Fanfics Brasil - _ Fixação _ (DyC ¨ TERMINADA ¨

Fanfic: _ Fixação _ (DyC ¨ TERMINADA ¨


Capítulo: 19? Capítulo

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Às quatro da manhã, Dulce achou que ia chegar e que seu prédio estaria deserto. Ledo engano...


Se assustou ao sair do carro e ver que alguém gritava à plenos pulmões sobre sua varanda, enquanto o pobre porteiro tentava apaziguar a situação.


-Por favor, senhor, ela não está...


-Dulce Maria! -Christopher gritava.


Não era preciso ser muito esperto para ver que ele tinha bebido mais do que deveria.


Dulce fechou levemente os olhos, enquanto Poncho descia do carro com o cenho franzido e se aproximava para abraçá-la de lado.


O movimento chamou a atenção de Christopher, e antes de dar outro grito chamando por Dulce, ele virou-se. Comprimiu os olhos ao vê-la sendo abraçada por Poncho, que enfrentava o loiro com os olhos.


-Este é o famoso Christopher. -Alfonso disse para Dulce, mas não baixo o suficiente.


Christopher se aproximou. Mesmo bêbado, ele era sexy e controlado ao andar.


-Ainda bem que já ouviu falar de mim. -Respondeu a Poncho, coma voz arrastada.


Dulce mordeu a parte de dentro do lábio quando ele a encarou... Sim, isso tinha que acontecer para estragar sua noite. Agora estava entre o príncipe e o sapo... e ainda não havia decidido de qual dos dois gostava mais.


-O que veio fazer aqui? -Dulce perguntou, fria e impessoal.


Christopher a estudou de cima a baixo, ignorando Alfonso.


-Procurar você. Mas vejo que veio acompanhada. Eu não pensei que fosse tão rápida, Dulce. Você se recuperou muito rápido, contando com o estado que você ficou na última vez que nos vimos. -Disse com cinismo. -Veio com outro para não ficar tão sozinha durante o resto da noite?


A ofensa daquela frase era clara, e Dulce teve que segurar o braço de Poncho, ao ver que ele ficara nervoso com o comentário desagradável.


-Você está bêbado. -Poncho disse com frieza. Mas a frieza com que Christopher o olhou foi pior ainda. Dulce conhecia o loiro há anos... conhecia cada uma de suas reações... e tinha que admitir que quando Christopher queria humilhar alguém, com um olhar sequer, conseguia. -Vá para casa e deixe Dulce em paz. Ela não quer vê-lo por aqui.


-E quem é você para saber se ela não me quer aqui? É seu novo porta-voz, Dulce? -Perguntou com ironia.


-Não sou porta-voz, mas estou com ela. -Poncho disse, numa certeza que fez Christopher cerrar os olhos. -E se precisar, ela volta comigo, para dormir em minha casa e se livrar de presenças desagradáveis.


-Poncho... -Dulce murmurou, pressentindo a tensão. Christopher e Poncho se olhavam com visível animosidade, suas poses eram de dois animais machos prontos para se engalfinharem.


-Ela pode sair daqui hoje, mas eu volto no dia que bem entender para vê-la, e você não vai poder fazer nada quanto à isso. -Christopher disse na maior calma, como se comentasse sobre o tempo.


-Não percebe que ela não quer mais nada com você? -Poncho disse cruelmente.


-E você acha que ela quer com você? -Christopher debochou. -Não se engane. O que Dulce quer com você, é procurar proteção contra mim. Porque ela sabe que continua sentindo coisas que não quer. Do contrário, não precisaria correr para outro para me provar alguma coisa.


-Eu não quero e nem tenho que te provar nada! -Dulce gritou, abismada com tanta arrogância. -Estou com Poncho porque gosto dele e estou seguindo minha vida. Uma vida sem você. Não foi você mesmo que quis que eu fizesse isso, há tanto tempo? Porque agora tem tanto medo que eu o esqueça?


Christopher lhe olhou com frieza.


-Não tenho medo. Simplesmente não quero que isso aconteça.


-Está na hora de você começar a ver que não se pode manipular os sentimentos das pessoas para sempre. -Poncho disse, de repente, com raiva. -Talvez Dulce seja a primeira a lhe mostrar isso.


-Você não me conhece para falar do que não sabe. -Christopher respondeu começando a se irritar.


-Não preciso conhecê-lo para saber que foi um filho-da-puta com Dulce.


Aquilo foi a gota d`água. Num momento os dois estavam se olhando com ódio, no outro, estavam trocando socos e se empurrando.
Eram homens muito fortes e de extrema habilidade, por isso a briga era mais perigosa.


-Não! -Dulce se alarmou. Não queria que Christopher machucasse Poncho de maneira nenhuma... e por outro lado, tampouco queria que ele saísse muito machucado.


Gritou pelo porteiro, que veio correndo para tentar separar a briga, mas ele era um homem miúdo, totalmente sem condições de se meter entre Christopher e Poncho.
Dulce sabia que não podia entrar no meio dos dois no meio da pancadaria, pois se machucaria gravemente, então esperou que os dois se afastassem para tomar fôlego, em algum escasso segundo.
Quando aconteceu, ela correu e abraçou Christopher, colando o rosto em seu peito.


Ele, que estava se preparando para dar outro golpe em Poncho, se imobilizou... Poncho também estacou no meio do caminho de desferir um soco no rosto de Christopher.


-Não, chega! -Dulce disse contra o peito dele, sabendo que mesmo alterado pela bebida e com raiva, ele não arriscaria machucá-la. -Parem os dois.


Christopher ainda estava um pouco descontrolado. Dulce percebeu que ele hesitava entre avançar e ficar parado.


Levantou os olhos para capturar a atenção dele, que estava em Poncho.


-Chris... pare. -Pediu em seu peito, quando ele lhe olhou. Quando os olhares se encontraram, Dulce podia jurar que Christopher ficara um pouco mais ameno. -Eu estou pedindo. Faça isso por mim.


Christopher hesitou, com a respiração rasa e ofegante. Olhou mais uma vez para Poncho, como se decidisse o que faria... até que fez um som indistinto e se afastou de Dulce, dando as costas aos dois e indicando que desistia da briga.


Dulce aproveitou a brecha e correu para Poncho, segurando-o pelo braço e afastando-o dali.


-Poncho... chega. Por favor, vá pra casa.


-Mas Dulce. -Ele se indignou. Tinha um corte acima da sobrancelha, que pingava sangue, mas nada muito grave. -Eu não vou deixar você com ele.


-Eu sei me virar, Poncho. -Ela insistiu. -Não precisa se preocupar comigo. Christopher jamais faria algo contra mim... ao menos não fisicamente. -Suspirou. -Vá, por favor. Eu te ligo amanhã cedo e nos falamos.


Dulce teve que ficar mais um tempinho convencendo Poncho. Ele não queria ir e deixá-la sozinha com Christopher. No final, ele entrou no carro e disse que estaria de celular ligado caso ela ligasse.


Christopher estava sentado na entrada da portaria, quando Dulce apareceu. Seu lábio sangrava e manchava sua camisa. Ele levantou o rosto assim que a viu.


-Conseguiu o que queria. -Dulce disse sem emoção. -Satisfeito agora?


-Não. -Christopher respondeu duramente.


Ficaram em silêncio. Dulce encostou-se na parece da portaria, só agora sentindo como estava cansada e com as pernas doendo.
Viu que Christopher tocava à toda hora no lábio cortado, tentando estancar o sangue, sem sucesso.


-Posso perguntar uma coisa? -Ele disse, erguendo os olhos para ela.


Dulce apenas franziu a testa.


-Está andando com esse tal Poncho... para tentar provocar algo em mim? Um tipo de desafio doentio, para ver se consegue me provocar ciúmes? -Perguntou com desprezo.


-Eu não sou como você, Christopher. Não preciso deste tipo de desafios na minha vida, e não preciso arranjar alguém para tentar te atingir. Não é do meu feitio. Mas claro que sendo como você é... deve achar que todos são iguais a você. E não se conforma com a idéia de eu estar saindo com alguém por gostar dessa pessoa, e não para lhe atingir. -Dulce balançou a cabeça, rindo ironicamente.


-Então você está apaixonada por ele? -Christopher perguntou com brusquidão.


-Não ainda. -Dulce foi sincera. -Mas Poncho é uma pessoa que me cativou. É tudo o que eu sempre procurei num homem, e nunca achei. -Disse, numa indireta muda. -Eu gosto muito dele... acho que não vai ser muito difícil para que eu me apaixone de verdade.


Christopher ficou quieto, e Dulce soltou o ar fortemente ao ver como o sangue escorria por seus lábios.


-Vou buscar algo para limpar isto, e depois você vai embora, tudo bem?


Christopher não respondeu, e Dulce passou por ele, subindo as escadas até seu apartamento que ficava no primeiro andar.


Pegou rapidamente desinfetante, algodão, e outros curativos. Desceu e viu que Christopher não se movera.
Sentou no último degrau da escada, ao lado dele, mantendo uma distância segura. Molhou rapidamente o algodão no desinfetante, virou o rosto de Christopher para ela e começou a limpar o corte.
Ele a olhava de maneira perturbadora, os olhos felinos fixos nos de Dulce. Ela tentou fazer com que as mãos não tremessem, ignorando seus olhares.


-Porque está tremendo? -Christopher perguntou, calmo, fazendo uma careta em seguida, quando o algodão tocou bem em cima do corte.


-Frio. -Dulce mentiu, ainda agindo como uma profissional e usando toda sua atenção para cuidar do ferimento.


Alguns minutos mais, e a boca de Christopher estava limpa, sem sangue, e com o corte superficialmente fechado.
Dulce guardou as coisas na pequena sacola que levara, em silêncio.


-Quero ver você amanhã. -Ele disse.


-Christopher, eu acho melhor não.


-Porquê não? -Ele se virou para ela, ficando mais perto sem querer. -Isso tudo é medo? Medo de voltar a se entregar para mim?


-Não é medo. É apenas uma decisão que eu tomei. E você sabe. -Dulce levantou-se. -Vou chamar um táxi para você ir.


-Dul. -Christopher também levantou. Como eram raras as vezes que ele a chamava pelo apelido, Dulce lhe olhou. -Só um jantar. Só uma chance. Prometo que vou parar de insistir depois disso.


Eram raras, também, as vezes que Christopher pedia por algo daquela forma. Dulce hesitou.


-Você está bêbado... amanhã falamos sobre isso.


-O efeito da bebida já está mais leve, não estou tão bêbado. -Christopher se impacientou. -Diga que sim. Uma última vez. E eu paro de insistir.


-Bem... -Dulce se mexeu na escada, inquieta. -Tudo bem. -Disse por impulso. -Agora vou chamar seu táxi.


-Você é muito boa para mim. -Christopher deu um sorriso torto e sem emoção. -Mesmo sem eu merecer, às vezes. Você não devia ser assim.


-É, eu não deveria. -Dulce deu de ombros, antes de subir as escadas para fazer a ligação.


Dez minutos depois, o táxi parava na entrada do prédio. Christopher entrou e sussurrou para Dulce, que observava há alguns metros:


-Amanhã nos vemos.


E partiu.


 



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Autor(a): babyblack

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Dulce acordou no dia seguinte, com alguém ligando em seu celular. Sentou-se na cama e viu no visor que era Poncho. -Oi. -Atendeu, delicada. -Está tudo bem? -Poncho perguntou, sem rodeios, indicando que a lembrança da noite anterior ainda estava bem viva. -Como foi? Fiquei preocupado, Dulce. -Não precisava. Eu falei que ia ficar bem, Poncho. -O ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1547



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  • anne_mx Postado em 30/11/2020 - 15:04:13

    Se for pra ser sincera essa foi a fanfic mais abusiva que eu li, porém, foi a mais verdadeira em questão do que ocorre entre o casal principal, na vida real, Deus me livre conhecer um casal que viva assim! <3

  • stellabarcelos Postado em 12/12/2015 - 11:39:29

    Amei! Lindos! Continuaaa

  • rebeca_vondy Postado em 09/01/2012 - 17:43:51

    Eu amei a web! Tem 2 temporada?

  • rebeca_vondy Postado em 09/01/2012 - 17:43:50

    Eu amei a web! Tem 2 temporada?

  • mconde Postado em 01/05/2010 - 16:11:22

    muito linda sua web *-* amei *--*

  • rubelde Postado em 09/03/2010 - 21:34:00

    OMG' Eu AMEI o final, quase chorei te juro... Ain amr essa foi uma das melhores Web's que eu jah li. Aprendi tanta coisa com ela
    Beijo
    Rubelde

  • rubelde Postado em 09/03/2010 - 21:33:53

    OMG' Eu AMEI o final, quase chorei te juro... Ain amr essa foi uma das melhores Web's que eu jah li. Aprendi tanta coisa com ela
    Beijo
    Rubelde

  • rubelde Postado em 09/03/2010 - 21:33:48

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    Beijo
    Rubelde

  • rubelde Postado em 09/03/2010 - 21:33:43

    OMG' Eu AMEI o final, quase chorei te juro... Ain amr essa foi uma das melhores Web's que eu jah li. Aprendi tanta coisa com ela
    Beijo
    Rubelde

  • rubelde Postado em 09/03/2010 - 21:33:34

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    Beijo
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