Fanfic: If I Could Fly - fan fic ONE DIRECTION | Tema: romance, yaoi, adolescência, jovens-adultos, amizade
- A senhora tá falando sério? – pergunto um tanto incrédulo ao mesmo tempo em que retorno para o encosto da cadeira – Como é que eu vou chegar sozinho em um lugar onde não conheço ninguém?
- Não seja dramático, Niall – realmente minha mãe com essas pernas cruzadas, as costas eretas, me encarando, impassível, é a própria Meryl Streep travestida de Miranda. Só falta o cabelo curto e tingido de branco – Sua tia e sua prima vão estar lhe esperando no aeroporto...
- Então... Gente que eu não conheço.
- Niall, podemos não desviar do assunto que me trouxe até aqui?
Deixo os meus braços penderem ao lado da cadeira e inspiro o ar com toda a força para dentro dos meus pulmões e depois o expiro lentamente.
- Qual o motivo para essa súbita alteração nos planos? – pergunto, cruzando os braços – As passagens estão compradas para nós dois embarcamos juntos, depois de amanhã para aquele lugar...
- Aquele lugar se chama Laranjeiras.
Odeio quando dona Natalie se faz de engraçadinha.
- A senhora sabe o nome então não preciso anunciá-lo...
- Niall, querido... - por que ela insiste em usar o particípio de querer após o meu nome? - Eu pensei que conseguiria resolver todas as coisas antes de seguir para Laranjeiras, mas infelizmente não foi possível – dona Natalie descruza as pernas, se levanta e começa a andar de um lado para o outro no pequeno espaço que existe entre mim e a cama – Você pode ver que muitos móveis do apartamento ainda não foram desmontados... O seu quarto mesmo... - ela estaca, encara o nosso entorno, estica o braço esquerdo e logo em seguida o movimenta num circulo de 180 graus até parar e fixar o olhar novamente sobre mim – Sua cama precisa ser desmontada, sua escrivaninha... Tem bastante coisa que ainda precisa ser encaixotada... – ela deixa escapar um suspiro, como se estivesse recuperando o fôlego antes de continuar - A empresa de mudança só virá amanhã e somente na terça e que irá levar nossa mobília para Laranjeiras, e além do mais os móveis do nosso apartamento são apenas um dos problemas a serem resolvidos e eu não quero chegar à casa da sua avó carregada de preocupações...
- Então porque comprou as passagens para depois de amanhã?
- Por que pensei que ia ter tempo para solucionar tudo, já te disse - dona Natalie volta a se sentar na cama e a cruzar as pernas - Mas agora chega de ficar me justificando. Estou fazendo de um tudo para que o impacto dessa mudança sobre nossas vidas seja o menor possível e quero que você me apoie - dessa vez é ela quem se inclina para frente – Ficar resistente, criando obstáculos e empecilhos desnecessários não vai ajudar em nada, querido. Neste momento - ela volta para a posição em que estava – Somos só você e eu. Se não pudermos contar um com o outro, essa nossa nova vida não vai começar muito bem.
- Uma nova vida que eu não pedi – devolvo entre os dentes, apertando ainda mais os meus braços já cruzados.
- Você acha mesmo que eu estou adorando ver meu apartamento e minha vida de pernas para o ar? – minha mãe questiona impaciente, ao mesmo tempo em que se levanta num salto e se prostra à minha frente apoiando as mãos em cada um dos lados de sua cintura – Não foi uma decisão fácil de ser tomada...
- Então por que estamos indo embora? – indago, mas reticente - Por que não ficamos e continuamos com as nossas vidas? Tenho amigos que os pais se separaram e nem por isso um deles se isolou no fim do mundo...
- Esse tipo de comparação não nos leva a lugar algum, Niall – a voz de dona Natalie está tomando ares cada vez mais graves – Já conversarmos sobre os motivos que me levaram a decidir ir para Laranjeiras e não estou nem um pouco disposta a repeti-los, um a um, aqui e agora.
Descruzo os braços. Não vou reagir. Um bom soldado sabe quando é preciso recuar, se esconder na sua trincheira e aguardar o momento certo para investir, e minha mãe é uma oponente bastante habilidosa.
- Niall, querido, eu entendo que você queria e tem todo o direito de expressar suas angústias, mas não acha que já está na hora de deixar de agir como uma criança e ser mais racional?
- Eu é que estou sendo irracional? – ergo o rosto e lanço minha pergunta carregada de autoridade (sqn), mesmo sabendo que vou receber uma senhora advertência..
Dane-se essa metáfora da trincheira. Já estou no fogo mesmo, uma faísca a mais não vai fazer tanta diferença.
- Você e o meu pai, dois adultos, decidem que não podem mais conviver de uma hora para outra e eu é que levo o título de irracional?
- Você está me perguntando isso? De verdade? - minha mãe revira os olhos e retira as mãos da cintura. Está tensa. Seu olhar praticamente atravessa a minha alma - Você está sendo cruel e injusto. Eu e o seu pai já não nos entendíamos há tempos...
- Há tempos? - mantenho minha postura firme - Me desculpe se não me deixaram perceber isso... - depois dessa dona Natalie vai ter que recuar alguns passos.
- Se fosse menos egoísta, meu filho – ela enfatiza o adjetivo egoísta de maneira enérgica, chegando mesmo a arquear uma das sobrancelhas - A notícia da nossa separação não teria sido uma surpresa para você.
Engulo em seco e olho para baixo. Por que os pais, principalmente nossas mães, sempre têm cartas escondidas nas mangas?
Permanecemos em silêncio por um tempo. Logo dona Natalie se abaixa à minha frente e apoia as mãos sobre o meu joelho, um gesto que me surpreende, já que a aproximação física nunca foi o seu forte.
- Não é só você que estará fazendo sacrifícios, Niall...
Continuo cabisbaixo.
- Estou deixando um consultório pra trás, pacientes que confiam na minha competência profissional...
Esqueci-me de comentar que minha mãe é psicóloga, o que me faz repensar aquele velho ditado: “casa de ferreiro o espeto é mesmo de pau”.
Dona Natalie coloca a ponta dos dedos da mão direita sob o meu queixo e, sem pressa, me força a levantar o rosto para encará-la. Encontro condescendência em seu olhar.
- Vamos viver, por favor, da melhor maneira possível, esses dois dias antes da sua partida? - seu tom de voz, agora, está mais brando. Como ela consegue mudar da água para o vinho tão rápido assim?
- Eu não posso ficar aqui com a senhora e então embarcamos juntos, como estava previsto?
Ela se levanta e eu a acompanho com a cabeça, com o olhar.
- Infelizmente não, querido – minha mãe me encara do alto - Você já está fora da sua escola há uma semana, e lá em Laranjeiras sua matrícula está feita. Não podemos nos dar ao luxo de tê-lo tanto tempo afastado assim dos estudos. É seu último ano do ensino médio...
- Mas se a senhora não for demorar pra acabar de resolver as tais questões...
- Chega Niall – dona Natalie me intima. Sua rigidez me faz recuar imediatamente. Sinto-me como se estivesse prestes a ser jogado em uma arena recheada de leões - A escolha é somente sua de como chegaremos até depois de amanhã – ela reinicia seu trajeto entre mim e a cama até fazer uma pausa dramática, parando de costas para onde estou sentado e de frente para a porta do quarto - Se quiser ser tratado como criança, vamos lá. Que tal começar pelo castigo?
- Oi? – deixo escapar a interjeição, longe de parecer um mero cumprimento.
Dona Natalie se vira rápido e me fuzila com os olhos semicerrados. Faço cara de paisagem.
- Posso não deixá-lo ir à festa de despedida que os seus amigos organizaram, que tal?
- A senhora não seria capaz disso – a desafio sem pensar nas consequências enquanto num gesto instintivo me inclino para frente da cadeira, quase caindo.
- Tente.
Minha mãe se vira prontamente na direção da porta e sai sem olhar para trás.
Definitivamente as leis do universo são injustas quando mãe e filho divergem de um ponto de vista. Elas sempre saem ganhando, não importa nossos argumentos... Mas dessa vez isso não vai ficar assim.
Dou um salto da escrivaninha até minha cama, onde caio deitado, e apanho o celular que está jogado em um canto. Meu gesto é tão alvoroçado que quase deixo o aparelho cair no chão.
Enquanto houver vida há esperança.
Repito esse mantra ao mesmo tempo em que disco o número do telefone do meu pai, sem esquecer o DDD de Curitiba.
Ele demora um pouco a atender. Tudo bem. Deve estar ocupado...
- Oi, pai?
- Niall? O que houve?
- Nada. Quer dizer, tudo...
- Não entendi...
- Me deixa ficar com você, por favor? – peço quase em prantos.
Um instante de silêncio se faz. Ouço a respiração de meu pai do outro lado da linha como se estivesse ao meu lado. Ele não pode me negar isso, por mais confusa que esteja sua vida. Aliás, não deve estar mais desordenada quanto à nossa aqui no RJ.
- Escuta Niall...
Ele começa com um tom de voz reticente. Já sei que a resposta vai ser um categórico “não”.
- Já te disse como está tudo por aqui. O trabalho novo... Estou hospedado em um apart hotel... A cidade é completamente desconhecida para mim... Além do mais sua mãe já cuidou de tudo para a sua mudança, te matriculou na nova escola...
- Pai, por favor, eu prometo que não vou dar trabalho. Mudança por mudança, vou aí pra Curitiba ao invés do fim do mundo aonde minha mãe quer me enfiar.
- A sua mãe sabe o que está fazendo, Niall.
- Pai...
- Niall, preciso ir – ouço sua voz meio distante, como se estivesse falando com outra pessoa - Vou participar de uma reunião. Depois te ligo, pode ser? Vamos conversar com calma...
Não respondo nada e a ligação é finalizada sem grandes despedidas.
Um embargo na minha garganta.
Não vou chorar.
Não posso. Não vou dar esse gostinho a eles.
Cerro os punhos no ar e aperto os olhos com força, respirando fundo.
Mordisco minhas bochechas por dentro.
Aperto a ponta do nariz, próxima aos olhos, com o indicador e o polegar da minha mão esquerda...
As lágrimas descem.
Merda.
Sento na cama e atiro o celular para o lado.
- Irracional? Infantil? – me pergunto enquanto uso as costas das mãos para enxugar o meu rosto.
Definitivamente eu devo ter sido um daqueles juízes carrascos da época da Inquisição e meus pais foram as vítimas que mais sofreram em minhas mãos e agora estou resgatando todo o mal que lhes fiz.
HARRY!
Já estava me esquecendo dele.
Alguém precisa pagar essa conta.
Corro até a escrivaninha e tiro o meu note da tomada e sigo com ele de volta para a cama, onde me sento, apoiando-o em seguida sobre minhas pernas entrelaçadas e acesso sem demora o Whisper, o app perfeito para o que eu quero fazer: espalhar um boato de forma anônima
Não. Não vou me sentir culpado em ofender, denegrir, causar constrangimento ou comprometer a reputação do Harry; ele é um canalha e merece isso. Não estarei sendo tão leviano assim...
Quero vê-lo arrotando masculinidade depois do que vou postar.
CONVITE DE HARRY STYLES A TODOS, TODOS OS GAROTOS E RAPAZES.
Meus amados,
Gostaria de declarar, aos quatro cantos do mundo, que sou completa e indiscutivelmente gay e estou interessado em conhecer jovens de todas as idades para futuros negócios. Não. Não estou buscando namoro, relacionamentos, blá, blá, blá. Quero um macho ativo que me faça ir às nuvens com o que mais gosto no sexo: tomar no cu.
PS.: também adoro fazer um boquete e, segundo todos aqueles que já tiveram o privilégio dos meus “serviços”, tenho uma garganta profunda e estou pronto para o abate.
Por favor, meninas, não tentem se candidatar porque serão descartadas imediatamente.
Segue abaixo o meu endereço do facebook. Aguardo todos, sem exceção.
Leio e releio a mensagem e em seguida aperto o enter sem titubear.
Pronto.
Postada.
Agora só aguardar as visualizações, os compartilhamentos...
Desligo o note e o coloco ao meu lado e então começo a deslizar todo o meu corpo até estendê-lo completamente sobre a cama. Não consigo conter um sorriso de satisfação surgindo no meu rosto, primeiro no canto dos lábios até crescer e alcançar a sonoridade de uma gargalhada bastante forte.
- Estou sendo justo, com certeza – dou de ombros ao mesmo tempo em que busco me convencer, descartando um último resquício de dúvidas que ainda possa existir sobre o meu ato nem um pouco exemplar.
Viro-me de lado e apanho o celular e ligo para Rachel.
- Amiga você não vai acreditar no que eu acabei de fazer.
* * *
Quatro e meia da tarde. Quase três horas desde que eu postei a minha doce vingança contra o Harry e por incrível que possa parecer não estou me sentindo satisfeito, mas sim deprimido, frustrado... Mas por quê?
Desde que o mundo é mundo vingar-se tem sido uma prática usual, perturbadora; o desejo da desforra tem sido representado pelo homem em obras que vão desde a mitologia grega até a novela das nove. Medéia que o diga. Matou os próprios filhos para se vingar do marido traidor...
Ok. Radical demais e apelativo, além de completamente insano, mas eu entendo a Medéia, de verdade. Não que eu chegaria a esse extremo, mas o principio de não deixar que o rival nos considere fraco e vencido é válido. É o que nos impulsiona a reagir de uma maneira tão derradeira.
No meu caso, o Harry foi um covarde filho da puta.
Por que não me disse que tava a fim de partir pra outra? Precisava inventar aquela historinha ridícula de que eu o fiz enxergar que sentia atração pelo sexo oposto? Cara, na boa, será que ele não pensou em nenhum momento que esse pretexto iria me afetar de maneira negativa, indicando que eu fui um completo incompetente elevado à milésima potência?
Teria sido melhor se ele tivesse dito que não iria rolar mais porque nossos signos não combinavam...
E agora o infeliz me aparece com um cara mais velho...
Pior do que ser trocado por um novinho é ser substituído por um tiozão.
Pensando bem gostaria de vê-lo antes de ir embora para o mundo de Nárnia e perguntar, cara a cara, se ele acordou, assim, do nada, há mais de três semanas, com a ideia de que queria terminar o nosso namoro.
Duvido.
O infeliz já devia estar dando um perdido em mim com esse papa anjo trintão e na primeira oportunidade me dispensou sem sequer considerar que o meu mundo estava começando a desmoronar...
Minha coluna vertebral e meus músculos estão doendo.
Mesmo diante de todas essas argumentações, não consigo me sentir em paz, encontrar uma justificativa palpável para o que eu fiz.
Apanho meu note e saio da cama, onde ainda estou deitado e me jogo sobre a cadeira em frente à escrivaninha, depositando o computador sobre ela e o ligando imediatamente.
Talvez a minha postagem não tenha sido lida...
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Menos mal.
Não penso duas vezes (mentira, penso sim) e deleto minha missiva covarde, insultuosa, mesmo já sendo um pouco tarde para isso e em seguida viro-me de supetão para a cama e com o olhar busco o meu celular com extrema avidez.
De onde estou obviamente não dá para enxergar o seu visor.
Levanto e vou até ele, sem pressa, temendo o que posso encontrar.
Graças ao Criador não há nenhuma ligação perdida, nenhum contato do Harry ou quem quer que seja, o que reforça minhas esperanças: os mil duzentas e quarenta e cinco acessos à minha mensagem não foram vistos por pessoas conhecidas, ou conhecidas do Harry...
Merda! Essa minha vingancinha contra ele pelo jeito não me tirou da bad, pelo contrário, estou me sentindo mais agitado, mais estranho, mais infeliz e com uma vontade de sair andando por aí, sem rumo, ir a qualquer lugar...
Isso!
Vou dar uma saída. Ver o sol. Ver gente. Aproveitar minhas últimas 48 horas na civilização...
Olho para as caixas espalhadas em um canto do quarto e suspiro deixando os ombros caírem. Será que algum dia eu vou olhar para trás e achar tudo isso divertido?
Aviso à minha mãe que vou dar uma volta. Ela está sentada no sofá, na sala, com algumas caixas espalhadas próxima de si, colocando, tirando, escolhendo; todo um processo cansativo que a mudança nos obriga a fazer. Eu mesmo estou cansado só de olhar.
Ela pede para não ir muito longe.
Eu respondo que não vou e a vida segue.
Caminho até o metrô sob um solzinho de fim de tarde que por sinal está maravilhoso. Quero ver a praia. Talvez o mar me ajude a expurgar boa parte dessa confusão mental e Botafogo definitivamente não é o lugar adequado para essa empreitada.
Por que as pessoas no metrô fazem cara de peido engarrafado? Acho que quando Renato Russo escreveu“festa estranha, gente esquisita” para a canção Eduardo e Mônica ele devia estar dentro de um desses vagões.
Saio, enfim, do subterrâneo.
TÔ CARENTE e cruzar com casais passeando de mãos dadas não está me ajudando em nada.
Será que vou me recuperar da febre Harry?
Poxa, eu tô sempre, sempre shippando casais de amigos e sempre, sempre terminando sozinho ou com o cocô do cavalo do bandido. Que saco! Definitivamente meu cupido deve ser míope ou ter algum problema de visão muito grave.
A praia.
Sigo em frente e paro ao lado de algumas pessoas, esperando, junto com elas, o sinal fechar para atravessar e alcançar o calçadão do outro lado.
O sinal fecha e então atravesso a rua, sem pressa.
O calçadão está bastante movimentado.
Escolho para que lado ir e começo a caminhar.
É claro que a enxurrada de pensamentos relacionados à mudança para a cidade onde mora minha avó não demora a invadir minha mente. Preciso ter fé de que alguma coisa vai acontecer e não vai me deixar ir parar naquele fim de mundo...
Não demora e sinto o meu rosto queimar e as pernas fraquejarem.
Olho para os lados em busca de um banco que esteja vazio, dentre os vários que beiram a orla, e ao conseguir me deixo cair sentado como se meu corpo tivesse o triplo do peso.
Inspiro e expiro pausadamente enquanto luto contra uma vontade absurda de gritar muito, muito alto.
Olho para o horizonte, para o céu avermelhado em busca de paz, mas minha crise de pânico parece que está aumentando.
Estou sufocado.
Preciso me controlar. Preciso me controlar.
Inspiro e expiro... Um... dois... três...
Levanto de supetão e me viro na direção da rua. O zigue-zague dos carros na avenida, velozes como foguetes, desfila à minha frente. Meus olhos correm tentando acompanhar a velocidade de cada um deles.
Uma tontura repentina...
Se eu pudesse voar...
Coloco as mãos sobre os olhos e então os cubro totalmente...
Autor(a): nandocouto
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
- Amigo? Está tudo bem com você? Ouço uma voz ao longe ao mesmo tempo em que uma mão pesa sobre o meu ombro esquerdo. Destapo os olhos e volto a me deparar com os carros sobre a avenida passando como flechas disparadas habilmente, rumo a um destino certo, sem interr ...
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