Fanfics Brasil - Capítulo 22 (2ª Temporada) Divergente, Insurgente, Convergente (Vondy adp.)

Fanfic: Divergente, Insurgente, Convergente (Vondy adp.) | Tema: Série Divergente


Capítulo: Capítulo 22 (2ª Temporada)

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Shauna está deitada no chão, com o rosto para baixo e uma mancha de sangue crescendo em sua camisa. Lynn ajoelha-se ao seu lado. Ela a encara, mas não faz mais nada.
– A culpa é minha – murmura ela. – Não deveria ter atirado nele. Não deveria...
Encaro a mancha de sangue. Ela foi alvejada nas costas. Não consigo ver se está respirando ou não. Christopher encosta dois dedos no lado do pescoço dela e acena com a cabeça.
– Precisamos sair daqui. Lynn. Olhe para mim. Vou carregar Shauna, e ela vai sentir muita dor, mas é nossa única escolha.
Lynn assente com a cabeça. Christopher agacha-se ao lado de Shauna e coloca as mãos sob seus braços. Ele a levanta, e ela solta um gemido. Corro para ajudá-lo a colocar o corpo mole dela sob seu ombro. Minha garganta aperta, e eu tusso para
aliviar a pressão.
Christopher levanta-se soltando um grunhido e caminhamos juntos em direção ao Merciless Mart. Lynn vai na frente com sua arma, e eu sigo atrás. Caminho de costas para ver se há alguém nos seguindo, mas não vejo ninguém. Acho que os traidores da Audácia bateram em retirada. Mas preciso ter certeza.
– Ei! – grita alguém. É Uriah, correndo em nossa direção. – Zeke precisou ajudá-los a pegar Jack... ah, não. – Ele para de correr. – Ah, não. Shauna?
– Não é hora para isso – diz Christopher, severamente. – Corra até o Merciless Mart e traga um médico.
Mas Uriah fica parado, olhando para Shauna.
– Uriah! Vá, agora! – O grito ressoa, já que não há nada na rua para abafá-lo. Uriah finalmente se vira e corre na direção do Merciless Mart.
Estamos a menos de um quilômetro de lá, mas os grunhidos de Tobias, a respiração irregular de Lynn e o fato de que Shauna está sangrando até a morte fazem com que o caminho pareça infinito. Vejo os músculos das costas de Christopher expandindo e contraindo a cada respiração pesada e não ouço nossos passos; ouço apenas meus batimentos cardíacos. Quando finalmente alcançamos a porta do prédio, sinto como se fosse vomitar, desmaiar ou gritar a plenos pulmões.
Uriah, um homem calvo da Erudição e Cara nos encontram assim que entramos.
Eles colocam um lençol no chão para Shauna. Christopher deita-a sobre o lençol, e o médico começa a trabalhar imediatamente, cortando as costas da sua camisa. Viro o rosto. Não quero ver a ferida.
Christopher fica parado na minha frente, com o rosto vermelho de exaustão. Quero que me envolva em seus braços novamente, como fez depois do último ataque, mas ele não faz isso, e sei que não devo tomar a iniciativa.
– Não vou fingir que entendo o que está acontecendo com você – diz ele. – Mas se você arriscar sua vida à toa mais uma vez...
– Não estou arriscando a minha vida à toa. Estou tentando fazer sacrifícios, como meus pais teriam feito, como...
– Você não é como seus pais. Você é uma menina de dezesseis anos...
Ranjo os dentes.
– Como ousa...
– ... que não entende que o valor do sacrifício está na necessidade, e não em jogar sua vida fora! E, se você fizer isso outra vez, estará tudo acabado entre nós.
Não esperava que dissesse isso.
– Você está me dando um ultimato? – Tento controlar o volume da minha voz para que as outras pessoas não ouçam.
Ele balança a cabeça.
– Não, estou relatando um fato. – Seus lábios parecem uma linha reta. – Se você se colocar em risco à toa novamente, terá se tornado nada mais do que uma viciada em adrenalina da Audácia, à procura de uma nova dose de emoção, e eu não a ajudarei a fazer isso. – Ele cospe as palavras, amargamente. – Amo Dul, a Divergente, que toma decisões independente de lealdades a facções, que não é o
estereótipo de uma facção. Mas a Dul que está fazendo de tudo para destruir a si mesma... não consigo amá-la.
Quero gritar. Não porque estou nervosa, mas porque temo que ele esteja certo.
Minhas mãos tremem, e eu agarro a bainha da minha camisa para estabilizá-las.
Ele encosta a testa na minha e fecha os olhos.
– Acredito que você ainda está aí dentro – diz ele, com a boca perto da minha. – Volte para mim.
Ele me beija de leve, e estou chocada demais para detê-lo.
Christopher volta para o lado de Shauna, deixando-me parada sobre um dos lados da balança da Franqueza, sem saber o que fazer.


 


 


 


 


 


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– Quanto tempo.
Deito-me na cama em frente a Maite. Ela está sentada com a perna apoiada em
uma pilha de travesseiros.
– É verdade – digo. – Como você se sente?
– Como alguém que levou um tiro. – Ela esboça um sorriso. – Ouvi dizer que você conhece a sensação.
– É verdade. É ótimo, não é? – Não consigo esquecer a bala nas costas de Shauna. Pelo menos Maite e eu nos recuperaremos das nossas feridas.
– Descobriu algo interessante na reunião de Jack?
– Algumas coisas. Você tem ideia de como podemos marcar uma reunião da Audácia?
– Posso resolver isso. Uma das vantagens de ser tatuadora na Audácia é que... bem, você acaba conhecendo todo mundo.
– É verdade. Você também conta com a vantagem de ser uma ex-espiã.
Maite contorce a boca.
– Havia quase me esquecido disso.
– E você? Descobriu algo de interessante? Quer dizer, como espiã.
– Minha missão envolvia principalmente Jeanine Matthews. – Ela encara as próprias mãos. – Como ela passa os dias. E, principalmente, onde ela passa os dias.
– Então, não é no escritório dela?
A princípio, Maite não responde.
– Acho que posso confiar em você, Divergente. – Ela me olha de soslaio. – Ela tem um laboratório particular no andar superior. Extremamente bem protegido.
Estava tentando chegar lá quando nos descobriram.
– Você estava tentando chegar lá. – Ela desvia o olhar rapidamente. – Mas imagino que não para espionar.
– Imaginei que seria mais... conveniente se Jeanine Matthews não vivesse por mais muito tempo.
Vejo um tipo de sede em sua expressão, como quando ela me falou sobre seu irmão nos fundos do seu estúdio de tatuagem. Antes da simulação de ataque, poderia ter enxergado isso como uma sede por justiça, ou até por vingança, mas agora vejo que é uma sede por sangue. E, mesmo que isso me assuste, consigo compreendê-la.
Isso provavelmente deveria me assustar ainda mais.
– Vou dar um jeito de organizar a reunião que você pediu.


 


 


 


 


                                                      +++


 


 


 


 


Os membros da Audácia estão reunidos em um espaço entre as fileiras de beliches e as portas, mantidas fechadas por um lençol bem amarrado, que é a melhor tranca que conseguimos improvisar. Não tenho a menor dúvida de que Jack Kang aceitará as condições de Jeanine. Não estamos mais seguros aqui.
– Quais foram os termos? – pergunta Maite. Ela está sentada em uma cadeira
entre alguns dos beliches. Sua pergunta é direcionada a Christopher, mas ele não parece estar prestando atenção. Está apoiado em um dos beliches, com os braços cruzados, encarando o chão.
Limpo a garganta.
– Ele apresentou três termos. Devolver Eric para a Erudição. Revelar os nomes de todas as pessoas que não receberam o soro no último ataque. E entregar os Divergentes.
Olho para Marlene. Ela sorri de volta para mim, com ar triste. Deve estar preocupada com Shauna, que ainda está sendo atendida pelo médico da Erudição.
Lynn, Hector, os pais deles e Zeke estão com ela.
– Se Jack Kang está fazendo acordos com a Erudição, não podemos continuar
aqui – diz Maite. – Então, para onde podemos ir?
Lembro-me do sangue na camisa de Shauna e sinto saudades dos pomares da Amizade, do som do vento nas folhas, da sensação da casca de árvore sob a minha mão. Nunca pensei que sentiria vontade de estar naquele lugar novamente. Não achei que fosse o meu tipo.
Fecho os olhos por um segundo e, quando os abro novamente, estou de volta à realidade, e a Amizade é apenas um sonho.
– Para casa – diz Christopher, levantando a cabeça finalmente. Todos param para escutar o que ele tem a dizer. – Devemos tomar de volta o que é nosso. Podemos quebrar as câmeras de segurança na sede da Audácia para que a Erudição não consiga nos ver. Precisamos ir para casa.
Alguém solta um grito de concordância, e outra pessoa faz o mesmo. É assim que as coisas são decididas na Audácia: com acenos de cabeça e gritos. Nesses momentos, não parecemos mais indivíduos. Somos todos parte de uma única mente.
– Mas, antes de fazermos isso – fala Bud, que costumava trabalhar no estúdio de
tatuagem com Maite e que agora está em pé, com a mão apoiada no encosto da cadeira dela –, precisamos decidir o que fazer com Eric. Será que o deixamos aqui com a Erudição ou o executamos?
– Eric é da Audácia – diz Lauren, girando a argola em seu lábio com as pontas dos dedos. – Isso significa que somos nós que devemos decidir o que acontece com ele, e não a Franqueza.
Dessa vez um grito escapa do meu corpo por conta própria, unindo-se aos dos outros, em assentimento.
– De acordo com as leis da Audácia, apenas líderes da facção podem realizar uma execução. Mas todos os cinco antigos líderes da nossa facção nos traíram – diz
Maite. – Portanto, acho que está na hora de escolhermos novos líderes. De acordo com a lei, precisamos de mais de um líder, e o número deles precisa ser ímpar.
Caso tenham sugestões, é melhor gritar agora, e faremos uma votação se preciso.
– Você! – grita alguém.
– Tudo bem – concorda Maite. – Mais alguém?
Marlene faz uma concha com as mãos sobre a boca e grita:
– Dul!
Meu coração dispara. Mas, para minha surpresa, ninguém murmura em desacordo ou ri. Em vez disso, algumas pessoas acenam com a cabeça, como
fizeram quando Maite foi sugerida. Passo os olhos pela multidão e encontro Anahí. Ela está parada, de braços cruzados, e parece não apresentar nenhuma reação à minha nomeação.
Tento imaginar o que as outras pessoas pensam de mim. Eles devem ver alguém que não vejo. Alguém competente e forte. Alguém que não posso ser; alguém que posso ser.
Maite aceita a indicação de Marlene com um aceno de cabeça e depois passa os olhos pela multidão, esperando outra recomendação.
– Harrison – diz alguém. Não sei quem é Harrison, até que alguém bate no ombro de um homem de meia-idade com um rabo de cavalo loiro, e ele sorri. Eu o
reconheço. É o homem da Audácia que me chamou de “garota” quando Zeke e Maite retornaram da sede da Erudição.
Os membros da Audácia ficam calados por um ins tante.
– Eu vou nomear Quatro – diz Maite.
Fora alguns murmúrios de irritação nos fundos da sala, ninguém protesta.
Ninguém mais o está chamando de covarde depois que ele espancou Víctor no refeitório. Pergunto a mim mesma como eles reagiriam se soubessem o quanto sua ação foi calculada.
Agora, talvez ele consiga exatamente o que queria. A não ser que eu o impeça.
– Só precisamos de três líderes – diz Maite. – Precisaremos votar.
Eles nunca teriam escolhido o meu nome se eu não tivesse interrompido a simulação de ataque. E talvez eles também não tivessem escolhido o meu nome se eu não tivesse esfaqueado Eric ao lado daqueles elevadores ou ido para debaixo da ponte. Quanto mais ajo de maneira imprudente, mais popularidade ganho dentro da Audácia.
Christopher me encara. Não posso ser popular dentro da Audácia, porque Tobias está certo. Não sou da Audácia; sou Divergente. Sou o que eu quiser ser. E não posso escolher ser isso. Preciso manter-me distante deles.
– Não – digo. Limpo a garganta e falo mais alto: – Não, vocês não precisam votar. Eu recuso minha nomeação.
Maite ergue a sobrancelha e olha para mim.
– Tem certeza, Dul?
– Sim – respondo. – Não quero. Tenho certeza.
Depois, sem discussões ou cerimônias, Christopher é escolhido como líder da Audácia.
E eu não.



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Autor(a): Fer Linhares

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Menos de dez minutos depois de escolhermos nossos novos líderes, um sinal soa em um pulso longo, seguido de outros dois mais curtos. Caminho em direção ao som, com a orelha voltada para a parede, e encontro um alto-falante suspenso do teto.Há outro do outro lado da sala.De repente, a voz de Jack Kang ressoa por toda a sala:– Aten&c ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 13



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  • manoellaaguiar_ Postado em 09/10/2016 - 14:43:04

    Continuaaa

  • manoellaaguiar_ Postado em 06/10/2016 - 22:22:23

    Continua ❤️

  • manoellaaguiar_ Postado em 04/10/2016 - 18:30:16

    Continuaaa

  • manoellaaguiar_ Postado em 03/10/2016 - 21:14:21

    Brigadaaa! Continuaaa

  • manoellaaguiar_ Postado em 03/10/2016 - 15:53:35

    Continuaaa! Faz maratonaaa!

  • manoellaaguiar_ Postado em 02/10/2016 - 14:43:08

    Eu nunca li o livro convergente pq eu N TO preparada pra aquele negocio que acontece hahahah! Já comprei a quase um ano e ainda tá guardado lá, um dia eu pego ele!

  • manoellaaguiar_ Postado em 01/10/2016 - 19:20:24

    Tá maravilhosaaa! Já vi esse filme e adorei! E tô amando a adaptação agora

  • manoellaaguiar_ Postado em 28/09/2016 - 22:35:16

    Cnttt

  • manoellaaguiar_ Postado em 27/09/2016 - 20:38:10

    Continuaaa

  • Postado em 25/09/2016 - 21:24:21

    Aaai deusss! Continuaaa


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