Fanfic: Socorro que a mamãe vem ai - DyR

Como podem perceber, minha vida mudou. Tive que amadurecer, crescer, para ser a mãe que ela merecia. Que meus filhos mereciam.
Pouco depois que ela completou seis anos tive minha segunda florzinha. A Maria, dessa vez Diego cismou com esse nome, e nem eu pude mudar.
A gravidez dela foi mais difícil, nasceu prematura, me lembro como sofri. Maria ao contrario de Ana, é calma, quieta, às vezes muito isolada. Por isso me vejo na obrigação de tê-la sempre ao meu lado, de sempre demonstrar que se precisar a mãe dela vai ajudar, já que amizades não é seu forte.
Mas a fabrica não foi fechada. Diego e eu queríamos ainda um menininho, o jogador de futebol, o que bateria em quem se aproximasse de nossas filhas, o lutador de karate. Assumo que os sonhos que Diego colocava sobre a criança, me preocupavam, eu só queria que ele fosse feliz, isso me bastava.
Nasceu um mês depois do aniversario de quatro anos da Maria. Um lindo garoto, a minha cara, não posso negar. Mas o meu pequeno é um prodígio, desde seus 2 aninhos sabia resolver contas matemática que eu só aprendi lá pros 7, e olhe lá.
Futebol, karate e todo o resto foram riscados da lista, e trocados por livros, que ele anda debaixo do braço sempre.
Ao contrario do que eu e Diego imaginávamos, ele não defende suas irmãs dos "caras maus" que se aproximam delas; mas elas, ah, elas sim. Batem em qualquer um que ousar mexer em seu cabelinho castanho.
Por mais que eu brigue com elas quando saem por aí batendo nos garotinhos de 5 anos que perseguem meu filho, só por ser um gênio, acho lindo a forma que um cuida do outro.
Hoje em dia somos uma família feliz...Cheia de confusões, mas feliz.
Diego e eu...Nosso casamento sofre com vários problemas, mas nem um dia si quer o deixei de amar. E nunca vou.
Atualmente Ana já tem 15 anos, Maria 9, e ontem Caio completou 5. Essa é minha família, mas hoje, se bem os conheço, é dia de confusão nesta casa.
Ana não sei o que lhe deu na cabeça trouxe o namorado pra conhecer a família, sem nem avisar a Diego antes. Hoje rola morte nessa casa, e o pior é que vou virar esposa de presidiário.
-Como assim namorado, Ana?!
Ouvi os gritos lá de baixo. Acho melhor descer pra evitar mortes. Saiu correndo, e me deparo com a cena bem típica da nossa família.
Diego ciumento, gritando com ela por essa história de namorado. Ele não entende que nossos filhos crescem, não o condeno, sei como é difícil.
Caio, meu menininho com seu meio metro, entrando na frente do pai...
-Pode deixar pai! Eu cuido dele! -Eu sei bem que um sopro o derrubaria, mas acho lindo vê-lo falar como homem, o homem da casa, o defensor das mulheres dessa família. E não se enganem, qualquer um que tente se aproximar de mim, quando seu pai não está ao meu lado, ele me defende. Marrento, magricela, e sem nenhuma força, mas lindo carinhoso e inteligentíssimo, vem expulsar os maus feitores. Lógico que depois conta tudo pro seu pai. Sempre quer provar que sabe mais que ler livros.
-Pai, Caio, parem com isso. Deixem a menina ser feliz. Querem o quê? Que ela fique só a vida toda? Não são todas que pode namorar com o cara mais popular do colégio. Será que podem parar de criancice e deixá-la namorar em paz? -Maria entra na briga.
É realmente hoje isso daqui ferve, mas não posso deixar de ficar feliz vendo essa família de loucas, mas que é a minha, a que tanto amo.
Diego se aproxima demais do garoto, Caio o segue.
-Manheeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee! Socorro! -Ana me chama.
Acho melhor ir ali resolver as coisas.
Gosto de ser chamada nessas situações, por incrível que pareça.. É nesse momento que eu percebo que eles não vivem sem mim, e nem eu sem eles.


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