Fanfic: Corazón Valiente | Tema: Vondy

Depois de sete horas e quarenta e dois minutos depois de vôo, cheguei enfim, ao solo brasileiro. Não demorou muito para eu pegar minhas malas e partir para o saguão de desembarque do aeroporto. 

Segundo Fernando, um motorista estaria segurando uma placa com o meu nome. Sai juntos de algumas pessoas e passei os olhos por alguém que esteja segurando uma placa, qualquer placa.

Demorou cerca de dois minutos, para que eu passasse bem os olhos entre as pessoas que esperavam a chegada de alguém, até que vim um cara jovem(muito bonito) segurando uma placa pequena com o meu nome nela. Andei em passos lentos até ele que me encanrou. Ele era ainda mais lindo bem de pertinho, moreno, olhos verdes e um corpinho até que bem malhado por sinal.

Um gostoso!

- Oi, sou Dulce e você é? - sorri.

- Alfonso - respondeu de volta - O motorista.

Apenas o encarei.

Ele era lindo demais para ser o motorista.

Podia ser um modelo, um medelo de prestígio, de muito prestígio por sinal. O cara realmente era bonito.

- Por favor..- ele pediu já empurrando o carrinho com as minhas malas - Me siga - pediu.

E assim fiz, andamos até o estacionamento, onde estava uma bonita BMW branca, Alfonso guardou as minhas malas e então entramos no carro, como esperado ele abriu a porta de trás pra mim, e entrou em seguida.

Deu a partida.

- Confesso que fiquei surpresa. - iniciei uma conversa depois de alguns minutos em silêncio - Tem quantos anos? Esperava um velho, gordo e gaga, não que eu tenha problema com velhos, gordos e gagas - expliquei rapidamente - Mas você aparenta ser tão jovem e é muito bonito para ser o motorista.

Alfonso riu.

- Todos falam isso. - ri - Mas eu gosto disso, sou uma pessoa simples senhora. - sorriu.

- Senhora onde? - o olhei ofendida - Me chame de Dulce, por favor. Senhora? Tenho cara de velha? 

- Desculpe, mas é eu sou o motorista e..

- Eu não tenho problemas com isso - garanti olhando para janela - Por favor só Dulce. - pedi.

- Ok. E respondendo a sua pergunta, não, não tem cara de velha, perdoe se expressei mal. - pediu educado mas logo balançou a cabeça - Droga! Tô andando muito com Ucker - murmurou pra si.

Mas eu escutei.

- Então, como é trabalhar para os Uckermann'S? Por favor, me fale um pouco sobre eles. E também me diga quais são lugares mais badalados daqui - pedi olhando atenta a praia onde passávamos em frente.

- Ah, O senhor e senhora Uckermann são casal digamos que tranquilo na medida do possível. Dona Alexandra vive viajando á trabalho, ela é estilista e então não para em casa nunca. O senhor Uckermann sempre viaja também, mas quase sempre arranja alguns dias para ficar em casa. Maitê é a filha mais nova deles, tem 19 anos, ela mora na Mansão, mas vive mesmo é com o namorado dela. Mal dorme em casa e quando isso acontece, é porque brigou com ele e Christopher o filho mais velho, tem 21 anos, e esse adora ficar enfurnado dentro de casa - balançou a cabeça em negação - Ele é muito caseiro, não gosto de sair muito, e acho que só. - pensou um pouco.

- Você mora com eles? - perguntei interessada.

- Não, eu só passo o dia lá, a noite eu sou dispensado e vou para minha casa. - me encarou pelo retrovisor quando paramos em um sinal vermelho - E você? 

- O quê têm eu? - franzi o cenho.

- O que achou de ser chamada para..

O som de um celular tocando soou.

Ele pegou o celular e o atendeu.

- Senhor? - esperou - Sim, já peguei a senhorita Savino, estamos a caminho. - esperou - Em meia hora. - logo desligou - Desculpe, o senhor Uckermann queria saber de você - respondeu educado.

- O que você ia perguntar? - o lembrei.

Ele pensou um pouco, mas logo que o sinal abriu ele negou com a cabeça.

- Desculpe, esqueci - sorriu. - Ah, você é caseira ou..?

- Sou muito solta, amo baladas, noitadas, festas de amigos e essas coisas. Não conheço ninguém daqui, vai ser um pouco difícil de ficar aqui. 

- Bom, já me conhece - falou de um jeito meio que malicioso - As boates daqui são muito boas, eu adoro sair também, vou recomendar vários para você.

- Obrigada Alfonso - agradesci.

- Por nada - respondeu.

[...]

Meia hora depois, chegamos em uma um condômino de luxo, passamos pela portaria e em seguida por várias mansões, até que Alfonso parou em uma com um portão imenso, assim que eles se abriram, fiquei deslumbrada com o enorme jardim florido. Em segundos, o carro parou em frente a uma linda mansão cor creme, e com janelas enormes de vidro.

- Chegamos. - Alfonso delisgou o carro.

Olhava ao redor, a enorme piscina ficava ao lado de uma parte do jardim florido, algumas poltronas estavam espalhadas pelo jardim. E alguns seguranças estavam em volta da mansão.

Alfonso abriu a porta pra mim, desci o agradescendo.

- Lindo jardim..- comentei.

- É parte preferida de Dona Alexandra da casa - ele disse abrindo o porta malas e tirando as minhas malas de dentro dela - No momento ela está viajando o que não é de se esperar, se acostume.

Apenas sorri.

Peguei uma mala para ajuda-lo e e logo entramos na casa, a decoração era incrível e luxuosa. Quatros sofás cor marrom escuro, uma enorme TV, vasos e quadros valiosos, poltronas, uma mesa no centro da sala e vários outros objetos valiosos.

Alfonso deixava as malas em um canto da sala, e eu ainda estava admirando a casa, quando ouvi passos e em seguida dois homens entraram na sala. Um era coroa e o outro..outro..outro era gato, muito gato, jovem, cabelo loiros claros, alto, musculoso, com uma presença firme de andar, usava uma calça de moletom zinza, uma camisa de algodão preta que marca seus músculos, um tênis branco e um óculos escuros na gata, ele era um gato, um gato, GATO.

- Dulce querida, lembra de mim? - o coroa até que bonito também me tirou dos meus pensamentos.

- Vitor..um pouco, só sei que é amigo do meu pai, e que me viu algumas vezes quando criança. - falava com ele, mas olhava para o gato ao lado dele. Ele tinha um sorriso nos lábios.

- Sim, isso mesmo. - Vítor falou. Ele usava uma roupa de academia - Seja bem-vinda ao Brasil e à essa casa, por favor, sinta-se em sua casa. - pediu.

- Obrigada! - agradesci.

- Esse ao meu lado é..- foi enterrompido.

- Por favor pai - a voz pouco grossa, pouco rouca, uma voz bonita saiu daquela boca - Deixa que eu me apresente.. - sorriu - Sou Christopher - estendeu à mão pra mim na qual segurei e me surpreendi quando senti lábios macios na minha mão - É um prazer conhecê-la senhorita Savino - disse após plantar um beijo.

Não sei porquê, mas me arrepiei toda.

Quem ainda beijava nas mãos das pessoas nos tempos de hoje? Ninguém!

- Igualmente - murmurei tirando minha mão da dele.

- Fiquei feliz quando seu pai falou que você aceitou o que ele propôs - Vitor começou a falar - De verdade, vai ser bom, ter você aqui durantes esses meses, é tão ruim que Christopher fique sozinho.

- Pai por favor - ele pediu divertido.

- Perdão, não entendi..- o encarei.

- De você ter aceitado ser acompanhante de Christopher, ficar com ele aqui. - sorriu.

- O quê? - murmurei.

Vitor me analisou.

- Não sabia? - Christopher perguntou, sua cara parecia entender a minha cabeça. 

- Eu..eu..não, ele não me disse nada.

- Cara do Fernando - Vitor murmurou - Mas enfim, já que está aqui, aceita? - perguntou.

- É..é por quê? Por que acompanhante? - perguntei.

Christopher tirou os óculos e seus olhos estavam fixados em mim, mas não parecia que estavam me olhando, o encarei sem entender.

- Porque sou cego. - Christopher respondeu.