Fanfic: love & other drugs | Tema: rebelde, ponny, anahi, poncho, anahi e poncho

Era por volta de meio dia e quinze quando Alfonso entrou no pequeno e aconchegante restaurante italiano que ficava perto do seu escritório. O garçom o levou até a mesa onde Sophia já o esperava.

Alfonso antes de chegar à mesa absorveu de longe a imagem da ex-mulher. Sophia era bonita, os seus longos cabelos ruivos naturais estavam maior do que Alfonso se lembrava. O corpo esguio e magro se levantou para cumprimentá-lo com dois beijinhos quando percebeu que ele se aproximava.

Sophia parecia levemente nervosa, Alfonso notou. Também percebeu que ela tentava não aparentar estar desconfortável. Apesar do casamento não ter durado muito, foram anos de namoro, mais alguns anos de noivado. Ele a conhecia bem, bem o suficiente pra saber que algo lhe estava incomodando.

- Você já pediu alguma coisa? - Ele perguntou assim que se sentaram.

- Só uma salada - Alfonso acenou com a cabeça e chamou o garçom para escolher o que gostaria de comer.

Alfonso decidiu ir direito ao assunto - Sobre o que você queria conversar? - O nervosismo dela se tornou visível agora.

- Melhor falarmos depois do almoço - Sophia sorriu tensa e Alfonso a encarou, estudando-a.

- Tudo bem - Ele concordou depois de alguns segundos.

O almoço transcorreu praticamente em silêncio por ambas as partes, tendo apenas alguns comentários apreciativos para a comida. Era engraçado pensar que um dia você tem a intenção de passar o resto da sua vida com alguém e no outro não conseguir nem manter uma conversa com ela.

Terminando, Sophia limpou levemente o canto da boca com o lenço que estava no seu colo durante a refeição e olhou para Alfonso, que já tinha acabado e estava apenas esperando por ela.

Sophia suspirou e decidiu falar logo o que tinha ido fazer ali. Não podia enrolar mais: - Estou grávida, Alfonso.

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Anahi entrou sem bater no apartamento de Christian, como de costume. Ela tinha uma chave extra, que tinha sido dado para ela em caso de alguma emergência.

- Vou tirar essa chave de você – Christian ameaçou, gritando da cozinha.

- Você sempre fala isso, mas nunca tira – Ela disse entrando no cômodo onde o amigo estava e se sentou ao lado de Christian e de Martin na mesa onde tomavam café da manhã – Se acostume, é bem melhor – Ela desdenhou. Anahi pegou um pão quentinho, saído do forno e comeu tomando seu café puro, como gostava.

- Já estou indo pro hospital – Martin passou ao lado do marido, lhe dando um selinho de despedida – Volto mais cedo pra casa hoje porque temos a festa, não se atrase, por favor – Ele se virou dando um beijo na testa de Anahi - Tchau, An. Se comportem as duas crianças.

- Bye – Christian e Anahi disseram em uníssono. Christian bufou.

Martin era latino, mas morava nos Estados Unidos a muitos anos, tinha a pele morena e os cabelos negros, conheceu Christian quando eram adolescentes na faculdade e se apaixonaram desde o inicio, era um homem bom.

Anahi gostava dele. Martin fazia Christian feliz e concordava com todas suas vontades, mesmo quando não devia. Mas desde que conseguiu a promoção no hospital em que trabalha, se tornando cirurgião chefe, começou há passar mais tempo no trabalho do que em casa, deixando Christian um pouco chateado com a situação.

- Que festa? – Anahi perguntou assim que Martin saiu.

- Aquela do hospital que tem todos os anos. Você poderia ir com a gente – Christian sugeriu feliz, todo ano tentava levá-la, achava essa festa um verdadeiro saco, mas precisava ir, e nada melhor do que arrastar a melhor amiga junto.

- Ah não, sem clima pra festa hoje – Ela disse desanimada – E também é o dia em que mais faturo no bar – Completou. Sábado sempre lotava o bar de Christian, e já que no acordo feito entre os dois, o cover artístico era cem por cento dela nos dias em que cantava, sendo totalmente justo já que a maioria que ia ali era apenas para ouvi-la cantar.

- Ele ainda não ligou, hun? – Christian segurou a mão dela, fazendo carinho ali.

- Já faz mais de uma semana, Christian – Anahi suspirou. Depois daquele dia em que Alfonso ficou de ligar, ela nunca mais tinha visto ou falado com ele.

Lembrava-se de que no dia seguinte do encontro inesperado com Alfonso na estação, ela veio toda feliz contar sobre o acontecido para Christian, comentando sobre ter finalmente achado um homem diferente, um que valesse a pena.

- Talvez tenha acontecido algo – Christian sugeriu, tentando fazer com que a amiga não desistisse ainda.

- Pode ser...

- Vamos pra festa hoje comigo, Any – Christian tentou mais uma vez, agora na intenção de animá-la – Quinta feira você vai cantar naquele casamento e ganhar uma fortuna que eu sei – Anahi também cantava em alguns eventos, não tinha feito muitos, mas a maioria eram casamentos – Você pode vestir aquele vestido ma-ra-vi-lho-so que você comprou no mês passado e ainda não teve oportunidade de usar. Vamos, por favor.

- Vou pensar no seu caso, José – Anahi o chamou pelo primeiro nome sabendo que ele não gostava.

- Ta bom, Giovanna – Christian rebateu a provocação na mesma moeda.

Anahi se despediu de Christian e foi até seu apartamento, trocou de roupa, colocando uma de corrida e foi fazer uma caminhada para espairecer, após andar alguns quilômetros foi até uma praça, sentando de baixo de uma árvore. Várias famílias e alguns casais estavam por ali, brincando, namorando, aproveitando o dia. 

Todos eles tinham alguém, alguém que os esperassem voltar pra casa, alguém que os apoiassem quando chegassem cansado depois de um dia árduo no trabalho, alguém com quem dividir as incertezas e as dores nas costas. Anahi queria aquilo, ou melhor, ela precisava. Sua mãe fora levada muito cedo por uma doença perversa e seu pai se perdeu depois daquilo, se afundando em bebida e jogos de azar, nunca sendo o pai que Anahi precisava. Christian a ajudava, mas ele tinha sua própria família para cuidar, ainda mais se desse certo o tramite de adoção em que ele e Martin haviam se inscrito.

A verdade era que ela era sozinha, solitária. Christian sabia muito sobre ela, mais do que qualquer outra pessoa, mas nem mesmo ele tinha conseguido entrar o suficiente para saber de seus segredos mais profundos, pra saber o motivo da fuga dela de sua cidade natal. Ela não se sentia pronta para dividir, mas gostaria de que quando se sentisse, tivesse alguém ao lado dela. 

Anahi realmente pensou que essa pessoa poderia ser Alfonso.