Fanfics Brasil - Capítulo 2 - Histórias de Terror O Estranho - O Perigo Mora ao Lado (AyA Fanfic)

Fanfic: O Estranho - O Perigo Mora ao Lado (AyA Fanfic) | Tema: Rebelde, Anahí, Poncho, RBD, Traumadas


Capítulo: Capítulo 2 - Histórias de Terror

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– Para Chris! Está me machucando…



A risada da morena me fez rir também. Christian estava montado, totalmente, em cima do corpo escultural da amiga. Era um perfeito crianção, literalmente, não tinha tido infância. Mas Maite não parecia se incomodar. Seus olhos demonstravam que adorava toda aquela brincadeira, ele era seu amigo, seu irmão. Desde a infância, como os mesmo disseram de início. A princípio achei que eram namorados por tanta intimidade, mas Christian era gay, o que também fez questão de me esclarecer antes que eu achasse que ele tinha algum interesse em mim. Não deixei de rir, na verdade não esperava encontrar algum amor ali…



Na mesma hora lembrei-me de Rodrigo, meus olhos foram ao chão.


Estávamos em cinco. Eu e Chris chegamos a casa dos Perroni logo depois de suas visitas terem chegado. Maite e seu irmão, super esquisito e fechado, Christopher. Além de Nina e Ian, um projeto de casal que, por algum motivo brigavam por qualquer motivo. Qualquer mesmo.



Não sei ao certo a quanto tempo estávamos naquela roda, jogando conversa fora. Depois do terceiro copo de whisky perdi a noção do tempo e, também, comecei a me sentir estranhamente confortável. Era divertido estar ali com aquelas pessoas, confesso. Christian e Ian eram completos bobões e, Maite e Nina desde o começo me mostraram que poderiam ser grandes amigas minhas.



E até Christopher, o esquisito no fundo da sala, parecia ser uma pessoa boa. Mas, mesmo assim, não conseguia deixar de estar perturbada. Os olhos de Dulce ainda dançavam em minha mente, me fazendo gemer.



– Ei, Bella? Você está bem?



Nina me tirou dos meus pensamentos com a sua voz… Alta. Chris me olhava de forma divertida.



– Minha piada foi tão ruim assim Any? Pela cara..



– Suas piadas sempre são péssimas, lindo. - Maite beijou a bochecha do laranjinha enquanto ele fazia biquinho, fazendo todos rirem.



- Poxa, magoou meu coração agora.



Todos riram novamente e não evitei em acompanhar. Pelo canto de olho pensei ter visto Christopher soltar um risinho baixo.



Mas os olhos assustados voltaram a me assombrar, como em um pedido silêncioso de socorro. Gemi levando minhas mãos a cabeça. Por que diabos aquela figura miúda estava me assombrando tanto?



– Hey Any, sério, você tá bem? Parece que vai vomitar... - a voz de Ian pareceu distante demais para eu alcançar - Chris, acho que é melhor levá-la para casa e…



– Não, eu estou legal. - interrompi encarando os seis pares de olhos - Só estou... impressionada. Eu acho.



Os olhos de Chris pareceram prender os meus por um longo tempo, limitou-se a revirar os olhos.



– Oh Any... Sério, você precisa superar isso. - gemeu colocando a mão no rosto.



– Superar o que? - todos disseram em uma só voz



Christian pareceu ponderar. Seus olhos se prenderam um pouco no rapaz afastado no fim da sala. Fez uma careta dando de ombros, se dando por vencido murmurou:



– Dulce Maria.



Não sei ao certo como aconteceu, mas em um único segundo Christian estava na minha frente, agarrado em meus braços, gritando para todos ouvirem.



– Dulce? Viu Dulce? Quando? ME DIGA!



Não consegui ter reação alguma. Ele me olhava totalmente transtornado, seus olhos pareciam que iam saltar do rosto pálido. Foi retirado a força de cima de meu corpo por Ian e Christian.



Ainda conseguia ouvir seus gritos quando o levaram para o andar de cima.



– Mas o que diabos... - murmurei.



Nina me olhava aterrorizada, como se eu tivesse acabado de cometer um crime gravíssimo. Desculpou-se em voz baixa e subiu atrás dos meninos. Éramos somente eu e a morena de expressão vazia. Comecei a pensar que os tal Herrera eram assassinos da pior espécie.



– Olha Maite, me desculpe. Eu…



Ela levantou as mãos em minha direção me pedindo silêncio. Murmurava coisas desconexas enquanto encarava o chão de madeira. Ficamos assim por um bom tempo, os gritos de Christopher ainda soavam em meus ouvidos me causando arrepios. Eram puramente gritos, nenhuma palavra. Parecia que estavam o torturando com brasa.



Os olhos da morena, finalmente, focaram nos meus. Pensei que me atacaria como o irmão fez, quando se levantou e caminhou em minha direção. Não evitei em soltar um longo suspiro de alívio quando ela se sentou em meu lado e passou o braço delicadamente por meus ombros.



– Perdoe Christopher. - começou - É... É muito difícil falarmos dos Herrera.



O sobrenome soou como um palavrão em sua boca.



– Eu... Eu não entendo. - balbuciei por fim - O que Dulce fez?



– Dulce? - ela riu amarga - Dulce é uma pobre coitada, não faria mal nem a uma mosca. Namorou Christopher por vários anos, acredita? Chegaram a noivar. O problema não é ela, pelo contrário. Só temos um problema nessa droga de bairro...



Maite encarava o vazio, parecia reviver algum momento em sua mente. Hesitei em perguntar algo, mas a curiosidade em saber a história da pequena Dulce foi bem maior.



– O senhor Herrera? - perguntei em fio de voz - Ele é o problema?



– O senhor Herrera deixou a cidade a muitos anos. - revirou os olhos como se fosse algo óbvio - Só moram duas pessoas naquela casa Any. A pobre Dulce e o monstro.



O monstro. Senti meu corpo vibrar com aquele pequeno adjetivo. Um monstro. Isso certamente explicaria a expressão apavorada de Dulce. Mas... Que tipo de monstro exatamente?



Não pude evitar de deixar minha mente viajar um pouco. Fui do lobo dos três porquinho até a incompreendida Fera de A Bella e a Fera. Por alguma razão, permaneci um pouco mais na figura do grande monstro taxado de sem coração por todos da aldeia. Ri de meu pensamento bobo e quis voltar minha atenção para Maite. Queria saber mais... Queria poder saciar a minha curiosidade pela história da pequena Dulce e seu... Monstro.



Marido, talvez? Quem sabe. Isso explicaria a reação de Ucker… Ciúmes? Inveja por o casamento não ter acontecido?



Mas Nina apareceu no alto da escada bem antes de que conseguisse perguntar algo mais. Sua expressão era cansada e os olhos preocupados.



– Acho que vamos precisar de você aqui, Mai. – praticamente sussurrou e voltou por onde viera.



– Oh Any, me perdoe, eu...



– Vá cuidar dele, Mai. – a interrompi já ficando em pé – Já está na minha hora também. Papai deve estar louco com tanta coisa para arrumar sozinho.



– Pelo menos espere eu chamar Chris, não pode ir embora sozinha....



– Não se preocupe, já decorei o caminho. – ri sem graça a abraçando totalmente sem jeito.



– Tem certeza? - perguntou incerta enquanto eu caminhava até a porta.



– Oh, por favor. Nenhum monstro vai me atacar no caminho.



Ela soltou um risinho fraco enquanto eu fechava a porta e me deparava com a rua escura. Estava tão focada em nossa pequena reunião que nem tinha percebido que já escurecera.



Papai realmente deveria estar louco.



Caminhei pela rua escura ignorando totalmente o frio. Passei por algumas casas onde algumas pessoas ainda conversavam. Ignorei os olhares. Minha mente vagava da pequena Dulce ao horrível “monstro” que deveria ter feito algo muito ruim para Christopher. Seus gritos ainda ecoavam na minha cabeça.



Tentei não olhar quando passei pela mansão Herrera, mas novamente o destino quis me pregar uma peça.


E daquelas.



Uma sombra, do lado da casa, me chamou a atenção. Foi para os fundos da casa, muito rápido por sinal. Hesitei. Poderia muito bem ser Dulce, eu poderia tentar conversar, saber o que aconteceu entre ela e Christopher…



Mas a figura de Maite totalmente enojada ao falar do monstro me fez parar.



E se fosse ele? E se me atacasse? A aquela hora certamente ninguém ouviria, muito menos iria me ajudar.



Um estrondo vindo do final da casa me fez pular. Pareceu que haviam quebrado algo de vidro, algo grande. Não respondi por mim quando meus pés começaram a ir na direção contrária a minha casa, indo diretamente para a toca do monstro.



Eu respirava com dificuldade e tentava não fazer barulho algum. Passei por pequenas árvores e um canteiro que deduzi ser um pequeno jardim. O barulho de vidro quebrando ficava cada vez mais alto, temi pelo o que poderia estar acontecendo com a pequena Dulce.



Depois de alguns passos me deparei com um galpão de madeira, aparentemente abandonado.  Sua porta estava aberta, teias emolduravam a entrada. Mas mesmo com a luz da lua não consegui ver nada do que tinha lá dentro. Dei mais alguns passos em direção a escuridão até entrar no enorme galpão.



O barulho parou.



Tentei enxergar algo no meio daquilo tudo, sem sucesso algum. Pensei em chamar por Dulce, mas aquela não me pareceu uma boa ideia. O ar era frio ali dentro, forcei minha vista tentando ver alguma coisa… Nada. Girei os calcanhares para o outro lado sentindo um vento passar rapidamente pelas minhas costas.



Alguém se movia. Não consegui respirar.



– Essa é uma propriedade privada.



A voz aveludada me fez pular, virei na tentativa de ver de quem era a voz. Mas a escuridão era demais, foi totalmente em vão.



– Du-Dulce? - perguntei meio boba. Não era uma mulher.



– Saia. – sibilou - Antes que eu chame a polícia.



A voz soou ameaçadora. Mesmo com medo, não consegui me mover. Minhas pernas não me obedeciam, petrificaram. Meu coração batia tão forte que chegava a me faltar o ar. Não tive tempo de rezar para não ter um ataque asmático ali mesmo.


Mas aquele meu estado certamente atiçou a fúria de meu companheiro, eu não me mexi então ele resolveu fazer isso por mim.


Brincando com a escuridão, senti duas mãos quentes me empurrarem pelas costas na direção da porta. Cambaleei, apoiando uma das mãos ao chão para evitar que o corpo inteiro caísse.



– Saia daqui! Saia daqui agora!



O homem, ou seja lá o que fosse aquilo, berrava lá de dentro. Apressei-me em me levantar da grama e sai correndo na rua em direção a minha casa, deixando a casa dos Herrera para tras.Confesso ter caído, uma ou duas vezes, no percurso. O medo juntamente com minha falta de coordenação, formaram uma dupla perigosa.Quando finalmente consegui chegar ao portão, quase chorei de emoção. Em um gesto desesperado o deixei aberto e corri para a porta. Quando virei-me para fechá-la vi a pior coisa da minha vida.



No outro lado da rua, me encarando, estava uma figura coberta por um manto negro. Não sei se foi pelo nervoso, ou seja lá o que tenha sido, senti minhas pernas bambas.



E aquela figura foi a última coisa que vi.   


 



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Autor(a): JanaTwint

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 28



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  • hittenyy Postado em 25/10/2017 - 23:20:43

    Finalmente te achei hahaha vc não vai postar mais no Wattpad ?

  • mari_froes Postado em 04/11/2016 - 14:08:55

    Cadê??? Amo essa fic!

  • fersantos08 Postado em 24/10/2016 - 13:07:40

    Leitora nova :) adorei a sinopse..vou começar a ler!

  • nanda_silva Postado em 23/10/2016 - 23:53:07

    Continua sou leitora nova

  • beatris_ponny Postado em 18/10/2016 - 19:45:38

    Posta mais

  • beatris_ponny Postado em 18/10/2016 - 19:45:14

    Amando <3

  • Belle_ Postado em 17/10/2016 - 15:00:18

    socorro essa história é tão perfeita, vc escreve maravilhosamente bem jdjdjdjfjfjf cntt

  • mari_froes Postado em 17/10/2016 - 08:51:15

    Amando! Cada dia mais e mais!

  • mari_froes Postado em 15/10/2016 - 09:28:32

    Geeente... que babado! Posta maais!!!

  • day Postado em 15/10/2016 - 08:17:59

    Oi é a primeira vez que estou comentando Continua estou amando a história, me dói o coração ver o Alfonso sofrer assim .....


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