Fanfic: love & other drugs | Tema: rebelde, ponny, anahi, poncho, anahi e poncho

Anahi foi a primeira a acordar no dia seguinte, o silencio normal no apartamento a fez ter certeza que Alfonso ainda não tinha acordado. Como será que ele acordaria? Será que assustado sem se lembrar de nada da noite anterior ou envergonhado? Estava curiosa.

Ela saiu do seu quarto e se deparou com ele no sofá. Que visão. Ele ainda dormia profundamente, o lençol o cobria da cintura pra baixo, a blusa social mais aberta do que ela tinha deixado na noite passada, e sol que entrava pela janela o iluminava dando um brilho a mais a cena. Alfonso era incrível.

Anahi se pôs a andar para a cozinha, fazer o café da manhã com as poucas coisas que tinha em sua geladeira. Preparou um café preto o suficiente para ambos e fez ovos mexidos, ainda tinha alguns pães que Christian lhe trouxe no dia anterior, ainda devia servir.

Alfonso acordou com uma ferrada dor de cabeça, abriu os olhos lentamente para escapar da luz solar, ele primeiramente olhou em sua volta, tentando reconhecer o lugar, o que só logrou êxito após alguns minutos.

Tudo veio na sua cabeça como um filme: Os papeis do seu divórcio finalmente haviam chegado, ele havia dirigido sem rumo até encontrar um bar, teve algumas dose de whisky e... Anahi.

Alfonso escutou barulho de louça na cozinha e tomou coragem para se levantar, indo até a direção do som.

- Bom dia – A voz rouca de Alfonso pegou Anahi desprevenida. Ela nunca tinha tomado café da manhã com um homem antes nesse apartamento, a maioria ia embora após transar. O que definitivamente não era nada igual o que estava acontecendo ali.

- Bom dia, você me assustou – Ela se virou e o entregou uma xícara cheia de café quente.

- Desculpe, não foi minha intenção – Alfonso também estava um pouco sem graça, aquela situação era estranha para ele.

- Eu sei – Anahi sorriu – Bom, sente – Ela apontou para a mesma – Não tinha muita coisa, mas tem pão então fiz ovo, não sei se você gosta.

- Eu gosto, obrigado – Ele lhe agradeceu.

A verdade era que Anahi não imaginava que aquele homem comia normalmente pão com ovo no café da manhã, com certeza seria algo mais chique, mais farto, mais aos pés dele.

- Você canta bem – Alfonso falou minutos mais tarde – Era pra eu ter falado isso ontem à noite, mas...

- Mas você estava louco de bêbado – Anahi complementou a fala dele, sorrindo levemente. Ela fazia muito isso perto dele, ela constatou com certa melancolia.

- Bom, isso mesmo – Ele concordou sorrindo – Mas é verdade, você tem uma das vozes mais lindas que já ouvi. Você já pensou em ser cantora profissional? – Alfonso perguntou curioso, ela com certeza se daria bem com o talento que tinha.

- Sim, meu sonho era poder frequentar uma faculdade de música - Anahi suspirou pesadamente, esse sonho parecia ter morrido há mil anos atrás.

- E porque não deu certo?

- A vida no geral não deu muito certo pra mim – Anahi ficou séria de repente e Alfonso entendeu que tinha dito algo errado.

- Desculpa, eu não deveria ter me intrometido – Ele segurou a mão dela que estava em cima da mesa, apertando de leve no intuito de oferecer conforto, e logo a soltou – Ei, não fique triste. Não é tarde, sabe? Você é nova ainda, ainda tem muito que viver. Não é como eu, trinta e dois anos na costa e um casamento fracassado.

- Ah, então foi esse o motivo da bebedeira de ontem à noite? – Anahi tentou brincar, o clima tinha ficado pesado de repente.

- Acertou em cheio – Ambos riram, ficando em silencio depois.

O silencio foi interrompido com o toque do celular de Alfonso que tocava estridente dentro do terno dele jogado na sala de estar.

- Herrera, cadê você? – era seu sócio Christopher Uckermann – Você esqueceu a reunião de hoje? – O sócio falou desconfiado, não era do feitio de Alfonso esquecer algo dessa importância.

- Caralho, esqueci mesmo Uckermann, eu não tenho como chegar agora, mais uns quarenta e cinco minutos pelo menos – Alfonso perguntou onde ficava o banheiro apenas movimentando os lábios sem sair som e Anahi o levou até lá – Tenta atrasar a reunião alguns minutos, já estou indo.

Alfonso entrou no banheiro para tentar dar um jeito em sua aparência, não teria tempo pra passar em sua casa então tinha que fazer o que pudesse com as opções que tinha ali. Ele lavou o rosto agradecendo aos céus por não estar de ressaca, encontrou um enxaguante bucal que daria um jeito no fedor do álcool, ajeitou a blusa social e estava pronto. Não estava cem por cento, mas teria que servir.

Anahi o esperava sentada no sofá, vendo qualquer canal aleatório na TV.

- Você não quer tomar um banho? – A morena perguntou.

- Não, não tenho tempo, mas obrigada – Alfonso disse isso já indo para a porta.

- Tudo bem, Alfonso, foi bom te conhecer – Ela disse destrancando a porta. Não queria que ele fosse embora, tinha gostado da companhia dele.

- Obrigado por tudo, Anahi, não sei nem o que podia ter acontecido comigo se não fosse por você – Ele falou com sinceridade.

- Nos vemos por ai – Anahi gritou quando ele começou a descer as escadas.

- Sim, nos vemos – Alfonso acenou antes de se virar e continuar seu caminho.