Fanfic: _ Fixação _ (DyC ¨ TERMINADA ¨

-Isso não é justo! Odeio quando você faz suspense nessas coisas. -Replicou, divertida, enquanto Christopher a conduzia de volta ao carro.

Passava da meia-noite. Dulce rira a noite inteira, divertira-se com Christopher como nunca mais tinham feito... naquela noite ele parecia o mesmo do primeiro ano em que haviam ficado juntos. Dos primeiros encontros. Divertido, carismático, embora aquele ar de mistério nunca o abandonasse.
Mas era aquele Christopher que Dulce amara. Não o possessivo e arrogante homem que se tornara com o tempo.

-É surpresa, já falei. -Christopher replicou, após dar partida no carro. -Quero te levar num lugar especial.

-Humm. -Dulce fez uma careta engraçada. -Jantar especial... lugar especial... Onde você escondeu Christopher Uckermann? Pode ser sincero.

Ele riu levemente. Já fazia tanto tempo que Dulce não o via rir espontaneamente para ela, que não evitou ficar olhando-o com um sorriso.

-Espero que o Uckermann dos últimos anos fique escondido por algum tempo. Estou tentando trazer o antigo de volta.

Dulce sentiu pequenos furacões no estômago e mordeu o lábio.

-Espero que consiga. -Respondeu.

Christopher a olhou, e mesmo no escuro do carro, Dulce viu que os olhos felinos brilharam.

-Você tem muito mais poder sobre isso do que pensa, Dulce.

Ficaram em silêncio o resto da viagem. Quando começaram a se aproximar de um vale que dava para um penhasco acima do mar, Christopher diminuiu a velocidade.
Parou o carro a dois metros da ponta, e convidou Dulce a descer. O vento morno da maresia agitou os cabelos ruivos assim que ela saiu do carro, fazendo os cachos voarem ao redor do rosto.

-Uau. -Ela murmurou, chegando mais para frente para ter a visão do mar refletido pela enorme lua cheia.

-É aqui. -Christopher chegou por trás dela, arrepiando-a. -Eu costumava vir muito aqui quando era adolescente. Sentava mais ou menos a um metro desta ponta, sentindo o vento no rosto e olhando para as ondas durante o pôr-do-sol. Era como se fosse um lugar secreto. Ficar aqui por mais de uma hora olhando a paisagem faz você esquecer do mundo. Parece que só existe você na terra.

-É uma maravilha. -Dulce assentiu, olhando fixamente para o mar, achando fascinante que um homem como Christopher, que ela nunca pensou ser capaz de apreciar aquelas coisas simples, tivesse um lugar secreto como aquele.

-Acho que você é a única pessoa que conheceu este lugar, depois de mim. -Ele murmurou, abraçando-a por trás e colando o corpo forte nas costas dela. O corpo dele emanava calor, e a mistura com o frio da maresia fez Dulce estremecer. -Essas bandas não são muito conhecidas. Principalmente por não ter nenhuma estrada que dê para cá, você percebeu que eu vim cortando os caminhos, não? Em todas as vezes que eu vim, não vi nenhum sinal de carros ou pessoas.

-Então é realmente deserto? -Dulce engoliu em seco. -Estamos completamente sozinhos... eu, você e a lua? -Brincou.

-Completamente. -Ele disse em sua orelha. -O lugar é só nosso.

O arrepio que percorreu Dulce foi inevitável. Estremeceu-se contra Christopher, e ele a apertou mais nos braços, rindo levemente.

-Não se preocupe, doce. Não vou atacar você.

-Não tenho medo de você. -Ela não quis encará-lo. -Tenho medo de mim mesma.

-E isso porquê? -Ele sussurrou em seu pescoço.

-Porque sempre que me permito confiar e criar sentimentos em relação às pessoas, acabo me machucando. Sempre acabam me decepcionando.

-Então talvez devesse começar a ser como eu, Dulce. Não espere demais das pessoas. Não espere nada. Apenas viva os momentos.

-Estou começando a aprender.

-Ótimo. -E sem mais, Christopher virou o rosto de Dulce para ele com certa brutalidade, segurando-a pelo maxilar, e a beijou.

O beijo foi tão apaixonado, que Dulce soltou um gemido e segurou no braço do loiro, procurando certo equilíbrio.
A língua dele violentou sua boca de maneira faminta. Dulce começou a ofegar enquanto sentia as investidas do quadril de Christopher em suas nádegas.
A mão forte desceu do maxilar delicado de Dulce para pousar no pescoço, sentindo a pulsação acelerada.
Com o outro braço, ele virou Dulce para ele. As bocas se separaram levemente, e Dulce aproveitou para afastar-se alguns centímetros. Christopher a olhava com um desejo infinito, e ela sorriu. Começou a desabotoar a camisa, olhando-o nos olhos.

Quando ficou de sutiã, jogou a camisa no chão e Christopher aproximou-se numa pernada. Tentou abrir o fecho que ficava na frente do sutiã, e quando não conseguiu, rasgou-o com impaciência. Os seios de Dulce apareceram. Cheios, macios e com os pequenos mamilos rosados enrijecidos.
Christopher apertou-lhe os seios com voracidade, voltando a beijar Dulce com volúpia. Ela apertou-se contra ele, descendo as mãos pelos botões da camisa masculina e desabotoando-a com rapidez. Christopher livrou-se da camisa sem desgrudar os lábios de Dulce.
A ruiva passou a mão pelas costas musculosas e desceu até chegar nas duras nádegas de Christopher, apertando-as. Ele passou a beijar-lhe o pescoço sensível, passando as mãos pela curva da cintura e quadril da jovem.

-Você me quer, Dulce? -Sussurrou.

-Quero. -Ela respondeu ofegante.

Christopher ficou de joelhos, beijando toda a extensão da barriga macia dela. Enfiou as duas mãos por baixo da saia, sentindo o traseiro empinado de Dulce e levantando o pano. Tornou a baixar a saia, e arrancou a calcinha de Dulce com um só puxão.

Ela teve que segurar-se nos ombros largos dele para não fraquejar.

-O que você quer de mim, e aonde, doce? -Christopher lhe mandou um sorriso safado, torturando Dulce enquanto fazia círculos na parte interna de suas coxas. -Quer meus dedos, minha língua ou meu membro?

-Quero... tudo. -Dulce sussurrou, afastando ligeiramente as pernas num convite silencioso.

-Aonde? -Ele pressionou, beijando-a na coxa. -Aqui? -Encontrou a feminilidade molhada de Dulce e passou um dedo pela entrada. -Ou aqui, quem sabe? -O outro dedo encontrou o fechado ânus, e Dulce contraiu o músculo, tendo sentido um estranho prazer ao ter o dedo de Christopher tocando-a ali. -Quero você de todas as formas possíveis, Dulce.

-Então venha me ter. -Ela o desafiou.

Christopher puxou-a para seu colo. Dulce não teve opção a não ser encaixar-se na frente dele, com uma perna de cada lado. Sua intimidade desnuda tocando na calça ainda fechada de Christopher.

-Como eu te desejo, Dulce. -Ele disse, lambendo a clavícula da ruiva até chegar ao pescoço. -Você tem alguma coisa... alguma coisa que me atrai desde a primeira vez. Alguma coisa que me faz possessivo, querer que você seja só minha.

-E você tem alguma coisa que me vicia e me faz cair sempre nas mesmas armadilhas. -Dulce murmurou, mordendo o ombro dele. -Mas já aceitei que é inevitável.

Christopher lhe mordeu um seio enquanto abria a própria calça. Sem mais delongas, a penetrou. Dulce gemeu e jogou a cabeça para trás, sentindo aquela anatomia preenche-la profundamente. Arranhou as costas dele com as unhas, enquanto começavam a se mover.

Christopher deitou Dulce de costas e foi para cima da ruiva, apertando-lhe os quadris com a saia dela levantada.

-Vê como somos perfeitos, Dulce. -Disse suavemente, olhando para onde ambos os corpos de uniam, entrando e saindo dela devagar e profundamente.

Dulce olhou para a mesma direção, ofegante. A visão só a fazia excitar-se mais.
Não demorou para que chegasse aos picos de prazer. Christopher teve os seus em seguida. Até que deitou ao lado de Dulce, ambos suados, deitando-a em seu peito.

Dulce ficou entorpecida pelos minutos seguintes, encarando o céu e observando as estrelas acima deles... sentindo o coração acelerado de Christopher em seu ouvido, satisfeita.

-Senti falta disso. -A voz grossa dele veio, e Dulce olhou para o perfil de Christopher. -Eu e você.

-Também senti. -Ela admitiu fracamente. -Só parece certo quando é com você.

-Você é minha. Jamais vai parecer certo fazer sexo com ninguém mais. -Ele disse duramente, estreitando-a mais contra seu peito. -Assim como eu não desejo nenhuma outra mulher como desejo você. Pertencemos um ao outro, Dulce. Você me aceitando exatamente como eu sou...

-Frio e calculista? -Dulce sussurrou, olhando-o.

Christopher baixou o olhar para ela, ficando quieto por alguns instantes.

-Não com você.

-Você tenta ser comigo. -Ela acusou.

-Tento. E sempre falho. Mas você gosta de mim como eu sou, do contrário já teria deixado de me querer. -Ele murmurou.

-Não consigo deixar de querer você. -Dulce colocou a pequena mão na barriga malhada de Christopher, e ele colocou a própria mão em cima da dela. -Nos seus momentos mais obscuros... nos seus pensamentos mais maldosos... nas suas atitudes mais egoístas. Eu ainda te amo.

A respiração dele ficou presa, e Dulce aconchegou-se mais a ele.

-Uma mulher como você não deveria amar um cafajeste como eu. Alguém que só te machuca e não consegue te tratar como você merece.

-Também acho. -Ela concordou, sonolenta.

Ele riu pelas narinas.

-Mas se serve de algo...quero que saiba que quando tento magoar você, é um jeito covarde de não assumir o que eu mesmo sinto. Tenho que parar com isso. Cada besteira que eu vier a fazer, pode ter a certeza de que para o bem ou para o mau você vai estar na minha cabeça. Você é meu doce vício, Dulce.

-Vou tentar me lembrar disto na sua próxima mancada.

Christopher começou a acaricia-la.

-Quero você novamente. -Murmurou.

-Incansável hoje? -Dulce abriu os olhos, já desperta com os carinhos dele.

-Com você, sempre. -Christopher beijou-a com desejo. -Vou te fazer minha de todas as maneiras e posições durante esta madrugada, para mostrar o que eu não sei dizer em palavras. Para mostrar o quanto eu te quero e preciso de você, amor.

Dulce pestanejou ao ouvir a última palavra. O coração acelerou, e foi então que percebeu que seu relacionamento com Christopher não era mais o mesmo. Algo estava diferente. E algo lhe dizia que permaneceria diferente.
Sentia que amava-o com mais força agora... seria possível o mesmo estar acontecendo com ele?