Fanfics Brasil - Capítulo 6 (2ª Temporada) Divergente, Insurgente, Convergente (Vondy adp.)

Fanfic: Divergente, Insurgente, Convergente (Vondy adp.) | Tema: Série Divergente


Capítulo: Capítulo 6 (2ª Temporada)

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Naquela manhã, acordo ao som de um barbeador elétrico. Christopher está diante do espelho, com a cabeça inclinada para conseguir enxergar o canto do queixo.
Abraço os meus joelhos cobertos pelo lençol e o assisto.
– Bom dia – diz ele. – Dormiu bem?
– Dormi. – Eu me levanto e, enquanto ele inclina a cabeça para trás, para alcançar o queixo com o barbeador, abraço-o, encostando a testa nas suas costas, onde a tatua gem da Audácia surge sob a camiseta.
Ele coloca o barbeador na pia e segura as minhas mãos. Nenhum de nós rompe o silêncio. Escuto a sua respiração, e ele acaricia os meus dedos lentamente, esquecendo-se do que estava fazendo.
– É melhor eu ir me arrumar – digo, depois de alguns segundos. Não tenho vontade de ir embora, mas preciso trabalhar na lavanderia e não quero que os membros da Amizade pensem que não estou cumprindo a minha parte do acordo que nos ofereceram.
– Vou arrumar alguma coisa para você vestir – fala ele.
Caminho descalça pelo corredor alguns minutos depois, vestindo a camiseta com a qual dormi e um short que Christopher pegou emprestado da Amizade. Quando entro no meu quarto, Peter está em pé ao lado da minha cama.
Instintivamente, ajeito o corpo e procuro algum objeto no quarto que possa usar como arma.
– Saia daqui – digo com o máximo de confiança que consigo. Mas é difícil evitar que minha voz trema. Não consigo deixar de lembrar do seu olhar quando ele me pendurou pela garganta sobre o abismo, ou quando me empurrou contra a parede no complexo da Audácia.
Ele se vira para me encarar. Ultimamente, quando ele olha para mim, não vejo a malícia de antes, mas apenas exaustão. Sua postura parece a de uma pessoa vencida e seu braço está apoiado em uma tipoia. Mas ele não me engana.
– O que está fazendo no meu quarto?
Ele se aproxima de mim.
– Por que você está seguindo o Víctor? Vi o que você fez ontem, depois do café da manhã.
Eu o encaro de volta.
– Não é da sua conta. Vá embora.
– Estou aqui porque não entendo por que você foi escolhida para cuidar do disco rígido – continua ele. – Não é como se você fosse uma pessoa muito estável.
– Eu sou instável? – Solto uma risada. – Acho isso um pouco engraçado, vindo de você.
Peter comprime os lábios e fica calado.
– Por que você está tão interessado no disco rígido? – pergunto com desconfiança.
– Não sou idiota – responde ele. – Sei que contém muito mais do que os dados da simulação.
– Não, você realmente não é idiota, não é mesmo? Você acha que, se entregar o disco rígido para a Erudição, talvez eles desculpem a sua indiscrição e o aceitem de volta.
– Não quero que eles me aceitem de volta. – Ele se aproxima ainda mais. – Se quisesse, não teria ajudado vocês no complexo da Audácia.
Finco a ponta do dedo indicador no peito dele, cravando a unha na sua pele.
– Você me ajudou porque não queria que eu atirasse em você outra vez.
– Posso não ser um traidor de facção e amante da Abnegação. – Ele agarra o
meu dedo. – Mas ninguém me controla. Muito menos a Erudição.
Arranco a minha mão de volta, torcendo-a para que ele a solte. Minhas mãos estão suadas.
– Não espero que você entenda. – Enxugo as mãos na barra da minha camiseta,
enquanto direciono-me lentamente para a cômoda. – Tenho certeza de que, se eles tivessem atacado a Franqueza, e não a Abnegação, você teria permitido que eles atirassem na testa dos seus familiares sem protestar. Mas não sou assim.
– Cuidado com o que fala sobre a minha família, Careta. – Ele se move junto
comigo, em direção à cômoda, mas eu viro o corpo cuidadosamente, posicionandome
entre ele e as gavetas. Não quero revelar a localização do disco rígido, tirando-o do esconderijo com Peter no quarto, mas também não quero deixar o caminho livre para ele.
Seus olhos voltam-se para a cômoda atrás de mim, para o lado esquerdo, onde o
disco rígido deveria estar escondido. Franzo as sobrancelhas e olho para ele, e então percebo algo que não havia percebido antes: um volume retangular em um dos seus bolsos.
– Devolva isso. Agora.
– Não.
– Devolva, ou eu juro que te mato quando você estiver dormindo.
Ele ri debochadamente.
– Você deveria ver o quão ridícula fica quando está ameaçando alguém. Parece
uma menininha dizendo que vai me enforcar com a corda de pular.
Começo a caminhar em sua direção e ele se afasta, entrando no corredor.
– Não me chame de menininha.
– Eu chamo você do que eu quiser.
Lanço-me sobre ele, mirando o punho esquerdo no local onde eu sei que vai doer mais: seu braço ferido. Ele se desvia do soco, mas, em vez de tentar novamente, seguro seu braço com o máximo de força possível, torcendo-o para o lado. Peter
grita muito alto e, enquanto está distraído pela dor, chuto seu joelho com força,
fazendo-o desabar no chão.
Pessoas chegam correndo, vestidas com roupas cinzentas, pretas, amarelas e vermelhas. Peter se lança em minha direção, meio agachado, e soca o meu estômago. Inclino-me para a frente, mas a dor não me detém. Solto algo entre um grunhido e um grito, e parto para cima dele, com o cotovelo esquerdo puxado para trás ao lado da minha boca, para que eu consiga acertar o seu rosto.
Um dos membros da Amizade agarra os meus braços e me puxa para longe de Peter, erguendo-me do chão. A ferida em meu ombro lateja, mas quase não sinto dor em meio ao choque de adrenalina. Esforço-me para me aproximar dele novamente, tentando ignorar os olhares de estupefação dos membros da Amizade e da Abnegação, assim como de Christopher, e uma mulher ajoelha-se ao lado de Peter, sussurrando palavras em um tom tranquilizante. Tento ignorar seus grunhidos de dor e a culpa que aperta o meu estômago. Eu o odeio. Não me importo. Eu o odeio.
– Dul, acalme-se! – diz Christopher.
– Ele está com o disco rígido! – grito. – Ele o roubou de mim! Está com ele!
Christopher caminha em direção a Peter, ignorando a mulher agachada ao seu lado, e pisa sobre seu tórax para que ele não se mova. Em seguida, enfia a mão no bolso de Peter e retira o disco rígido.
Christopher fala com ele baixinho:
– Não vamos ficar em um abrigo para sempre, e isso não foi muito esperto da sua parte.
Depois, ele vira-se para mim e diz:
– Também não foi muito esperto da sua parte. Quer que sejamos expulsos?
Respondo com uma carranca. O homem da Amizade que está segurando o meu
braço começa a me puxar pelo corredor. Tento soltar-me da sua mão.
– O que você pensa que está fazendo? Me solta!
– Você violou os termos do nosso acordo de paz – diz ele, suavemente. – Precisamos agir de acordo com o protocolo.
– Vá com ele – aconselha Christopher. – Você precisa se acalmar.
Olho os rostos da multidão que se juntou ao meu redor. Ninguém discute com
Christopher. Eles me olham de volta, de relance. Então, deixo que dois homens da Amizade me guiem pelo corredor.
– Cuidado com os pés – avisa um deles. – As tábuas são desniveladas aqui.
Minha cabeça está latejando, sinal de que estou me acalmando. Um dos homens da Amizade, que é grisalho, abre uma porta à esquerda. Uma placa na porta diz:
SALA DE CONFLITO.
– Vocês estão me deixando de castigo ou algo assim? – Faço uma careta. É bem o tipo de coisa que a Amizade faria: me deixar de castigo, depois me ensinar a fazer exercícios de respiração purificantes ou a pensar positivo.
A sala é tão clara que preciso apertar os olhos para enxergar. A parede do outro lado possui enormes janelas voltadas para o pomar. Apesar disso, a sala parece pequena, provavelmente porque o teto, assim como as paredes e o chão, também é coberto por tábuas de madeira.
– Por favor, sente-se – instrui o homem mais velho, apontando para um banco no meio da sala. Como todos os outros móveis no complexo da Amizade, ele é feito de madeira bruta e parece robusto, como se continuasse plantado no chão. Não me
sento.
– A briga acabou – digo. – Não farei isso novamente. Não aqui.
– Precisamos agir de acordo com o protocolo – diz o homem mais jovem. – Por favor, sente-se, e nós vamos discutir o que aconteceu, depois deixaremos você ir.
Os dois falam de maneira muito delicada. Eles não sussurram como os membros da Abnegação, que estão sempre pisando em ovos e tentando não perturbar os outros. Falam de maneira suave, tranquilizante e baixa. Pergunto-me, então, se isso é algo que ensinam aos seus iniciandos aqui. Como falar, se mover, sorrir e promover a paz da melhor maneira possível.
Não quero me sentar, mas me sento, na beirada do banco, para poder me levantar rapidamente, se precisar. O homem mais jovem fica em pé na minha frente. Dobradiças rangem atrás de mim. Olho para trás. O homem mais velho está mexendo em algo sobre o balcão atrás de mim.
– O que você está fazendo?
– Estou fazendo chá.
– Não acho que a solução para isso realmente seja tomar chá.
– Então, conte-nos – diz o homem mais novo, chamando a minha atenção de volta para a janela. Ele sorri para mim. – Qual você acha que é a solução?
– Expulsar Peter deste complexo.
– Me parece – diz o homem suavemente – que foi você quem o atacou primeiro. Aliás, foi você quem atirou no braço dele.
– Você não tem ideia do que ele fez para merecer isso. – Minhas bochechas esquentam novamente, latejando em sintonia com as batidas do meu coração. – Ele tentou me matar. E outra pessoa. Ele esfaqueou o olho de outra pessoa... com uma faca de manteiga. Ele é mau. Eu tinha todo o direito de...
Sinto uma forte pontada no pescoço. Pontos escuros cobrem o homem que se encontra diante de mim, obscurecendo minha visão do seu rosto.
– Desculpe-nos, querida. Estamos apenas seguindo o protocolo.
O homem mais velho está segurando uma seringa. Algumas gotas do que ele injetou em mim ainda estão dentro dela. O líquido é verde vivo, da cor de grama.
Pisco rapidamente e os pontos escuros desaparecem, mas o mundo continua balançando ao meu redor, como se eu estivesse indo para a frente e para trás em uma cadeira de balanço.
– Como você se sente? – pergunta o homem mais jovem.
– Eu me sinto... – Irritada, eu estava prestes a dizer. Irritada com Peter, irritada
com a Amizade. Mas isso não é verdade, não é? Sorrio. – Eu me sinto bem. Parece um pouco... que estou flutuando. Ou balançando. Como você se sente?
– A tonteira é um dos efeitos colaterais do soro. Talvez seja melhor você descansar esta tarde. E estou bem. Obrigado por perguntar. Você pode ir agora, se quiser.
– Vocês sabem onde posso encontrar Christopher? – pergunto. Quando penso no seu rosto, o afeto por ele borbulha dentro de mim, e tudo o que quero fazer é beijá-lo.
– Quero dizer, o Quatro. Ele é bonito, não é? Não sei por que ele gosta tanto de
mim. Não sou muito legal, não é?
– Geralmente, não – diz o homem. – Mas acho que você poderia ser, se tentasse.
– Obrigada. É muita gentileza sua dizer isso.
– Acho que você o encontrará no pomar. Eu o vi saindo depois da briga.
Solto uma pequena risada.
– A briga. Que bobagem...
E realmente parece uma bobagem atingir o corpo de alguém com o punho. Como um carinho, mas forte demais. Carinhos são muito mais gostosos. Talvez eu
devesse ter acariciado o braço de Peter. Isso teria sido mais gostoso para nós dois.
Meus dedos não estariam doendo agora.
Eu me levanto e sigo em direção à porta. Preciso me apoiar na parede para me equilibrar, mas ela é robusta, por isso não ligo. Tropeço pelo corredor, rindo da minha falta de equilíbrio. Estou desastrada de novo, exatamente como era quando pequena. Minha mãe costumava sorrir para mim e dizer:
– Cuidado onde você pisa, Dulce. Não quero que se machuque.
Saio ao ar livre e o verde das árvores parece mais verde, tão potente que quase consigo sentir o gosto dele. Talvez eu consiga sentir o gosto do verde, e ele seja o mesmo da grama que decidi mastigar quando era criança, só para descobrir que gosto tinha. Quase caio na escada, porque o mundo ao meu redor está balançando, e caio na gargalhada quando sinto a grama fazer cócegas nos meus pés descalços.
Caminho em direção ao pomar.
– Quatro! – grito. Por que estou gritando um número? Ah, é. Porque é o nome dele. Grito novamente: – Quatro! Onde você está?
– Dul – diz uma voz, vinda das árvores à minha direita. Parece que a árvore está
falando comigo. Dou uma risadinha, mas é claro que é só Christopher, abaixando a cabeça para passar por debaixo de um galho.
Corro em sua direção, mas o chão gira para o lado e eu quase desabo. Sua mão encosta na minha cintura, me sustentando. Seu toque lança uma onda de energia pelo meu corpo, e todo o meu interior queima, como se tivesse sido aceso por seus dedos. Eu me aproximo dele, pressionando meu corpo contra o seu, e levanto a cabeça para beijá-lo.
– O que eles... – Ele começa a dizer, mas eu o interrompo com meus lábios. Ele me beija de volta, mas rápido demais, e eu solto um suspiro alto.
– Isso foi caído – reclamo. – Está bem, não foi, mas...
Fico na ponta dos pés para beijá-lo novamente, e ele encosta os dedos nos meus lábios para me deter.
– Dul. O que eles fizeram com você? Você está parecendo uma lunática.
– Não é muita gentileza sua falar isso. Eles me deixaram de bom humor, só isso.
E agora eu quero muito beijá-lo; por isso, se você puder simplesmente relaxar...
– Não vou beijá-la. Vou descobrir o que está acontecendo.
Faço beicinho por um segundo, mas depois sorrio, enquanto as coisas começam
a fazer sentido na minha cabeça.
– É por isso que você gosta de mim! Porque você também não é muito legal!
Tudo faz sentido agora.
– Venha comigo – diz ele. – Vamos falar com Johanna.
– Eu também gosto de você.
– Isso me deixa muito mais aliviado – responde ele, de maneira vaga. – Vamos.
Ah, pelo amor de Deus. Eu carrego você, então.
Ele me levanta, com um braço sob os meus joelhos e outro sob as minhas costas.
Abraço seu pescoço e beijo sua bochecha. Depois, descubro que, quando chuto o ar, a sensação do vento nos meus pés é gostosa, então movo-os para cima e para baixo, enquanto ele caminha em direção ao edifício onde Johanna trabalha.
Quando alcançamos o escritório, ela está sentada atrás de uma mesa, diante de uma pilha de papéis, mordendo a borracha de um lápis. Ela levanta a cabeça e olha para nós, e sua boca abre um pouco. Uma mecha de cabelo escuro cobre a metade
esquerda do seu rosto.
– Você não deveria cobrir a sua cicatriz – sugiro. – Você fica mais bonita com o cabelo fora do rosto.
Christopher me coloca no chão de maneira um pouco bruta. O impacto é brusco e machuca um pouco o meu ombro, mas gosto do som que meus pés fazem ao bater no chão. Solto uma risada, mas Johanna e Christopher não riem comigo. Estranho.
– O que vocês fizeram com ela? – pergunta Christopher, secamente. – O que diabos vocês fizeram com ela?
– Eu... – Johanna franze a testa ao olhar para mim. – Eles devem ter dado
demais para ela. Ela é muito pequena. Talvez não tenham levado o peso e o tamanho dela em conta.
– Eles devem ter dado o que demais para ela? – insiste Christopher.
– Sua voz é bonita – falo para ele.
– Dul, por favor, fique calada.
– O soro da paz – explica Johanna. – Em doses pequenas, o soro tem um efeito ameno e tranquilizante e melhora o humor. O único efeito colateral é um pouco de tonteira. Oferecemos a membros da nossa comunidade que apresentam dificuldades em manter a paz.
Christopher bufa:
– Não sou idiota. Todos os membros da sua comunidade têm dificuldades em manter a paz, porque são humanos. Vocês provavelmente jogam o soro nas reservas de água.
Johanna passa alguns segundos sem responder. Ela dobra as mãos em frente ao corpo.
– Certamente, você sabe que isso não é verdade, ou esse conflito não teria ocorrido. Mas todas as decisões aqui são tomadas em conjunto, como uma facção. Se eu pudesse dar o soro para todas as pessoas da cidade, daria. Você certamente não estaria na situação que está agora se eu tivesse feito isso.
– Ah, claro – retruca Christopher. – Drogar toda a população é realmente a melhor solução para o nosso problema. Ótimo plano.
– O sarcasmo é uma falta de gentileza, Quatro – diz ela suavemente. – Sinto muito se erramos ao administrar uma dose excessiva para a Dul. Sinto muito, de verdade. Mas ela violou os termos do nosso acordo, e temo que, por isso, vocês não possam ficar aqui por muito mais tempo. Não poderemos esquecer o conflito entre ela e o garoto, Peter.
– Não se preocupe. Pretendemos sair daqui o mais rápido possível.
– Ótimo – diz ela, com um pequeno sorriso. – A paz entre a Amizade e a Audácia só pode existir se mantivermos distância entre nossas facções.
– Isso explica muita coisa.
– Como assim? O que você está insinuando?
– Isso explica – fala ele, cerrando os dentes – por quê, sob o pretexto da neutralidade, como se isso sequer fosse possível, vocês nos abandonaram para morrer nas mãos da Erudição.
Johanna suspira silenciosamente e olha pela janela. Do lado de fora, há um pequeno pátio com videiras. As videiras agarram-se às beiradas da janela, como se quisessem entrar e participar da conversa.
– A Amizade não faria algo assim – digo. – Isso é maldade.
– Nós não nos envolvemos pelo bem da paz... – começa a dizer Johanna.
– Paz. – Christoopher cospe a palavra. – Sim, tenho certeza de que as coisas ficarão muito pacíficas quando estivermos todos mortos ou acovardados sob a ameaça de termos as nossas mentes controladas ou de ficarmos presos em uma simulação sem fim.
Johanna contorce o rosto, e eu a imito, só para experimentar a sensação de fazer aquilo. Não é muito boa. Pergunto-me por que ela fez aquilo.
– A decisão não foi minha – diz ela devagar. – Se tivesse sido, talvez nossa conversa agora fosse diferente.
– Você está dizendo que discorda deles?
– Estou dizendo que não devo discordar da minha facção publicamente, mas que sou livre para fazê-lo na privacidade do meu próprio coração.
– Eu e Dul vamos embora daqui a dois dias – diz Christopher. – Espero que sua facção não desista de usar este complexo como um refúgio.
– Não costumamos mudar nossas decisões tão facilmente. E quanto a Peter?
– Vocês terão que lidar com ele separadamente – diz ele. – Porque ele não virá com a gente.
Christopher segura a minha mão, e a sensação da sua pele contra a minha é agradável, embora não seja nem suave nem macia. Ofereço um sorriso de desculpa para Johanna, mas sua expressão não muda.
– Quatro – chama ela. – Caso você e seus amigos queiram permanecer... intocados pelo soro, é melhor evitarem o pão.
Christopher agradece sem se virar para ela, e descemos o corredor juntos. Dou pequenos saltinhos a cada dois passos.



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Autor(a): Fer Linhares

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 13



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  • manoellaaguiar_ Postado em 09/10/2016 - 14:43:04

    Continuaaa

  • manoellaaguiar_ Postado em 06/10/2016 - 22:22:23

    Continua ❤️

  • manoellaaguiar_ Postado em 04/10/2016 - 18:30:16

    Continuaaa

  • manoellaaguiar_ Postado em 03/10/2016 - 21:14:21

    Brigadaaa! Continuaaa

  • manoellaaguiar_ Postado em 03/10/2016 - 15:53:35

    Continuaaa! Faz maratonaaa!

  • manoellaaguiar_ Postado em 02/10/2016 - 14:43:08

    Eu nunca li o livro convergente pq eu N TO preparada pra aquele negocio que acontece hahahah! Já comprei a quase um ano e ainda tá guardado lá, um dia eu pego ele!

  • manoellaaguiar_ Postado em 01/10/2016 - 19:20:24

    Tá maravilhosaaa! Já vi esse filme e adorei! E tô amando a adaptação agora

  • manoellaaguiar_ Postado em 28/09/2016 - 22:35:16

    Cnttt

  • manoellaaguiar_ Postado em 27/09/2016 - 20:38:10

    Continuaaa

  • Postado em 25/09/2016 - 21:24:21

    Aaai deusss! Continuaaa


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