Fanfic: O Republicano e a Democrata | Tema: Rebelde - AyA

- Sim, eu sou republicano - Alfonso falou com um tom de voz arrogante. - Eu e meu partido estamos tentando consertar esse desserviço e podridão que vocês criam com seus amiguinhos pervertidos. 

Anahí virou os olhos e encarou Alfonso. 

- Você não consegue nem ser original colega. Qual é o próximo passo? Me chamar de comunista? 

- E você não é? 

Anahí gargalhou. 

- Claro que sou. Da próxima vez usarei um look vermelho com a foice e um martelo. E trarei braços de criancinhas de lanche. E você, republicano? Vai vir me apontar o dedo nesta ocasião ou estará ainda aqui, lutando para ter um pouco de atenção dos seus 'companheiros de partido' e conseguir sair da cadeia? - ela fez aspas com as mãos. 

Alfonso mordeu o lábio. Doía admitir, mas ele se sentia abandonado pelos seus parceiros na primeira dificuldade. Ele a olhou com raiva e sacou o celular. 

- Isso me lembra que preciso buscar um advogado. Até nunca, senhorita feminazi. 

- Boa estadia na prisão, religioso hipócrita. - ela respondeu com um aceno zombeteiro. 

Alfonso tentava ligar para todos os seus contatos mas nenhum lhes atendia. Ele não sabia se isso ocorria por conta do domingo ou por conta de sua situação. Seus amigos eram leais, ele pensou. Nenhum lhe abandonaria naquele momento. 

Enquanto ele tentava telefonar para outro contato, Mayte havia chegado. 

- Aí está a meliante - ela saudou Anahí. - Como é a comida da prisão? 

- Espero não ter que descobrir. - respondeu Anahí. - Falou com o delegado? 

- Sim, foi tudo muito rápido.  As palavras jovens, militante, perseguição, mídia, truculência policial foram suficientes para te libertar sob fiança e apenas pedir seu comparecimento aqui na segunda, nada fora do normal. Mas o que aconteceu na verdade? 

- Ah, um padreco, ao ver que não iríamos sucumbir as pressões de "filhos de satã" e ofensas do estilo começou a bater em um dos casais homossexuais. Nós revidamos, eles revidaram pior ainda e a mídia incrivelmente estava lá para mostrar que eles começaram. Lamentável mesmo assim. Acabei sendo presa porque estava tentando ajudar uma garota a evitar a ser pisoteada pela multidão. 

- Ossos do ofício. - Mayte passou a bolsa de Anahí e do nada avistou Alfonso. - E esse cara? Amigo seu? 

- Republicano. Foi preso também. Estava perto da confusão. 

- Ele parece preocupado. Está sem advogado? 

- Abandonado pelos amigos, como todo bom político. Lamentável, porque ele também não fez nada. 

- Bom, a vida é feita de escolhas e ele escolheu o lado pior da sociedaded. Vamos? - Mayte questionou. - Ou está curtindo a vida na cadeia?