Fanfic: Um Amor de Proposta | Tema: UyA

Segunda...

02:20 da manha...

O celular de Anahi toca, fazendo-a despertar do seu sono sagrado.

– Alô... – fala Any com voz de sono.

– Senhorita Anahi? – fala uma voz bonita e grossa.

– Sim é ela... – Any boceja – quem é?

– É o Christopher que esta falando.

– Pois não senhor, o que deseja... – ela olha para o seu relógio ao lado da cama – ainda não são duas e meia da manha.

– Não me importo com o horário, estou no aeroporto do Canada e preciso dos seus serviços logo cedo. Estou chegando na revista por volta das 08:00 e quero que vá ao meu apartamento e busque roupas, pois tenho uma reunião as 10:00.

– Ok... senhor – Any não acreditava que este homem a incomodou a esse horário e pior... não acreditava que ele se quer se importava em incomoda-la – mais alguma coisa?

– Não, por enquanto é só. E não se atrase!  – ele finalizou a ligação.

– Ok... Ok... Afs que homem chato – ela vira para o outro lado e fecha os olhos e quando estava quase dormindo o telefone mais uma vez – Ah ta de brincadeira com minha cara – murmura antes de pegar no telefone – Alô... 

– Sou eu novamente... Só para avisa-la... Não esqueça de combinar toda a minha roupa com sapatos e gravatas.

– Christopher trabalho com o SENHOR há mais de dois anos, já conheço suas combinações. 

– Você esta irritada? – ele muda o tom de voz, parecia um pouco acuado com a forma direta da resposta dela.

– Não, mais alguma coisa?

– Sim, não... na verdade não. Boa noite – ela finaliza a ligação – Não entendi o estresse na voz dela... Não esta tãoo tarde assim. 

– AAAHHH – Any gritou de raiva – Que homeeeem folgadooo! – essa ligação a faz despertar e perceber que terá um longo dia a sua espera. 

Enquanto estava esperando o sono chegar mais uma vez ela imagina inúmeras formas de matar o chefe, as cenas que vinham a sua cabeça eram brilhantes, pena que todas elas resultariam em uma prisão... Ou pior sua demissão.

03:00 da manha... 

Quando Any finalmente consegue dormir profundamente sua campainha toca, isso a faz acordar assustada e cair da cama.

– Aiii... – Any reclama da dor quando cai no chão e a campainha não para de tocar um instante – Meu Deus, que desespero... JÁ VAI! – ela abre a porta e encontra Maite aos prantos – O que aconteceu?

– O Leonardo terminou comigooo – Mai responde e abraça a amiga.

– Ah Mai... foi só isso? – Any fala sem querer o que lhe veio à cabeça.

– COMO SÓ ISSO? – Mai para de chorar e solta à amiga do seu abraço.

– Calma, não foi isso que quis falar, mas entra logo antes que a Dulce reclame do barulho no corredor e receba mais uma advertência da sindica por desordem.

Maite aluga Any até as 03:30 da manha, quando finalmente resolve dormir e deixar a amiga que não aguentava mais ficar acordada também descansar.

07:00 da manha...

Anahí estava no AP do chefe, local esse que já passou por diversas vezes pegando ternos, documentos e perdendo sua hora de almoço realizando pequenos “favores” para Sr. Uckermann.

– No mínimo esse idiota deveria me pagar um valor a mais para servir de pombo correio nesses ofícios infelizes! – Any fala sozinha enquanto passava pelo enorme quarto de Christopher e chegava ao closet. Ela pegou o terno italiano que ele mais gostava, afinal teria certeza que com esse não teria erro – Acho que vou olhar o que tem pra comer... Não vou perder meu café da manha e ficar no prejuízo... Já que ele não me paga então vou comer o que tiver na cozinha...

E assim Any fez um belo café da manha, mas antes de sair guardou a louça onde ela achava que encontrou antes. Não demorou muito a chegar à empresa e de longe ouviu a voz da sua amiga Dulce ecoar no corredor da revista. Logo Any viu a briga, pois ela estava acontecendo em uma sala onde a porta era de vidro.

– JÁ FALEI... PARA DE SE METER NO MEU SETOR! – Dulce grita para Alfonso.

– VOCÊ É UMA MAL EDUCADA! QUEM PENSA QUE É? – ele responde no mesmo tom de voz.

– Sou alguém mais capacitada que você e que faço o MEU serviço primeiro antes de vir encher o saco de alguém da revista! – Dul ficou com tanta raiva que seu rosto estava tão vermelho quanto seu cabelo.

– Você esta me chamando de incompetente? – Poncho solta o nó de sua gravata e da um passo em direção de Dulce.

– Logico que sim! Ou você não entendeu e quer que eu desenhe? – Ela coloca as mãos na cintura e o encara com mais raiva.

Any corre ate a sala onde eles estavam, pois conhecendo sua amiga de pavio curto sabia que a discursão poderia terminar em uma delegacia.

– Gente, por favor, calma! – disse Any aflita ao entrar na sala e fechar a porta, mesmo que isso não adiantasse muito.

– Calma? – falou Poncho com ar de riso – Fala isso novamente, mas não pra mim e sim a sua amiga que parece ter nascido na TPM!

– TPM? – Dul repete – Vou te mostrar a reação que eu teria se tivesse na TMP – a ruiva pega seu copo de café e joga em Poncho, mas ainda sim molha um pouco do terno de Christopher que estava com Any.

– SUA LOUCA! – Poncho grita – QUAL O SEU PROBLEMA QUER ME MATAR COM ESSE CAFÉ QUENTE?

– Deixa de ser idiota! – Dulce ria feito criança ao ver Poncho com a camisa branca manchada de café – O café esta frio, é o resto de ontem que ficou na mesa.

– Sua louca! Vou pedir sua cabeça em uma bandeja de prata! – retrucou Poncho retirando da mão de Dulce o copo e jogando no chão.

– Ai meu Deus... Não! – disse Any.

– É só Deus para livrar sua amiga mesmo – Ponho fala a Any.

– Não me refiro à cabeça dela... – Any fala com a voz triste – Me refiro a minha que acabou de ser cortada... Olha o que aconteceu com o terno do Christopher.

O terno italiano de estimação custava mais que o salario da Anahi e da Dulce juntas, as duas ficaram caladas e Poncho ria da cara da Dul, pois se das outras vezes o amigo Christopher livrou a ruiva da demissão, ele sabia que agora era sua vez de sair ganhando e não ver mais a cara dela no escritório.

– É melhor imprimir currículos senhorita Turner – Poncho fala para Dulce e sai da sala com ar de vitória.

– Amiga... – Dul se aproxima de Any que estava quase chorando – Desculpa... Nós podemos limpar antes que seu chefe chegue e ele não vai perceb... – ela não completa a frase quando viu Christopher abrir a porta da sala.

– Bom dia... – Disse Christopher – Any... Meu terno... – ele estende a mão em direção a ela.

– Aqui está... – Any apenas se vira sem olhar para o rosto do chefe e mostra a roupa suja de café.

– O que foi que você fez com meu terno? – ele a encara com raiva.