Fanfics Brasil - Capítulo 2 (2ª Temporada) Divergente, Insurgente, Convergente (Vondy adp.)

Fanfic: Divergente, Insurgente, Convergente (Vondy adp.) | Tema: Série Divergente


Capítulo: Capítulo 2 (2ª Temporada)

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Abro os olhos, apavorada, agarrando os lençóis. Mas não estou correndo pelas ruas
da cidade ou pelos corredores da sede da Audácia. Estou deitada em uma cama, na
sede da Amizade, e há um cheiro de serragem no ar.
Viro o corpo e contraio o rosto quando sinto algo espetando minhas costas. Levo
as mãos às costas e meus dedos envolvem a arma.
Por um instante, vejo Afonso de frente para mim, e nós apontamos nossas armas
um para o outro. Sua mão. Eu poderia ter atirado em sua mão. Por que não fiz
isso? Por quê? Quase grito seu nome.
De repente, ele se vai.
Levanto-me da cama e ergo o colchão com uma só mão, depois o apoio em meu
joelho. Coloco a arma sob o colchão e deixo que ele a esconda. Quando não vejo
mais a arma, nem a sinto mais contra a minha pele, consigo pensar com mais
clareza.
Agora que a onda de adrenalina de ontem passou, assim como o efeito do líquido
desconhecido que me fez dormir, a dor profunda e lacerante no meu ombro está
muito forte. Visto as mesmas roupas de ontem à noite. A ponta do disco rígido
escapa de debaixo do travesseiro, onde eu o enfiei logo antes de cair no sono.
Dentro do disco estão armazenados os dados que controlavam os membros da
Audácia e os registros do que a Erudição fez. O disco parece tão importante que eu
mal consigo tocá-lo, mas não posso deixá-lo ali, então o agarro e o enfio entre a
cômoda e a parede. Parte de mim acredita que seria uma boa ideia destruí-lo, mas
sei que ele contém o único registro da morte dos meus pais, então decido mantê-lo
escondido.
Alguém bate à minha porta. Sento-me na beirada da cama e tento ajeitar o
cabelo.
– Pode entrar – digo.
A porta se abre e Christopher coloca metade do corpo para dentro. Ele está usando a mesma calça jeans de ontem, mas veste uma camiseta vermelho-escura no lugar
da preta, que provavelmente pegou emprestada de alguém da Amizade. A cor fica
estranha nele, viva demais, mas, quando ele apoia a cabeça no batente da porta,
vejo que ela torna o azul dos seus olhos mais claro.
– Os membros da Amizade vão se reunir daqui a meia hora. – Ele contrai as
sobrancelhas e diz, em um tom dramático: – Para decidir o nosso destino.
Balanço a cabeça.
– Nunca imaginei que meu destino um dia estaria nas mãos de alguns membros
da Amizade.
– Eu também não. Ah, trouxe uma coisa para você.
Ele desenrosca a tampa de um pequeno frasco e me oferece um conta-gotas com
um líquido transparente.
– É remédio para a dor. Tome uma medida cheia a cada seis horas.
– Obrigada.
Levo o conta-gotas até o fundo da garganta. O remédio tem gosto de limão
velho.
Christopher encaixa o polegar em um dos passadores da sua calça e diz:
– Como você está, Dulce?
– Você acabou de me chamar de Dulce?
– Achei que seria legal, para variar. – Ele sorri. – Não colou?
– Talvez só em ocasiões especiais. Dias de Iniciação, Dias de Escolha... – Paro de
falar. Ia listar mais alguns feriados, mas só a Abnegação os celebra. Acho que a
Audácia tem seus próprios feriados, mas não sei quais são. De qualquer maneira, a
ideia de celebrarmos qualquer coisa agora parece tão absurda que prefiro não continuar.
– Está combinado. – Seu sorriso desaparece. – Como você está, Dul?
É uma pergunta normal, depois de tudo por que passei, mas fico tensa, com
medo de que ele possa ver o que se passa dentro da minha cabeça. Ainda não falei
com ele sobre Afonso. Quero contar, mas não sei como. Só a ideia de pronunciar as
palavras faz com que eu me sinta tão pesada que poderia quebrar as tábuas do
chão.
– Estou... – Balanço a cabeça algumas vezes. – Não sei, Quatro. Eu... – Continuo
a balançar a cabeça. Ele desliza a mão sobre a minha bochecha, com um dedo
preso atrás da minha orelha. Depois, abaixa a cabeça e me beija, fazendo um calor
se espalhar por todo o meu corpo. Agarro os seus braços, segurando-o ali pelo
máximo de tempo possível. Quando ele me toca, o sentimento de vazio no meu
peito e estômago torna-se quase imperceptível.
Não preciso contar nada. Posso apenas tentar esquecer. Ele pode me ajudar a esquecer.
– Eu sei – diz ele. – Desculpe, eu não deveria ter perguntado.
Por um instante, tudo em que consigo pensar é Como você poderia saber? Mas
algo em sua expressão me lembra de que ele realmente sabe algo sobre a perda.
Ele perdeu a mãe quando criança. Não me lembro de como ela morreu, só de ter
ido ao funeral.
De repente, lembro-me dele, agarrado às cortinas na sua sala de estar, com
mais ou menos nove anos, vestido de cinza, com os olhos escuros fechados. A
imagem é passageira, e talvez seja apenas a minha imaginação e não uma lembrança.
Ele me solta.
– Vou deixar você se arrumar.


 


 


 


 


                                                    +++


 


 


 


 


O banheiro feminino fica a duas portas do meu quarto. O chão é coberto de
ladrilhos marrom-escuros e cada cabine de chuveiro conta com paredes de madeira
e uma cortina de plástico separando-a do corredor central. Uma placa na parede
dos fundos diz: LEMBREM-SE: DEVEMOS CONSERVAR OS RECURSOS NATURAIS. OS CHUVEIROS SÓ PERMANECERÃO LIGADOS POR CINCO MINUTOS.
A água do chuveiro é fria, e eu não faria questão de tomar um banho de mais de
cinco minutos de qualquer maneira, mesmo se pudesse. Lavo-me rapidamente com
a mão esquerda e deixo a mão direita pendurada ao lado do corpo. O remédio que
Christopher me deu funciona rapidamente. A dor em meu ombro já se transformou em um latejar ameno.
Quando saio do chuveiro, uma pilha de roupas me aguarda sobre a cama. Parte
das roupas é amarela e vermelha, as cores da Amizade, e outra parte é cinza, da
Abnegação, uma combinação de cores raramente vista. Aposto que foi alguém da
Abnegação que deixou as roupas ali para mim. É o tipo de coisa que eles se
lembrariam de fazer.
Visto uma calça jeans vermelha tão comprida que preciso dobrá-la três vezes e
uma camisa cinza da Abnegação que é grande demais para mim. As mangas
alcançam as pontas dos meus dedos, e as dobro também. Mexer a mão direita dói,
por isso mantenho meus movimentos curtos e lentos.
Alguém bate à porta.
– Dulce? – A voz delicada é de Susan.
Abro a porta. Ela está carregando uma bandeja de comida, que coloca sobre a
cama. Procuro em seu rosto algum sinal do que ela perdeu. Seu pai, um líder da
Abnegação, não sobreviveu ao ataque. Mas encontro apenas a determinação plácida característica da minha antiga facção.
– Sinto muito por as roupas não lhe servirem – diz ela. – Tenho certeza de que
conseguiremos encontrar outras melhores, se a Amizade permitir que fiquemos
aqui.
– Elas servem – digo. – Obrigada.
– Ouvi dizer que você foi baleada. Você quer ajuda para arrumar o cabelo? Ou
para calçar os sapatos?
Quase recuso, mas realmente preciso de ajuda.
– Sim, obrigada.
Sento-me em um banco em frente ao espelho, e ela fica atrás de mim, com os
olhos focados apenas na tarefa que deve realizar, e não no próprio reflexo. Ela não
ergue os olhos, nem por um instante, enquanto passa um pente em meu cabelo. E
não me pergunta sobre meu ombro, sobre como levei o tiro, ou sobre o que aconteceu quando deixei o esconderijo da Abnegação para deter a simulação.
Tenho a sensação de que, se eu pudesse talhá-la até alcançar o seu núcleo, ela
seria composta inteiramente de Abnegação.
– Você já viu o Robert? – pergunto.
Seu irmão, Robert, escolheu a Amizade no mesmo dia em que escolhi a Audácia,
e, portanto, está em algum lugar deste complexo. Pergunto-me se o encontro deles
será parecido com o meu e de Caleb.
– Rapidamente, ontem à noite – conta ela. – Deixei que ele compartilhasse seu
luto com a própria facção, assim como eu compartilho o meu com a minha. Mas foi bom vê-lo novamente.
Ouço um tom em sua voz que sugere que o assunto está encerrado.
– É uma pena que isso tenha ocorrido no momento em que ocorreu – diz Susan.
– Nossos líderes estavam prestes a fazer algo maravilhoso.
– É mesmo? O quê?
– Não sei. – O rosto de Susan fica vermelho. – Mas eu sabia que algo estava acontecendo. Não queria ser curiosa, mas percebi certas coisas.
– Não a culparia por ser curiosa, mesmo se esse fosse o caso.
Ela acena com a cabeça e continua a pentear meu cabelo. O que será que os
líderes da Abnegação, entre eles meu pai, estavam fazendo? Surpreendo-me com a crença de Susan de que, o que quer que estivessem fazendo, era algo maravilhoso.
Gostaria de voltar a acreditar nas pessoas dessa maneira.
Se é que um dia acreditei.
– As pessoas da Audácia deixam os cabelos soltos, certo? – pergunta ela.
– Às vezes – respondo. – Você sabe fazer uma trança?
Seus dedos hábeis começam a arrumar mechas do meu cabelo em uma trança,
fazendo cócegas no meio da minha espinha. Encaro duramente o meu reflexo no
espelho até ela acabar. Agradeço-lhe quando termina, e ela deixa o quarto com um sorriso discreto, fechando a porta ao sair.
Continuo encarando o espelho, mas não vejo a mim mesma. Ainda consigo sentir
seus dedos roçando minha nuca, quase como os da minha mãe na última manhã
que passei ao seu lado. Meus olhos se enchem de lágrimas e eu balanço para a
frente e para trás no banco. Tenho medo de que, se começar a chorar, não consiga
mais parar, até murchar como uma uva-passa.
Encontro uma caixa de costura na cômoda. Dentro dela há duas cores de linha,
vermelha e amarela, e uma tesoura.
Sinto-me calma ao desfazer a trança e pentear meu cabelo novamente. Parto-o
ao meio e me certifico de que está reto e bem alisado. Fecho a tesoura no meu
cabelo, à altura do queixo.
Como posso manter a mesma aparência depois que ela se foi e tudo mudou? Não
posso.
Corto o cabelo o mais reto que consigo, usando a minha mandíbula como
referência. A parte mais difícil é a de trás, que não consigo ver muito bem, então faço o melhor possível usando o tato, em vez da visão. Mechas de cabelo ruivo acumulam-se no chão ao meu redor, formando um semicírculo.
Deixo o quarto sem olhar novamente o meu reflexo.


 


 


 


 


                                         +++


 


 


 


Quando Christopher e Caleb vêm me buscar depois, olham para mim como se eu não fosse a mesma pessoa que eles conheciam ontem.
– Você cortou o cabelo – diz Caleb, levantando as sobrancelhas.
Ater-se aos fatos em meio a uma situação chocante é uma atitude típica da
Erudição. Um dos lados do seu cabelo, sobre o qual ele dormiu, está arrepiado, e
seus olhos estão vermelhos.
– Sim – respondo. – Está... quente demais para cabelo comprido.
– Você tem razão.
Caminhamos juntos pelo corredor. As tábuas corridas rangem sob nossos pés.
Sinto saudade da maneira como meus passos ecoavam no complexo da Audácia.
Sinto saudade do ar frio do subterrâneo. Mas, mais do que tudo, sinto saudade dos medos que senti nas últimas semanas, tão pequenos quando comparados aos de agora.
Deixamos o edifício. O ar externo me comprime como um travesseiro tentando
me sufocar. O cheiro é verde, como o de uma folha partida ao meio.
– Todos sabem que você é filho de Víctor? – pergunta Caleb. – Digo, entre as
pessoas da Abnegação?
– Que eu saiba, não – responde Christopher, olhando de relance para Caleb. – E eu
agradeceria se você não falasse nada.
– Não preciso falar nada. Qualquer um com um par de olhos seria capaz de
perceber. – Caleb franze a testa ao olhar para Christopher. – Quantos anos você tem mesmo?
– Dezoito.
– Você não acha que é velho demais para namorar minha irmã mais nova?
Christopher solta uma pequena risada.
– Ela não é nada sua.
– Parem com isso, vocês dois – digo. Um grupo de pessoas vestindo amarelo
caminha na nossa frente, em direção a uma estrutura baixa e larga, construída inteiramente de vidro. O reflexo da luz do sol nos painéis fere meus olhos. Protejo o rosto com a mão e continuo a caminhar.
As portas da construção estão completamente abertas. Ao redor das beiradas da estufa circular, plantas e árvores crescem em tinas e pequenas piscinas de água.
Dezenas de ventiladores espalhados por todo o interior servem apenas para espalhar o ar quente, e eu já estou suando. No entanto, paro de pensar nisso quando a multidão à minha frente se espalha e vejo o restante do ambiente.
No centro da estufa, cresce uma árvore enorme. Seus galhos espalham-se por quase todo o lugar, e suas raízes brotam do chão, formando uma densa teia de madeira. Nos espaços entre as raízes, não há terra, mas água e barras de metal firmando-as. Isso não deveria me surpreender. Os membros da Amizade passam a vida desenvolvendo feitos agrícolas como esse, com a ajuda da tecnologia da Erudição.
Em meio a um emaranhado de raízes, encontra-se Johanna Reyes, com o cabelo cobrindo o lado marcado do rosto. Aprendi na aula de História das Facções que a Amizade não reconhece líderes oficiais. Eles resolvem tudo por meio do voto, e os resultados costumam ser praticamente unânimes. Eles são como as muitas partes de uma única mente, e Johanna é apenas a sua porta-voz.
Os membros da Amizade sentam-se no chão, a maioria deles com as pernas cruzadas, em grupos e amontoados que parecem um pouco as raízes da árvore. Os membros da Abnegação sentam-se em fileiras metodicamente organizadas, alguns metros à minha esquerda. Meus olhos vasculham o grupo por alguns segundos, até eu me dar conta do que estou procurando: meus pais.
Engulo em seco e tento esquecer. Christopher toca a parte inferior das minhas costas, guiando-me para um canto do espaço de reunião, atrás dos membros da
Abnegação. Antes de nos sentarmos, ele aproxima a boca do meu ouvido e diz:
– Gosto do seu cabelo assim.
Encontro um sorriso discreto para oferecer-lhe e encosto nele quando me sento, com o braço contra o seu.
Johanna levanta as mãos e abaixa a cabeça. Todos no ambiente calam-se imediatamente. Por todos os lados, os membros da Amizade sentam-se em silêncio, alguns com os olhos fechados, outros articulando palavras que não consigo ouvir, e outros ainda encarando algum ponto distante.
Cada segundo é uma tortura. Quando Johanna finalmente levanta a cabeça, já estou completamente exaurida.
– Hoje, estamos diante de uma questão urgente – diz ela –, que é: como
devemos agir neste momento de conflito, como pessoas que buscam a paz?
Cada membro da Amizade volta-se para a pessoa ao seu lado e começa a falar.
– Como eles conseguem resolver alguma coisa assim? – pergunto, enquanto os
minutos de conversa se arrastam.
– Eles não ligam para eficiência – explica Christopher. – Só se importam em chegar a um consenso. Continue assistindo.
Duas mulheres com vestidos amarelos a alguns metros de mim se levantam e se juntam a um grupo de três homens. Um jovem muda de posição, fazendo com que a pequena roda onde ele estava fosse absorvida pela roda ao lado. Por todo o ambiente, os pequenos grupos crescem e se expandem, e um número cada vez menor de vozes enche a sala, até que consigo ouvir apenas três ou quatro pessoas.
Só consigo ouvir partes do que elas falam:
– Paz-Audácia-Erudição-abrigo-envolvimento...
– Isso é bizarro – falo.
– Eu acho lindo – diz ele.
Eu o encaro.
– Que foi? – Ele ri um pouco. – Todos têm um papel igual no governo; todos se
sentem igualmente responsáveis. E isso faz com que eles se importem; isso os torna gentis. Eu acho isso lindo.
– Eu acho insustentável – digo. – Claro, funciona para a Amizade. Mas o que acontece quando nem todos querem tocar banjo e plantar verduras? O que acontece quando alguém faz algo terrível e discutir não vai resolver o problema?
Ele dá de ombros.
– Bem, acho que vamos descobrir agora.
Por fim, uma pessoa de cada grupo grande levanta-se e se aproxima de Johanna, andando cuidadosamente por entre as raízes da grande árvore. Imagino que eles vão discursar para o restante do grupo, mas, em vez disso, reúnem-se em uma roda com Johanna e conversam silenciosamente. Começo a achar que nunca vou saber o que estão discutindo.
– Eles não vão nos deixar participar da discussão, não é? – pergunto.
– Duvido – responde ele.
É o nosso fim.
Quando cada um deles já disse o que tinha para dizer, eles se sentam novamente, deixando Johanna sozinha no centro da sala. Ela vira-se para nós e dobra as mãos em frente ao corpo. Para onde iremos quando eles nos obrigarem a ir embora? De volta para a cidade, onde nada é seguro?
– Nossa facção tem mantido uma relação próxima com a Erudição por mais tempo do que qualquer um de nós é capaz de lembrar. Precisamos uns dos outros para sobreviver e sempre cooperamos uns com os outros – diz Johanna. – Mas também mantivemos uma relação forte com a Abnegação no passado e não acreditamos que seja correto recusar a mão a um amigo quando a dele tem estado estendida há tanto tempo.
Sua voz é doce como mel, e seus movimentos são vagarosos e cuidadosos.
Enxugo o suor da minha testa com a parte de trás da mão.
– Acreditamos que a única maneira de preservar a nossa relação com ambas as
facções é permanecer imparciais e isentos – continua ela. – Sua presença aqui, apesar de bem-vinda, complica isso.
Lá vem, penso.
– Decidimos tornar a nossa sede um refúgio para membros de todas as facções –
diz ela –, desde que sejam respeitadas certas condições. A primeira é que nenhuma arma, de qualquer tipo, é permitida dentro do complexo. A segunda é que, se qualquer conflito mais grave ocorrer, seja ele verbal ou físico, todas as partes envolvidas serão convidadas a se retirar. A terceira é que o conflito não deve ser discutido, mesmo de maneira privada, dentro dos limites deste complexo.
E a quarta é que todos os que permanecerem aqui deverão contribuir para o bemestar deste ambiente trabalhando. Informaremos a Erudição, a Franqueza e a
Audácia sobre a nossa decisão assim que possível.
Seu olhar volta-se para mim e Christopher e permanece em nós.
– Vocês são bem-vindos aqui, desde que consigam seguir nossas regras –
informa ela. – Essa é a nossa decisão.
Penso na arma que escondi sob o colchão e nas tensões entre mim e Peter, e
entre Christopher e Víctor, e minha boca seca. Não sou boa em evitar conflitos.
– Não vamos conseguir ficar aqui muito tempo – digo para Christopher, baixinho.
Há alguns minutos, ele exibia um pequeno sorriso. Agora, os cantos da sua boca formam uma careta.
– Não, não vamos.



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Autor(a): Fer Linhares

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 13



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  • manoellaaguiar_ Postado em 09/10/2016 - 14:43:04

    Continuaaa

  • manoellaaguiar_ Postado em 06/10/2016 - 22:22:23

    Continua ❤️

  • manoellaaguiar_ Postado em 04/10/2016 - 18:30:16

    Continuaaa

  • manoellaaguiar_ Postado em 03/10/2016 - 21:14:21

    Brigadaaa! Continuaaa

  • manoellaaguiar_ Postado em 03/10/2016 - 15:53:35

    Continuaaa! Faz maratonaaa!

  • manoellaaguiar_ Postado em 02/10/2016 - 14:43:08

    Eu nunca li o livro convergente pq eu N TO preparada pra aquele negocio que acontece hahahah! Já comprei a quase um ano e ainda tá guardado lá, um dia eu pego ele!

  • manoellaaguiar_ Postado em 01/10/2016 - 19:20:24

    Tá maravilhosaaa! Já vi esse filme e adorei! E tô amando a adaptação agora

  • manoellaaguiar_ Postado em 28/09/2016 - 22:35:16

    Cnttt

  • manoellaaguiar_ Postado em 27/09/2016 - 20:38:10

    Continuaaa

  • Postado em 25/09/2016 - 21:24:21

    Aaai deusss! Continuaaa


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