Fanfic: O Republicano e a Democrata | Tema: Rebelde - AyA

Por um momento, tanto Anahí quanto Alfonso ficaram parados, ela apoiada no ombro dele, respirando e ele com o rosto colado nos cabelos dela. Tão logo como começara, o momento terminara: Anahí se separou dele abruptamente e se afastou, procurando por suas roupas. 

- Merda! - ela disse, mau humorada. - Que foi que eu fiz? Merda. 

- Você acabou de ter o melhor sexo da sua vida, garota - Alfonso soou divertido e convencido. 

Na realidade, para ele, havia sido o melhor sexo da sua vida. Nunca imaginou que poderia proporcionar e sentir um prazer tão intenso com uma mulher. 

- Se você chama isso de melhor sexo, você precisa ver pornô melhores - Anahí falou mau humorada. Ela localizou suas roupas e começou a vesti-las. Alfonso franziu o cenho enquanto a observava. 

- Ah, pára de se fazer de vítima, garota. Você veio preparada. Estava até com camisinhas. Se bem que confesso, achei que uma garota liberal como você tomava pílula. 

Anahí grunhiu. 

- Não sei onde você achou seu pau, mas eu certamente não encontrei minha boceta no lixo. Tomando pílula ou não, gravidez não é a única coisa com a qual me preocupo. Não ensinam como prevenir doenças DST nas aulas de abstenção sexual? 

Ela tentou pentear os cabelos com as mãos. Alfonso começou a se ajeitar também e de repente encarou Anahí, um olhar sério. 

- Precisamos fazer isso de novo - ele disse, tentando ocultar a esperança em sua voz. 

- Na verdade não precisamos.

- Claro que precisamos. E com uma cama. E com os dois nus. E com bastante tempo, para que eu possa mostrar os tipos de pornô que eu assisto. 

Anahí balançou a cabeça. 

-Alfonso, isso foi um erro que eu não pretendo repetir. Quero dizer, olha pra gente: você está praticamente me acusando porque eu carrego camisinhas e eu estou evitando uma conversação séria porque tenho medo de ouvir qualquer asneira que você tenha a dizer. Ok, o sexo foi decente, mas foi um erro. Nós não temos nada em comum, diabos, nós nem sequer respeitamos um ao outro. 

- Eu respeito você. Você me tratou com gentileza e acho que tenho o feito o mesmo por você.

- Eu acho você desprezível e você precisa se controlar para não deixar escapar seus eufemismos quanto ao meu estilo de vida. E sexo, mesmo quando é só por sexo, para ser bom, precisa ter um pouco de admiração. Talvez você encontre algumas qualidades em mim que acham admiráveis, mas isso não é recíproco. Eu na maioria das vezes sinto asco e, nos raros momentos em que você se mostra um cara decente, sinto simpatia. Só. 

Anahí prendeu os cabelos e evitou o olhar de Alfonso. Sabia que ele estava magoado. 

- E o que eu preciso fazer para que você me ache admirável? - ele soou sarcástico. 

- Sem que você nasça de novo? Sei lá, talvez recusar a rodada de humilhações que seu partideco preparou para você nos próximos dias. Parar de achar que um cargo meia boca te define. Algo do estilo. 

Ela ajeitou as roupas novamente e respirou fundo. 

- E isso só serviria para fazer eu, sei lá, querer repetir o sexo com você. Não me faria gostar de você. Ou querer conhecer você. E isso não é culpa sua. Sou eu que gosto de um tipo de pessoa e você não se enquadra nela. 

- Você é uma garota idealista e imatura, que precisa racionalizar e inventar desculpas porque gostou de trepar com um babaca - Alfonso soou irritado. - Um babaca na sua concepção, é claro. A verdade Anahí, é que você gostou. Você gostou de mim dentro de você, gostou da forma como eu te comi, gostou, gozou e está querendo mais. Mas o seu orgulho te impede aceitar isso, então você prefere sacrificar o próprio prazer a fazer algo que seu corpo e até mesmo seus sentimentos desejam. E tudo isso porque eu não sou o democrata dos seus sonhos. 

Ele respirou fundo. 

- Se falássemos de um namoro, eu até entenderia seus argumentos. Mas é apenas sexo. Podemos simplesmente trepar, gozar e cada um seguir seu caminho. E mesmo assim, você rejeita porque não consegue conceber a ideia de ficar molhada e cheia de tesão por um republicano. Diga que estou enganado - ele a pegou pelo braço e a puxou para ele. - Diga que eu estou enganado, Anahí. 

Ela puxou o braço e o empurrou para longe. 

- Você está enganado, Herrera. Já fiquei cheia de tesão e molhada por um... na verdade por uma republicana uma vez. Mas era diferente. Como eu disse, você não tem nenhuma qualidade redentora. Nada que seja digno de admiração. 

Ela se dirigiu para a porta. 

- Agora vá embora. E por favor, não volte mais.