Fanfics Brasil - Capítulo 1 - A Mudança O Estranho - O Perigo Mora ao Lado (AyA Fanfic)

Fanfic: O Estranho - O Perigo Mora ao Lado (AyA Fanfic) | Tema: Rebelde, Anahí, Poncho, RBD, Traumadas


Capítulo: Capítulo 1 - A Mudança

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- Chegamos, finalmente! Onde será que eu entro? Marichelo, querida você poderia…


A voz de Enrique me fez acordar. Sempre perdi o sono facilmente mas, nos últimos dias, aquilo só tinha piorado. Não me parecia certo estar ali, me mudando para Gulark com meus pais.


Não parecia certo, por que não era.


Nessa hora, exatamente, eu deveria estar no avião rumo a Roma com Rodrigo, para nosso curso de verão. Mas meu pai me fez um ultimato: ou iria com eles para Gulark, ou ficaria sem dinheiro para a faculdade de Direito. Desempregada e sem nenhuma possibilidade de me bancar sozinha… Outra opção eu não tive.


Suspirei encarando a janela. Eu havia ficado sem escolha, sem planos e sem meu namorado. Revirei os olhos focando-me na paisagem. Gulark era uma cidade minúscula, porém, estranhamente amável. Você conseguia ver as mulheres tomando chá nos jardins e as crianças brincando de futebol americano. Gemi. Todos daquela cidade deveriam se conhecer.


Com toda a certeza éramos a novidade, e seriamos por muito tempo.


- É aqui! – o berro de mamãe me fez pular no banco do carro.


Não tive tempo de fazer nada. Logo mamãe me puxou para fora do carro me fazendo ir de encontro ao chão. Não se preocupou em ver se eu estava bem, estava animada demais para se importar com qualquer coisa. Papai me ajudou a me levantar, murmurando ao meu ouvido que eu tivesse paciência.


Paciência.


Algo impossível de se ter com ela, ainda mais naquela situação. Mamãe continuou a saltitar pelo jardim e me permitir dar uma boa olhada na casa. Era como se fosse um chalé, literalmente. Pequeno, escuro e sombrio. Totalmente diferente do que eu planejava para o meu último ano do colegial.


Na porta da casa, estava uma pequena placa que indicava de que família era a casa. Os Puente. Cravado em letras douradas no pedaço de madeira escuro. Não pude evitar de rir. Quem visse aquilo, pensaria que éramos uma família totalmente harmoniosa. Doce engano.


Meus olhos varreram a rua, procurando algo que pudesse melhorar meu humor. A primeira vista não vi nada. Somente outras casas minúsculas e senhoras que se amontoavam para ver a nova família. Porém, me prendi em uma casa que se perdia quase no fim da rua.


Não conseguia vê-la bem, mas não era nem um pouco parecida com todas as outras da vizinhança. Era branca e grande. Parecia que as paredes eram de vidro, mas se tornavam escuras devido as cortinas pretas. Me peguei imaginando quem morava ali. Deveria ser uma família importante, bem de vida, já que haviam construído uma casa muito melhor do que todas as outras.


- Se dê a chance ok?


Encarei papai com a sobrancelha erguida. Eu não queria outra chance, não queria outra vida… Eu já tinha a minha. Aquilo era um sonho deles, não meu.


- Porque minha irmã não foi arrastada junto? - murmurei puxando minha mala.


- Sua irmã trabalha, tem seu próprio apartamento, é independente. E possui um relacionamento realmente estável.


Quis rebater que eu e Rodrigo também tínhamos um relacionamento estável. Ele me amava, eu o amava. Tínhamos estado juntos nos últimos dois anos do colegial, era o bastante… Não? Não para Enrique. Já tínhamos tido aquela conversa tantas vezes que minha cabeça já latejava. Papai cismava em dizer que Rodrigo não era quem eu pensava, que eu iria me decepcionar. Mas ele não o conhecia, eu sim.


Quer dizer… Eu achava que sim. Mesmo tendo certeza que a essas horas ele já deveria estar buscando conforto em outros braços... Não deixaria Enrique saber.


– Com licença, vocês são os novos moradores?


Ah a doce política da boa vizinhança. Não esperava ter que lidar com aquilo logo no primeiro dia.  A voz feminina me tirou de meus pensamentos, tirando também mamãe de seu descontrolado surto.


A nossa frente estava uma mulher de cabelos castanhos, trazia em sua mão uma pequena travessa com bolo de chocolate. Ao seu lado, estava um homem quase careca que sorria acolhedor para meu pai. Mas logo atrás, estava um alto, magricelo, com um sorriso enorme de orelha a orelha.


Devo mencionar que por alguma razão, totalmente desconhecida, esse menino tinha o cabelo laranja? Um laranja bem… laranja. E parecia estar totalmente a vontade com aquilo.


– Meu nome é Olivia. Esse é meu marido Pablo e nosso filho Christian – a mulher continuou – Somos os Chávez. Moramos ali do lado.


– Oh! Nos perdoe. – minha mãe emendou – Meu nome é Marichelo, esse é meu marido Enrique e nossa filha Anahí. Acabamos de nos mudar do Arizona!


– Arizona? - Olivia perguntou curiosa – Mas deve ser um lugar lindo!


– E é! – Mamãe riu animada arrastando a senhora Chávez para dentro da casa. Logo papai e Pablo emendaram uma conversa tediosa sobre futebol que, estranhamente, não agradava Christian também.


– Ei, Chris. Hoje não tinha aquele encontro lá na Maite? - o menino assentiu pro pai -  Por que não leva Anahi para conhecer o bairro e os meninos?


O senhor Chávez, claramente, tentou me livrar de meu desconforto… Ser gentil. Mas me peguei aterrorizada com a ideia de sair por ai com aquela laranja ambulante que ainda me encarava com o maldito sorriso de covinhas.


– Oh, não acho que... – comecei mas logo fui interrompida por papai.


– Ela iria adorar! Vai ser ótimo já ter amigos por aqui. – papai começou a empurrar Christian e eu para a rua – Não chegue tarde, ok? Pablo, você já viu a escalação da liga de basquete para essa temporada? É um absurdo…


Logo, os dois caminharam em direção da casa, levando para dentro as últimas malas que faltavam. Me deixando sozinha com o laranjinha.


Era algum tipo de piada?


– Você gosta de galos?


A voz me fez virar para Christian. O encarei chocada, além de estranho ainda era retardado?


Começamos nossa caminhada tediosa. Chris (como quis ser chamado) contava animado sobre as brigas de galos que eles e seus amigos promoviam em um galpão no outro bairro. Não me preocupei em ouvir.


Foquei-me em estudar aquele bairro. Todas as casas pelas qual passamos pareciam chalés, exatamente como a minha. As velhas fofoqueiras continuavam a me encarar, provavelmente colhiam informações para depois compartilhas em alguma reunião maligna das fofoqueiras da cidade. Chris ainda falava animado quando passamos pela grande casa branca que eu havia visto de lá de cima da rua. Não percebi quando meus pés pararam em frente ao gramado.


– Hey Any... Vamos, não podemos ficar aqui.


A voz de Chris, rapidamente, ficou assustada. Quis lhe perguntar o por que daquilo. Era só uma casa, oras. Não havia nada de assustador. Estava prestes a virar e confrontá-lo quando algo prendeu minha atenção.


Ao lado da casa, perto do portão, estava uma figura miúda de cabelos ruivos como brasa e muito longos. Caiam em ondas até quase o chão, já que estava abaixada colhendo algumas flores. De longe, me pareceram ser tulipas. Quando seu rosto virou em nossa direção senti meu corpo vibrar.


A menina, devia ser um pouco mais nova que eu, era muito branca o que fazia um contraste incrível com seus cabelos ruivos. Era miúda, quase se igualava as fadas que eu havia visto em histórias infantis. Quando seu olhar encontrou o meu, não pude evitar de sorrir. Ela retribuiu meu sorriso abertamente, mas logo sua expressão mudou para medo. Seus olhos se focaram na parte de trás da casa, alguém a chamava. Em um salto ela já estava em pé e corria para a parte de trás.


Não tive tempo para ver quem era já que Chris me arrastou para o outro lado da rua praguejando violentamente. Apoiou-me contra uma árvore e me fez olhar em seus olhos. Ele estava apavorado e, automaticamente, me fez ficar também.


– Nunca mais ouse passar ali Anahi, me entendeu? - ele estava praticamente aos berros, me encolhi com medo. - Não faça essa besteira consigo mesma.


O laranjinha agora me arrastava em direção ao final da rua onde havia um parque. Sua fisionomia era assustadora, não pude evitar de sentir medo daquela figura quase infantil a meia hora atrás.


– Que... Quem era ela? - gaguejei.


Christian suspirou fortemente, encarando o vazio enquanto ainda me arrastava pela rua.


- Dulce. - respondeu seco.


– Vo-você não gosta dela?


Uma risinho fraco escapou de seus lábios, parecia apreciar alguma piada interna, soltou meu braço mas ainda me prendeu a ele com o seu olhar.


– Não se deve gostar dos Herrera. - começou - Não é saudável nem mentalmente, nem fisicamente.


Caminhavamos, agora calmamente. Eu tentava entender exatamente o que havia acontecido minutos atrás. A menina, Dulce, não me parecia ameaçadora. Pelo contrário, era pequena demais para oferecer perigo a alguém. Ainda mais para um homem, como Christian.


Então a cena invadiu novamente minha mente. O sorriso aberto de Alice sendo tomado por sua expressão de terror quando alguém a chamou nos fundos da casa.


– Quem.. Quem a chamou aquela hora Christhian? - perguntei cautelosa, ele revirou os olhos - Foi o senhor Herrera?


– Você acredita em histórias de terror Any? - ele me perguntou divertido.


– Depende da história... - contra-ataquei. Riu me ajudando a atravessar a rua.


Olhei para frente me deparando com um chalé como todos os outros, mas escrito Os Perroni em sua porta. Haviam alguns carros em volta da casa e vozes escandalosas vindo de lá de dentro.


- Então você acreditaria se eu dissesse que temos um monstro morando no bairro?


 



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Autor(a): JanaTwint

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– Para Chris! Está me machucando… A risada da morena me fez rir também. Christian estava montado, totalmente, em cima do corpo escultural da amiga. Era um perfeito crianção, literalmente, não tinha tido infância. Mas Maite não parecia se incomodar. Seus olhos demonstravam que adorava toda aquela brincadeira, ele e ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 28



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  • hittenyy Postado em 25/10/2017 - 23:20:43

    Finalmente te achei hahaha vc não vai postar mais no Wattpad ?

  • mari_froes Postado em 04/11/2016 - 14:08:55

    Cadê??? Amo essa fic!

  • fersantos08 Postado em 24/10/2016 - 13:07:40

    Leitora nova :) adorei a sinopse..vou começar a ler!

  • nanda_silva Postado em 23/10/2016 - 23:53:07

    Continua sou leitora nova

  • beatris_ponny Postado em 18/10/2016 - 19:45:38

    Posta mais

  • beatris_ponny Postado em 18/10/2016 - 19:45:14

    Amando <3

  • Belle_ Postado em 17/10/2016 - 15:00:18

    socorro essa história é tão perfeita, vc escreve maravilhosamente bem jdjdjdjfjfjf cntt

  • mari_froes Postado em 17/10/2016 - 08:51:15

    Amando! Cada dia mais e mais!

  • mari_froes Postado em 15/10/2016 - 09:28:32

    Geeente... que babado! Posta maais!!!

  • day Postado em 15/10/2016 - 08:17:59

    Oi é a primeira vez que estou comentando Continua estou amando a história, me dói o coração ver o Alfonso sofrer assim .....


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