Fanfics Brasil - 14.2 O Estranho - O Perigo Mora ao Lado (AyA Fanfic)

Fanfic: O Estranho - O Perigo Mora ao Lado (AyA Fanfic) | Tema: Rebelde, Anahí, Poncho, RBD, Traumadas


Capítulo: 14.2

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- Como você está? - Dean perguntou bagunçando meu cabelo.


- Bem, uma quarta feira normal. - dei de ombros - E você?


- Estressado. Meu carro começou a dar alguns problemas estranhos. - bufou enquanto se sentava - Se não parecesse paranóia, podia jurar que tem alguém mexendo nele.


- Mexendo? - franzi a testa.


- Alguns fios soltos no motor, a embreagem sem funcionar, pneus furados... - deu de ombros - Achei que fosse algum engraçadinho, mas acho que é só falta de sorte mesmo.


- Olá pra você também, Winchester. - Mai soltou enquanto os outros riam - Sei que não somos uma loira bonita, mas ainda estamos aqui.


- Foi mal galera. - deu uma risada meio nervosa.


Logo todos engataram uma conversa animada e eu me permiti me desligar um pouco. Tinha tanta coisa para ser resolvida, ao mesmo tempo não queria resolver mais nada. Dean entrelaçou nossos dedos por debaixo da mesa e meu corpo errijeceu no mesmo instante. Sorri de lado pra ele de uma forma meio forçada. Estava indo por um caminho perigoso, precisava tomar as rédeas da situação antes que eu ficasse mais confusa ainda.
O sinal estridente soou no salão avisando do final do intervalo. Chris entrelaçou o seu braço com de Mai, que por sua vez arrastava Nina. De longe vi Ian acenando pra mim, fazendo um sinal que me esperaria na sala. Dean não soltou minha mão durante o percurso no corredor, não sabia também como me afastar sem magoá-lo... Várias cabeças viraram em nossa direção para acompanhar o gesto de carinho inédito.


Eu sabia o que estavam pensando e também sabia que a fofoca correria rapidamente.


- Dean, eu queria muito conversar com você. - comecei quando alcançamos a minha sala.


- É, eu também. - coçou a nuca - Passo na sua casa mais tarde?


- Acho melhor no fim de semana, o dia hoje vai ser bem puxado. - fiz uma careta o vendo sorrir.


- Sábado então? - assenti - Combinado Anny.


Foi então que ele jogou o corpo para frente, me pegando totalmente de surpresa quando seus lábios roçaram levemente com os meus. Foi suave, uma carícia quase imperceptível. Travei no lugar, sentindo que corava fortemente quando ele se afastou sorrindo. Me obriguei a acompanhá-lo com o olhar, até que sumisse de minha vista, só assim consegui recuperar o fôlego necessário para lembrar como andar. Dentro da sala algumas pessoas me olhavam curiosas, provavelmente tinham sido espectadores do momento. Encarei o chão enquanto ia até meu lugar dando de cara com um Ian sorridente, não o olhei mais, jogando a bolsa no chão me preocupei em focar a atenção no quadro negro.


Que horas mesmo aquela professora chegaria?


- Smack! Smack! - Ian começou a imitar barulhos de beijos, bem baixinho.


O encarei pelo cantos dos olhos vendo que fazia uma dancinha estupidamente ridícula, me controlei para não rir e fechei mais ainda a cara.


- Quer conversar sobre a Nina, Ian?


Sua expressão mudou na mesma hora, virando um ser bastante irritado. Murmurou uns xingamentos pra si, sem voltar a me encarar. Sorri vencedora, passando a rebobinar o momento com Dean na minha cabeça.


Estava me metendo em um buraco bem fundo e não fazia ideia de como escapar.


~


Toquei a campanhia da mansão pensando que eu realmente deveria ter aceitado a chave extra que Dulce ofereceu. No momento tinha parecido uma invasão muito grande, mas agora eu entendia como facilitaria minha vida.
Dul demorou um pouco para abrir, enrolada em seu robe e com o nariz vermelho ela já mostrava o que eu vinha temendo... A gripe que começou de mansinho no último final de semana, agora chegava com força total.


- Olá pessoa horrível. - ela bufou, me dando passagem.


- Olá pra você também. - murmurou trancando a porta.


- Quanto de febre? - coloquei a mão na sua testa fazendo uma careta.


- 39 e não abaixa. - se encolheu - Não fiz almoço hoje, se importa de fazer isso por mim?


- Lógico que não! - a empurrei para começar a andar - Vá deitar um pouco no sofá, logo te trago um chá. E também vou preparar uma sopa para nós. - parei no lugar fazendo uma careta - Alfonso gosta de sopa?


- Tenho o palpite que a sua dele vai gostar.


Revirei os olhos pro comentário a acomodando no sofá. Não quis dizer nada, mas a aparência dela realmente estava começando a me preocupar. Logo no início, tomei algumas precauções afim de evitar uma gripe mais forte e os sintomas terem continuado indicava que o buraco era bem mais fundo.


Terminei a canja de galinha, preparando um suco reforçado de companhia. Alcancei alguns analgésicos e levei tudo, primeiramente, para Dulce a ajudando a comer já que os movimentos estavam difíceis pelas dores no corpo. Estava preocupada como ela ficaria sozinha durante a noite, apenas pedia a Deus para que Alfonso tivesse o mínimo de senso para acompanhar a irmã.


- Anny. - ela chamou - Você precisa levar... Você sabe... Comida pro Alfonso.


Fiz careta para aquilo. Obviamente eu gostaria muito de voltar a encontrá-lo, quem sabe ter a oportunidade de agradecer pelos presentes... Mesmo não sabendo se ele iria confirmar que eram deles. Mas não queria que fosse assim, por obrigação, estava esperando o momento que ele fosse a meu encontro. Porém estava fora de cogitação deixar o cara morrendo de fome.


- Ele não vai gostar que eu suba. - pontuei.


- Ele já sabe que você vai ter que fazer isso. - deu de ombros, voltando a fechar os olhos.


Gostaria de perguntar como ele sabia, mas a resposta estava bem óbvia até para mim. Sentia os olhos esverdeados me fitando a todo momento pela casa, chegava até a procurar câmeras escondidas tamanha era a paranóia... Não sabia como ele fazia, mas Alfonso simplesmente conseguia estar em todos os lugares ao mesmo tempo.
Suspirei voltando para a cozinha e preparando outro prato, caprichando bem por se tratar de um homem e comer mais. Me peguei tentando deixar a bandeja mais bonita para ele e logo depois soltando os cabelos e, sem sucesso, tentando parecer mais bonita. Gruni, aquilo estava ficando bem ridículo.
Percebi que tremia quando alcancei os primeiros degraus da escada... Estava voltando para a ala dele, para onde quase transamos. Porra. Aquilo tinha sido realmente muito bom... Eu era pervertida demais por rezar para que acontecesse mais uma vez? Céus, eu era.
As cenas daquele dia foram minhas companheiras por mais noites onde eu acordava de sonhos, bem reais, pingando e sedenta por ele.
Um forte rubor tomou meu rosto ao perceber no que pensava e que em poucos momentos iria estar em sua presença.


Eu tinha que me recompor.


A porta da ante-sala, dessa vez, estava encostada me permitindo ter uma visão restrita da sala maior. Alfonso estava de costas para a porta, sentado em sua cadeira e parecia muito focado em alguns papéis. Não consegui bater na porta, nem ao menos dizer uma palavra sequer... Usando, como sempre, uma camisa social que demarcava bem os músculos das costas fortes. Meu único pensamento era como eles se moveriam enquanto ele estocava dentro de mim.


Eu estava virando uma maníaca sexual, realmente deveria me afastar de Christian.


- Entre, Anahí.


A voz rouca me pegou desprevenida, quase me levando ao chão junto com as bandejas. Ele não olhava pra mim, ainda estava de costas, mas eu podia ver o fio da máscara passando por seus cabelos. Contornei a mesa, parando a sua frente, sem subir o olhar para o seu rosto. Quando estiquei a bandeja com a comida, foi um susto perceber que dessa vez ele não usava luvas... As cicatrizes rosadas estavam ali, expostas pra mim e ele não parecia se importar com aquilo. Na mão direita, uma tomava-a por completo... Já na outra, os dedos foram salvos do fogo. Pigarreei tentando voltar a realidade.


- Seu almoço. Dulce não está bem, espero que goste do que eu fiz. - falei rápido demais já me preparando para ir embora.


Sua mão alcançou meu braço fazendo um arrepio estranho correr pela minha espinha... Merda. Suspirei ainda encarando o chão.


- Sim?


- Porque não me olha? - sussurrou, apertando mais sua mão no meu braço.


- Pensei que não gostasse de ser olhado. - murmurei.


- Por você eu gosto.


Aquilo foi inesperado. Levantei os olhos mais pelo choque do que por qualquer outra coisa, passando a encará-lo bem nos olhos. A máscara de sempre estava lá, bem posta em seu lugar, até aquele dia não tinha realmente percebido o quão alto era... Eu parecia uma criança diante dele. Alfonso me olhava de maneira suave, podia facilmente ver o desejo queimando em seu olhar... Mas ao mesmo tempo existia algo mais doce, puro. Não consegui distinguir o que seria, mas me senti acolhida por aquele olhar. Ele deu um passo a frente em minha direção, dei um passo atrás por reflexo.


Não mais uma vez, não pra ele fugir de novo.


- Senhor Alfonso, sua irmã precisa de mim lá embaixo.


- Não me chame assim. - exigiu - Já disse que não é necessário.


- Já ficou bem claro que apelidos não funcionam entre nós dois.


E lá estava mais uma vez a minha amargura pelo outro dia. Realmente havia sido duro, mexido com meu ego. Ser menosprezada era difícil... Ainda mais por quem o seu coração tinha a péssima mania de bater descompensado.


- Você entendeu tudo errado. - murmurou largando meu braço.


- Não. Eu acho que entendi até certo demais... Eu não sou Angélica e isso é um problema para você. - gruni.


- Você não sabe o que fala.


- Sim Alfonso, eu sei. Você ainda é fodidamente obcecado por uma mulher que acabou com a sua vida, te reduziu a nada. Tão obcecado que assume uma culpa que é um fardo totalmente dela. - suspirei - Deve ser realmente uma merda olhar pra mim e não enxergar um traço sequer dela. Eu sinto muito por isso.


Nos encaramos. Meu corpo subia e descia de maneira grosseira, tamanha era minha raiva. Que fosse a merda ele e aquela mulher. Ele não disse nada e se afastou um pouco mais de mim, levei aquilo como um sinal de que deveria sair.


- Com licença. - murmurei enquanto caminhava para a saída.


- Espera. - chamou - Eu tenho algo para você.


Virei o corpo para vê-lo abrir a gaveta da mesinha do centro. Tirou de lá uma pequena caixinha de veludo, estendendo em minha direção. Franzi a testa para ele.


- Só abra. - revirou os olhos.


Alcancei a caixinha ainda o encarando sem entender. Era muito delicada, com um feixe dourado que a primeira vista parecia ser ouro. Abri dando de cara com um bracelete extremamente delicado e bem trabalhado de prata. A prata se retorcia, como galhos de flores, dos dois lados até chegar ao centro onde uma pequena rosa era moldada. Arfei. Era a coisa mais linda que já tinha visto.


- Achei que você fosse querer flores que durassem mais.


O olhei ainda muito surpresa. Além de me confessar que as rosas realmente eram presentes seus, ele estava me dando uma jóia? Acompanhar o raciocínio daquele homem era realmente muito difícil.


- E não diga que não pode aceitar. Eu faço realmente questão. - deu de ombros.


Eu não iria recusar, por mais que soubesse que aquilo provavelmente custava um valor que nunca na vida eu poderia pagar. Mas era um presente dele. Dele. Como dizer que não queria? Assim, quem sabe, poderia senti-lo de alguma forma mais próximo todas as vezes que resolvesse sumir.


Droga, já pensava como uma tola apaixonada.


- Obrigada Alfonso. É linda.


- Por isso é sua.


No instante em que meu rosto se ergueu, as mãos de Alfonso já estavam acariciando minhas bochechas. Não fugi ao toque, desejava muito aquilo. Fechei os olhos me deliciando com a sensação, senti seu hálito alcançando meu pescoço me causando arrepios fortes.


- Eu daria tudo para ter te conhecido antes. - sussurrou.


- E eu daria tudo para que você entendesse que não sou como ela.


Silêncio. Não ousei abrir os olhos e quebrar a magia daquele momento, Alfonso ainda tinha o rosto colado ao meu e as mãos em uma carícia suave contra o meu pescoço. Não havia luxúria ali, apenas uma necessidade enorme da presença um do outro.


- Anny? - sussurrou.


- Sim?


- Durma aqui hoje.


 


     



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Autor(a): JanaTwint

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- Durma aqui hoje. Me afastei o olhando sem entender. Ele estava me chamando para dormir com ele? Assim? Daquele jeito? Por um segundo voltei a questionar a sanidade de Alfonso. - Como? - perguntei confusa. - Não da forma que está pensando, por Deus! - riu abafado - É por Dulce. Ela geralmente não fica doente e para ter deixado você fazer ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 28



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  • hittenyy Postado em 25/10/2017 - 23:20:43

    Finalmente te achei hahaha vc não vai postar mais no Wattpad ?

  • mari_froes Postado em 04/11/2016 - 14:08:55

    Cadê??? Amo essa fic!

  • fersantos08 Postado em 24/10/2016 - 13:07:40

    Leitora nova :) adorei a sinopse..vou começar a ler!

  • nanda_silva Postado em 23/10/2016 - 23:53:07

    Continua sou leitora nova

  • beatris_ponny Postado em 18/10/2016 - 19:45:38

    Posta mais

  • beatris_ponny Postado em 18/10/2016 - 19:45:14

    Amando <3

  • Belle_ Postado em 17/10/2016 - 15:00:18

    socorro essa história é tão perfeita, vc escreve maravilhosamente bem jdjdjdjfjfjf cntt

  • mari_froes Postado em 17/10/2016 - 08:51:15

    Amando! Cada dia mais e mais!

  • mari_froes Postado em 15/10/2016 - 09:28:32

    Geeente... que babado! Posta maais!!!

  • day Postado em 15/10/2016 - 08:17:59

    Oi é a primeira vez que estou comentando Continua estou amando a história, me dói o coração ver o Alfonso sofrer assim .....


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