Fanfics Brasil - Capítulo 44 (3ª Temporada) Divergente, Insurgente, Convergente (Vondy adp.)

Fanfic: Divergente, Insurgente, Convergente (Vondy adp.) | Tema: Série Divergente


Capítulo: Capítulo 44 (3ª Temporada)

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Christopher



Confiro os monitores antes de ir me encontrar com Amah e George.
Alexandra está enfurnada na sede da Erudição com seus apoiadores sem-facção, curvada sobre um mapa da cidade. Víctor e Johanna estão em um edifício na Avenida Michigan, ao norte do edifício Hancock, conduzindo uma reunião.
Espero que estejam no mesmo lugar daqui a algumas horas, quando eu decidir qual dos dois vou reprogramar. Amah nos deu pouco mais de uma hora para encontrar e vacinar a família de Uriah e trazê-los escondidos para o complexo, então só terei tempo para um dos meus pais.


 


 


 


                                                                  + + +


 


 


 


A neve rodopia sobre a calçada do lado de fora, flutuando com o vento. George me oferece uma arma.
– Está perigoso lá dentro agora – diz ele. – Com toda essa história dos Leais.
Pego a arma sem nem olhar para ela.
– Vocês entenderam o plano? – pergunta George. – Estarei monitorando vocês daqui, da pequena sala de controle. Mas vamos ver o quão útil serei hoje à noite, com esta neve cobrindo as câmeras.
– E onde estarão os outros agentes de segurança?
– Bebendo? – George dá de ombros. – Disse para eles tirarem a noite de folga.
Ninguém dará falta da caminhonete. Tudo vai dar certo, prometo.
Amah abre um sorriso.
– Está bem, vamos lá – diz ele.
George aperta o braço de Amah e acena para nós. Enquanto os outros seguem Amah até a caminhonete estacionada do lado de fora, seguro George. Ele me olha de maneira estranha.
– Não me pergunte nada sobre isso, porque não vou responder – digo. – Mas é melhor você se vacinar contra o soro da memória, está bem? O mais rápido possível. Matthew pode ajudá-lo.
Ele franze a testa ao olhar para mim.
– Apenas faça o que digo. – Afasto-me dele em direção à caminhonete.
Flocos de neve grudam no meu cabelo, e uma nuvem de vapor se enrosca ao redor da minha boca cada vez que respiro. Anahí esbarra em mim ao caminharmos para a caminhonete e enfia alguma coisa no meu bolso. Um frasco.
Percebo os olhos de Peter sobre nós quando me sento no banco do carona.
Ainda não entendo por que ele está tão ansioso para vir conosco, mas sei que preciso tomar cuidado.
O interior da caminhonete está quente, e logo os pequenos flocos de neve que nos cobriam derretem.
– Você é um cara de sorte – diz Amah. Ele me entrega uma tela de vidro com luzes brilhantes emaranhadas, como veias. Olho mais de perto e vejo que são ruas e que a linha mais forte traça o nosso caminho por elas. – Você está encarregado de conferir o mapa.
– Você precisa de um mapa? – Levanto a sobrancelha. – Que tal simplesmente... ir em direção aos prédios gigantes?
Amah faz uma careta ao olhar para mim.
– Não vamos seguir em linha reta até a cidade. Vamos seguir um caminho menos óbvio. Agora, cale a boca e cuide do mapa.
Encontro um ponto azul no mapa que marca a nossa posição. Amah sai com a caminhonete para a neve, que cai tão rápido que mal posso enxergar alguns metros à frente.
Os prédios pelos quais passamos parecem figuras escuras espiando através de um véu branco. Amah dirige rápido, confiando que o peso da caminhonete nos manterá estáveis. Entre os flocos de neve, vejo a cidade adiante. Eu tinha me esquecido de como estamos perto dela, porque tudo é tão diferente além dos seus limites.
– Nem posso acreditar que estamos voltando – diz Peter baixinho, como se não esperasse uma resposta.
– Nem eu – digo, porque é a pura verdade.
A distância que o Departamento manteve do resto do mundo é um mal de natureza diferente da guerra que eles planejam travar contra as nossas memórias. Um mal mais sutil, ainda que, de certa maneira, seja igualmente sinistro. Eles tiveram a chance de nos ajudar enquanto padecíamos em nossas facções, mas escolheram permitir que ruíssemos. Que morrêssemos. Que matássemos uns aos outros. Só agora, que estamos prestes a destruir um nível de
material genético além do aceitável, eles resolveram intervir.
Chacoalhamos de um lado para outro dentro da caminhonete que Amah dirige sobre trilhos de trem, mantendo-nos perto do muro de cimento à direita.
Olho para Anahí pelo espelho retrovisor. O joelho direito dela está balançando depressa.


 


 


 


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Ainda não sei que memória apagarei: se a de Víctor ou a de Alexandra.
Em geral, eu tentaria decidir qual seria a escolha mais altruísta, porém, neste caso, qualquer uma das duas parece egoísta. Reprogramar Víctor significaria apagar da face da terra o homem que mais odeio e temo. Significaria a minha libertação da influência dele.
Reprogramar Alexandra significaria transformá-la em uma nova mãe, que não me abandonaria ou tomaria decisões baseadas no desejo por vingança, nem controlaria todos em um esforço de não precisar confiar nas pessoas.
De qualquer maneira, estarei melhor com qualquer um dos dois fora de cena.
Mas o que seria melhor para a cidade?
Não sei mais.


 


 


 


                                                                     + + +


 


 


 


Posiciono as mãos diante da saída de calefação para aquecê-las enquanto Amah continua a dirigir sobre os trilhos de trem, passando pelo vagão abandonado que vimos quando chegamos, que reflete a luz dos faróis em seus painéis prateados.
Alcançamos o local onde o mundo externo termina e o experimento começa, e a mudança é tão abrupta quanto se alguém tivesse desenhado uma linha no chão.
Amah atravessa essa linha como se ela nem estivesse lá. Imagino que, para ele, ela tenha desaparecido com o tempo, à medida que ele se acostumou com seu novo mundo. Para mim, parece que estamos passando da verdade para a mentira, da vida adulta para a infância. Vejo a paisagem de cimento, vidro e metal se transformar em um campo aberto. Agora, a neve está caindo de leve, e consigo ver vagamente o contorno dos prédios da cidade adiante, e eles parecem só um pouco mais escuros do que as nuvens.
– Aonde devemos ir para encontrar Zeke? – pergunta Amah.
– Zeke e sua mãe se uniram aos Leais – digo. – Então, imagino que estejam
onde a maioria deles estiver.
– O pessoal da sala de controle disse que a maioria deles passou a viver ao norte do rio, perto do edifício Hancock – conta Amah. – Que tal um passeio de tirolesa?
– De jeito nenhum.
Amah solta uma risada.
Demoramos mais uma hora para nos aproximarmos do local. Só começo a ficar nervoso quando vejo o edifício Hancock a distância.
– Hã... Amah? – diz Anahí do banco de trás. – Detesto dizer isso, mas preciso muito parar. E... você sabe, fazer xixi.
– Agora? – pergunta ele.
– É. A vontade apareceu de repente.
Ele suspira, mas para a caminhonete perto da calçada.
– Vocês, fiquem aqui dentro. E nada de olhar! – diz Anahí, e salta do automóvel.
Vejo a silhueta dela caminhando até a traseira da caminhonete e espero. Tudo o que sinto quando ela corta os pneus é um pequeno quique na caminhonete, tão sutil que tenho certeza de que só o senti porque estava esperando por ele. QuandoAnahí volta, está exibindo um pequeno sorriso.
Às vezes, a única coisa necessária para salvar pessoas de um destino terrível é que alguém esteja disposto a fazer algo a respeito. Mesmo que este “algo” seja apenas uma falsa ida ao banheiro.
Amah dirige por mais alguns minutos antes que alguma coisa aconteça. De repente, a caminhonete estremece e começa a quicar, como se estivéssemos passando sobre um quebra-molas.
– Droga – diz Amah, olhando para o velocímetro. – Não acredito.
– O pneu furou? – pergunto.
– Furou. – Ele suspira, pisando devagar o freio e parando o automóvel.
– Vou conferir – digo.
Salto do banco do carona e caminho até a traseira da caminhonete. Os dois pneus traseiros estão completamente murchos, rasgados pela faca que Anahí trouxe consigo. Olho pela janela traseira para me assegurar de que há apenas um estepe, depois volto para a porta aberta para dar a notícia.
– Os dois pneus traseiros estão murchos e só temos um estepe – digo. –
Precisamos abandonar a caminhonete e conseguir outro veículo.
– Droga! – Amah golpeia o volante. – Não temos tempo para isso. Precisamos vacinar Zeke, sua mãe e a família de Anahí antes que o soro da memória seja lançado, ou tudo isso será inútil.
– Calma – digo. – Sei onde podemos encontrar outro veículo. Que tal vocês continuarem a pé enquanto procuro outra coisa que a gente possa dirigir?
A expressão de Amah se ilumina.
– Boa ideia – diz ele.
Antes de me afastar da caminhonete, certifico-me de que minha arma está carregada, apesar de não saber se vou precisar usá-la. Todos saltam do automóvel, e Amah estremece de frio e dá saltinhos nas pontas dos pés.
Confiro o relógio.
– Até que horas vocês precisam vaciná-los?
– Segundo o cronograma de George, temos uma hora antes de a cidade ser reprogramada – diz Amah, também conferindo o relógio, para ter certeza. – Se você quiser poupar Zeke e a mãe dele da tristeza de descobrirem o que
aconteceu com Uriah e permitir que eles sejam reprogramados, vou entender.
Farei isso se você quiser.
Balanço a cabeça.
– Eu não poderia fazer isso. Eles não sofreriam, mas não seria real.
– Como eu sempre disse – diz Amah, sorrindo –, uma vez Careta, sempre Careta.
– Você poderia... não contar a eles o que aconteceu? Só até eu chegar lá?
Apenas os vacine. Quero dar a notícia.
O sorriso de Amah murcha um pouco.
– Sim, é claro.
Meus sapatos já estão encharcados só de ter ido conferir os pneus, e meus pés doem quando tocam o chão gelado mais uma vez. Estou prestes a me afastar da caminhonete quando Peter resolve abrir a boca.
– Vou com você – diz ele.
– O quê? Por quê? – Eu o olho feio.
– Talvez você precise de ajuda para encontrar uma caminhonete – sugere ele.
– A cidade é bem grande.
Olho para Amah, mas ele dá de ombros.
– Faz sentido – diz ele.
Peter se inclina para perto de mim e fala baixinho para que apenas eu consiga ouvir:
– E, se não quiser que eu diga a ele que você está planejando alguma coisa, é melhor não discutir.
Ele olha o bolso do meu casaco, onde o soro da memória está guardado.
Solto um suspiro.
– Está bem. Mas faça exatamente o que eu mandar.
Vejo Amah e Anahí se distanciando em direção ao edifício Hancock.
Quando eles já estão longe demais para nos ver, dou alguns passos para trás, enfiando a mão no bolso para proteger o frasco.
– Não estou indo procurar uma caminhonete – digo. – É melhor que você saiba disso logo. Vai me ajudar com o que tenho que fazer ou terei que atirar em você?
– Depende do que você for fazer.
É difícil encontrar uma resposta quando nem eu sei muito bem o que vou fazer. Fico parado, olhando para o edifício Hancock. À minha direita, encontram-se os sem-facção,Alexandra e seu estoque de soro da morte. À minha esquerda, estão os Leais, Víctor e seu plano de insurreição.
Onde será que tenho mais influência? Onde posso fazer mais diferença? Essas são as perguntas que eu deveria estar fazendo a mim mesmo. Mas só consigo pensar em qual dos dois eu mais quero destruir.
– Vou impedir uma revolução.
Viro à direita, e Peter me segue.




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Autor(a): Fer Linhares

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 13



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  • manoellaaguiar_ Postado em 09/10/2016 - 14:43:04

    Continuaaa

  • manoellaaguiar_ Postado em 06/10/2016 - 22:22:23

    Continua ❤️

  • manoellaaguiar_ Postado em 04/10/2016 - 18:30:16

    Continuaaa

  • manoellaaguiar_ Postado em 03/10/2016 - 21:14:21

    Brigadaaa! Continuaaa

  • manoellaaguiar_ Postado em 03/10/2016 - 15:53:35

    Continuaaa! Faz maratonaaa!

  • manoellaaguiar_ Postado em 02/10/2016 - 14:43:08

    Eu nunca li o livro convergente pq eu N TO preparada pra aquele negocio que acontece hahahah! Já comprei a quase um ano e ainda tá guardado lá, um dia eu pego ele!

  • manoellaaguiar_ Postado em 01/10/2016 - 19:20:24

    Tá maravilhosaaa! Já vi esse filme e adorei! E tô amando a adaptação agora

  • manoellaaguiar_ Postado em 28/09/2016 - 22:35:16

    Cnttt

  • manoellaaguiar_ Postado em 27/09/2016 - 20:38:10

    Continuaaa

  • Postado em 25/09/2016 - 21:24:21

    Aaai deusss! Continuaaa


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