Fanfic: My psycho neighbor | Tema: American Horror Story

 1993

"With the lights out, it's less dangerous

Here we are now, entertain us

I feel stupid and contagious

Here we are now, entertain us"

E lá estava eu escutando essa música pela milésima vez.A  escolha da música se deu por eu gostar muito de Nirvana, sem contar que a banda estava fazendo um sucesso enorme e qualquer adolescente dos anos 90 que se preze havia escutado ao menos uma música da banda, no meu caso quase todas.

- Mais uma vez Nirvana filha? Dá pra pelo menos abaixar um pouco o som desse negocio porque daqui a pouco você vai ficar surda - disse minha mãe que pra falar a verdade não gostava nem um pouco do meu estilo musical.

- Mãe esse negocio se chama discman, você não sabe porque no seu tempo não tinha esses eletrônicos. E Nirvana mais uma vez sim porque eu gosto - a respondi um pouco irritada.

- Violet não fale assim com sua mãe, ela só fez um comentário - bem típico do meu pai isso,concordar com minha mãe sempre. Principalmente depois do belo chifre que ele colocou nela e agora tenta "recuperá-la" de todas as forças possíveis.

- Apenas me deixem em paz ok?! - disse em logo em seguida aumentei o volume do meu eletrônico no máximo para não ter que escutar nenhum dos dois novamente.

Qualquer um que ver minha vida de fora acha que sou apenas mais uma garotinha rebelde que não dá valor ao pais e a vida "maravilhosa" que possui. Mas a realidade nem sempre é como pensamos. Eu não tenho um relacionamento bom com meus pais porque eles sempre estão ausentes e quando ficam em casa eu os evito o máximo pra não ter que ficar escutando suas discussões. Toda essa baboseira me cansa, as vezes eu só queria alguém que me entendesse e não me julga-se assim como a grande  maioria faz.

...

Passado uns 20 minutos finalmente chegamos a tão esperada casa, ou não. A casa não era feia mas parecia que havia sido construída a muito tempo atrás, o que logo foi confirmado pela Marcy,a corretora que nos explicou toda a história da casa que não era a das melhores, afinal a única coisa que saia da boca de Marcy eram as palavras "assassinato" e "suicídio". Pelo o que ela contou os únicos que ainda permaneceram vivos foram os ex moradores da casa mas soube que um dos filhos deles morreram na casa, bem trágico.

- Tem certeza que quer se mudar pra cá Ben? Não fica desconfortável com essas histórias? - questionou minha mãe a meu pai.

- Fico um pouco Vivien mas a casa é ótima, assim como o seu preço. Não acha que podemos esquecer o passado da casa e morar aqui? - perguntou meu pai.

- Deixa de ser medrosa mãe, aliás, fantasmas não existem. Ou você nessa idade ainda acredita neles? - disse debochada.

- Claro que não Violet - disse ela - e já que gostou tanto da casa pelo o que pude perceber, vamos ficar com ela então.

- Até que enfim alguém vai me deixar escolher algo.

- Tudo pra agradar minha querida filha. - disse minha mãe.

- Ah claro - debochei de seu comentário.

...

Três dias haviam se passado desde a compra da casa e os móveis já haviam chegado e a casa estava praticamente quase toda pronta. Ainda tinha que terminar de arrumar meu quarto mas a preguiça me consumia então decidi ir na cozinha primeiro comer algo. Assim que estava subindo as escadas escutei a campainha tocar e quando ia descer as escadas novamente para atender a porta vi que minha mãe já estava a abrindo então apenas dei meia volta e fui em direção ao meu quarto. Mas antes de subir completamente as escadas pude escutar a conversa de minha mãe com a pessoa à porta.

- Olá sou a Constance sua vizinha, vim apenas dar as boas vindas. Não vim antes pois achei que estaria ocupada com a arrumação dos móveis. - disse uma voz feminina.

    Bom, isso foi tudo que escutei antes de me distanciar o suficiente para não conseguir mais escutá-las. Entrei em meu quarto e comecei a tirar minhas roupas das malas e colocá-las em meu guarda roupa.Passei em torno de 20 minutos fazendo isso, afinal não tinha tantas roupas assim.

    Após terminar de arrumas as roupas decidi arrumar meu CDs, só tive tempo de colocar o cd da Nirvana pra tocar e logo em seguida escutei batidas na porta.

- Pois não? - disse abrindo a porta e dando de cara com minha mãe e uma menina que aparentava ser um pouco mais nova que eu.

- Oi filha, essa aqui é a Adelaide filha da nossa vizinha.- disse Vivien me apresentando a garota.

- È um prazer conhecê-la - disse Adelaide me cumprimentando e eu logo a cumprimentei de volta.

- Por que não fica um pouco aqui com Violet? Assim que sua mãe estiver indo eu venho te chamar - disse minha mãe a Adelaide.

- Não vou te incomodar ? - Perguntou Adelaide.

- Claro que não. Pode entrar - disse abrindo mais a porta e a dando passagem para adentrar ao quarto. A verdade é que eu preferiria ficar sozinha mas qual é? eu ainda tenho educação,pelo menos isso, e não iria mandar a menina ir embora.

- Pode ficar a vontade, porque não se senta na cama que é mais confortável?! - disse a ela.

- Claro, obrigada - disse e logo se sentou na cama.

Me sentei no chão e comecei a organizar meus CDs pra logo depois os colocá-los nas prateleiras e enquanto isso ia conversando com Adelaide.

- "Smells Like Teen Spirit ", gosto dessa música, é bem legal. - comentou Adelaide.

- Gosta de Nirvana? - perguntei com empolgação, afinal, não é sempre que se encontra uma menina fã da banda.

- Não sou fã nem nada, apenas escutei algumas musicas dos CDs do meu irmão.

- Ele escuta Nirvana? Legal

- Na verdade escutava.- ok, não entendi.

- Como assim escutava? Ele não gosta mais da banda?

- Não, é que... é uma longa história. - se fiquei curiosa? só muito talvez.

- Bom, eu tenho tempo pra longas histórias.

Adelaide desça, nós já vamos.

Escutei uns gritos vindos do andar de baixo, provavelmente a mãe de Adelaide.

- Pena que eu não, me desculpe mas tenho que ir. Nos vemos depois?

- Tudo bem, claro, porque não?

Logo a vi saindo de meu quarto e terminei de arrumar minhas coisas, tomei meu banho,fiz minhas higienes e fui pro banho. Coloquei meu pijama e fui dormir, o dia foi bem cansativo e a coisa que eu mais tinha vontade agora era de hibernar e acordar daqui um mês talvez.