Fanfics Brasil - Capitulo 9 - Você tem namorado? O estranho - Adaptada - Finalizada

Fanfic: O estranho - Adaptada - Finalizada | Tema: Vondy/Hot/Romance


Capítulo: Capitulo 9 - Você tem namorado?

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   Inclinei-me à frente do meu homem misterioso, que não era mais tão misterioso assim, e olhei na direção de Paul para ver meu pai e Meredith vindo pela porta aberta da cozinha.


   Eu havia ligado para os dois quando vi minha janela quebrada. Eu não queria ligar, mas fiz isso por dois motivos. Primeiro, eles acabariam descobrindo tudo mais cedo ou mais tarde, e mais cedo era melhor do que mais tarde quando se tratava de papai e Meredith. Eu tinha aprendido isso do jeito mais difícil. Segundo, eu precisava de um lugar para dormir, porque tinha certeza absoluta de que não conseguiria dormir ali e sabia que estava assustada demais para dirigir, e papai me daria um sermão se soubesse que eu tinha dirigido naquele estado. Eu também tinha aprendido do jeito mais difícil que era melhor evitar dar a papai (muitas) oportunidades de me passar um sermão. Ele era bom nisso porque, com duas filhas, e essas duas filhas sendo Angel e eu, praticava muito.


     -Dul. -murmurou papai ao entrar, e eu me desvencilhei dos dois caras gostosos e zangados que estavam quase me imprensando entre eles, e meio que andei, meio que corri na direção de papai e me joguei nos seus braços.


   Tanto fazia que eu corresse na sua direção, andasse calmamente, ou apenas me inclinasse para ele, papai sempre fazia a mesma coisa: me abraçava bem forte. De repente não me senti mais tão assustada. Abracei-o bem apertado também, sentindo seu corpo forte e tão familiar, e fui me acalmando cada vez mais.


     -Dul. -sussurrou ele no alto da minha cabeça.


   Houve um tempo em que meu pai era gostoso. Ele era quase tão gostoso quanto os dois homens que estavam ali na minha cozinha. E eu imaginava que a parte do quase era porque ele era meu pai. Ele era grande e largo, tinha cabelos escuros (hoje bastante grisalhos) e olhos amendoados. Era magro, musculoso, forte. E sempre tinha sido magro, musculoso e forte porque sempre fez coisas que envolviam carregar alguma coisa, martelar alguma coisa, arrastar alguma coisa, levantar alguma coisa ou serrar alguma coisa. Quer dizer, isso quando ele não estava assistindo a um jogo do Denver Broncos. E eu tinha que admitir, na maior parte do tempo, ele estava fazendo o que estava fazendo ali, na minha casa.


     -Estou bem, pai, só um pouco assustada. -disse, com o rosto colado no peito dele.


     -Querida. -disse ele, com os lábios colados nos cabelos no alto da minha cabeça.


   Senti seus lábios se afastarem. Olhei para ele e vi que estava olhando para Ucker e Paul. Ele me puxou para o lado, colocou o braço sobre meus ombros e Meredith se aproximou de nós. Ela pegou minha mão. Eu apertei sua mão e ela apertou a minha também, e quando olhei ela me deu um sorriso rápido, doce, daqueles que dizem que tudo vai ficar bem. Então ouvi papai perguntar:


     -Vocês são da polícia? -ele estava perguntando de maneira geral, tanto para Paul quanto para Ucker .


     -Sim, senhor. Detetive Paul Wesley. -respondeu Paul dando um passo à frente. Papai me soltou para apertar a mão dele, depois colocou o braço novamente sobre os meus ombros, me puxando contra ele de um jeito que fazia meu corpo bater de leve no dele. Hum. Parecia que eu não era a única assustada ali.


     -E você? -perguntou papai, com os olhos em Ucker.


   Olhei para Ucker enquanto Paul se afastava. Ele estava com o rosto pálido, os olhos bem abertos, observando tudo, isto é, estava claro que minha família não tinha ideia de quem era Ucker.


     -Ucker. -disse ele, estendendo a mão. Papai me soltou de novo para apertá-la, e Ucker continuou: -Sou o namorado de Dulce.


   Senti e vi papai ter um sobressalto de surpresa e ouvi Meredith sussurrar:


      -Namorado de Dulce?


   Não tive nenhuma reação. Estava ocupada demais olhando boquiaberta para Ucker.


     -Querida, você tem namorado? -perguntou Meredith, e eu sabia que ela estava fazendo uma pergunta para mim, mas ainda estava muito ocupada, parada ali, olhando para Ucker com a boca aberta, para responder.


    -Ucker? -perguntou papai, sem tirar os olhos dele.


    -Do esquadrão de Black Ucker's, de quando estava no Exército. -afirmou Ucker, me dando a terceira informação a seu respeito. A primeira era que ele era bom de cama, algo que eu já sabia havia um ano e meio; a segunda era que aparentemente o apelido dele era Ucker, algo que fiquei sabendo há uns três minutos. Mas não era nisso que eu me concentrava. Eu me concentrava naquela pequena informação que ele divulgou e no que ela significava para mim. Eu estava fo/dida. E eu soube que estava mesmo quando meu pai perguntou com uma voz de surpresa, uma voz eufórica:


     -Você foi do Exército?


   Mer/da! Papai foi do Exército também. Serviu durante quatro anos antes de sair e ir trabalhar na construção civil. Havia uma razão de papai ter se casado com mamãe. Ele era um jovem rebelde assim como ela. E considerava dever ao Exército o fato de tê-lo consertado, salvando a sua vida. O problema da minha mãe era que ela não foi "consertada" por ser mulher de um soldado. Papai teria ficado no Exército, mas ficar no Exército significava, quase sempre, estar ausente de casa. Mamãe ficou grávida de mim, eu nasci e papai sabia que não podia deixar mamãe sozinha comigo, então ele deu baixa no Exército para garantir que eu fosse criada do jeito certo.


   Mas papai ainda amava o Exército. Comprava camisetas verde-oliva com a palavra "Exército" escrita na frente e as vestia sempre que podia. E papai criava laços instantâneos e inabaláveis com qualquer um dos seus comprades do Exército. Ele fazia isso o tempo todo, quando estávamos de férias, quando estava na loja de ferragens, quando estava na fila para comprar um balde de frango frito. Ele tinha um sexto sentido para o Exército, e se ele sentisse um cheiro de milico no ar, afinidade garantida. Como agora com Ucker.


     -É, sou. -respondeu Ucker, e papai ainda ficou segurando a mão dele e sacudindo com fervor, com um sorriso aliviado e eufórico no rosto.


   Todos os pensamentos sobre a invasão à casa de sua filha saíram voando da cabeça dele. Eu estava namorando alguém. E esse alguém tinha servido o Exército. Não era um alguém como Juan Meirelles, que papai me disse, logo depois do divórcio, que sempre achou que era um c/u. E ele tinha usado essa palavra bem na minha cara, o que provava que papai sempre detestou Juan.


   Tudo estava de repente muito certo no mundo de Fernando Saviñón, e o que estava fazendo tudo estar certo era o homem na frente dele. É, eu estava completamente fo/dida. Papai soltou a mão de Ucker e me apertou contra ele novamente, olhando para mim.


     -Querida, por que você não nos contou que estava namorando? -perguntou ele, me dando uma sacudida e sorrindo com cara de maluco.


     -Hã… -balbuciei.


     -Isso é maravilhoso, vocês têm que vir jantar conosco. -acrescentou Meredith, quando virei minha cabeça na direção dela e a vi escancarando um sorriso luminoso para Ucker. Essa era Meredith. Se estava tudo bem para Fernando, estava fantástico para ela também. Me/rda!


     -Hã… -balbuciei mais alto dessa vez, e de um jeito um pouco mais nervoso.


     -Faça aquela sua lasanha. -papai deu a ordem e depois virou-se para Ucker: -A lasanha é boa, filho, mas o pão de alho que ela faz é que é o seguinte. Feito em casa, do início ao fim.


   Ah, meu Deus! Meu pai chamou o meu amante misterioso de "filho" apenas cinco segundos depois de conhecê-lo? Ele nunca chamou Juan de "filho". A única coisa de que papai chamou Juan foi de Juan e de c/u.


     -Hã…! -e essa exclamação tinha soado como um grito.


    -Dulce Maria. -chamou Paul, e desviei meus olhos para ele de um jeito meio frenético.


    -Sim? -respondi. Ele deu um passo à frente para se juntar ao nosso grupinho, com a mão no bolso da jaqueta, tirando uma carteira enquanto ia falando.


     -Terminei aqui, mas se você precisar de alguma coisa, ouvir alguma coisa que você acha que eu deva saber ou caso se lembre de alguma coisa. -ele estava tirando um cartão de visita da carteira e o entregou para mim com aqueles olhos esverdeados expressivos. -Me ligue, dia ou noite. Meu celular está aí no cartão.


      -Hã… Tá certo. -respondi, pegando o cartão. Ele tirou os olhos de mim e encarou Ucker.


      -Você tem a gravação?


      -Claro. -respondeu Ucker.


     -Você conhece o cara? -insistiu Paul.


     -Não vi a fita. -respondeu Ucker. -Mas meus homens não conseguiram identificá-lo. Vou dar uma olhada quando voltar à base.


     -E o carro? -continuou Paul.


     -Conferi a placa. É roubado. -respondeu Ucker.


     -É pedir muito se você pudesse nos mostrar esta gravação? -insistiu Paul.


     -Já mandei por e-mail para vocês. -devolveu Ucker.


     -Gravação? -meu pai se meteu e Ucker olhou para ele.


     -Tenho um negócio, e parte do que eu faço é segurança. Dulce e eu estamos conectados o tempo todo. Coloquei câmeras por aqui. Ela é monitorada 24 horas por dia, sete dias por semana. Algumas semanas atrás instalamos mais câmeras para monitorar a rua também. Temos a fita do cara que invadiu a casa.


   Papai me apertou contra ele novamente, e seu rosto, que estava ligeiramente atordoado enquanto Ucker e Paul conversavam, voltou a sorrir com o pensamento de um cara do Exército monitorando minha casa num esforço de me manter segura. O que ele não sabia era que significava um esforço para ficar de olho em mim. Olhei para papai e depois para Ucker, franzindo os olhos.


     -Nando, você acha que isso tem a ver com Angel? -sussurrou Meredith, e olhei para minha madrasta com olhos arregalados. Ela possuía uma vasta cabeleira cacheada, louro-acobreada, que agora exibia alguns fios brancos, muito atraentes. Tinha um rosto de duende bonitinho, um narizinho arrebitado e olhos azuis da cor da centáurea. Com seus 1,65m, ela era pequena, pelos menos uns cinco centímetros mais alta do que eu, e uns vinte mais baixa que meu pai, e isso significava que podia usar salto alto à vontade, o que ela fazia quase o tempo todo. Mesmo agora, no meio da noite, para atender o chamado de sua enteada cuja casa tinha sido invadida, ela estava usando umas botas estilosas, de salto alto. Ela me ensinou a usar salto alto e me ensinou sobre estilo; em outras palavras, me ensinou como criar um estilo próprio, o que, com o encorajamento dela, consegui fazer. O rosto de papai se crispou. Ele olhou para os dois homens e declarou:


      -Eu tenho outra filha e ela…


   Ucker interrompeu o pronunciamento.


     -Nós sabemos sobre Angel, e é provável que a invasão à casa de Dulce tenha a ver com as atividades recentes dela.


   O corpo inteiro de papai se enrijeceu ali, ao meu lado, e Meredith soltou um pequeno gemido. E eu? Bem, eu perdi o controle. Saí de debaixo do braço de papai, agarrei a mão de Ucker e disparei:


     -Posso falar com você um segundo?


____________________________________________________________________________________


   Pelo jeito o Fernando amou o genro hein kkkk. E essa do Ucker vijiar a Dul 24 horas por dia, acho q ela ñ gostou muito disso.


   Já posto o ultimo de hj =D


 


 



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Autor(a): AnazinhaCandyS2

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       -Posso falar com você um segundo?    Não esperei que ele respondesse. Virei-me e o puxei para fora da cozinha, passando pela sala de estar. Depois subi as escadas, atravessei o corredor e entrei no meu quarto. Fechei a porta e ela rangeu. Depois me virei, soltei a mão de Ucker e me postei bem na frente dele, ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 416



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  • anne_mx Postado em 21/08/2020 - 23:25:56

    Eu só sei assumir o quão apaixonada fiquei por essa fanfic, muito amor mesmo, uma pena Angel não ter conseguido ficar livre no final com a família, mas foi tudo pra mim a felicidade do casal vondy <3

  • dulcemaria_candy_ Postado em 03/02/2017 - 15:50:39

    Final lindo ' Que bom que conseguiram uma menina kk

    • AnazinhaCandyS2 Postado em 03/02/2017 - 23:43:58

      Bonitinho o final né *-* Uma menina tudo oq queriam <3 Bjuuu

  • millavondy36 Postado em 01/02/2017 - 23:35:58

    Ahh que pena que chegou ao fim!!Foi uma fanfic maravilhosa!!

    • AnazinhaCandyS2 Postado em 02/02/2017 - 22:07:48

      Uma pena mesmo tô com MUITA sdd já. Bjuuuuuuuu

  • AnazinhaCandyS2 Postado em 01/02/2017 - 21:31:25

    Respondendo comentário do face: Geovana Aparecida - Me deu uma sdd hj ñ tinha onde postar :'( MUITO bom ouvir/ler vc dizendo isso pq é a mesma coisa pra mim <3 E logo mais teremos mais adaptações, ontem terminei de ler o primeiro livro e hj começo a ler o segundo, dai só espera a capa e dai voltarei kkk. Bjuuuuu

  • jucinairaespozani Postado em 01/02/2017 - 13:16:25

    Eu amei, uma das melhores fics que já li

    • AnazinhaCandyS2 Postado em 01/02/2017 - 21:26:26

      Muitooo bom saber disso <33 Bjuuuuu

  • Girl Postado em 31/01/2017 - 18:45:09

    Anaa não precisava disso !!! digo e repito vc é inagualáe hahaha eu to bem triste pq a web chegou ao fim e quero logo que vc comece outra (ouça meu pedido beijo)

    • AnazinhaCandyS2 Postado em 31/01/2017 - 19:39:01

      Ahh q é isso eu só ajudei uma amiga a divulga o ótima trabalho que vc esta fazendo em 'Perdida por Você'. Eu tbm tô triste com o fim da fanfic sempre fico assim quando finalizo uma web :'( Já tenho dois livros pra adaptar, mas primeiro eu vou ler eles, eu sempre começava as fanfics sem termina de ler o livro dai sempre dava confusão com o personagens, MAS logo logo eu volto com mais adaptações!! Bj

  • millavondy36 Postado em 31/01/2017 - 11:21:05

    P

  • millavondy36 Postado em 31/01/2017 - 11:20:53

    o

  • millavondy36 Postado em 31/01/2017 - 11:20:40

    s

  • millavondy36 Postado em 31/01/2017 - 11:20:23

    t


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