Fanfic: Divergente, Insurgente, Convergente (Vondy adp.) | Tema: Série Divergente
– Já que vocês estão em número ímpar, haverá um que não lutará hoje – diz Quatro, afastando-se do quadro na sala de treinamento. Ele lança um olhar em minha direção. O espaço ao lado do meu nome está em branco.
O nó em meu estômago se desfaz. Uma prorrogação.
– Isso não é nada bom – diz Anahí, cutucando-me com o cotovelo. Ela atinge um dos meus músculos doloridos e faço uma careta de dor. Hoje, a maioria dos meus músculos estão doloridos.
– Ai!
– Desculpe – diz ela. – Mas olha: vou ter que enfrentar o Tanque.
Anahí e eu nos sentamos juntas durante o café da manhã, e mais cedo ela fez uma barreira para me esconder no dormitório enquanto eu trocava de roupa. Nunca tive um amigo como ela antes. Susan era mais amiga do Caleb do que minha, e o Robert apenas seguia Susan para onde quer que ela fosse.
Na realidade, acho que nunca tive amigo nenhum. É impossível estabelecer uma amizade de verdade quando ninguém acha que deve aceitar a ajuda de terceiros ou falar de si mesmo. Isso não acontecerá aqui. Já sei mais sobre a Anahí do que jamais soube a respeito de Susan, e só se passaram dois dias.
– O Tanque? – Localizo o nome de Anahí no quadro. Ao seu lado, está escrito “Molly”.
– É, a versão ligeiramente mais afeminada do Peter – ela diz, apontado com a cabeça em direção a um grupo de pessoas do outro lado da sala. Molly é tão alta quanto Anahí, mas é a única semelhança entre elas. Ela tem ombros largos, pele bronzeada e um nariz arredondado.
– Esses três – Christina aponta para Peter, Drew e Molly, consecutivamente – têm sido praticamente inseparáveis desde que nasceram. Eu os odeio.
Afonso e Al encaram-se na arena. Posicionam as mãos na frente do rosto para se proteger, exatamente como Quatro nos ensinou, girando um ao redor do outro. Al é cerca de quinze centímetros mais alto que Afonso, e duas vezes mais largo. Ao olhar para ele, percebo que mesmo seus traços faciais são grandes: nariz grande, lábios grandes, olhos grandes. A luta não vai durar muito tempo.
Olho para Peter e seus amigos. Drew é mais baixo que Peter e Molly, mas tem o porte físico de um trator, e seus ombros estão sempre curvados. Seu cabelo é vermelho alaranjado: a cor de uma cenoura envelhecida.
– Por que você não gosta deles? – pergunto.
– O Peter é pura maldade. Quando éramos crianças, ele arrumava briga com pessoas de outras facções, e, quando um adulto chegava para apartar a confusão, chorava e dizia que a outra criança é que tinha começado tudo. E é claro que eles acreditavam, já que éramos da Franqueza e não podíamos mentir.
Ela solta uma risada, depois torce o nariz e diz:
– Drew é apenas um subalterno. Duvido que consiga pensar qualquer coisa por conta própria. E Molly... é o tipo de pessoa que queima formigas com uma lente de aumento só para vê-las sofrer.
Na arena, Al atinge a mandíbula de Afonso com um soco forte. Meu rosto se contrai ao ver aquilo. Do outro lado da sala, Eric brinca com uma das argolas em sua sobrancelha e ri de maneira debochada enquanto observa Al.
Afonso cambaleia para o lado, com uma mão sobre o rosto, e bloqueia o soco seguinte de Al com a outra mão. Pela careta que faz, dá para perceber que o soco dói tanto em sua mão quanto se o houvesse atingido diretamente. Al é lento, mas forte.
Peter, Drew e Molly lançam olhares furtivos em nossa direção, depois aproximam suas cabeças, cochichando.
– Acho que eles perceberam que estamos falando deles – digo.
– E daí? Eles já sabem que eu os odeio.
– Sabem? Como?
Anahí lança um sorriso falso para os três, acenando com mão. Eu abaixo a cabeça e
minhas bochechas esquentam. Não deveria mesmo estar fofocando. A fofoca é uma forma de autocomplacência.
Afonso encaixa o pé em uma das pernas de Al e a puxa para trás, derrubando-o no chão. Al levanta-se desajeitado.
– Porque eu já falei pra eles – diz Anahí, rangendo os dentes enquanto sorri. Seus dentes de cima são retos, mas os de baixo são tortos. Ela olha para mim. – Nós tentamos ser bastante honestos a respeito do que sentimos na Franqueza. Muitas pessoas já me disseram que não gostam de mim. E muitas não disseram. E daí?
– Mas nós... não deveríamos ferir o sentimento das pessoas – digo.
– Gosto de imaginar que meu ódio por eles é uma forma de ajudá-los – afirma ela. – De lembrá-los de que não são as pessoas mais importantes do mundo.
Eu rio um pouco disso, depois volto novamente minha atenção para a arena.Afonso e Al se encaram por mais alguns segundos, mais vacilantes do que antes. Afonso afasta o cabelo pálido dos olhos. Eles olham para Quatro, como se esperassem que terminasse a luta, mas ele permanece de braços cruzados, sem esboçar qualquer reação. A alguns metros, Eric olha para o relógio.
Depois de andar em círculos por alguns segundos, Eric grita:
– Vocês estão achando que isso aqui é diversão? Querem fazer uma pausa para tirar uma soneca? Lutem!
– Mas... – Al ergue o tronco, abaixa a mão e continua. – Vocês estão contando pontos? Quando termina a luta?
– Termina quando um de vocês não for mais capaz de continuar – diz Eric.
– De acordo com as regras da Audácia – explica Quatro –, um de vocês também poderia entregar a luta.
Eric encara Quatro com os olhos semicerrados.
– De acordo com as antigas regras – diz ele. – Nas novas regras, ninguém pode entregar a luta.
– Um homem valente sabe reconhecer a força dos outros – responde Quatro.
– Um homem valente nunca se entrega.
Quatro e Eric se encaram por alguns segundos. Sinto como se estivesse enxergando duas faces da Audácia: a face honrável e a face brutal. Mas até eu sei que, nesta sala, é Eric, o mais jovem líder da Audácia, que detém a autoridade.
Gotas de suor escorrem da testa de Al; ele as seca com as costas da mão.
– Isso é ridículo – diz Al, balançando a cabeça. – Qual é o propósito de eu bater nele? Nós somos da mesma facção!
– Ah, então você acha que vai ser fácil assim? – pergunta Afonso, sorrindo. – Vamos. Tentame bater, seu lerdo.
Afonso ergue as mãos novamente. Vejo um olhar determinado nele que não estava lá antes.
Será que realmente acha que conseguirá vencer? Al só precisaria socar sua cabeça com força mais uma vez para apagá-lo de vez.
Isso se o Al conseguir atingi-lo. Tenta um soco, mas Afonso desvia, com a nuca brilhando de suor. Ele desvia de outro soco, movimentando-se rapidamente para trás do adversário e chutando suas costas com força. Al é lançado para a frente, depois vira-se novamente para Afonso.
Quando eu era mais jovem, li um livro sobre ursos pardos. Havia a foto de um em pé, apoiado sobre suas pernas traseiras, com as patas da frente esticadas, rosnando. Al se parece com ele agora. Ele avança sobre Afonso, segurando seu braço para que ele não consiga fugir, e desfere um soco poderoso contra seu queixo.
Vejo os olhos de Afonso, que têm um tom verde opaco como aipo, apagando-se. Eles giram para cima e a tensão deixa seu corpo por inteiro. Escorrega das mãos de Al, como um peso morto, e desaba no chão. Um calafrio atravessa minha espinha e invade meu peito.
Al arregala os olhos e agacha-se ao lado de Afonso, dando pequenos tapas em sua bochecha com uma das mãos. O silêncio toma conta da sala enquanto esperamos que Afonso recobre a consciência. Durante alguns segundos, nada acontece, e ele permanece deitado no chão com os braços dobrados sob seu corpo. De repente, ele pisca, claramente desnorteado.
– Levante-o – diz Eric. Ele lança um olhar voraz sobre o corpo caído de Afonso, como se aquilo fosse uma refeição e estivesse semanas sem comer. A curvatura de seus lábios é cruel.
Quatro vira-se para o quadro-negro e desenha um círculo ao redor do nome de Al. Vitória.
– Próxima luta: Molly e Anahí! – grita Eric. Al coloca o braço de Afonso sobre os ombros e o arrasta para fora da arena.
Anahí estala os ossos dos dedos. Eu lhe desejo sorte, mas não sei se isso lhe servirá de alguma coisa. Anahí não é fraca, mas é muito mais magra que Molly. Espero que seu peso a ajude.
Do outro lado da sala, Quatro apoia Afonso pela cintura e o guia para o lado de fora. Al fica parado na porta por um instante, observando enquanto eles partem.
O fato de Quatro sair da sala me deixa nervosa. Deixar-nos sozinhos com Eric é como contratar uma babá cujo passatempo preferido é amolar facas.
Anahí empurra o cabelo para trás das orelhas. Seu cabelo vai até a altura do queixo, é preto e seguro atrás por presilhas prateadas. Ela estala mais um dedo. Parece nervosa, o que não é de se estranhar. Quem não estaria nervoso depois de ver Afonso desabar como um saco de batatas daquele jeito?
Se os conflitos da Audácia terminam sempre com apenas uma pessoa em pé, não estou certa do que acontecerá comigo nesta parte da iniciação. Será que serei como o Al e permanecerei em pé ao lado do corpo caído de outra pessoa, sabendo que fui eu que a coloquei lá, ou como o Afonso, indefeso no chão? Será que meu desejo por vitória é um sinal de egoísmo ou de coragem? Seco as palmas úmidas das minhas mãos no tecido da calça.
Acordo do devaneio quando Anahí acerta um chute na lateral do corpo de Molly, que perde o ar, depois range os dentes como se estivesse prestes a rosnar. Uma mecha de cabelo ralo cai sobre seu rosto, mas ela não o afasta.
Al está em pé a meu lado, mas estou muito concentrada na nova luta para olhar para ele, ou parabenizá-lo pela vitória, se é que ele quer ser parabenizado. Não tenho muita certeza.
Molly ri com deboche de Anahí e, de repente, mergulha com as mãos esticadas em
direção a seu tronco. Atinge-a em cheio, derrubando e prendendo a adversária contra o chão.
Anahí se debate, mas Molly é pesada e nem se move.
Molly soca Anahí, que desvia a cabeça. Mas ela apenas volta a socar mais uma vez, e mais outra, até que seu punho atinge o queixo da adversária, depois o nariz e a boca. Sem pensar, agarro o braço de Al e o aperto com o máximo de força que consigo. Preciso segurarme em algo. Sangue escorre da lateral do rosto de Anahí, respingando no chão ao lado de sua bochecha. É a primeira vez na minha vida que rezo para que alguém desmaie.
Mas ela não desmaia. Anahí grita e consegue soltar um dos braços. Soca a orelha de Molly, desequilibrando-a, e consegue se libertar. Ajoelha-se e leva uma mão ao rosto. O sangue que escorre de seu nariz é grosso e escuro e cobre os dedos em segundos. Ela grita mais uma vez e rasteja para longe de Molly. Percebo pelo movimento dos seus ombros que ela está soluçando de dor, mas meus ouvidos estão latejando e não consigo ouvi-la.
Por favor, desmaie.
Molly chuta a lateral de Anahí, derrubando-a de costas no chão. Al solta sua mão e me puxa para bem perto dele. Eu travo os dentes para evitar soltar um grito. Não simpatizei com o Al na primeira noite, mas ainda não me tornei uma pessoa cruel; ver Anahí com as mãos sobre as costelas faz com que eu queira me meter entre ela e Molly.
– Pare! – berra Anahí, quando Molly se prepara para dar mais um chute. Ela ergue uma mão. – Pare! Eu... – Ela tosse. – Eu não aguento mais.
Molly sorri, e suspiro, aliviada. Al suspira também, e sinto-o respirar com força ao meu lado.
Eric caminha para o centro da arena, movendo-se lentamente, e para ao lado de Anahí com os braços cruzados. Ele diz tranquilamente:
– Perdão, mas o que você disse? Que você não aguenta mais?
Anahí ajoelha-se com dificuldade. Ao levantar a mão, ela deixa uma marca vermelha no chão. Tapa o nariz para parar o sangramento e assente com a cabeça.
– Levante-se – diz ele. Se tivesse gritado, talvez eu não sentisse vontade de botar os bofes para fora. Se tivesse gritado, eu saberia que é só isso o que ele planejava fazer: gritar. Mas sua voz é contida e suas palavras são precisas. Agarra o braço de Anahí, levanta-a com um puxão e a arrasta para fora.
– Sigam-me – diz.
E nós o seguimos.
+++
Sinto o ronco do rio ressoar em meu peito.
Aproximamo-nos da grade. O Fosso está praticamente vazio; o dia ainda está na metade, embora pareça sempre ser noite.
Se houvesse pessoas ao redor, duvido que alguém ajudaria Anahí. Para começar,
estamos com o Eric, e além disso, a Audácia conta com regras diferentes, nas quais a brutalidade não é considerada uma violação.
Eric empurra Anahí contra a grade.
– Suba – diz ele.
– O quê? – pergunta ela, como se esperasse que Eric voltasse atrás, mas seus olhos arregalados e sua palidez demonstram que sabe que isso não acontecerá. Ele não desistirá.
– Suba na grade – repete Eric, pronunciando as palavras lentamente. – Se você conseguir se pendurar sobre o abismo por cinco minutos, esquecerei sua covardia. Se falhar, não permitirei que prossiga com a iniciação.
A grade é estreita e feita de metal. As gotas que respingam do rio cobrem a superfície, deixando-a escorregadia e fria. Mesmo que Anahí seja corajosa o bastante para se pendurar na grade por cinco minutos, talvez não consiga se segurar. Ou escolhe se tornar uma sem-facção ou arrisca a própria vida.
Ao fechar os olhos, imagino seu corpo se chocando contra as pedras escarpadas do rio e sinto um calafrio de medo.
– Tudo bem – diz ela, com a voz trêmula.
Ela é alta o bastante para passar a perna por cima da grade. Seu pé treme. Apoia os dedos do pé na beirada enquanto passa a outra perna por cima da grade. Virada para nós, seca as mãos nas calças e segura a grade com tanta força que as juntas dos seus dedos ficam brancas.
Em seguida, tira um dos pés da beirada do abismo. Depois o outro. Vejo seu rosto entre as barras da grade, determinado, com os lábios apertados um contra o outro.
Ao meu lado, Al liga o cronômetro do relógio.
Durante o primeiro minuto e meio, Anahí vai bem. Suas mãos se mantêm firmes ao redor da grade e seus braços não tremem. Começo a acreditar que conseguirá se safar, provando ao Eric o quão tolo ele foi em duvidar dela.
De repente, a água do rio se choca contra a parede, lançando um vapor branco sobre as costas de Anahí. Seu rosto bate contra a grade e ela grita. Suas mãos escorregam e ela se segura apenas pelas pontas dos dedos. Tenta se segurar melhor, mas agora as mãos estão molhadas.
Se eu a ajudar, Eric me obrigará a me pendurar na grade também. Será que deixarei que caia e morra, ou será que aceitarei ser uma sem-facção? O que é pior: aceitar a morte de alguém com indiferença, ou se tornar um exilado de mãos vazias?
Meus pais não teriam nenhuma dificuldade em responder essa pergunta.
Mas não sou como meus pais.
Que eu saiba, Anahí não chorou desde que chegamos aqui, mas agora ela contrai o rosto e solta um soluço mais alto do que o ruído do rio. Outra onda atinge a parede, molhando todo seu corpo. Uma das gotas atinge minha bochecha. Suas mãos escorregam novamente, e desta vez uma delas se solta da grade, fazendo com que fique pendurada por apenas quatro dedos.
– Vamos lá, Anahí! – diz Al, em um tom de voz surpreendentemente alto. Ela olha para ele, que bate palmas. – Vamos, agarre a grade novamente. Você consegue. Agarre.
Será que eu seria forte o suficiente para sustentá-la? Será que valeria a pena tentar ajudá-la se sei que sou fraca demais para fazer qualquer coisa a respeito?
Sei por que me pergunto essas coisas: são desculpas. A razão humana é capaz de justificar qualquer mal; é por isso que não devemos depender dela. Isso é o que meu pai costumava dizer.
Anahí lança o braço para cima, tentando agarrar a grade. Ninguém mais a incentiva, mas Al continua a bater palmas e gritar, com os olhos colados nos dela. Eu queria muito ser capaz; queria ser capaz de me mexer, mas apenas olho para ela e me pergunto há quanto tempo tenho sido tão asquerosamente egoísta.
Olho para o relógio do Al. Quatro minutos se passaram. Ele acotovela meu ombro com força.
– Vamos – digo. Minha voz sai como um sussurro. Limpo a garganta. – Falta só um minuto – digo, mais alto. A outra mão de Anahí finalmente alcança a grade. Seus braços tremem com tanta força que me pergunto se não é a terra que está tremendo sob meus pés, chacoalhando minha visão, sem que eu perceba.
– Vamos, Anahí! – dizemos Al e eu, e à medida que nossas vozes se unem, passo a
acreditar que talvez eu seja forte o bastante para ajudá-la.
Vou ajudá-la. Se a mão dela escorregar novamente, vou ajudá-la.
Outra onda estoura, molhando as costas de Anahí, e ela solta um grito agudo quando suas duas mãos se soltam da grade. Um berro escapa da minha garganta. Parece que o som vem da boca de outra pessoa.
Mas ela não cai. Segura as barras da grade. Seus dedos escorregam para baixo, até eu não conseguir mais ver sua cabeça; só consigo ver sua mão agarrada às barras de metal.
O cronômetro de Al marca cinco minutos.
– Já se passaram cinco minutos – diz, praticamente cuspindo as palavras na cara de Eric.
Eric confere seu próprio relógio. Faz isso devagar, girando lentamente o pulso, enquanto meu estômago aperta e o fôlego me escapa. Ao piscar, vejo o corpo da irmã de Rita na calçada sob os trilhos do trem, com os membros retorcidos de uma forma estranha; vejo Rita gritando em prantos; vejo a mim mesma, virando o rosto para o outro lado.
– Tudo bem – diz Eric. – Você já pode subir, Anahí.
Al caminha até a grade.
– Não – diz Eric. – Ela tem que subir sozinha.
– Não, não tem – rosna Al. – Ela já fez o que você mandou. Não é uma covarde. Fez o que você mandou.
Eric não responde. Al estica os braços sobre a grade. Ele é tão alto que consegue alcançar o punho de Anahí. Ela agarra seu antebraço. Al a puxa para cima, com o rosto corado de frustração, e corro até eles para ajudar. Como eu imaginava, minha altura não permite que eu seja muito útil, mas consigo agarrar o ombro de Anahí depois que Al já a levantou um pouco, e nós dois a puxamos por cima da grade. Ela desaba no chão, com o rosto ainda manchado pelo sangue da luta, as costas encharcadas e o corpo tremendo.
Eu me ajoelho a seu lado. Seus olhos se levantam e encontram os meus, depois voltam-se para Al, e nós três recuperamos o fôlego juntos.
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Autor(a): Fer Linhares
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Naquela noite, sonho que Anahí está novamente pendurada na grade, mas dessa vez pelos dedos do pé, e alguém grita que só um Divergente seria capaz de salvá-la. Então, corro para puxá-la, mas alguém me empurra da beirada, e acordo antes de atingir as pedras.Encharcada de suor e trêmula por causa do ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 13
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manoellaaguiar_ Postado em 09/10/2016 - 14:43:04
Continuaaa
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manoellaaguiar_ Postado em 06/10/2016 - 22:22:23
Continua ❤️
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manoellaaguiar_ Postado em 04/10/2016 - 18:30:16
Continuaaa
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manoellaaguiar_ Postado em 03/10/2016 - 21:14:21
Brigadaaa! Continuaaa
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manoellaaguiar_ Postado em 03/10/2016 - 15:53:35
Continuaaa! Faz maratonaaa!
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manoellaaguiar_ Postado em 02/10/2016 - 14:43:08
Eu nunca li o livro convergente pq eu N TO preparada pra aquele negocio que acontece hahahah! Já comprei a quase um ano e ainda tá guardado lá, um dia eu pego ele!
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manoellaaguiar_ Postado em 01/10/2016 - 19:20:24
Tá maravilhosaaa! Já vi esse filme e adorei! E tô amando a adaptação agora
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manoellaaguiar_ Postado em 28/09/2016 - 22:35:16
Cnttt
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manoellaaguiar_ Postado em 27/09/2016 - 20:38:10
Continuaaa
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Postado em 25/09/2016 - 21:24:21
Aaai deusss! Continuaaa