

- Ele voltou a te procurar? - sua voz estava bem irritada. - A surra que eu e o Caleb demos nele não foi o suficiente?

- Pablo é amigo do meu marido.

- Cacete! - xingou - Vai contar pra ele?

- Eu devo? - respirei fundo - Christopher vai ficar com...ódio dele e...

- E não é para ficar? Dulce ele...esse cara é um pisicopata, se eu e Caleb não tivermos te achado você... - não terminou.

- Eu sei. - comentei - Droga Adam! O que eu faço? Eu nem sei como eles se conheceram.

- Então procure saber. Estão aonde?

- Em restaurante do Pablo - bufei - Só vim porque Christopher ia estranhar se não quisesse vim, ele é inteligente, percebeu a minha hesitação.

- Dulce...olha...- Adam respirou fundo - Já que você está ai, jogue com ele, OK? Finja que nada aconteceu, que você não o conhece. Pode fazer isso? Tenho certeza que ele vai fazer isso.

- Posso....droga! - bufei - Por que ele é amigo dele? Como?...

- Isso você tem que descobrir. 

- Eu vou. Obrigada Adam! Tchau! - desliguei.

Guardei o celular e me encarei no espelho. 

A boate estava cheia e eu animada, eu queria muito me divertir e beber até cair. Tinha ligado para umas amigas e convidado elas para sair, mas nenhuma pode comparecer, então, eu me arrumei e estava ali pronta para me divertir.

Passei pela pista de dança e cheguei até o bar, sentei uma cadeira e pedi um drink. Peguei meu celular e mandei uma mensagem para uma amiga zoando ela por não está comigo, ela mandou de volta e ficamos trocando mensagens até o meu drink chegar. 

Coloquei o celular de volta na bolsa e tomei um gole da bebida. Olhei para meu lado e um cara me olhava atento. Ele era bonito.

- Está sozinha? - ele perguntou alto por causa da música e eu assenti - Eu também...- sorriu.

Sorri de volta.

- Me chamo Pablo Lyle e você?

- Dulce...

- Dulce...- ele sorriu de lado - O que uma mulher tão linda como você faz sozinha aqui? Seu namorado não tem ciúmes?

RI.

- Vim me divertir e eu não tenho namorado. E se eu tivesse ele não ligaria - Eu não contaria que era casada e que meu marido é um grande babaca que viaja demais e está pouco se importando comigo. - E o que um cara tão gato como você faz sozinho aqui? Sua namorada não tem ciúmes? - o imitei.

Ele riu.

- Não tenho namorada. Mas se eu tivesse ela seria como você, muito linda - se aproximou mais de mim - Quantos anos tem?

- Sabia que é feio perguntar uma coisa dessa a uma mulher? - levantei uma sobrancelha.

- Na verdade não. Você é jovem, e eu só quero garantir que não é de menor.

Ri.

- Tenho cara de criança, é? 

- Você é pequena, magra, jovem, linda, e está sozinha...- ele deu de o ombros.

- Tenho vinte e cinco anos e você?

- Vinte e sete. Quase aos trinta...- fez careta me fazendo rir.

- Tem medo dos trinta?

- Não quero ficar velho!

- Todo mundo vai ficar velho...

Ele sorriu olhando o decote do meu vestido.

- Gostou? - levantei uma sobrancelha.

- Sim. - rimos. - Quer dançar? - olhou para a pista que tinha começado uma eletrônica.

- Sim.

Começamos a dançar, ele não se aproximava muito de mim e eu gostei disso. Muitos caras ficam em cima e isso me encomoda, ele parecia ser um cara legal, e era bom de dança.

Ficamos dançando por algumas horas, conversando também enquanto dançavamos, nos conhecendo. Quando eu fiquei com sede, ele se ofereceu para pegar uma bebida pra mim, agradesci e ele foi até o bar e eu fiquei  na pista ainda dançando. Eu amava dançar.

Quando voltou trouxe uma vodka pra mim e um Whisky pra ele, eu bebi minha bebida dançando.

Fiacamos por mais alguns minutos na pista, até eu começar a passar mal. Me deu uma tontura e meu coração acelerou. Quase caia se ele não me segurasse pela braço teria caido no chão.

- O que foi Dulce? - perguntou.

- Acho que dancei demais - ri vendo tudo embarcado - Eu quero sentar...

- Vem...- me puxou para sair da pista.

Minha vista estava embaraçada, via só borão, me sentia elétrica e comecei a rir. Me bateu uma felicidade sem tamanho. De repente a música alta já não estava mais alta e um vento frio cobriu o meu corpo.

O borrão estava cheio de cores.

- On..de estam.os ? - perguntei guaguejando.

- Vamos dar um passeio Dulce. - Pablo avisou.

Ele continuou me puxando e eu quase caia algumas vezes. E começava a rir de novo. De repente ele me girou e senti algo ficar nas minhas costas. Pablo ficou em cima de mim tentando me beijar. Eu ria afastando ele.

- O que você quer? - apareceu duas caras do Pablo e eu estranhei - É gêmeo?

- O efeito já está em você. Ótimo. Dulce a gente vai brincar um pouquinho...- ele riu beijando o meu pescoço. O empurrei.

- Para....- pedi querendo chorar.

O que ele estava fazendo comigo?

- Dulce.... Que tal se a gente fosse para dentro do carro, heim? - me afastou e eu ouvi um barulho de algo - Você vai gostar....- disse me puxando para dentro de um...Carro? Estava tudo tão borrado e desfocado.

- Eu não quero...- me afastei.

- Dulce não me irrita, ta bom? Entra nesse carro.

- Não... AHHHHH - gritei quando ele me impresso de volta minha costa.

- Droga Dulce! Entra no carro que a gente vai brincar muito....- falou e uma das caras tentou me beijar de novo.

- Eu não quero....- tentei empurrar de novo mas ele estava mais pesado que o normal - ME SOLTA...... ME DEIXA......PARA!

- CALA A BOCA - me enforcou e eu fiquei sem respiração. - CALA BOCA E FAZ O QUE EU MANDO! - disse um deles bravo.

- SOLTA ELA IMBECIL - uma voz firme soou atrás dele. Pablo me soltou e eu torci tentando respirar. Olhei para frente e vi quatro homens um com cada gêmeo. - Solta ela...- um deles falou.

- Você é quem mesmo? - Pablo perguntou - Some daqui, ela é minha....

- Ela não quer ir...solta ela....- o outro mandou.

- Se eu não deixar ela ir, vão fazer o que? - Pablo riu debochando.

- Vou fazer isso...- um deles deu um soco na cara de Pablo que gemeu e devolveu o soco.

Meu coração acelerou e eu me inclinei e comecei a vomitar, senti uma mão na minha cintura e um "você não está bem" no meu ouvido. Quando terminei de vomitar, olhei para frente e um dos gêmeos socava Pablo que caiu no chão.

- Caleb chega! Deixa esse merda aí... Vamos levar a moça para o hospital, ela tá drogada! 

- VOCÊS VÃO SE AREEPENDER DISSO! ELA ERA MINHA SEUS IDIOTAS! MEXERAM COM A PESSOA ERRADA - gritou Pablo.

- VOCÊ QUE MEXEU COM A MULHER ERRADA! - o outro gritou se afastando dele e se aproximando de mim e de um outro que estava me segurando pelo ombro.

- AGUARDEM MANÉS! PABLO LYLE VAI ACABAR COM VOCÊS.... AGUARDEM...- gritou.

O cara que estava batendo no Pablo me pegou no colo e eu quis vomitar de novo.

Começou a andar comigo em seus braços.

- Qual hospital a gente vai? - perguntou um dos gêmeos que me carregava.

- Aquele próximo da minha casa. - o outro falou.

- Por que vocês dois tem seus gêmeos? - perguntei estranhando.

- Cara ela ta mal mesmo - um disse - Qual é o seu nome moça?

- Dulce Maria - ri.

- Dulce....conhece aquele cara que estava com você? - o outro perguntou.

- Não! - fiz bico e ri.

Eu não sei o que aconteceu, mas tudo virou mais borrão e de repente apaguei.