Fanfic: Carol & Therese - Nossas Vidas em Madison Avenue | Tema: Carol
O encontro de olhares e sorrisos sutis entre Therese e Carol no restaurante Oak Room foi uma explosão silenciosa de amor selada entre as duas belas mulheres. Por mais uma vez Therese ficou hipnotizada pelos olhos da bela loira apenas sentindo o acelerar do seu coração ao saber que ela a amava. Carol não acreditava no que seus olhos estavam vendo, sua respiração ficou irregular, seu coração disparou e o sorriso se espalhou por seu rosto. Carol demorou para acenar e convida-la a se sentar junto com seus amigos, ela estava convencida de que não veria mais Therese após sua declaração de amor, Carol sabia que tinha machucado a confiança e o coração da jovem garota após ficar meses sem dar notícias.
Therese juntou-se a mesa ao lado de Carol e tentou se concentrar na conversa, mesmo não estando interessada. Um dos homens admirou a beleza da jovem o que fez Carol concordar com um belo, o que a fez a jovem ruborizar constrangida. Depois de longas conversas sobre móveis antigos e tendências da decoração, os amigos de Carol se despediram e ambas ficaram a sós na mesa.
- Obrigada! - Carol tocando a mão de Therese que estava descansando em sua perna e seus olhos brilhantes e apaixonados encontraram-se fixos nos olhos verdes da jovem.
Therese respira fundo - Não agradeça, apenas quero que dê certo, que seja real e sincero.
- Sempre foi – apertando sua mão.
Elas ficam em silêncio olhando uma para outra, Therese sente um impulso de beija-la ao descer os olhos para os lábios vermelhos de Carol, garçom quebra o silêncio ao perguntar se as senhoritas queriam mais alguma bebida.
- Não obrigada, já estamos de saída – Therese responde educadamente soltando a mão de Carol, pegando sua bolsa e casaco.
Ao saírem do restaurante, ambas caminham lado a lado em direção ao carro de Carol sem dizer uma única palavra.
- Então… – Carol abre a porta do passageiro e com um olhar de apreensão mantendo-se ao lado da porta aberta. Therese aperta sua bolsa olhando para Carol e para o banco do passageiro, depois de alguns instantes ela entra e Carol fecha a porta com um sorriso no rosto.
No caminho até o seu novo apartamento, as duas mulheres sentiam a tensão entre ambas percorrer seus corpos, era um misto de excitação, desejo, alegria e medo pois sabiam que o passo que estavam dando era impossível de mensurar, duas mulheres decidindo morar juntas como um casal. Carol delicadamente coloca sua mão no colo de Therese em busca de calma e de segurança, além de uma demonstração de afeto e pertencimento, ela queria mostrar que reaparecido para ficar e ela queria Therese, ela queria para sua vida.
Carol estaciona o carro e Therese fica em pé observando a fachada do belo prédio e lembrando do quanto é pequeno sua morada alugada recém reformada. O som dos saltos correm pelo corredor e o tilintar das chaves ao abrir a porta, Therese percebe o nervosismo de Carol ao ver que suas mãos tremiam ao abrir a porta.
-Por favor – Carol abre passagem para Therese entrar primeiro, ela caminha timidamente observando a grande sala com lareira, grandes janelas com, sofás e poltronas vitorianas e um belo carpete, algumas caixas de papelão com o nome de Carol.
Carol guarda seu casaco no closet da entrada apenas observando a jovem, ela se aproxima e coloca a mão no ombro de Therese apertando.
- Está tudo bem?
- Sim… Eu… Eu queria uma bebida - responde timidamente.
- Claro, fique a vontade para ver o restante do apartamento enquanto preparo algo.
Therese observa Carol na cozinha pegando gelo, a jovem caminha até o corredor e observa 4 portas, ela abre cada uma delas, um cômodo estava apenas vazio, outro com uma cama de solteiro e um guarda roupas para visitas, que provavelmente pertencerá a Rindy. Ela têm certeza de que Carol irá decora-lo para sua filha e fica alguns instantes com a mão na batente da porta refletindo sobre os meses sem notícias de Carol -O que aconteceu com você meu amor, espero do fundo do coração que esse seja o quarto definitivo de Ryndi- ao fechar a porta ela caminha para o outro cômodo. Uma grande suíte com uma bela cama de casal decorado com um papel de parede verde com pequenas flores brancas delicadas, tem poltronas, um belo guarda roupas para duas pessoa, luminária, uma pequena escrivaninha uma linda penteadeira com banco estofado, certamente o cômodo mais bem decorado apesar da mudança recente e Carol. Provavelmente ela fez isso imaginado que Therese viria morar com ela. O banheiro do corredor é mais simples do que o da suíte.
Ao voltar a sala Carol esta no sofá com as bebidas e um pouco de queijo, Carol segura o seu copo de centeio e pega a taça de vinho tinto entregando para Therese.
- Eu sei que você gosta de vinho. - Therese senta ao lado de Carol e levanta sua taça
Um brinde… – Therese não consegue expressar as palavras para completar o brinde, seus copos tilintam, elas degustam suas bebidas e Carol quebra o silêncio.
- Então, o que achou? - Therese coloca os dedos na boca enquanto degusta um pedaço de queijo ante de responder
- Oh, ele é realmente lindo e espaçoso, mas… eu não sei…
Qual o problema Therese? - Carol toma mais um gole de sua bebida e tem um olhar de preocupação.
- Eu não quero trazer problemas para você e para Rindy - ela dá um gole em sua bebida e diz um pouco melancólica - não sei exatamente o que aconteceu com você durantes esses meses, o que me causa angústias que trazem dúvidas se devemos dar um passo tão grande como compartilhar o mesmo espaço. Não que eu não deseje isso, mas…
Carol deixa o seu copo na mesinha do centro e pega a taça das mãos de Therese e colocando ao lado do seu copo, ela segura firmemente as duas mãos de Therese e olha em seus olhos profundamente com um olhar sereno.
- Você não me trouxe nenhum problema querida. Nada do que aconteceu é culpa sua e nada do que vir acontecer em relação eu e a minha filha será culpa sua… Como pode haver culpados quando o assunto é o amor? - Therese engole seco ao sentir seus braços sendo puxados para mais perto, ela sente o perfume que ela tanto ama misturado com cheiro da pele da loira - Eu não teria te proposto vir morar comigo se eu não tivesse certeza dos meus sentimentos, mas o fato da minha filha não estar no quarto neste momento, não tem nada a ver com você. Esta relacionado apenas a mim e ao tipo de mulher que sou e não posso mudar isso. Assim como o amor que sinto por você.
- Eu… Eu pensei que nunca mais iria te ver. Pensei que eu tivesse sido apenas uma aventura, uma mulher com quem você apenas se distraiu por um tempo. Mas quando você não respondia minhas ligações, eu imaginava que você estivesse sendo espionada ou maltratada Harge- Os olhos de Therese lacrimejam apertando as mãos de Carol.
- Oh querida! - Carol abraça Therese - Sim, ele estava fazendo tudo isso e muitas outras coisas - Carol junta as mãos de Therese e dá um beijo delicado - Eu sinto tanto, eu percebi que não conseguiria viver uma mentira por mais tempo, eu iria enlouquecer. E mesmo eu dando minha vida por Rindy, ela não teria uma mãe verdadeira em meio a tantas mentiras, cenários, sorrisos e falas decoradas em uma vida familiar totalmente falsa.
Therese acaricia a mão de Carol com o polegar
- Não seria justo com sua filha e nem com você.
- E nem com você meu anjo – Carol segura o rosto de Therese com as duas mãos e delicadamente oferece um beijo suave de conforto, o coração da jovem respira aliviado, sentindo uma leve excitação. Lentamente Carol desfaz o beijo com um sorriso trazendo segurança para a jovem, Carol pega seu copo de centeio vira em único gole ainda sorrindo se levanta para se servir de mais uma dose, Therese degusta o vinho com um sorriso e olha em volta e finalmente sente a paz que ela estava procurando por meses, fechando os olhos por alguns instante ela solta um suspiro e se levanta com um sorriso no rosto.
Carol a segue com os olhos enquanto mexe seu copo, Therese passa por ela e vai até o closet da entrada e guarda o seu simples casaco ao lado do belo casaco de pele de Carol. Ao voltar para a sala, ela tira os sapatos e pega sua taça de vinho caminhando na direção de Carol. As belas covinhas da jovem ficam salientes e Carol vira o rosto para o lado com um leve sorriso e um olhar brilhante, levanta o seu copo de Jim Beam e diz.
- É isso.
- A nossas vidas juntas – Elevando sua taça de vinho e ambas degustam suas bebidas sem tirar os olhos uma da outra e os sorrisos constantes em seus rostos.
Carol pega a taça da mão da jovem e descaçam os copos novamente na mesa, Carol se volta para jovem e ambas se olham por alguns instantes saboreando o momento a respiração e os batimentos dos dois corações se alteram com antecipação e Therese quebra o silêncio sentindo que seu peito iria explodir.
“Eu te amo!”
Depois de alguns instantes Therese agarra o rosto de Carol com as duas mãos e a beija com todo o seu amor, a loira agarra a cabeça da jovem por trás e com a outra mão aperta a cintura de Therese contra si - Sim! Deus obrigada! – O beijo é forte, ofegante, com dentes, língua e saliva de pura saudade e em meio a respiração ofegante e lábios inquietos Therese repete várias vezes.
- Te amo!… Te amo!… amo…
O beijo diminui o ritmo, Carol morde delicadamente o lábio inferior da jovem que geme e termina com um beijo suave, causando arrepios na jovem. Elas olham uma para outra tentando ler suas expressões de amor e desejo inevitável, a jovem tira um dos cachos dourados dos olhos de vidro que a perfura de desejo, Carol pega sua mão e dá um beijo leve na palma e guia a jovem para o quarto.
- Venha, vamos conferir a resistência da nossa nova cama.
Autor(a): therese_mara
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Mesmo que Carol e Therese tenham tido duas noites amor no filme, não me pareceu que Therese tenha tomado alguma iniciativa na cama devido sua timidez e insegurança, por essa razão resolvi escrever essa noite de amor após Oak Room. Boa Leitura :D Abril de 1953 – Sábado - 9:28 da manhã Os olhos de Carol se abrem devagar, ela ...
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