Fanfics Brasil - Capítulo 18 (2ª Temporada) Divergente, Insurgente, Convergente (Vondy adp.)

Fanfic: Divergente, Insurgente, Convergente (Vondy adp.) | Tema: Série Divergente


Capítulo: Capítulo 18 (2ª Temporada)

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– Silêncio, por favor!
Jack Kang ergue as mãos, e a multidão se cala. Um talento e tanto.
Estou entre o grupo de membros da Audácia que chegou tarde na reunião, quando todos os assentos já estavam tomados. Vejo de relance um lampejo de luz: um relâmpago. Não é a melhor hora para uma reunião em um salão onde há buracos no lugar das janelas, mas este é o maior espaço do prédio.
– Sei que muitos de vocês estão confusos e abalados pelo que ocorreu ontem – diz Jack. – Ouvi muitos relatórios, diferentes perspectivas, e já tenho uma ideia do que está evidente e do que precisamos investigar um pouco mais.
Prendo meu cabelo molhado atrás das orelhas. Acordei dez minutos antes da hora marcada para a reunião e corri até o chuveiro. Embora ainda esteja exausta, sinto-me mais alerta.
– O que acho que precisamos investigar um pouco mais são os Divergentes – diz
Jack.
Ele parece cansado. Está com olheiras, e seu cabelo curto está espetado e bagunçado, como se tivesse passado a noite puxando-o. Apesar do enorme calor dentro da sala, ele está usando uma camisa de mangas compridas, e elas estão abotoadas. Provavelmente estava distraído quando se vestiu de manhã.
– Se você é Divergente, por favor dê um passo à frente para que possamos ouvir o que tem a dizer.
Olho de soslaio para Uriah. Isso parece perigoso. Minha Divergência é algo que
devo esconder. Admitir que sou Divergente supostamente significa minha morte.
Mas não há motivos para me esconder agora. Eles já sabem de tudo.
Christopher é o primeiro a se mover. Ele caminha entre a multidão, virando o corpo, a princípio, para se espremer entre as pessoas, e depois, quando eles abrem
passagem para ele, movendo-se em linha reta até Jack Kang, com os ombros para trás.
Eu me movo também, pedindo licença para as pessoas na minha frente. Elas se
afastam imediatamente, como se eu houvesse ameaçado cuspir veneno nelas.
Algumas outras pessoas se dirigem ao centro do salão, vestidas com o preto e o branco da Franqueza, mas não muitas. Uma delas é a garota que ajudei.
Apesar da fama recente de Christopher entre a Audácia e do meu novo título de
Garota que Esfaqueou o Eric, não somos o verdadeiro foco de atenção. Víctor é que é.
– Você, Víctor? – pergunta Jack, quando Vícor alcança o centro do salão e para sobre o lado mais baixo da balança que está no chão.
– Sim – diz Víctor. – Entendo sua preocupação; a preocupação de todos vocês.
Há uma semana, vocês nunca tinham ouvido falar dos Divergentes e, agora, tudo o que sabem é que eles são imunes a algo ao qual vocês são suscetíveis, e isso é assustador. Mas posso garantir que, da nossa parte, não há nada a temer.
Enquanto ele fala, inclina a cabeça e ergue as sobrancelhas de maneira solidária,
e eu compreendo imediatamente por que algumas pessoas gostam dele. Passa a sensação de que, se você colocasse todos os seus problemas nas mãos dele, ele cuidaria de tudo.
– A mim parece claro – continua Jack – que fomos atacados para que a Erudição
pudesse encontrar os Divergentes. Vocês sabem por quê?
– Não, não sei – diz Víctor. – Talvez o único motivo deles fosse nos identificar.
Parece ser uma informação útil, caso eles planejem usar suas simulações novamente.
– Essa não era a intenção deles. – As palavras escapam da minha boca antes que eu decida falá-las. Minha voz soa aguda e fraca em comparação com as de
Víctor e Jack, mas não há mais como parar agora. – Eles queriam nos matar. Eles
têm nos matado desde antes de tudo isso acontecer.
Jack franze as sobrancelhas. Ouço centenas de pequenos ruídos de gotas batendo no teto. O salão escurece, como que sob a sombra do que acabei de dizer.
– Isso soa bastante como uma teoria de conspiração – diz Jack. – Que razões a Erudição teria para querer matar vocês?
Minha mãe me disse que as pessoas temem os Divergentes porque não podemos ser controlados. Isso pode até ser verdade, mas o medo do incontrolável não é um motivo concreto o bastante para oferecer a Jack Kang. Meu coração dispara quando percebo que não sou capaz de responder a sua pergunta.
– Eu... – Começo a dizer.
Christopher me interrompe:
– Obviamente, não sabemos, mas nos últimos seis anos ocorreram mais de dez mortes misteriosas entre os membros da Audácia, e existe uma correlação entre as vítimas e resultados de testes de aptidão ou simulações de iniciação irregulares.
Um relâmpago brilha no céu, e um clarão se espalha pelo salão. Jack balança a cabeça.
– Embora isso seja intrigante, correlação não constitui evidência.
– Um líder da Audácia atirou contra a cabeça de uma criança da Franqueza – digo, irritada. – Você recebeu algum relatório sobre isso? Você acha que isso “merece uma investigação”?
– De fato, recebi. Atirar em uma criança a sangue-frio é um crime terrível que não ficará impune. Felizmente, o criminoso está sob a nossa custódia, e poderemos julgá-lo. No entanto, precisamos lembrar que os soldados da Audácia não demonstraram qualquer indicação de que queriam ferir a maioria de nós, ou eles teriam nos matado quando estávamos inconscientes.
Ouço murmúrios de irritação ao redor de mim.
– A invasão pacífica sugere que talvez seja possível negociarmos um tratado de paz com a Erudição e o restante da Audácia – continua ele. – Portanto, vou marcar uma reunião com Jeanine Matthews assim que possível para discutirmos essa possibilidade.
– A invasão deles não foi pacífica – digo. Consigo ver o canto da boca de Christopher de onde estou, e ele está sorrindo. – O fato de eles não terem atirado na cabeça de todos vocês não significa que as intenções deles eram honráveis. Por que você acha que vieram até aqui? Para correr pelos seus corredores, apagar todos vocês e depois ir embora?
– Imagino que eles tenham vindo aqui à procura de pessoas como você – diz
Jack. – E, embora me preocupe com sua segurança, não acho que podemos atacá-los só porque queriam matar uma fração da nossa população.
– Matar vocês não é a pior coisa que eles podem fazer – digo. – Controlar vocês pode ser bem pior.
Os lábios de Jack dobram-se em um sorriso, como se ele estivesse se divertindo.
Divertindo.
– É mesmo? E como você acha que eles conseguirão fazer isso?
– Ele atiraram seringas em vocês – diz Christopher. – Seringas cheias de transmissores de simulação. As simulações são capazes de controlar vocês. É assim que eles conseguirão fazer isso.
– Sabemos como as simulações funcionam – diz Jack. – Os transmissores não são
implantes permanentes. Se eles quisessem nos controlar, teriam feito isso imediatamente.
– Mas... – começo a falar.
Ele me interrompe:
– Sei que você esteve sob muito estresse ultimamente, Dul – diz ele,
calmamente –, e que você prestou um grande serviço para sua facção e para a Abnegação. Mas acredito que sua experiência traumática pode ter comprometido sua capacidade de ser completamente objetiva. Não posso realizar um ataque baseado nas especulações de uma menininha.
Fico completamente imóvel, incapaz de acreditar que ele possa ser tão idiota.
Meu rosto está ardendo. Ele me chamou de menininha. Uma menininha que está tão estressada que ficou paranoica. Essa não sou eu, mas é quem a Franqueza acredita que sou.
– Você não toma as decisões por nós, Kang – diz Christopher.
Por todos os lados, os membros da Audácia gritam em acordo.
– Você não é o líder da nossa facção! – grita alguém.
Jack espera por silêncio, depois diz:
– É verdade. Se desejarem, estão livres para atacar o complexo da Erudição sozinhos. Mas farão isso sem nosso apoio. E é bom lembrarem que estão em desvantagem numérica e despreparados.
Ele tem razão. Não podemos atacar os traidores da Audácia e a Erudição sem a ajuda da Franqueza. Se tentássemos, seria um banho de sangue. Jack tem todo o poder. E agora todos sabemos disso.
– Foi o que imaginei – diz ele presunçosamente. – Muito bem. Vou entrar em
contato com Jeanine Matthews e descobrir se podemos negociar a paz. Alguém tem alguma objeção?
Não podemos atacar sem a Franqueza, penso, a não ser que tenhamos o apoio dos sem-facção.



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Autor(a): Fer Linhares

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Naquela tarde, junto-me ao grupo de membros da Franqueza e da Audácia que está limpando as janelas quebradas no saguão. Concentro-me no trajeto da vassoura, mantendo os olhos grudados na poeira que se acumula ao redor dos cacos de vidro. Meus músculos lembram-se do movimento antes da minha mente, mas, quando olho para baixo, em ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 13



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  • manoellaaguiar_ Postado em 09/10/2016 - 14:43:04

    Continuaaa

  • manoellaaguiar_ Postado em 06/10/2016 - 22:22:23

    Continua ❤️

  • manoellaaguiar_ Postado em 04/10/2016 - 18:30:16

    Continuaaa

  • manoellaaguiar_ Postado em 03/10/2016 - 21:14:21

    Brigadaaa! Continuaaa

  • manoellaaguiar_ Postado em 03/10/2016 - 15:53:35

    Continuaaa! Faz maratonaaa!

  • manoellaaguiar_ Postado em 02/10/2016 - 14:43:08

    Eu nunca li o livro convergente pq eu N TO preparada pra aquele negocio que acontece hahahah! Já comprei a quase um ano e ainda tá guardado lá, um dia eu pego ele!

  • manoellaaguiar_ Postado em 01/10/2016 - 19:20:24

    Tá maravilhosaaa! Já vi esse filme e adorei! E tô amando a adaptação agora

  • manoellaaguiar_ Postado em 28/09/2016 - 22:35:16

    Cnttt

  • manoellaaguiar_ Postado em 27/09/2016 - 20:38:10

    Continuaaa

  • Postado em 25/09/2016 - 21:24:21

    Aaai deusss! Continuaaa


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